Perda auditiva: diferenças entre revisões

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A surdez é o paradigma da cultura surda, a base sobre a qual se constrói a estrutura e forma da cultura surda, cujo principal elemento espelhador é a Língua de Sinais, o idioma natural dos surdos. Portanto, sem surdez não há cultura surda.<ref>______; CARVALHO, Luiz Claudio da Costa Carvalho. ''Outras palavras''; minorias sociais/e narrativas sobre a/ diferença /essencializada. Rio de Janeiro: Litteris/FAPERJ, 2014.</ref>
A surdez é o paradigma da cultura surda, a base sobre a qual se constrói a estrutura e forma da cultura surda, cujo principal elemento espelhador é a Língua de Sinais, o idioma natural dos surdos. Portanto, sem surdez não há cultura surda.<ref>______; CARVALHO, Luiz Claudio da Costa Carvalho. ''Outras palavras''; minorias sociais/e narrativas sobre a/ diferença /essencializada. Rio de Janeiro: Litteris/FAPERJ, 2014.</ref>

==Cognição e envelhecimento==
A perda auditiva, que é uma consequência do processo natural do [[Envelhecimento|envelhecimento,]] afeta aproximadamente um terço dos [[Idoso|idosos]] com idade entre 61 a 70 anos e mais de 80% daqueles com mais de 85 anos, configurando-se assim como um dos [[distúrbios de saúde]] mais comumente encontrado nessa população.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Karimi-Galougahi|primeiro=Mahboobeh|ultimo2=Naeini|primeiro2=Ali Safavi|ultimo3=Raad|primeiro3=Nasim|ultimo4=Mikaniki|primeiro4=Narges|ultimo5=Ghorbani|primeiro5=Jahangir|data=2020|titulo=Vertigo and hearing loss during the COVID-19 pandemic - is there an association?|url=https://www.actaitalica.it/article/view/820|jornal=Acta Otorhinolaryngologica Italica|paginas=1–3|doi=10.14639/0392-100X-N0820|issn=1827-675X|acessodata=}}</ref>

A [[presbiacusia]], que é a perda auditiva decorrente do envelhecimento, é um dos fatores que justifica uma das queixas mais comumente relatadas pelos idosos que refere-se a dificuldade de [[compreensão de fala]] principalmente em ambientes ruidosos. Considerada um transtorno complexo e multifatorial, pode sofrer influência de [[fatores ambientais]] ([[Ruído ambiental|ruído]], [[Ototoxicidade|drogas ototóxicas]], [[aterosclerose]], [[Diabetes mellitus|diabetes]], [[hipertensão arterial]]) e genéticos ([[suscetibilidade genética]]).<ref>{{Citar periódico|ultimo=Fetoni|primeiro=Anna Rita|ultimo2=Troiani|primeiro2=Diana|ultimo3=Petrosini|primeiro3=Laura|ultimo4=Paludetti|primeiro4=Gaetano|data=2015-02-05|titulo=Cochlear Injury and Adaptive Plasticity of the Auditory Cortex|url=http://dx.doi.org/10.3389/fnagi.2015.00008|jornal=Frontiers in Aging Neuroscience|volume=7|doi=10.3389/fnagi.2015.00008|issn=1663-4365}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Fetoni|primeiro=A. R.|ultimo2=De Bartolo|primeiro2=P.|ultimo3=Eramo|primeiro3=S. L. M.|ultimo4=Rolesi|primeiro4=R.|ultimo5=Paciello|primeiro5=F.|ultimo6=Bergamini|primeiro6=C.|ultimo7=Fato|primeiro7=R.|ultimo8=Paludetti|primeiro8=G.|ultimo9=Petrosini|primeiro9=L.|data=2013-02-27|titulo=Noise-Induced Hearing Loss (NIHL) as a Target of Oxidative Stress-Mediated Damage: Cochlear and Cortical Responses after an Increase in Antioxidant Defense|url=http://dx.doi.org/10.1523/jneurosci.2282-12.2013|jornal=Journal of Neuroscience|volume=33|numero=9|paginas=4011–4023|doi=10.1523/jneurosci.2282-12.2013|issn=0270-6474}}</ref>

Esta perda auditiva associada ao [[envelhecimento]] é descrita como uma [[perda auditiva sensorioneural]], com o grau podendo variar de leve a profundo tanto nas frequências baixas ([[sons graves)]] quanto nas frequências altas ([[sons agudos]]), apresenta início gradual e progressivo, de forma simétrica, descendente e bilateral para sons em frequências altas (3 a 8kHz), muitas vezes acompanhada por dificuldades no [[reconhecimento de fala]] <ref>{{Citar periódico|ultimo=Marques|primeiro=Ana Cléia de O.|ultimo2=Kozlowski|primeiro2=Lorena|ultimo3=Marques|primeiro3=Jair Mendes|data=2004-12|titulo=Reabilitação auditiva no idoso|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0034-72992004000600017&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Revista Brasileira de Otorrinolaringologia|lingua=pt|volume=70|numero=6|paginas=806–811|doi=10.1590/S0034-72992004000600017|issn=0034-7299}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=DE MARIA GOULART BRAGA CUBA|primeiro=CONCEICAO|titulo=O GUARNICÊ DOS IDOSOS: AMIZADE E CIDADANIA NAS UNIVERSIDADES DA TERCEIRA IDADE DE SÃO LUÍS (MA) E DO RIO DE JANEIRO (RJ)|url=http://dx.doi.org/10.17771/pucrio.acad.25785}}</ref>. Os resultados [[Audiometria|audiométricos]] apresentam uma configuração descendente<ref>{{Citar periódico|ultimo=Jumonville|primeiro=Wendy A.|data=1993-10|titulo=Audiometric Interpretation - A Manual of Basic Audiometry, Second Edition. Harriet Kaplan, Vic S. Gladstone, Lyle L. Lloyd Needham Heights, MA|url=http://dx.doi.org/10.1097/00003446-199310000-00010|jornal=Ear and Hearing|volume=14|numero=5|paginas=373|doi=10.1097/00003446-199310000-00010|issn=0196-0202}}</ref> e achados audiológicos descritos na literatura mostram a prevalência das [[Curvas timpanométricas|curvas timpanométricas do tipo A]], cuja configuração representa normalidade de [[Ouvido médio|orelha média]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Guerra|primeiro=Tatiana Marques|ultimo2=Estevanovic|primeiro2=Lucimar Pires|ultimo3=Cavalcante|primeiro3=Marcela de Ávila Meira|ultimo4=Silva|primeiro4=Rafaela Carolina Lopez|ultimo5=Miranda|primeiro5=Izabel Cristina Campolina|ultimo6=Quintas|primeiro6=Victor Gandra|data=2010-10|titulo=Perfil dos limiares audiométricos e curvas timpanométricas de idosos|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1808-86942010000500022&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Brazilian Journal of Otorhinolaryngology|lingua=pt|volume=76|numero=5|paginas=663–666|doi=10.1590/S1808-86942010000500022|issn=1808-8694}}</ref>

A perda auditiva relacionada a idade pode influenciar na [[reorganização neural]] por meio do recrutamento de outros sistemas sensoriais na tentativa de regular o processamento neural deficitário da informação auditiva objetivando assim uma boa comunicação na presença da perda auditiva.<ref>{{Citar periódico |titulo=Somatosensory Cross-Modal Reorganization in Adults With Age-Related, Early-Stage Hearing Loss |url=http://dx.doi.org/10.3389/fnhum.2018.00172 |jornal=Frontiers in Human Neuroscience |data=2018-05-03 |issn=1662-5161 |acessodata=2020-09-14 |doi=10.3389/fnhum.2018.00172 |primeiro=Garrett |ultimo=Cardon |primeiro2=Anu |ultimo2=Sharma}}</ref> Esse processamento compensatório pode gerar um esforço cognitivo adicional, o que poderia levar a um efeito em cascata que afetaria a [[Percepção auditiva|percepção]], [[compreensão]] e [[memória]] do que foi ouvido mesmo em perdas auditivas leves.<ref>{{Citar periódico |titulo=The Neural Consequences of Age-Related Hearing Loss |url=http://dx.doi.org/10.1016/j.tins.2016.05.001 |jornal=Trends in Neurosciences |data=2016-07 |issn=0166-2236 |paginas=486–497 |numero=7 |acessodata=2020-09-14 |doi=10.1016/j.tins.2016.05.001 |primeiro=Jonathan E. |ultimo=Peelle |primeiro2=Arthur |ultimo2=Wingfield}}</ref>

A partir do exposto, é importante chamarmos a atenção para o fator preditor que envolve a relação entre a perda auditiva e o [[declínio cognitivo]] em idosos uma vez que o risco de declínio cognitivo é aproximadamente duas vezes maior quando a perda auditiva está presente, podendo preceder em até 10 anos, o seu início.<ref>{{Citar periódico |ultimo=Ramdane |primeiro=Said |data=2015 |titulo=P3-062: Higher blood hemoglobin level in Alzheimer’ disease patients: An observational study |url=http://dx.doi.org/10.1016/j.jalz.2015.06.929 |jornal=Alzheimer's & Dementia |volume=11 |numero=7S_Part_14 |paginas=P641–P642 |doi=10.1016/j.jalz.2015.06.929 |issn=1552-5260 |acessodata=}}</ref> <ref>{{Citar periódico |ultimo=Loughrey |data=2018-02-01 |doi=10.1001/jamaoto.2017.2513 |paginas=115 |numero=2 |volume=144 |jornal=JAMA Otolaryngology–Head & Neck Surgery |url=http://dx.doi.org/10.1001/jamaoto.2017.2513 |titulo=Association of Age-Related Hearing Loss With Cognitive Function, Cognitive Impairment, and Dementia |primeiro5=Brian A. |primeiro=David G. |ultimo5=Lawlor |primeiro4=Sabina |ultimo4=Brennan |primeiro3=George A. |ultimo3=Kelley |primeiro2=Michelle E. |ultimo2=Kelly |issn=2168-6181}}</ref> Considerada como um possível [[Biomarcador (medicina)|biomarcador]] pode oferecer uma via para modificação dos resultados clínicos.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Albers|primeiro=Mark W.|ultimo2=Gilmore|primeiro2=Grover C.|ultimo3=Kaye|primeiro3=Jeffrey|ultimo4=Murphy|primeiro4=Claire|ultimo5=Wingfield|primeiro5=Arthur|ultimo6=Bennett|primeiro6=David A.|ultimo7=Boxer|primeiro7=Adam L.|ultimo8=Buchman|primeiro8=Aron S.|ultimo9=Cruickshanks|primeiro9=Karen J.|data=2014-07-08|titulo=At the interface of sensory and motor dysfunctions and Alzheimer's disease|url=http://dx.doi.org/10.1016/j.jalz.2014.04.514|jornal=Alzheimer's & Dementia|volume=11|numero=1|paginas=70–98|doi=10.1016/j.jalz.2014.04.514|issn=1552-5260}}</ref>

Apontada como um risco reversível, modificável, no que se refere ao declínio cognitivo e ao desenvolvimento da [[demência]] na população idosa, a perda auditiva deve ser diagnosticada o mais precocemente possível, uma vez que tal processo é pré requisito para que intervenções adequadas sejam feitas e assim o curso das alterações cognitivas e da demência sejam minimizados ou até mesmo evitados.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Davies|primeiro=Rachael|data=2017|titulo=Gill Livingston: transforming dementia prevention and care|url=http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(17)31913-x|jornal=The Lancet|volume=390|numero=10113|paginas=2619|doi=10.1016/s0140-6736(17)31913-x|issn=0140-6736|acessodata=}}</ref>

A [[presbiacusia]] é um dos transtornos de saúde mais frequentes relatados por [[Idoso|idosos]] e compromete aspectos biopsicossociais na vida do indivíduo,<ref name=":11">{{Citar periódico|ultimo=Jorgensen|primeiro=Lindsey E.|ultimo2=Palmer|primeiro2=Catherine V.|ultimo3=Pratt|primeiro3=Sheila|ultimo4=Erickson|primeiro4=Kirk I.|ultimo5=Moncrieff|primeiro5=Deborah|data=2016-04|titulo=The Effect of Decreased Audibility on MMSE Performance: A Measure Commonly Used for Diagnosing Dementia|url=http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.15006|jornal=Journal of the American Academy of Audiology|volume=27|numero=04|paginas=311–323|doi=10.3766/jaaa.15006|issn=1050-0545}}</ref> <ref name=":12">{{Citar periódico|ultimo=Humes Larry E.|ultimo2=Watson Betty U.|ultimo3=Christensen Laurel A.|ultimo4=Cokely Carol G.|ultimo5=Halling Dan C.|ultimo6=Lee Lidia|data=1994-04-01|titulo=Factors Associated With Individual Differences in Clinical Measures of Speech Recognition Among the Elderly|url=https://pubs.asha.org/doi/10.1044/jshr.3702.465|jornal=Journal of Speech, Language, and Hearing Research|volume=37|numero=2|paginas=465–474|doi=10.1044/jshr.3702.465}}</ref> causando dificuldades de comunicação, podendo desencadear o isolamento social, baixa autoestima, sintomas depressivos e maior risco de declínio cognitivo, e, assim, causando grande impacto na qualidade de vida do idoso e de sua família. Esse transtorno acontece por meio de processos neuro-degenerativos que afetam as células receptoras cocleares e os circuitos cerebrais envolvidos na percepção auditiva, acarretando na redução da sensibilidade auditiva e [[compreensão da fala]] em ambientes ruidosos <ref name=":13">{{Citar periódico |titulo=Music Training and Education Slow the Deterioration of Music Perception Produced by Presbycusis in the Elderly |primeiro4=Cristián |primeiro9=Paul H. |ultimo8=Delgado |primeiro8=Carolina |ultimo7=Dagnino-Subiabre |primeiro7=Alexies |ultimo6=Panussis |primeiro6=Felipe |ultimo5=Olmedo |primeiro5=Rubén |ultimo4=Martínez |ultimo3=Rojas |url=http://dx.doi.org/10.3389/fnagi.2017.00149 |primeiro3=Marcos |ultimo2=Véliz |primeiro2=Guillermo |ultimo=Moreno-Gómez |primeiro=Felipe N. |doi=10.3389/fnagi.2017.00149 |acessodata=2020-09-01 |issn=1663-4365 |data=2017-05-19 |jornal=Frontiers in Aging Neuroscience |ultimo9=Delano}}</ref><ref name=":14">{{Citar periódico |titulo=Presbycusis |url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0140673605674235 |jornal=The Lancet |data=2005-09 |paginas=1111–1120 |numero=9491 |acessodata=2020-09-01 |doi=10.1016/S0140-6736(05)67423-5 |lingua=en |primeiro=George A |ultimo=Gates |primeiro2=John H |ultimo2=Mills}}</ref>.

A [[reabilitação auditiva]] mais comum, nesses casos, é a adaptação de [[Aparelho auditivo|aparelhos de amplificação sonora individual (AASI),]] uma vez que estudos comprovam a melhora na capacidade auditiva e [[Cognitivo|cognitiva]] por meio deles<ref name=":15">{{Citar periódico |titulo=Self-Reported Hearing Loss Predicts 5-Year Decline in Higher-Level Functional Capacity in High-Functioning Elderly Adults: The Fujiwara-Kyo Study |primeiro=Kimiko |primeiro4=Norio |ultimo3=Morikawa |primeiro3=Masayuki |ultimo2=Okamoto |primeiro2=Nozomi |ultimo=Tomioka |doi=10.1111/jgs.13780 |url=http://dx.doi.org/10.1111/jgs.13780 |acessodata=2020-09-10 |numero=11 |paginas=2260–2268 |issn=0002-8614 |data=2015-10-27 |jornal=Journal of the American Geriatrics Society |ultimo4=Kurumatani}}</ref><ref name=":16">{{Citar periódico |titulo=Hearing Loss and Cognition: The Role of Hearing Aids, Social Isolation and Depression |primeiro3=Karen J. |primeiro8=Kevin J. |ultimo7=McCormack |primeiro7=Abby |ultimo6=Edmondson-Jones |primeiro6=Mark |ultimo5=Fortnum |primeiro5=Heather |ultimo4=Moore |primeiro4=David R. |ultimo3=Cruickshanks |ultimo2=Emsley |url=http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0119616 |primeiro2=Richard |ultimo=Dawes |primeiro=Piers |doi=10.1371/journal.pone.0119616 |acessodata=2020-09-10 |numero=3 |paginas=e0119616 |issn=1932-6203 |data=2015-03-11 |jornal=PLOS ONE |ultimo8=Munro}}</ref>. Porém, em alguns casos, o indivíduo com [[Deficiência auditiva|perda de audição]] severa ou profunda não possui benefícios com o uso do AASI, sendo indicado o uso de [[próteses auditivas implantadas,]] principalmente o [[implante coclear]] (IC).

==== Presbiacusia e música ====
A [[percepção]] e escuta musical dependem do funcionamento normal do [[sistema auditivo central e periférico]], mesmo idosos sem perda auditiva costumam apresentar uma alteração na percepção musical de altura e temporal <ref>{{Citar periódico |titulo=Music Training and Education Slow the Deterioration of Music Perception Produced by Presbycusis in the Elderly |primeiro4=Cristián |primeiro9=Paul H. |ultimo8=Delgado |primeiro8=Carolina |ultimo7=Dagnino-Subiabre |primeiro7=Alexies |ultimo6=Panussis |primeiro6=Felipe |ultimo5=Olmedo |primeiro5=Rubén |ultimo4=Martínez |ultimo3=Rojas |url=http://dx.doi.org/10.3389/fnagi.2017.00149 |primeiro3=Marcos |ultimo2=Véliz |primeiro2=Guillermo |ultimo=Moreno-Gómez |primeiro=Felipe N. |doi=10.3389/fnagi.2017.00149 |acessodata=2020-09-01 |issn=1663-4365 |data=2017-05-19 |jornal=Frontiers in Aging Neuroscience |ultimo9=Delano}}</ref>. Outros estudos também correlacionam a diminuição e alterações perceptivas e acústicas relacionadas à idade em [[Idoso|idosos]] sem perda auditiva <ref>{{Citar periódico |titulo=Aging alters the perception and physiological representation of frequency: Evidence from human frequency-following response recordings |url=http://dx.doi.org/10.1016/j.heares.2009.11.010 |jornal=Hearing Research |data=2010-06 |issn=0378-5955 |paginas=48–55 |numero=1-2 |acessodata=2020-09-01 |doi=10.1016/j.heares.2009.11.010 |primeiro=Christopher G. |ultimo=Clinard |primeiro2=Kelly L. |ultimo2=Tremblay |primeiro3=Ananthanarayan R. |ultimo3=Krishnan}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Frequency modulation detection: Effects of age, psychophysical method, and modulation waveform |url=http://asa.scitation.org/doi/10.1121/1.2741208 |jornal=The Journal of the Acoustical Society of America |data=2007-07 |issn=0001-4966 |paginas=467–477 |numero=1 |acessodata=2020-09-01 |doi=10.1121/1.2741208 |lingua=en |primeiro=Ning-ji |ultimo=He |primeiro2=John H. |ultimo2=Mills |primeiro3=Judy R. |ultimo3=Dubno}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Losing the Music: Aging Affects the Perception and Subcortical Neural Representation of Musical Harmony |url=http://www.jneurosci.org/cgi/doi/10.1523/JNEUROSCI.3214-14.2015 |jornal=Journal of Neuroscience |data=2015-03-04 |issn=0270-6474 |paginas=4071–4080 |pmc=PMC4348197 |pmid=25740534 |numero=9 |acessodata=2020-09-01 |doi=10.1523/JNEUROSCI.3214-14.2015 |lingua=en |primeiro=O. |ultimo=Bones |primeiro2=C. J. |ultimo2=Plack}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Auditory temporal processing and aging: implications for speech understanding of older people |acessodata=2020-09-01 |primeiro3=G.H. |ultimo2=Fitzgibbons |primeiro2=P.J. |ultimo=Gordon-Salant |primeiro=S. |doi=10.4081/audiores.2011.e4 |numero=1S |url=http://www.audiologyresearch.org/index.php/audio/article/view/6 |pmid=26557313 |pmc=PMC4627162 |paginas=e4 |issn=2039-4349 |data=2011-05-10 |jornal=Audiology Research |ultimo3=Yeni-Komshian}}</ref>.


== Ver também ==
== Ver também ==

Revisão das 17h49min de 26 de outubro de 2020

Perda auditiva
Perda auditiva
Símbolo internacional para a surdez e perda auditiva
Sinónimos Surdez; anacusia é a surdez total[1]
Especialidade Otorrinolaringologia, audiologia
Complicações Solidão[2]
Tipos Condutiva, neurossensorial, mista[3]
Causas Genética, envelhecimento, exposição ao ruído, algumas infeções, complicações do parto, trauma no ouvido, alguns medicamentos ou toxinas[2]
Prevenção Vacinação, cuidados de saúde na gravidez, evitar ruído intenso, evitar alguns medicamentos[2]
Tratamento Aparelho auditivo, língua gestual, implante coclear, legendas[2]
Frequência 1,33 mil milhões / 18,5% (2015)[4]
Classificação e recursos externos
CID-10 H90H91
CID-9 389
DiseasesDB 19942
MedlinePlus 003044
eMedicine article/994159
MeSH D034381
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Perda auditiva é a incapacidade parcial ou total de ouvir sons.[5] A perda audtiva pode ser temporária ou permanente. Uma pessoa surda é incapaz de ouvir ou ouve com dificuldade.[2] A perda audtiva pode ocorrer em apenas um ou em ambos os ouvidos.[2] Durante a infância, a perda auditiva pode afetar a capacidade de aprendizagem da língua e causar dificuldades no trabalho em adulto.[6] Em algumas pessoas, principalmente idosos, a perda auditiva pode estar associada a solidão.[2]

A perda auditiva pode ser causada por uma série de fatores, entre os quais o envelhecimento (nesse caso a perda é também chamada de presbiacusia), exposição ao ruído, algumas infeções, complicações do nascimento, trauma no ouvido e alguns medicamentos ou toxinas. Uma das causas mais comuns são as infeções crónicas do ouvido. Algumas infeções durante a gravidez, como a rubéola, podem também causar a condição. A perda auditiva é diagnosticada quando um exame auditivo confirma que a pessoa é incapaz de ouvir 25 decibéis em pelo menos um dos ouvidos.[2] Os exames auditivos são recomendados para todos os recém-nascidos.[6] A condição pode ser classificada em leve, moderada, severa e profunda.[2] Existem três tipos principais de perda auditiva: condutiva, neurossensorial e mista.[3]

A perda auditiva pode ser evitada. Entre as medidas de prevenção estão a vacinação, cuidados de saúde adequados durante a gravidez, evitar a exposição a ruídos intensos e evitar o consumo de determinados medicamentos.[2] A Organização Mundial de Saúde recomenda que os jovens limitem a audição de reprodutores de média portáteis a uma hora por dia de forma a diminuir a exposição ao ruído.[7] O diagnóstico precoce e o apoio são importantes durante a infância. Para muitas pessoas com a condição, os aparelhos auditivos, a linguagem gestual, os implantes cocleares, as legendas e a leitura labial são medidas eficazes que ajudam a contornar as dificuldades. No entanto, o acesso a aparelhos auditivos é difícil em muitas partes do mundo.[2]

Em 2013, cerca de 1,1 mil milhões de pessoas em todo o mundo eram afetadas por um qualquer grau de perda auditiva.[8] A condição causa incapacidade auditiva em cerca de 5% das pessoas afetadas (360 a 580 milhões de pessoas), de entre as quais 124 milhões apresentam incapacidade moderada a grave.[2][9][10] Entre as pessoas com incapacidade moderada a grave, 108 milhões vivem em países de rendimento baixo a moderado.[9] As pessoas que usam linguagem gestual e estão integradas na cultura dos surdos vêem-se a si próprias como sendo simplesmente diferentes, e não como tendo uma doença.[11] Muitos membros desta comunidade opõem-se a tentativas de curar a surdez[12][13][14] e levantam objeções aos implantes cochlear, uma vez que essas medidas têm o potencial de eliminar a sua cultura.[15] O termo "deficiência auditiva" é muitas vezes visto de forma negativa, uma vez que salienta aquilo que as pessoas não conseguem fazer.[11]

Ponto de vista médico

Em termos médicos, a surdez é categorizada em níveis do ligeiro ao profundo. É também classificada de deficiência auditiva, ou hipoacúsia.[16] Os tipos de surdez quanto ao grau de perda auditiva:

  • Perda auditiva leve: não tem efeito significativo no desenvolvimento desde que não progrida, geralmente não é necessário uso de aparelho auditivo.
  • Perda auditiva moderada: pode interferir no desenvolvimento da fala e linguagem, mas não chega a impedir que o indivíduo fale.
  • Perda auditiva severa: interfere no desenvolvimento da fala e linguagem, mas com o uso de aparelho auditivo poderá receber informações utilizando a audição para o desenvolvimento da fala e linguagem.
  • Perda auditiva profunda: sem intervenção, a fala e a linguagem dificilmente irão ocorrer.

Ponto de vista educacional

Deste ponto de vista, surdez refere-se à incapacidade ou dificuldade da criança aprender a linguagem, por via auditiva. A criança surda pode aprender a falar, ainda que haja dificuldades.

A partir da Lei 10436, o governo brasileiro reconhece a LIBRAS, como língua, e os surdos têm o direito de, nas instituições educacionais, as aulas sejam ministradas em LIBRAS, ou, pelo menos com a presença de um interprete de língua de sinais.

Também em Portugal, o decreto-lei 3/2008 regulamentou a educação especial, em particular, o direito da criança surda crescer bilingue.[17] Em Portugal a LGP (Língua Gestual Portuguesa) foi reconhecida em 1997.

Ponto de vista cultural

Em termos culturais, surdez é descrita como diferença linguística e identidade cultural, a qual é partilhada entre indivíduos surdos.[18]

A surdez é o paradigma da cultura surda, a base sobre a qual se constrói a estrutura e forma da cultura surda, cujo principal elemento espelhador é a Língua de Sinais, o idioma natural dos surdos. Portanto, sem surdez não há cultura surda.[19]

Cognição e envelhecimento

A perda auditiva, que é uma consequência do processo natural do envelhecimento, afeta aproximadamente um terço dos idosos com idade entre 61 a 70 anos e mais de 80% daqueles com mais de 85 anos, configurando-se assim como um dos distúrbios de saúde mais comumente encontrado nessa população.[20]

A presbiacusia, que é a perda auditiva decorrente do envelhecimento, é um dos fatores que justifica uma das queixas mais comumente relatadas pelos idosos que refere-se a dificuldade de compreensão de fala principalmente em ambientes ruidosos. Considerada um transtorno complexo e multifatorial, pode sofrer influência de fatores ambientais (ruído, drogas ototóxicas, aterosclerose, diabetes, hipertensão arterial) e genéticos (suscetibilidade genética).[21][22]

Esta perda auditiva associada ao envelhecimento é descrita como uma perda auditiva sensorioneural, com o grau podendo variar de leve a profundo tanto nas frequências baixas (sons graves) quanto nas frequências altas (sons agudos), apresenta início gradual e progressivo, de forma simétrica, descendente e bilateral para sons em frequências altas (3 a 8kHz), muitas vezes acompanhada por dificuldades no reconhecimento de fala [23][24]. Os resultados audiométricos apresentam uma configuração descendente[25] e achados audiológicos descritos na literatura mostram a prevalência das curvas timpanométricas do tipo A, cuja configuração representa normalidade de orelha média.[26]

A perda auditiva relacionada a idade pode influenciar na reorganização neural por meio do recrutamento de outros sistemas sensoriais na tentativa de regular o processamento neural deficitário da informação auditiva objetivando assim uma boa comunicação na presença da perda auditiva.[27] Esse processamento compensatório pode gerar um esforço cognitivo adicional, o que poderia levar a um efeito em cascata que afetaria a percepção, compreensão e memória do que foi ouvido mesmo em perdas auditivas leves.[28]

A partir do exposto, é importante chamarmos a atenção para o fator preditor que envolve a relação entre a perda auditiva e o declínio cognitivo em idosos uma vez que o risco de declínio cognitivo é aproximadamente duas vezes maior quando a perda auditiva está presente, podendo preceder em até 10 anos, o seu início.[29] [30] Considerada como um possível biomarcador pode oferecer uma via para modificação dos resultados clínicos.[31]

Apontada como um risco reversível, modificável, no que se refere ao declínio cognitivo e ao desenvolvimento da demência na população idosa, a perda auditiva deve ser diagnosticada o mais precocemente possível, uma vez que tal processo é pré requisito para que intervenções adequadas sejam feitas e assim o curso das alterações cognitivas e da demência sejam minimizados ou até mesmo evitados.[32]

A presbiacusia é um dos transtornos de saúde mais frequentes relatados por idosos e compromete aspectos biopsicossociais na vida do indivíduo,[33] [34] causando dificuldades de comunicação, podendo desencadear o isolamento social, baixa autoestima, sintomas depressivos e maior risco de declínio cognitivo, e, assim, causando grande impacto na qualidade de vida do idoso e de sua família. Esse transtorno acontece por meio de processos neuro-degenerativos que afetam as células receptoras cocleares e os circuitos cerebrais envolvidos na percepção auditiva, acarretando na redução da sensibilidade auditiva e compreensão da fala em ambientes ruidosos [35][36].

A reabilitação auditiva mais comum, nesses casos, é a adaptação de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI), uma vez que estudos comprovam a melhora na capacidade auditiva e cognitiva por meio deles[37][38]. Porém, em alguns casos, o indivíduo com perda de audição severa ou profunda não possui benefícios com o uso do AASI, sendo indicado o uso de próteses auditivas implantadas, principalmente o implante coclear (IC).

Presbiacusia e música

A percepção e escuta musical dependem do funcionamento normal do sistema auditivo central e periférico, mesmo idosos sem perda auditiva costumam apresentar uma alteração na percepção musical de altura e temporal [39]. Outros estudos também correlacionam a diminuição e alterações perceptivas e acústicas relacionadas à idade em idosos sem perda auditiva [40][41][42][43].

Ver também

Referências

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