Roberto Burle Marx: diferenças entre revisões
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Era o quarto filho da [[recifense]] Cecília Burle, membro da tradicional família pernambucana de ascendência francesa Burle Dubeux, e de Wilhelm Marx, [[judeu]] [[alemães|alemão]] nascido em [[Estugarda]] e criado em [[Tréveris]]. |
Era o quarto filho da [[recifense]] Cecília Burle, membro da tradicional família pernambucana de ascendência francesa Burle Dubeux, e de Wilhelm Marx, [[judeu]] [[alemães|alemão]] nascido em [[Estugarda]] e criado em [[Tréveris]].{{Carece de fontes}} |
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A mãe, exímia pianista e cantora, despertou nos filhos o amor pela música e pelas plantas. Roberto a acompanhava, desde muito pequeno, nos cuidados diários com as rosas, [[begônia]]s, [[antúrio]]s, [[gladíolo]]s, [[tinhorão|tinhorões]] e muitas outras espécies que plantava no seu jardim. <ref name="Brasil Escola">{{citar web |url=http://www.brasilescola.com/biografia/roberto-burle-marx.htm |título=Roberto Burle Marx |acessodata=3 de agosto de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=R7 |publicado=Brasil Escola |páginas= |língua= |citação= }}</ref> |
A mãe, exímia pianista e cantora, despertou nos filhos o amor pela música e pelas plantas. Roberto a acompanhava, desde muito pequeno, nos cuidados diários com as rosas, [[begônia]]s, [[antúrio]]s, [[gladíolo]]s, [[tinhorão|tinhorões]] e muitas outras espécies que plantava no seu jardim. <ref name="Brasil Escola">{{citar web |url=http://www.brasilescola.com/biografia/roberto-burle-marx.htm |título=Roberto Burle Marx |acessodata=3 de agosto de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=R7 |publicado=Brasil Escola |páginas= |língua= |citação= }}</ref> |
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=== Ida para o Rio de Janeiro === |
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Quando os negócios começaram a ir mal em São Paulo, seu pai resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro em 1913.<ref name="UOL - Educação"/> A família viveu um tempo em casa de familiares e, quando a nova empresa de exportação e importação de couros de Wilhelm Marx começou a ter resultados positivos, finalmente se mudaram para um casarão no Leme. Nesse casarão, Burle Marx, então com 8 anos, começou a sua própria coleção de plantas e a cultivar suas mudas. |
Quando os negócios começaram a ir mal em São Paulo, seu pai resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro em 1913.<ref name="UOL - Educação"/> A família viveu um tempo em casa de familiares e, quando a nova empresa de exportação e importação de couros de Wilhelm Marx começou a ter resultados positivos, finalmente se mudaram para um casarão no Leme. Nesse casarão, Burle Marx, então com 8 anos, começou a sua própria coleção de plantas e a cultivar suas mudas.{{Carece de fontes}} |
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=== Período na Alemanha === |
=== Período na Alemanha === |
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Aos 19 anos, Burle Marx teve um problema nos olhos e a família se mudou para Alemanha em busca de tratamento. Permaneceram na Alemanha de 1928 a 1929, onde Burle Marx entrou em contato com as vanguardas artísticas. Lá conheceu um Jardim Botânico com uma estufa mantendo vegetação brasileira, pela qual ficou fascinado. |
Aos 19 anos, Burle Marx teve um problema nos olhos e a família se mudou para Alemanha em busca de tratamento. Permaneceram na Alemanha de 1928 a 1929, onde Burle Marx entrou em contato com as vanguardas artísticas. Lá conheceu um Jardim Botânico com uma estufa mantendo vegetação brasileira, pela qual ficou fascinado.{{Carece de fontes}} |
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As diversas exposições que visitou e, dentre as mais importantes, a de [[Pablo Picasso]], [[Henri Matisse]], [[Paul Klee]] e [[Vincent van Gogh]], lhe causaram grande impressão, levando-o à decisão de estudar pintura. |
As diversas exposições que visitou e, dentre as mais importantes, a de [[Pablo Picasso]], [[Henri Matisse]], [[Paul Klee]] e [[Vincent van Gogh]], lhe causaram grande impressão, levando-o à decisão de estudar pintura.{{Carece de fontes}} |
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=== Formação acadêmica em Artes Plásticas (Belas Artes) === |
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Sua participação na definição da [[Arquitetura Moderna Brasileira]] foi fundamental, tendo atuado nas equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O [[terraço-jardim]] que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo..<ref name="UOL - Educação" /> |
Sua participação na definição da [[Arquitetura Moderna Brasileira]] foi fundamental, tendo atuado nas equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O [[terraço-jardim]] que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo..<ref name="UOL - Educação" /> |
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A partir daí, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva, identificando-a muito com vanguardas artísticas como a [[arte abstrata]], o [[concretismo]], o [[construtivismo]], entre outras.<ref name="Brasil Escola"/> As [[Planta (geometria descritiva)|plantas baixas]] de seus projetos lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa. |
A partir daí, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva, identificando-a muito com vanguardas artísticas como a [[arte abstrata]], o [[concretismo]], o [[construtivismo]], entre outras.<ref name="Brasil Escola"/> As [[Planta (geometria descritiva)|plantas baixas]] de seus projetos lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa.{{Carece de fontes}} |
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== Cronologia == |
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*1935 - Participa da elaboração paisagística do jardim no atual [[Palácio Gustavo Capanema]]. |
*1935 - Participa da elaboração paisagística do jardim no atual [[Palácio Gustavo Capanema]]. |
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*1937 - Cria o primeiro [[Parque Ecológico do Recife]]. |
*1937 - Cria o primeiro [[Parque Ecológico do Recife]]. |
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*1944 - Desenha os azulejos do Hall de entrada do [[Edifício Prudência|Edificio Prudência]] (Rino Levi) em [[Higienópolis (bairro de São Paulo)|Higienopólis]] São Paulo.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=Centenário de Burle Marx é comemorado com mostra no RJ; veja obras - Fotos - UOL Entretenimento|url=https://entretenimento.uol.com.br/album/burle_marx_100_anos_album.htm|urlmorta=no|jornal=UOL Entretenimento|arquivourl=https://archive.is/u27hZ|arquivodata=2018-19-01|acessodata=2018-19-01}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Pinheiro|primeiro=Maria Lúcia Bressan|data=2008|titulo=Arquitetura residencial verticalizada em São Paulo nas décadas de 1930 e 1940|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-47142008000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material|volume=16|numero=1|paginas=109–149|doi=10.1590/S0101-47142008000100004|issn=0101-4714|acessodata=}}</ref> |
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*1944 - [http://entretenimento.uol.com.br/album/burle_marx_100_anos_album.htm#fotoNav=11 <u>Desenha</u>] os azulejos do Hall de entrada do [[Edifício Prudência|<u>Edificio Prudência</u>]] ( Rino Levi ) em [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142008000100004#back30 <u>Higienopólis</u>] São Paulo. |
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*1949 - Adquire um sítio de 365.000 m2, em Guaratiba, RJ, onde abriga uma grande coleção de plantas. |
*1949 - Adquire um sítio de 365.000 m2, em Guaratiba, RJ, onde abriga uma grande coleção de plantas. |
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*1950 - Projeta o [[Parque Generalisimo Francisco de Miranda]] em [[Caracas]], [[Venezuela]]. |
*1950 - Projeta o [[Parque Generalisimo Francisco de Miranda]] em [[Caracas]], [[Venezuela]]. |
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*[[Paisagismo]] |
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==Bibliografia== |
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*TABACOW, José (org.); ''Arte e Paisagem - Roberto Burle Marx''; São Paulo: Livros Studio Nobel, 2004. |
*TABACOW, José (org.); ''Arte e Paisagem - Roberto Burle Marx''; São Paulo: Livros Studio Nobel, 2004. |
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*RIZZO, Giulio G. : Il giardino privato di Roberto Burle Marx: Il Sìtio.Sessant'anni dalla fondazione. Cent'anni dalla nascita di Roberto Burle Marx.Gangemi Editore,Roma 2009.ISBN: 978-88-492-1987-6 |
*RIZZO, Giulio G. : Il giardino privato di Roberto Burle Marx: Il Sìtio.Sessant'anni dalla fondazione. Cent'anni dalla nascita di Roberto Burle Marx.Gangemi Editore,Roma 2009.ISBN: 978-88-492-1987-6 |
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==Ligações externas== |
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*{{Link||2=http://www.inhotim.org.br/inhotim/sobre/historico/ |3=Site do Instituto Inhotim, onde Roberto Marx foi colaborador}} |
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Revisão das 03h07min de 19 de janeiro de 2018
Burle Marx | |
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Nome completo | Roberto Burle Marx |
Nascimento | 4 de agosto de 1909 São Paulo, ![]() |
Morte | 4 de junho de 1994 (84 anos) Rio de Janeiro, ![]() |
Nacionalidade | brasileiro |
Principais trabalhos |
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Assinatura | |
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Roberto Burle Marx (São Paulo, 4 de agosto de 1909 – Rio de Janeiro, 4 de junho de 1994) foi um artista plástico brasileiro, renomado internacionalmente ao exercer a profissão de arquiteto paisagista.
Morou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro, onde estão localizados seus principais trabalhos, embora sua obra possa ser encontrada ao redor de todo o mundo.[1]
Seu primeiro projeto de jardim público foi a Praça de Casa Forte, localizada no Recife, cidade natal de sua mãe. É uma das seis praças de autoria do paisagista na capital pernambucana que foram tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).[2]
Sua história
Era o quarto filho da recifense Cecília Burle, membro da tradicional família pernambucana de ascendência francesa Burle Dubeux, e de Wilhelm Marx, judeu alemão nascido em Estugarda e criado em Tréveris.[carece de fontes]
A mãe, exímia pianista e cantora, despertou nos filhos o amor pela música e pelas plantas. Roberto a acompanhava, desde muito pequeno, nos cuidados diários com as rosas, begônias, antúrios, gladíolos, tinhorões e muitas outras espécies que plantava no seu jardim. [3]
Ida para o Rio de Janeiro
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/74/Pra%C3%A7a_C%C3%ADvica_%28Pra%C3%A7a_dos_Cristais%29.jpg/300px-Pra%C3%A7a_C%C3%ADvica_%28Pra%C3%A7a_dos_Cristais%29.jpg)
Quando os negócios começaram a ir mal em São Paulo, seu pai resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro em 1913.[1] A família viveu um tempo em casa de familiares e, quando a nova empresa de exportação e importação de couros de Wilhelm Marx começou a ter resultados positivos, finalmente se mudaram para um casarão no Leme. Nesse casarão, Burle Marx, então com 8 anos, começou a sua própria coleção de plantas e a cultivar suas mudas.[carece de fontes]
Período na Alemanha
Aos 19 anos, Burle Marx teve um problema nos olhos e a família se mudou para Alemanha em busca de tratamento. Permaneceram na Alemanha de 1928 a 1929, onde Burle Marx entrou em contato com as vanguardas artísticas. Lá conheceu um Jardim Botânico com uma estufa mantendo vegetação brasileira, pela qual ficou fascinado.[carece de fontes]
As diversas exposições que visitou e, dentre as mais importantes, a de Pablo Picasso, Henri Matisse, Paul Klee e Vincent van Gogh, lhe causaram grande impressão, levando-o à decisão de estudar pintura.[carece de fontes]
Formação acadêmica em Artes Plásticas (Belas Artes)
Durante a estada na Alemanha, Burle Marx estudou pintura no ateliê de Degner Klemn. De volta ao Rio de Janeiro, em 1930, Lúcio Costa, que era seu amigo e vizinho do Leme, o incentivou a ingressar na Escola Nacional de Belas Artes, atual Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.[3] Burle Marx conviveu na universidade com aqueles que se tornariam reconhecidos na arquitetura moderna brasileira: Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa e Milton Roberto, entre outros.[1]
Início do paisagismo no Recife
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c6/Fonte_na_Pra%C3%A7a_do_Entroncamento_-_Recife%2C_Pernambuco%2C_Brasil.jpg/300px-Fonte_na_Pra%C3%A7a_do_Entroncamento_-_Recife%2C_Pernambuco%2C_Brasil.jpg)
O primeiro projeto de jardim público idealizado por Burle Marx foi a Praça de Casa Forte, no Recife, em 1934. Nesse mesmo ano assumiu o cargo de Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, onde ainda lidava com um trabalho de inspiração levemente eclética, projetando mais de 10 praças. Nesse cargo, fez uso intenso da vegetação nativa nacional e começou a ganhar renome, sendo convidado a projetar os jardins do Edifício Gustavo Capanema (então Ministério da Educação e da Saúde).[1] Em 1935, ao projetar a Praça Euclides da Cunha (a Praça do Internacional, conhecida também como Cactário Madalena) ornamentada com plantas da caatinga e do sertão nordestino, buscou livrar os jardins do "cunho europeu", semeando a alma brasileira e divulgando o "senso de brasilidade". Seu grupo do movimento arquitetônico modernista (junto com Luís Nunes, da Diretoria de Arquitetura e Construção, e Attílio Correa Lima, responsável pelo Plano Urbanístico da cidade), ganhou opositores como Mário Melo e simpatizantes como Gilberto Freyre, Joaquim Cardozo e Cícero Dias, com os quais sempre se reunia. Em 1937 criou o primeiro Parque Ecológico do Recife.[3]
Ruptura e modernidade
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Pra%C3%A7a_Adhemar_de_Barros%2C_com_projeto_de_paisagismo_de_Burle_Marx%2C_est%C3%A1_localizada_em_%C3%81guas_de_Lind%C3%B3ia-SP..jpg/300px-Pra%C3%A7a_Adhemar_de_Barros%2C_com_projeto_de_paisagismo_de_Burle_Marx%2C_est%C3%A1_localizada_em_%C3%81guas_de_Lind%C3%B3ia-SP..jpg)
Sua participação na definição da Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental, tendo atuado nas equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo..[1]
A partir daí, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva, identificando-a muito com vanguardas artísticas como a arte abstrata, o concretismo, o construtivismo, entre outras.[3] As plantas baixas de seus projetos lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa.[carece de fontes]
Cronologia
- 1909 - nasce Burle Marx em 4 de agosto, em São Paulo.
- 1913 - Muda-se com a família para o Rio de Janeiro, onde fixam domicílio.
- 1928 a 1929 - Vive período na Alemanha com a família.
- 1930 a 1934 - Ingressa e frequenta a Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
- 1932 - Primeiro projeto de paisagismo para a residência da família Schwartz no Rio de Janeiro.
- 1934 - Assume a Diretoria de Parques e Jardins do Recife, projeta praças e jardins públicos.
- 1935 - Participa da elaboração paisagística do jardim no atual Palácio Gustavo Capanema.
- 1937 - Cria o primeiro Parque Ecológico do Recife.
- 1944 - Desenha os azulejos do Hall de entrada do Edificio Prudência (Rino Levi) em Higienopólis São Paulo.[5][6]
- 1949 - Adquire um sítio de 365.000 m2, em Guaratiba, RJ, onde abriga uma grande coleção de plantas.
- 1950 - Projeta o Parque Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas, Venezuela.
- 1953 - Projeta os Jardins da Cidade Universitária da Universidade do Brasil, Rio de Janeiro.
- 1953 - Projeta o Jardim do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
- 1954 - Projeta o paisagismo do Balneário Municipal de Águas de Lindóia, SP.
- 1954 - Realiza o projeto paisagístico para o Parque Ibirapuera, em São Paulo, SP (não executado).
- 1955 - Projeta o paisagismo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ.
- 1960 - Projeto o paisagismo da Praça da Cidadania da Universidade Federal de Santa Catarina, onde situa-se o Prédio da Reitoria, em Florianópolis.
- 1961 - Projeta o paisagismo para o Eixo Monumental de Brasília.
- 1961 - Paisagismo do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
- 1968 - Projeta o paisagismo da Embaixada do Brasil em Washington, D.C. (Estados Unidos).
- 1970 - Projeta o paisagismo do Palácio Karnak, sede oficial do Governo do Piauí.
- 1971 - Projeta o paisagismo do aterro da Bahia Sul em Florianópolis.
- 1971 - Recebe a Comenda da Ordem do Rio Branco do Itamaraty em Brasília.
- 1982 - Recebe o título Doutor honoris causa da Academia Real de Belas Artes de Haia (Holanda).
- 1982 - Recebe o título Doutor honoris causa do Royal College of Art em Londres (Inglaterra).
- 1985 - Doou seu sítio de Guaratiba com seu acervo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN (na ocasião se chamava Fundação Nacional Pró Memória).
- 1990 - Projeta o paisagismo do Parque Ipanema, em Ipatinga/MG.
- 1994 - Morre no Rio de Janeiro, em 4 de junho, tendo projetado mais de 2.000 jardins ao longo de sua vida.
Celebrações
Desde 2009, celebra-se no Recife a Semana Burle Marx, no início do mês de agosto.[7] (Lei Municipal nº 17.571/2009)
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e «Roberto Burle Marx - Biografia». UOL - Biografia. Consultado em 3 de julho de 2012
- ↑ «Iphan tomba seis praças projetadas por Roberto Burle Marx no Recife». G1. Consultado em 22 de março de 2017
- ↑ a b c d «Roberto Burle Marx». R7. Brasil Escola. Consultado em 3 de agosto de 2012
- ↑ Passeio no Recife visita praças projetadas por Burle Marx
- ↑ «Centenário de Burle Marx é comemorado com mostra no RJ; veja obras - Fotos - UOL Entretenimento». UOL Entretenimento. Consultado em 19 de janeiro de 2018. Cópia arquivada em 19 de janeiro de 2018
- ↑ Pinheiro, Maria Lúcia Bressan (2008). «Arquitetura residencial verticalizada em São Paulo nas décadas de 1930 e 1940». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. 16 (1): 109–149. ISSN 0101-4714. doi:10.1590/S0101-47142008000100004
- ↑ «Semana Burle Marx tem início nesta terça (4)». Consultado em 8 de agosto de 2015
Bibliografia
- BARDI, Pietro Maria, I giardini tropicali di Burle Marx.Gorlich editore,Milano 1964.
- RIZZO, Giulio G.; "Roberto Burle Marx. Il giardino del Novecento"; Firenze, Cantini editore; 1992
- LEENHARDT, Jacques (org); Nos jardins de Burle Marx; São Paulo: Editora Perspectiva, 1994; ISBN 85-273-0093-1
- RIZZO, Giulio G.; Roberto Burle Marx: non solo arte dei giardini; su "Controspazio", vol. 4; p. 66-73,1995.
- RIZZO Giulio G.; Il progetto dei grandi parchi urbani di Roberto Burle Marx. In "Paesaggio Urbano", vol. 4-5; p. 82-89, 1995.
- SIQUEIRA, Vera Beatriz; Burle Marx; São Paulo: Cosac e Naify, 2001.
- TABACOW, José (org.); Arte e Paisagem - Roberto Burle Marx; São Paulo: Livros Studio Nobel, 2004.
- RIZZO, Giulio G. : Il giardino privato di Roberto Burle Marx: Il Sìtio.Sessant'anni dalla fondazione. Cent'anni dalla nascita di Roberto Burle Marx.Gangemi Editore,Roma 2009.ISBN: 978-88-492-1987-6