Sergio Miceli: diferenças entre revisões

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'''Sergio Miceli Pessôa de Barros''' ([[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[1945]]) é um [[sociólogo]] [[brasil]]eiro, professor da [[Universidade de São Paulo]]<ref>{{citar web|URL = http://sociologia.fflch.usp.br/node/154|título = <nowiki>Sergio Miceli | DS - Departamento de Sociologia</nowiki>|data = |acessadoem = 11 de novembro de 2014|autor = [[USP]]|publicado = [[Universidade de São Paulo]]}}</ref> e membro da [[Academia Brasileira de Ciências]].<ref>{{citar web|URL = http://www.abc.org.br/~smiceli|título = Membros da Academia Brasileira de Ciências|data = |acessadoem = 11 de novembro de 2014|autor = |publicado = [[Academia Brasileira de Ciências]]|arquivourl = https://web.archive.org/web/20141111213807/http://www.abc.org.br/~smiceli|arquivodata = 2014-11-11|urlmorta = yes}}</ref>
'''Sergio Miceli Pessôa de Barros''' ([[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[16 de maio]] de [[1945]]) é um [[sociólogo]], [[escritor]] e [[professor]] [[Brasileiros|brasileiro]].<ref>{{citar web |url=https://cpdoc.fgv.br/cientistassociais/sergiomiceli |titulo=SÉRGIO MICELI |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil]]}}</ref> Sérgio Miceli é membro da [[Academia Brasileira de Ciências]] (ABC).<ref>{{citar web|URL = http://www.abc.org.br/~smiceli|título = Membros da Academia Brasileira de Ciências|data = |acessadoem = 11 de novembro de 2014|autor = |publicado = [[Academia Brasileira de Ciências]]|arquivourl = https://web.archive.org/web/20141111213807/http://www.abc.org.br/~smiceli|arquivodata = 2014-11-11|urlmorta = yes}}</ref>


== Biografia ==
Miceli apresentou as premissas do filósofo, antropólogo e sociólogo Pierre Bourdieu à USP em um momento de dominação das teorias de Karl Marx. Foi o responsável pelo fortalecimento da sociologia da cultura no âmbito paulista e de setores antes pouco privilegiados como a sociologia da arte. Atualmente é docente nos cursos de pós-graduação da Universidade de São Paulo.


=== Formação acadêmica ===
Graduado em Ciências Políticas e Sociais pela [[Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro]] em [[1967]], é mestre em Ciências Sociais pela [[Universidade de São Paulo]] ([[1971]]), com ''A Noite da Madrinha - Ensaio sobre a Indústria Cultural no Brasil'', sob a orientação de [[Leôncio Martins Rodrigues]]. A tese, era a primeira a falar de indústria cultural dentro da sociologia da USP e foi um marco para disciplina. Seguindo a tradição de Florestan Fernandes as pautas dos projetos eram até então voltadas para os processos industriais, sindicais e conflitos entre o Brasil agrário Vs moderno sob a dialética materialista de Karl Marx.
Nascido na cidade do [[Rio de Janeiro]], Sérgio formou-se no curso de [[Ciências sociais]] da [[Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro]] (PUC-Rio) no ano de 1967.<ref name=":0">{{citar web |url=http://sociologia.fflch.usp.br/node/96 |titulo=Sergio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo]]}}</ref><ref>{{citar web |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/panorama |titulo=Rio de Janeiro |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]}}</ref><ref>{{citar web |url=https://todavialivros.com.br/autores/sergio-miceli |titulo=Sergio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Todavia]]}}</ref>


Mudou-se para cidade de [[São Paulo]], para fazer seu mestrado na [[Universidade de São Paulo]] (USP), onde obteve a titulação no ano de 1971, ''A Noite da Madrinha - Ensaio sobre a Indústria Cultural no Brasil, s''ob a orientação de Leôncio Martins Rodrigues.<ref>{{citar web |url=https://repositorio.usp.br/item/001657811 |titulo=A noite da madrinha: e outros ensaios sobre o éter nacional (2005) |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Universidade de São Paulo]]}}</ref> A tese, era a primeira a falar de indústria cultural dentro da sociologia da USP e foi um marco para disciplina.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.5433/1984-3356.2020v13n26p498 |titulo=O historiador e o sociólogo: Nicolau Sevcenko e Sérgio Miceli |data=2020-12-09 |acessodata=2021-05-01 |jornal=Antíteses |número=26 |ultimo=Rocha |primeiro=Ricardo |paginas=498 |doi=10.5433/1984-3356.2020v13n26p498 |issn=1984-3356}}</ref> Seguindo a tradição de [[Florestan Fernandes]] as pautas dos projetos eram até então voltadas para os processos industriais, sindicais e conflitos entre o Brasil agrário contra o moderno sob a [[Materialismo dialético|dialética materialista]] de [[Karl Marx]].<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-40141996000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |titulo=A Sociologia de Florestan Fernandes |data=1996 |acessodata=2021-05-01 |jornal=Estudos Avançados |número=26 |ultimo=Ianni |primeiro=Octávio |paginas=25–33 |lingua=pt |doi=10.1590/S0103-40141996000100006 |issn=0103-4014}}</ref>
Obteve seu [[doutorado]] em [[1978]] pela [[École des Hautes Études en Sciences Sociales]], com ''Intelectuais e Classe Dirigente no Brasil, 1920-1945'', sob a orientação de [[Pierre Bourdieu]]. A tese de doutorado foi inovadora, pois pela primeira vez um sociólogo via a classe intelectual brasileira segundo seus aspectos objetivos da vida material, condições sociais e trajetórias desses autores atrelados as obras produzidas.


Obteve seu [[doutorado]] em 1978 na [[França]] pela [[École des Hautes Études en Sciences Sociales]], com ''Intelectuais e Classe Dirigente no Brasil, 1920-1945'', sob a orientação de [[Pierre Bourdieu]].<ref>{{citar web |url=https://www.companhiadasletras.com.br/autor.php?codigo=00338 |titulo=Sérgio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Companhia das Letras]]}}</ref><ref name=":1">{{citar web |url=https://www.flip.org.br/autor/sergio-miceli/ |titulo=Sergio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Festa Literária Internacional de Paraty]]}}</ref><ref>{{citar web |url=https://fapesp.br/13962/acordo-de-cooperacao-entre-a-fapesp-e-a-ecole-des-hautes-etudes-en-sciences-sociales |titulo=Acordo de cooperação entre a FAPESP e a École des Hautes Études en Sciences Sociales |data=25 de novembro de 2019 |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo]]}}</ref> A tese de doutorado foi inovadora, pois pela primeira vez um sociólogo via a classe intelectual brasileira segundo seus aspectos objetivos da vida material, condições sociais e trajetórias desses autores atrelados as obras produzidas.<ref>{{citar web |url=https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=11797 |titulo=Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945) |acessodata=01/05/2021 |publicado=Biblioteca da [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]}}</ref><ref>{{citar web |ultimo=Miceli |primeiro=Sérgio |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs07029907.htm |titulo=Um intelectual do sentido |data=7 de Fevereiro de 1999 |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Folha de S. Paulo]]}}</ref>
Defendeu sua tese de [[livre-docência]], ''A Elite Eclesiástica Brasileira, 1890-1930'', na [[Unicamp]], em [[1986]].


=== Carreira ===
Autor de diversos livros, entre eles ''"Intelectuais à Brasileira"'' ([[2001]]), foi professor visitante da [[Universidade Nacional de Antropologia e História do México]], da [[Universidade da Flórida]] ([[1987]]-[[1988]]), da [[Universidade de Chicago]] ([[1991]] - [[1992]]), da [[Universidade Stanford]] ([[2001]]-[[2002]]) e da École des Hautes Études en Sciences Sociales ([[2004]]-[[2005]]). Atualmente é professor titular de sociologia da [[Universidade de São Paulo]]. Também é [[comendador]] da República e membro da Academia Brasileira de Ciências.
Miceli apresentou as premissas do filósofo, antropólogo e sociólogo Pierre Bourdieu à USP em um momento em que as teorias de Karl Marx estavam em alta na universidade.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.1590/s0103-20702003000100004 |titulo=Bourdieu e a renovação da sociologia contemporânea da cultura |data=2003-04 |acessodata=2021-05-01 |jornal=Tempo Social |número=1 |ultimo=Miceli |primeiro=Sergio |doi=10.1590/s0103-20702003000100004 |issn=0103-2070}}</ref> Foi o responsável pelo fortalecimento da sociologia da cultura no âmbito paulista e de setores antes pouco privilegiados como a sociologia da arte.<ref>{{citar web |ultimo=Quemin |primeiro=Alain |url=http://anpocs.com/images/BIB/n89/alain_ana_BIB_0008908_RP.pdf |titulo=A contribuição de Pierre Bourdieu para a sociologia da arte (França e Brasil) |data=2019 |acessodata=01/05/2021 |publicado=Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)}}</ref> Atualmente é docente nos cursos de pós-graduação da Universidade de São Paulo.<ref>{{citar web |ultimo=Morales |primeiro=Carlos |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-83092013000200421 |titulo=Miceli, Sergio. Vanguardas em retrocesso. São Paulo: Companhia das Letras, 2012 |data=2013 |acessodata=01/05/2021 |publicado=Revista de História (São Paulo) ([[Universidade de São Paulo]])}}</ref>


Defendeu sua tese de [[livre-docência]], ''A Elite Eclesiástica Brasileira, 1890-1930'', na [[Universidade Estadual de Campinas]] (Unicamp), no ano de 1985.<ref name=":2">{{citar web |ultimo=Miceli |primeiro=Sérgio |url=http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/281349/1/Miceli_Sergio_LD.pdf |titulo=A elite eclesiastica brasileira : 1890-1930 |data=1985 |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Universidade Estadual de Campinas]]}}</ref>
Miceli foi um dos responsáveis pela introdução da obra do seu mestre Pierre Bourdieu no Brasil. Dirigiu a pesquisa "História das ciências sociais no Brasil". É casado com a antropóloga [[Heloisa André Pontes]].

Autor de diversos livros, entre eles ''"Intelectuais à Brasileira"'' ([[2001]]), foi professor visitante da [[Universidade Nacional de Antropologia e História do México]], da [[Universidade da Flórida]] (1987-1988), da [[Universidade de Chicago]] (1991 - 1992), da [[Universidade Stanford]] (2001-2002) e da École des Hautes Études en Sciences Sociales ([[2004]]-[[2005]]).<ref name=":1" /><ref>{{Citar web |ultimo=Belém |primeiro=Euler |url=https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/sergio-miceli-parece-julgar-autores-mais-pela-posicao-social-do-que-pela-qualidade-literaria-298626/ |titulo=Sergio Miceli parece julgar autores mais pela “posição” social do que pela qualidade literária |data=2020-11-27 |acessodata=2021-05-01 |website=Jornal Opção |publicado=[[R7]] |lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":3">{{citar web |url=https://casbs.stanford.edu/people/sergio-miceli |titulo=Sergio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Universidade Stanford]]}}</ref>

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== Vida pessoal ==
É casado com a antropóloga [[Heloisa André Pontes]].<ref>{{citar web |ultimo=Rosatti |primeiro=Camila |url=http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/download/14691/7744 |titulo=GÊNERO E CULTURA NAS CIÊNCIAS SOCIAIS BRASILEIRAS: DEPOIMENTO DE UMA PESQUISADORA COM NOME PRÓPRIO |data=2020 |acessodata=01/05/2021 |publicado=Revista Pós Ciências Sociais ([[Universidade Federal do Maranhão]])}}</ref>


== Prêmios e títulos ==
== Prêmios e títulos ==
* 2012 Prêmio CAPES 2011 de Orientador da Melhor Tese de Doutorado em Sociologia do Brasil (Dmitri Cerboncini Fernandes).
* 2012 Prêmio [[Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]] (CAPES) 2011 de Orientador da Melhor Tese de Doutorado em Sociologia do Brasil (Dmitri Cerboncini Fernandes).<ref>{{citar web |url=https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/premios/premio-capes-de-tese-1/teses-premiadas/teses-premiadas-em-2011 |titulo=Teses premiadas em 2011 |data=17/09/2020 |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Ministério da Educação (Brasil)|MEC]]}}</ref>
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* 2010 Ganhador da Ordem do Rio Branco.
* 2010 Eleito membro da Academia Brasileira de Ciências
* 2010 Eleito membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).<ref name=":4" />
* 2005 Ordem Nacional do Mérito Científico - Classe Comendador, Presidência da República/Ministério da Ciência e Tecnologia.
* 2005 Ordem Nacional do Mérito Científico - Classe Comendador, Presidência da República/Ministério da Ciência e Tecnologia.<ref>{{citar web |url=http://www.cis.puc-rio.br/cis/cedes/PDF/05abril/imprensa2.html |titulo=Membros do Conselho Consultivo do CEDES condecorados com admissão à Ordem Nacional do Mérito Científico |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro]]}}</ref>
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* 2004 Escolhido para a Cátedra Sergio Buarque de Holanda, ''Maison des Sciences de l'Homme''.
* 2001 ''Fellow'', ''Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences'', [[Palo Alto]], [[Califórnia]].
* 2001 ''Fellow'', ''Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences'', [[Palo Alto]], [[Califórnia]].<ref name=":3" />
* 1992 Professor-Titular de Sociologia, USP.
* 1992 Professor-Titular de Sociologia, USP.<ref name=":0" />
* 1988 Prêmio de melhor obra em Ciências Sociais para o livro ''A elite eclesiástica brasileira'', ANPOCS.
* 1988 Prêmio de melhor obra em Ciências Sociais para o livro ''A elite eclesiástica brasileira'', Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS).<ref name=":2" />
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* 1981 Bolsa para o Projeto ''The Sociology''


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==Ligações externas==
==Ligações externas==



Revisão das 14h18min de 1 de maio de 2021

Sergio Miceli Pessôa de Barros (Rio de Janeiro, 16 de maio de 1945) é um sociólogo, escritor e professor brasileiro.[1] Sérgio Miceli é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).[2]

Biografia

Formação acadêmica

Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Sérgio formou-se no curso de Ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) no ano de 1967.[3][4][5]

Mudou-se para cidade de São Paulo, para fazer seu mestrado na Universidade de São Paulo (USP), onde obteve a titulação no ano de 1971, A Noite da Madrinha - Ensaio sobre a Indústria Cultural no Brasil, sob a orientação de Leôncio Martins Rodrigues.[6] A tese, era a primeira a falar de indústria cultural dentro da sociologia da USP e foi um marco para disciplina.[7] Seguindo a tradição de Florestan Fernandes as pautas dos projetos eram até então voltadas para os processos industriais, sindicais e conflitos entre o Brasil agrário contra o moderno sob a dialética materialista de Karl Marx.[8]

Obteve seu doutorado em 1978 na França pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, com Intelectuais e Classe Dirigente no Brasil, 1920-1945, sob a orientação de Pierre Bourdieu.[9][10][11] A tese de doutorado foi inovadora, pois pela primeira vez um sociólogo via a classe intelectual brasileira segundo seus aspectos objetivos da vida material, condições sociais e trajetórias desses autores atrelados as obras produzidas.[12][13]

Carreira

Miceli apresentou as premissas do filósofo, antropólogo e sociólogo Pierre Bourdieu à USP em um momento em que as teorias de Karl Marx estavam em alta na universidade.[14] Foi o responsável pelo fortalecimento da sociologia da cultura no âmbito paulista e de setores antes pouco privilegiados como a sociologia da arte.[15] Atualmente é docente nos cursos de pós-graduação da Universidade de São Paulo.[16]

Defendeu sua tese de livre-docência, A Elite Eclesiástica Brasileira, 1890-1930, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no ano de 1985.[17]

Autor de diversos livros, entre eles "Intelectuais à Brasileira" (2001), foi professor visitante da Universidade Nacional de Antropologia e História do México, da Universidade da Flórida (1987-1988), da Universidade de Chicago (1991 - 1992), da Universidade Stanford (2001-2002) e da École des Hautes Études en Sciences Sociales (2004-2005).[10][18][19]

Também é comendador da República e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).[20][21] Dirigiu a pesquisa "História das ciências sociais no Brasil".[22]

Vida pessoal

É casado com a antropóloga Heloisa André Pontes.[23]

Prêmios e títulos

  • 2012 Prêmio Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) 2011 de Orientador da Melhor Tese de Doutorado em Sociologia do Brasil (Dmitri Cerboncini Fernandes).[24]
  • 2010 Ganhador da Ordem do Rio Branco.[25]
  • 2010 Eleito membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).[21]
  • 2005 Ordem Nacional do Mérito Científico - Classe Comendador, Presidência da República/Ministério da Ciência e Tecnologia.[26]
  • 2004 Escolhido para a Cátedra Sergio Buarque de Holanda, Maison des Sciences de l'Homme.[27]
  • 2001 Fellow, Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences, Palo Alto, Califórnia.[19]
  • 1992 Professor-Titular de Sociologia, USP.[3]
  • 1988 Prêmio de melhor obra em Ciências Sociais para o livro A elite eclesiástica brasileira, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS).[17]
  • 1981 Bolsa para o Projeto The Sociology.[28]

Referências

  1. «SÉRGIO MICELI». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 1 de maio de 2021 
  2. «Membros da Academia Brasileira de Ciências». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 11 de novembro de 2014. Arquivado do original em 11 de novembro de 2014 
  3. a b «Sergio Miceli». Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Consultado em 1 de maio de 2021 
  4. «Rio de Janeiro». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 1 de maio de 2021 
  5. «Sergio Miceli». Todavia. Consultado em 1 de maio de 2021 
  6. «A noite da madrinha: e outros ensaios sobre o éter nacional (2005)». Universidade de São Paulo. Consultado em 1 de maio de 2021 
  7. Rocha, Ricardo (9 de dezembro de 2020). «O historiador e o sociólogo: Nicolau Sevcenko e Sérgio Miceli». Antíteses (26). 498 páginas. ISSN 1984-3356. doi:10.5433/1984-3356.2020v13n26p498. Consultado em 1 de maio de 2021 
  8. Ianni, Octávio (1996). «A Sociologia de Florestan Fernandes». Estudos Avançados (26): 25–33. ISSN 0103-4014. doi:10.1590/S0103-40141996000100006. Consultado em 1 de maio de 2021 
  9. «Sérgio Miceli». Companhia das Letras. Consultado em 1 de maio de 2021 
  10. a b «Sergio Miceli». Festa Literária Internacional de Paraty. Consultado em 1 de maio de 2021 
  11. «Acordo de cooperação entre a FAPESP e a École des Hautes Études en Sciences Sociales». Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. 25 de novembro de 2019. Consultado em 1 de maio de 2021 
  12. «Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945)». Biblioteca da Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 1 de maio de 2021 
  13. Miceli, Sérgio (7 de Fevereiro de 1999). «Um intelectual do sentido». Folha de S. Paulo. Consultado em 1 de maio de 2021 
  14. Miceli, Sergio (abril de 2003). «Bourdieu e a renovação da sociologia contemporânea da cultura». Tempo Social (1). ISSN 0103-2070. doi:10.1590/s0103-20702003000100004. Consultado em 1 de maio de 2021 
  15. Quemin, Alain (2019). «A contribuição de Pierre Bourdieu para a sociologia da arte (França e Brasil)» (PDF). Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS). Consultado em 1 de maio de 2021 
  16. Morales, Carlos (2013). «Miceli, Sergio. Vanguardas em retrocesso. São Paulo: Companhia das Letras, 2012». Revista de História (São Paulo) (Universidade de São Paulo). Consultado em 1 de maio de 2021 
  17. a b Miceli, Sérgio (1985). «A elite eclesiastica brasileira : 1890-1930» (PDF). Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 1 de maio de 2021 
  18. Belém, Euler (27 de novembro de 2020). «Sergio Miceli parece julgar autores mais pela "posição" social do que pela qualidade literária». Jornal Opção. R7. Consultado em 1 de maio de 2021 
  19. a b «Sergio Miceli». Universidade Stanford. Consultado em 1 de maio de 2021 
  20. Hey, Ana Paula; Rodrigues, Lidiane Soares; Hey, Ana Paula; Rodrigues, Lidiane Soares (2017). «Elites acadêmicas: as ciências sociais na Academia Brasileira de Ciências». Tempo Social (3): 9–33. ISSN 0103-2070. doi:10.11606/0103-2070.ts.2017.125964. Consultado em 1 de maio de 2021 
  21. a b «SERGIO MICELI PESSÔA DE BARROS». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 1 de maio de 2021 
  22. Schwartzman, Simon. «História das Ciências Sociais no Brasil». Consultado em 1 de maio de 2021 
  23. Rosatti, Camila (2020). «GÊNERO E CULTURA NAS CIÊNCIAS SOCIAIS BRASILEIRAS: DEPOIMENTO DE UMA PESQUISADORA COM NOME PRÓPRIO». Revista Pós Ciências Sociais (Universidade Federal do Maranhão). Consultado em 1 de maio de 2021 
  24. «Teses premiadas em 2011». MEC. 17 de setembro de 2020. Consultado em 1 de maio de 2021 
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