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Vitamina D: diferenças entre revisões

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FISIOLOGIA DA VITAMINA D
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Nos [[Estados Unidos]] é obrigatório que o leite seja reforçado com vitamina D. Outros alimentos e bebidas também podem ser reforçados com vitamina D nos EUA, inclusive cereais matinais prontos para comer, produtos lácteos, bebidas à base de [[soja]] e [[suco]]s, porém são insuficientes por eles só.
Nos [[Estados Unidos]] é obrigatório que o leite seja reforçado com vitamina D. Outros alimentos e bebidas também podem ser reforçados com vitamina D nos EUA, inclusive cereais matinais prontos para comer, produtos lácteos, bebidas à base de [[soja]] e [[suco]]s, porém são insuficientes por eles só.


==FISIOLOGIA DA VITAMINA D==
==Distúrbios==
No fígado, a vitamina D é convertida em uma forma que pode ser transportada pelo sangue. Nos rins, essa forma é modificada para produzir hormônios derivados da vitamina D, cuja função principal é aumentar a absorção de cálcio no intestino e facilitar a formação normal dos ossos. Na deficiência de vitamina D, as concentrações de cálcio e de fosfato no sangue diminuem, provocando uma doença óssea porque não existe uma quantidade suficiente de cálcio disponível para manter os ossos saudáveis.


A vitamina D pode ser obtida de forma exógena e endógena. A forma exógena compreende a ingestão pela dieta. Por sua característica lipossolúvel há necessidade da formação de micelas a partir de sais biliares conjugados para sua absorção e transporte . Ao atingir o enterócito, é absorvida e se conjuga a quilomicrons, o que proporciona livre circulação pelo sistema linfático e venoso. A forma endógena está relacionada a síntese a partir do 7-dihidrocolesterol (pró-vitamina D3) presente na pele, que por ação da radiação solar é transformada na forma ativa vitamina D3. A transformação nas formas ativas da vitamina D compreende um processo complexo que integra diferentes sistemas orgânicos e ativação de sistemas enzimáticos. A síntese da Vitamina D3 ocorre na epiderme, nos queratinócitos sob a influência da radiação UV (em 270 a 300nm). A pré-vitamina D3 produzida na pele, através de foto-reação, isomeriza-se em vitamina D3, que é carreada pelo sistema linfático e venoso. Ao chegar ao fígado, é hidroxilada a 25-hidroxivitamina D3 [25(OH)D3], o calcidiol, pela enzima 25-hidroxilase (25(OH)ase). A 25(OH)D3 liga-se a proteína transportadora transcalciferina, sendo transportada até o rim, onde sofre uma segunda hidroxilação por ação da enzima 1-α-hidroxilase (1α(OH)ase), presente nas mitocôndrias dos túbulos contorcidos proximais do rim obtendo-se assim a 1,25 diidroxicolecalciferol [1,25(OH)2D3], o calcitriol, que é a forma mais ativa da vitamina D. A metabolização da vitamina D é expressa na figura 2. (1,3,4)
Esse distúrbio é denominado raquitismo nas crianças, uma doença que se manifesta com atraso no fechamento da moleira nos recém-nascidos (importante na calota craniana), desmineralização óssea, as pernas tortas e outros sinais relacionados com estrutura óssea. É denominado osteomalácia nos adultos, onde se desenvolve ossos fracos e moles.
A deficiência de vitamina D é causada sobretudo pela falta de exposição à luz solar e não tanto com vitamina D na dieta, como demonstram novos estudos independentes. Essa deficiência pode ocorrer em indivíduos idosos porque a pele produz menos vitamina D, mesmo quando exposta à luz solar, mas também pelas erradas recomendações dos médicos em aconselhar suplementos de vitamina D ao invés da exposição solar, ou pelo excesso de protetor solar.

A deficiência de vitamina D durante a gravidez pode causar osteomalácia na mulher e raquitismo no feto.

A vitamina D tem poucas hipóteses de se tornar tóxica no corpo, pois quando a pele não transforma o colesterol presente em vitamina D inativa (só e ativada no figado e rins), os raios solares naturalmente destroem a vitamina.

Alguns dos alimentos que contêm vitamina D são:

* Atum fresco (90g): 3.6 mcg
* Sardinha fresca (100g): 5.2 mcg
* Sardinha enlatada (100g): 1.7 mcg
* Cogumelos (100g): 0.65 mcg
* Leite (1 copo): 0.17 mcg
* Gema de ovo (100g): 0.53 mcg
* Ovo de galinha (100g): 0.8 mcg
* Iogurte (1 potinho): 1.2 mcg


== Ligações externas ==
== Ligações externas ==

Revisão das 19h48min de 18 de julho de 2013

A vitamina D (ou calciferol) é uma vitamina que promove a absorção de cálcio (após a exposição à luz solar), essencial para o desenvolvimento normal dos ossos e dentes, atua também, como recentemente descoberto, no sistema imunológico, no coração, no cérebro e na secreção de insulina pelo pâncreas. É uma vitamina lipossolúvel obtida a partir do colesterol como precursor metabólico através da luz do sol, e de fontes dietéticas. Funcionalmente, a vitamina D atua como um hormônio que mantém as concentrações de cálcio e fósforo no sangue através do aumento ou diminuição da absorção desses minerais no intestino delgado. A vitamina D também regula o metabolismo ósseo e a deposição de cálcio nos ossos.

O nome da vitamina foi criada pelo bioquímico polonês Casimir Funk em 1912, baseado na palavra em latim vita (vida) e no sufixo -amina. Foi usado inicialmente para descrever estas substâncias do grupo funcional amina, pois naquele tempo pensava-se que todas as vitaminas eram aminas. Apesar do erro, o nome manteve-se.

A vitamina D também é muito importante para crianças, gestantes e mães que amamentam, por favorecer o crescimento e permitir a fixação de cálcio nos ossos e dentes.

Além da importância na manutenção dos níveis do cálcio no sangue e na saúde dos ossos, a vitamina D tem um papel muito importante na maioria das funções metabólicas e também nas funções musculares, cardíacas e neurológicas. A deficiência da vitamina D pode precipitar e aumentar a osteoporose em adultos e causar raquitismo, uma avitaminose, em crianças.

Como fornecer vitamina D ao organismo deficiente

Estrutura química do colecalciferol.
Estrutura química do ergocalciferol.

A exposição ao sol desencadeia a produção de vitamina D na pele. Alguns alimentos também representam uma fonte desta vitamina. O óleo de fígado de bacalhau foi utilizado também como suplemento alimentar para evitar o raquitismo, sendo hoje em dia facilmente substituível por medicamentos contendo vitamina D, mas a vitamina D da luz solar continua a ser preferível.

A vitamina D pode ser encontrada sob duas formas: o ergocalciferol (vitamina D2) e o colecalciferol (vitamina D3). O ergocalciferol é produzido comercialmente a partir do esteróide ergosterol encontrado em vegetais e leveduras, através de irradiação com luz ultravioleta. É utilizado como suplemento alimentar para enriquecimento de alimentos como o leite com vitamina D. O colecalciferol é transformado pela ação dos raios solares a partir da provitamina D3 (7-deidrocolesterol) encontrada na pele humana. Ambas as formas D2 e D3 são hidroxiladas no fígado a 25-hidroxicalciferol e subsequentemente hidroxilada nos rins à forma biologicamente activa, o 1,25-di-hidroxicalciferol (calcitriol), que actua como uma hormona na regulação da absorção de cálcio no intestino e regulação dos níveis de cálcio em tecidos ósseos e renais.

A vitamina D é fundamental para a homeostase do cálcio no organismo. Como outras vitaminas, deve ser consumida em quantidades adequadas, evitando faltas e excessos.

A quantidade de vitamina D que um adulto precisa varia , de acordo com a idade, de 5 mg a 10 mg, chegando a 15 mg em idosos com mais de 70 anos.[carece de fontes?]Poucos alimentos são considerados fontes de vitamina D, mas entre eles encontram-se a gema de ovo, fígado, manteiga e alguns tipos de peixes como a cavala, o salmão e o arenque. Embora em menor quantidade, a sardinha e o atum também têm vitamina D.

Nos Estados Unidos é obrigatório que o leite seja reforçado com vitamina D. Outros alimentos e bebidas também podem ser reforçados com vitamina D nos EUA, inclusive cereais matinais prontos para comer, produtos lácteos, bebidas à base de soja e sucos, porém são insuficientes por eles só.

FISIOLOGIA DA VITAMINA D

A vitamina D pode ser obtida de forma exógena e endógena. A forma exógena compreende a ingestão pela dieta. Por sua característica lipossolúvel há necessidade da formação de micelas a partir de sais biliares conjugados para sua absorção e transporte . Ao atingir o enterócito, é absorvida e se conjuga a quilomicrons, o que proporciona livre circulação pelo sistema linfático e venoso. A forma endógena está relacionada a síntese a partir do 7-dihidrocolesterol (pró-vitamina D3) presente na pele, que por ação da radiação solar é transformada na forma ativa vitamina D3. A transformação nas formas ativas da vitamina D compreende um processo complexo que integra diferentes sistemas orgânicos e ativação de sistemas enzimáticos. A síntese da Vitamina D3 ocorre na epiderme, nos queratinócitos sob a influência da radiação UV (em 270 a 300nm). A pré-vitamina D3 produzida na pele, através de foto-reação, isomeriza-se em vitamina D3, que é carreada pelo sistema linfático e venoso. Ao chegar ao fígado, é hidroxilada a 25-hidroxivitamina D3 [25(OH)D3], o calcidiol, pela enzima 25-hidroxilase (25(OH)ase). A 25(OH)D3 liga-se a proteína transportadora transcalciferina, sendo transportada até o rim, onde sofre uma segunda hidroxilação por ação da enzima 1-α-hidroxilase (1α(OH)ase), presente nas mitocôndrias dos túbulos contorcidos proximais do rim obtendo-se assim a 1,25 diidroxicolecalciferol [1,25(OH)2D3], o calcitriol, que é a forma mais ativa da vitamina D. A metabolização da vitamina D é expressa na figura 2. (1,3,4)

Ligações externas

Referências

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  • BIESEK, Simone et al. Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. São Paulo: Manole, 2005.
  • FOSS, M.L.; KETEYIAN, S.J. Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
  • MCARDLE, William D. et al. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
  • WILMORE, Jack H.; COSTILL, David L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. São Paulo: Manole, 2001
  • NELSON, David L.; COX, Michael M., Lehninger Principles of Biochemistry, 4ª edição, W. H. Freeman, 2005, ISBN 978-0716743392