Saltar para o conteúdo

Pollicipes pollicipes: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Informações de distribuição
m seção sobre ecologia
Linha 70: Linha 70:
}}</ref>. A espécie também está presente, embora seja rara, no [[Mar Mediterrâneo]]<ref name="Cruz">{{citar livro
}}</ref>. A espécie também está presente, embora seja rara, no [[Mar Mediterrâneo]]<ref name="Cruz">{{citar livro
|url=http://www.ciemar.uevora.pt/inves/T8.pdf
|url=http://www.ciemar.uevora.pt/inves/T8.pdf
|título=Biologia e ecologia do percebe ''Pollicipes pollicipes'' (Gmelin, 1790) no litoral sudoeste português |editora=[[University of Évora|Universidade de Évora]]
|título=Biologia e ecologia do percebe ''Pollicipes pollicipes'' (Gmelin, 1790) no litoral sudoeste português |editora=[[Universidade de Évora]]
|ano=2000
|ano=2000
|primeiro=Teresa
|primeiro=Teresa
Linha 76: Linha 76:
|língua=[[Língua portuguesa|Português]]
|língua=[[Língua portuguesa|Português]]
}}</ref>.
}}</ref>.

==Ecologia==
''Pollicipes pollicipes'' crescem em grupos sobre [[rocha]]s e [[casco (navio)|casco]]s de [[navio]]s encalhados e naufragados<ref name="Marlin"/>. [[Alimentação por filtragem|Alimentam-se por filtragem]], nutrindo-se das partículas que conseguem coletar com seus [[cirro#Zoologia|]]s. Esses cirros possuem uma intricada variedade de pelugens, permitindo que o ''P. pollicipes'' tenha uma dieta variada, incluindo [[diatomácea]]s, [[detrito]]s, grandes [[crustáceo]]s, [[copépode]]s, [[camarão|camarões]] e [[molusco]]s.<ref>{{citar periódico
|título=Setal morphology and cirral setation of thoracican barnacle cirri: adaptations and implications for thoracican evolution
|autor=Chan, B. K. K.; Garm, A. e Høeg, J. T.
|jornal=[[Journal of Zoology]]
|doi=10.1111/j.1469-7998.2008.00441.x
|volume=275
|ano=2008
|páginas=294–306
|url=http://www3.interscience.wiley.com/journal/120123565/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0
}}</ref>.

As [[larva]]s passam por sete estágios em que podem nadar livremente (seis [[náuplio (larva)|náuplio]]s) durante pelo menos um [[mês]]<ref name="molares-tilves">{{citar periódico
|url=http://www.springerlink.com/content/p480u1681604rl83/
|jornal=[[Marine Biology (journal)|Marine Biology]]
|ano=1994
|volume=120
|páginas=261-264
|autor=Molares, J.; Tilves, F. e Pascual, C.
|título=Larval development of the pedunculate barnacle ''Pollicipes cornucopia'' (Cirripedia: Scalpellomorpha) reared in the laboratory
|doi=10.1007/BF00349686
}}</ref>. Após esse tempo, eles tomam a forma adulta, [[séssil]].

''P. pollicipes'' são criados, para consumo, em várias regiões de sua faixa de habitação, especialmente para o mercado espanhol, no qual podem custar até [[Euro|€]]90 por [[quilograma]]<ref name="Molares"/>. Como resultado, suspeita-se que o número de indivíduos da espécie esteja em declínio.<ref name="Cruz"/>.


Mais informações, em particular sobre o estatuto relativo à conservação da espécie em: [http://www.naturlink.pt/canais/artigo.asp?iCanal=1&iSubCanal=11&iArtigo=12496&iLingua=1 Naturlink]
Mais informações, em particular sobre o estatuto relativo à conservação da espécie em: [http://www.naturlink.pt/canais/artigo.asp?iCanal=1&iSubCanal=11&iArtigo=12496&iLingua=1 Naturlink]

Revisão das 04h02min de 21 de fevereiro de 2009

Pollicipes pollicipes
Pollicipes cornucopia
Classificação científica
Reino:
Filo:
Subfilo:
Classe:
Ordem:
Família:
Gênero:
Espécies:
P. pollicipes
Nome binomial
Pollicipes pollicipes

Percebe ou perceve[1] (Pollicipes pollicipes) é um crustáceo, pertencente à subclasse Cirripedia, superordem Thoracica, ordem Peduculata e subordem Scalpelloidea. Também é bastante conhecido pelo sinônimo Pollicipes cornucopia. É encontrado nas costas rochosas do nordeste d do Oceano Atlântico. É parente próximo do Pollicipes polymerus encontrado na costa oeste da América do Norte [2] e do Pollicipes elegans, uma espécie da costa do Chile[3]. Essas espécies também são conhecidas como percebes[1]. É bastante apreciado como alimento, especialmente na Península Ibérica.

Distribuição

Pollicipes pollicipes é encontrado principalmente entre os paralelos 48°N e 28°N, ao longo das costas da França, Espanha (incluindo as Ilhas Canárias), Portugal, Marrocos e Senegal[4], com uma população deslocada encontrada nas ilhas tropicais de Cabo Verde perto do paralelo 16°N[5]. A periferia da área habitada pela espécie também se extende até as Ilhas Britânicas, com populações afastadas na costa sul da [[Inglaterra] e, possivelmente, sudeste da Irlanda[6], embora não haja registros modernos da presença na região[7]. A espécie também está presente, embora seja rara, no Mar Mediterrâneo[8].

Ecologia

Pollicipes pollicipes crescem em grupos sobre rochas e cascos de navios encalhados e naufragados[6]. Alimentam-se por filtragem, nutrindo-se das partículas que conseguem coletar com seus [[cirro#Zoologia|]]s. Esses cirros possuem uma intricada variedade de pelugens, permitindo que o P. pollicipes tenha uma dieta variada, incluindo diatomáceas, detritos, grandes crustáceos, copépodes, camarões e moluscos.[9].

As larvas passam por sete estágios em que podem nadar livremente (seis náuplios) durante pelo menos um mês[10]. Após esse tempo, eles tomam a forma adulta, séssil.

P. pollicipes são criados, para consumo, em várias regiões de sua faixa de habitação, especialmente para o mercado espanhol, no qual podem custar até 90 por quilograma[4]. Como resultado, suspeita-se que o número de indivíduos da espécie esteja em declínio.[8].

Mais informações, em particular sobre o estatuto relativo à conservação da espécie em: Naturlink

Referências

  1. a b Houaiss, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Verbete perceve. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 p. 2183
  2. McFadden, Melissa; Helmtetler, Hans e Cowles, Dave (2007). «Mitella polymerus (Sowerby, 1833)». Walla Walla University. Consultado em 20 de fevereiro de 2009 
  3. Darwin, Charles (1851). A monograph on the sub-class Cirripedia, with figures of all the species. [S.l.]: Ray Society 
  4. a b Molares, J. e Freire, J.). «Fisheries and management of the goose barnacle Pollicipes pollicipes of Galicia (NW Spain)» 🔗 
  5. J. Quinteiro, J. Rodríguez-Castro & M. Rey-Méndez (2007). «Population genetic structure of the stalked barnacle Pollicipes pollicipes (Gmelin, 1789) in the northeastern Atlantic: influence of coastal currents and mesoscale hydrographic structures». Marine Biology. 153: 47–60. doi:10.1007/s00227-007-0783-0 
  6. a b Barnes, M. K. S. (1º de fevereiro de 2009). «A stalked barnacle - Pollicipes pollicipes». Marine Life Information Network for Britain & Ireland. Marine Biological Association of the United Kingdom 
  7. Minchin, Dan (2007). «A checklist of alien and cryptogenic aquatic species in Ireland» (PDF). Aquatic Invasions. 2 (4): 341-366. doi:10.3391/ai.2007.2.4.4 
  8. a b Cruz, Teresa (2000). Biologia e ecologia do percebe Pollicipes pollicipes (Gmelin, 1790) no litoral sudoeste português (PDF) (em Português). [S.l.]: Universidade de Évora 
  9. Chan, B. K. K.; Garm, A. e Høeg, J. T. (2008). «Setal morphology and cirral setation of thoracican barnacle cirri: adaptations and implications for thoracican evolution». Journal of Zoology. 275: 294–306. doi:10.1111/j.1469-7998.2008.00441.x 
  10. Molares, J.; Tilves, F. e Pascual, C. (1994). «Larval development of the pedunculate barnacle Pollicipes cornucopia (Cirripedia: Scalpellomorpha) reared in the laboratory». Marine Biology. 120: 261-264. doi:10.1007/BF00349686 


Ícone de esboço Este artigo sobre Crustáceos, integrado no Projeto Artrópodes é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.