Sergio Miceli: diferenças entre revisões
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'''Sergio Miceli Pessôa de Barros''' ([[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[1945]]) é um [[sociólogo]] [[ |
'''Sergio Miceli Pessôa de Barros''' ([[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[16 de maio]] de [[1945]]) é um [[sociólogo]], [[escritor]] e [[professor]] [[Brasileiros|brasileiro]].<ref>{{citar web |url=https://cpdoc.fgv.br/cientistassociais/sergiomiceli |titulo=SÉRGIO MICELI |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil]]}}</ref> Sérgio Miceli é membro da [[Academia Brasileira de Ciências]] (ABC).<ref>{{citar web|URL = http://www.abc.org.br/~smiceli|título = Membros da Academia Brasileira de Ciências|data = |acessadoem = 11 de novembro de 2014|autor = |publicado = [[Academia Brasileira de Ciências]]|arquivourl = https://web.archive.org/web/20141111213807/http://www.abc.org.br/~smiceli|arquivodata = 2014-11-11|urlmorta = yes}}</ref> |
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== Biografia == |
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Miceli apresentou as premissas do filósofo, antropólogo e sociólogo Pierre Bourdieu à USP em um momento de dominação das teorias de Karl Marx. Foi o responsável pelo fortalecimento da sociologia da cultura no âmbito paulista e de setores antes pouco privilegiados como a sociologia da arte. Atualmente é docente nos cursos de pós-graduação da Universidade de São Paulo. |
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=== Formação acadêmica === |
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Graduado em Ciências Políticas e Sociais pela [[Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro]] em [[1967]], é mestre em Ciências Sociais pela [[Universidade de São Paulo]] ([[1971]]), com ''A Noite da Madrinha - Ensaio sobre a Indústria Cultural no Brasil'', sob a orientação de [[Leôncio Martins Rodrigues]]. A tese, era a primeira a falar de indústria cultural dentro da sociologia da USP e foi um marco para disciplina. Seguindo a tradição de Florestan Fernandes as pautas dos projetos eram até então voltadas para os processos industriais, sindicais e conflitos entre o Brasil agrário Vs moderno sob a dialética materialista de Karl Marx. |
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Nascido na cidade do [[Rio de Janeiro]], Sérgio formou-se no curso de [[Ciências sociais]] da [[Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro]] (PUC-Rio) no ano de 1967.<ref name=":0">{{citar web |url=http://sociologia.fflch.usp.br/node/96 |titulo=Sergio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo]]}}</ref><ref>{{citar web |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/panorama |titulo=Rio de Janeiro |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]}}</ref><ref>{{citar web |url=https://todavialivros.com.br/autores/sergio-miceli |titulo=Sergio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Todavia]]}}</ref> |
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Mudou-se para cidade de [[São Paulo]], para fazer seu mestrado na [[Universidade de São Paulo]] (USP), onde obteve a titulação no ano de 1971, ''A Noite da Madrinha - Ensaio sobre a Indústria Cultural no Brasil, s''ob a orientação de Leôncio Martins Rodrigues.<ref>{{citar web |url=https://repositorio.usp.br/item/001657811 |titulo=A noite da madrinha: e outros ensaios sobre o éter nacional (2005) |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Universidade de São Paulo]]}}</ref> A tese, era a primeira a falar de indústria cultural dentro da sociologia da USP e foi um marco para disciplina.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.5433/1984-3356.2020v13n26p498 |titulo=O historiador e o sociólogo: Nicolau Sevcenko e Sérgio Miceli |data=2020-12-09 |acessodata=2021-05-01 |jornal=Antíteses |número=26 |ultimo=Rocha |primeiro=Ricardo |paginas=498 |doi=10.5433/1984-3356.2020v13n26p498 |issn=1984-3356}}</ref> Seguindo a tradição de [[Florestan Fernandes]] as pautas dos projetos eram até então voltadas para os processos industriais, sindicais e conflitos entre o Brasil agrário contra o moderno sob a [[Materialismo dialético|dialética materialista]] de [[Karl Marx]].<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-40141996000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |titulo=A Sociologia de Florestan Fernandes |data=1996 |acessodata=2021-05-01 |jornal=Estudos Avançados |número=26 |ultimo=Ianni |primeiro=Octávio |paginas=25–33 |lingua=pt |doi=10.1590/S0103-40141996000100006 |issn=0103-4014}}</ref> |
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Obteve seu [[doutorado]] em [[1978]] pela [[École des Hautes Études en Sciences Sociales]], com ''Intelectuais e Classe Dirigente no Brasil, 1920-1945'', sob a orientação de [[Pierre Bourdieu]]. A tese de doutorado foi inovadora, pois pela primeira vez um sociólogo via a classe intelectual brasileira segundo seus aspectos objetivos da vida material, condições sociais e trajetórias desses autores atrelados as obras produzidas. |
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Obteve seu [[doutorado]] em 1978 na [[França]] pela [[École des Hautes Études en Sciences Sociales]], com ''Intelectuais e Classe Dirigente no Brasil, 1920-1945'', sob a orientação de [[Pierre Bourdieu]].<ref>{{citar web |url=https://www.companhiadasletras.com.br/autor.php?codigo=00338 |titulo=Sérgio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Companhia das Letras]]}}</ref><ref name=":1">{{citar web |url=https://www.flip.org.br/autor/sergio-miceli/ |titulo=Sergio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Festa Literária Internacional de Paraty]]}}</ref><ref>{{citar web |url=https://fapesp.br/13962/acordo-de-cooperacao-entre-a-fapesp-e-a-ecole-des-hautes-etudes-en-sciences-sociales |titulo=Acordo de cooperação entre a FAPESP e a École des Hautes Études en Sciences Sociales |data=25 de novembro de 2019 |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo]]}}</ref> A tese de doutorado foi inovadora, pois pela primeira vez um sociólogo via a classe intelectual brasileira segundo seus aspectos objetivos da vida material, condições sociais e trajetórias desses autores atrelados as obras produzidas.<ref>{{citar web |url=https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=11797 |titulo=Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945) |acessodata=01/05/2021 |publicado=Biblioteca da [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]}}</ref><ref>{{citar web |ultimo=Miceli |primeiro=Sérgio |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs07029907.htm |titulo=Um intelectual do sentido |data=7 de Fevereiro de 1999 |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Folha de S. Paulo]]}}</ref> |
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Defendeu sua tese de [[livre-docência]], ''A Elite Eclesiástica Brasileira, 1890-1930'', na [[Unicamp]], em [[1986]]. |
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=== Carreira === |
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Autor de diversos livros, entre eles ''"Intelectuais à Brasileira"'' ([[2001]]), foi professor visitante da [[Universidade Nacional de Antropologia e História do México]], da [[Universidade da Flórida]] ([[1987]]-[[1988]]), da [[Universidade de Chicago]] ([[1991]] - [[1992]]), da [[Universidade Stanford]] ([[2001]]-[[2002]]) e da École des Hautes Études en Sciences Sociales ([[2004]]-[[2005]]). Atualmente é professor titular de sociologia da [[Universidade de São Paulo]]. Também é [[comendador]] da República e membro da Academia Brasileira de Ciências. |
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Miceli apresentou as premissas do filósofo, antropólogo e sociólogo Pierre Bourdieu à USP em um momento em que as teorias de Karl Marx estavam em alta na universidade.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.1590/s0103-20702003000100004 |titulo=Bourdieu e a renovação da sociologia contemporânea da cultura |data=2003-04 |acessodata=2021-05-01 |jornal=Tempo Social |número=1 |ultimo=Miceli |primeiro=Sergio |doi=10.1590/s0103-20702003000100004 |issn=0103-2070}}</ref> Foi o responsável pelo fortalecimento da sociologia da cultura no âmbito paulista e de setores antes pouco privilegiados como a sociologia da arte.<ref>{{citar web |ultimo=Quemin |primeiro=Alain |url=http://anpocs.com/images/BIB/n89/alain_ana_BIB_0008908_RP.pdf |titulo=A contribuição de Pierre Bourdieu para a sociologia da arte (França e Brasil) |data=2019 |acessodata=01/05/2021 |publicado=Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)}}</ref> Atualmente é docente nos cursos de pós-graduação da Universidade de São Paulo.<ref>{{citar web |ultimo=Morales |primeiro=Carlos |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-83092013000200421 |titulo=Miceli, Sergio. Vanguardas em retrocesso. São Paulo: Companhia das Letras, 2012 |data=2013 |acessodata=01/05/2021 |publicado=Revista de História (São Paulo) ([[Universidade de São Paulo]])}}</ref> |
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Defendeu sua tese de [[livre-docência]], ''A Elite Eclesiástica Brasileira, 1890-1930'', na [[Universidade Estadual de Campinas]] (Unicamp), no ano de 1985.<ref name=":2">{{citar web |ultimo=Miceli |primeiro=Sérgio |url=http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/281349/1/Miceli_Sergio_LD.pdf |titulo=A elite eclesiastica brasileira : 1890-1930 |data=1985 |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Universidade Estadual de Campinas]]}}</ref> |
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Miceli foi um dos responsáveis pela introdução da obra do seu mestre Pierre Bourdieu no Brasil. Dirigiu a pesquisa "História das ciências sociais no Brasil". É casado com a antropóloga [[Heloisa André Pontes]]. |
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Autor de diversos livros, entre eles ''"Intelectuais à Brasileira"'' ([[2001]]), foi professor visitante da [[Universidade Nacional de Antropologia e História do México]], da [[Universidade da Flórida]] (1987-1988), da [[Universidade de Chicago]] (1991 - 1992), da [[Universidade Stanford]] (2001-2002) e da École des Hautes Études en Sciences Sociales ([[2004]]-[[2005]]).<ref name=":1" /><ref>{{Citar web |ultimo=Belém |primeiro=Euler |url=https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/sergio-miceli-parece-julgar-autores-mais-pela-posicao-social-do-que-pela-qualidade-literaria-298626/ |titulo=Sergio Miceli parece julgar autores mais pela “posição” social do que pela qualidade literária |data=2020-11-27 |acessodata=2021-05-01 |website=Jornal Opção |publicado=[[R7]] |lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":3">{{citar web |url=https://casbs.stanford.edu/people/sergio-miceli |titulo=Sergio Miceli |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Universidade Stanford]]}}</ref> |
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Também é [[comendador]] da República e membro da [[Academia Brasileira de Ciências]] (ABC).<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-20702017000300009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |titulo=Elites acadêmicas: as ciências sociais na Academia Brasileira de Ciências |data=2017 |acessodata=2021-05-01 |jornal=Tempo Social |número=3 |ultimo=Hey |primeiro=Ana Paula |ultimo2=Rodrigues |primeiro2=Lidiane Soares |paginas=9–33 |lingua=pt |doi=10.11606/0103-2070.ts.2017.125964 |issn=0103-2070 |ultimo3=Hey |primeiro3=Ana Paula |ultimo4=Rodrigues |primeiro4=Lidiane Soares}}</ref><ref name=":4">{{citar web |url=http://www.abc.org.br/membro/sergio-miceli-pessoa-de-barros/ |titulo=SERGIO MICELI PESSÔA DE BARROS |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Academia Brasileira de Ciências]]}}</ref> Dirigiu a pesquisa "História das ciências sociais no Brasil".<ref>{{citar web |ultimo=Schwartzman |primeiro=Simon |url=http://www.schwartzman.org.br/simon/miceli.htm |titulo=História das Ciências Sociais no Brasil |acessodata=01/05/2021}}</ref> |
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== Vida pessoal == |
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É casado com a antropóloga [[Heloisa André Pontes]].<ref>{{citar web |ultimo=Rosatti |primeiro=Camila |url=http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/download/14691/7744 |titulo=GÊNERO E CULTURA NAS CIÊNCIAS SOCIAIS BRASILEIRAS: DEPOIMENTO DE UMA PESQUISADORA COM NOME PRÓPRIO |data=2020 |acessodata=01/05/2021 |publicado=Revista Pós Ciências Sociais ([[Universidade Federal do Maranhão]])}}</ref> |
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== Prêmios e títulos == |
== Prêmios e títulos == |
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* 2012 Prêmio CAPES 2011 de Orientador da Melhor Tese de Doutorado em Sociologia do Brasil (Dmitri Cerboncini Fernandes). |
* 2012 Prêmio [[Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]] (CAPES) 2011 de Orientador da Melhor Tese de Doutorado em Sociologia do Brasil (Dmitri Cerboncini Fernandes).<ref>{{citar web |url=https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/premios/premio-capes-de-tese-1/teses-premiadas/teses-premiadas-em-2011 |titulo=Teses premiadas em 2011 |data=17/09/2020 |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Ministério da Educação (Brasil)|MEC]]}}</ref> |
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* 2010 Ganhador da Ordem do Rio Branco.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.11606/issn.2237-2423.v0i2p166-188 |titulo=Saberes na encruzilhada: experiências e sentidos da indigenização da “cultura” no Brasil e no Pacífico |data=2012-05-01 |acessodata=2021-05-01 |jornal=Primeiros Estudos |número=2 |ultimo=Bassi |primeiro=Flavio |paginas=166 |doi=10.11606/issn.2237-2423.v0i2p166-188 |issn=2237-2423}}</ref> |
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* 2010 Ganhador da Ordem do Rio Branco. |
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* 2010 Eleito membro da Academia Brasileira de Ciências |
* 2010 Eleito membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).<ref name=":4" /> |
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* 2005 Ordem Nacional do Mérito Científico - Classe Comendador, Presidência da República/Ministério da Ciência e Tecnologia. |
* 2005 Ordem Nacional do Mérito Científico - Classe Comendador, Presidência da República/Ministério da Ciência e Tecnologia.<ref>{{citar web |url=http://www.cis.puc-rio.br/cis/cedes/PDF/05abril/imprensa2.html |titulo=Membros do Conselho Consultivo do CEDES condecorados com admissão à Ordem Nacional do Mérito Científico |acessodata=01/05/2021 |publicado=[[Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro]]}}</ref> |
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* 2004 Escolhido para a Cátedra Sergio Buarque de Holanda, ''Maison des Sciences de l'Homme''.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-47142005000200003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |titulo=A construção de representações nacionais: os desenhos de Percy Lau na Revista Brasileira de Geografia e outras "visões iconográficas" do Brasil moderno |data=2005 |acessodata=2021-05-01 |jornal=Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material |número=2 |ultimo=Angotti-Salgueiro |primeiro=Heliana |paginas=21–72 |lingua=pt |doi=10.1590/S0101-47142005000200003 |issn=0101-4714}}</ref> |
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* 2004 Escolhido para a Cátedra Sergio Buarque de Holanda, ''Maison des Sciences de l'Homme''. |
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* 2001 ''Fellow'', ''Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences'', [[Palo Alto]], [[Califórnia]]. |
* 2001 ''Fellow'', ''Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences'', [[Palo Alto]], [[Califórnia]].<ref name=":3" /> |
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* 1992 Professor-Titular de Sociologia, USP. |
* 1992 Professor-Titular de Sociologia, USP.<ref name=":0" /> |
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* 1988 Prêmio de melhor obra em Ciências Sociais para o livro ''A elite eclesiástica brasileira'', ANPOCS. |
* 1988 Prêmio de melhor obra em Ciências Sociais para o livro ''A elite eclesiástica brasileira'', Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS).<ref name=":2" /> |
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* 1981 Bolsa para o Projeto ''The Sociology'' |
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Revisão das 14h18min de 1 de maio de 2021
Esta biografia de uma pessoa viva cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Setembro de 2016) |
Sergio Miceli Pessôa de Barros (Rio de Janeiro, 16 de maio de 1945) é um sociólogo, escritor e professor brasileiro.[1] Sérgio Miceli é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).[2]
Biografia
Formação acadêmica
Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Sérgio formou-se no curso de Ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) no ano de 1967.[3][4][5]
Mudou-se para cidade de São Paulo, para fazer seu mestrado na Universidade de São Paulo (USP), onde obteve a titulação no ano de 1971, A Noite da Madrinha - Ensaio sobre a Indústria Cultural no Brasil, sob a orientação de Leôncio Martins Rodrigues.[6] A tese, era a primeira a falar de indústria cultural dentro da sociologia da USP e foi um marco para disciplina.[7] Seguindo a tradição de Florestan Fernandes as pautas dos projetos eram até então voltadas para os processos industriais, sindicais e conflitos entre o Brasil agrário contra o moderno sob a dialética materialista de Karl Marx.[8]
Obteve seu doutorado em 1978 na França pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, com Intelectuais e Classe Dirigente no Brasil, 1920-1945, sob a orientação de Pierre Bourdieu.[9][10][11] A tese de doutorado foi inovadora, pois pela primeira vez um sociólogo via a classe intelectual brasileira segundo seus aspectos objetivos da vida material, condições sociais e trajetórias desses autores atrelados as obras produzidas.[12][13]
Carreira
Miceli apresentou as premissas do filósofo, antropólogo e sociólogo Pierre Bourdieu à USP em um momento em que as teorias de Karl Marx estavam em alta na universidade.[14] Foi o responsável pelo fortalecimento da sociologia da cultura no âmbito paulista e de setores antes pouco privilegiados como a sociologia da arte.[15] Atualmente é docente nos cursos de pós-graduação da Universidade de São Paulo.[16]
Defendeu sua tese de livre-docência, A Elite Eclesiástica Brasileira, 1890-1930, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no ano de 1985.[17]
Autor de diversos livros, entre eles "Intelectuais à Brasileira" (2001), foi professor visitante da Universidade Nacional de Antropologia e História do México, da Universidade da Flórida (1987-1988), da Universidade de Chicago (1991 - 1992), da Universidade Stanford (2001-2002) e da École des Hautes Études en Sciences Sociales (2004-2005).[10][18][19]
Também é comendador da República e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).[20][21] Dirigiu a pesquisa "História das ciências sociais no Brasil".[22]
Vida pessoal
É casado com a antropóloga Heloisa André Pontes.[23]
Prêmios e títulos
- 2012 Prêmio Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) 2011 de Orientador da Melhor Tese de Doutorado em Sociologia do Brasil (Dmitri Cerboncini Fernandes).[24]
- 2010 Ganhador da Ordem do Rio Branco.[25]
- 2010 Eleito membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).[21]
- 2005 Ordem Nacional do Mérito Científico - Classe Comendador, Presidência da República/Ministério da Ciência e Tecnologia.[26]
- 2004 Escolhido para a Cátedra Sergio Buarque de Holanda, Maison des Sciences de l'Homme.[27]
- 2001 Fellow, Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences, Palo Alto, Califórnia.[19]
- 1992 Professor-Titular de Sociologia, USP.[3]
- 1988 Prêmio de melhor obra em Ciências Sociais para o livro A elite eclesiástica brasileira, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS).[17]
- 1981 Bolsa para o Projeto The Sociology.[28]
Referências
- ↑ «SÉRGIO MICELI». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ «Membros da Academia Brasileira de Ciências». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 11 de novembro de 2014. Arquivado do original em 11 de novembro de 2014
- ↑ a b «Sergio Miceli». Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ «Rio de Janeiro». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ «Sergio Miceli». Todavia. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ «A noite da madrinha: e outros ensaios sobre o éter nacional (2005)». Universidade de São Paulo. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Rocha, Ricardo (9 de dezembro de 2020). «O historiador e o sociólogo: Nicolau Sevcenko e Sérgio Miceli». Antíteses (26). 498 páginas. ISSN 1984-3356. doi:10.5433/1984-3356.2020v13n26p498. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Ianni, Octávio (1996). «A Sociologia de Florestan Fernandes». Estudos Avançados (26): 25–33. ISSN 0103-4014. doi:10.1590/S0103-40141996000100006. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ «Sérgio Miceli». Companhia das Letras. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ a b «Sergio Miceli». Festa Literária Internacional de Paraty. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ «Acordo de cooperação entre a FAPESP e a École des Hautes Études en Sciences Sociales». Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. 25 de novembro de 2019. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ «Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945)». Biblioteca da Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Miceli, Sérgio (7 de Fevereiro de 1999). «Um intelectual do sentido». Folha de S. Paulo. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Miceli, Sergio (abril de 2003). «Bourdieu e a renovação da sociologia contemporânea da cultura». Tempo Social (1). ISSN 0103-2070. doi:10.1590/s0103-20702003000100004. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Quemin, Alain (2019). «A contribuição de Pierre Bourdieu para a sociologia da arte (França e Brasil)» (PDF). Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS). Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Morales, Carlos (2013). «Miceli, Sergio. Vanguardas em retrocesso. São Paulo: Companhia das Letras, 2012». Revista de História (São Paulo) (Universidade de São Paulo). Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ a b Miceli, Sérgio (1985). «A elite eclesiastica brasileira : 1890-1930» (PDF). Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Belém, Euler (27 de novembro de 2020). «Sergio Miceli parece julgar autores mais pela "posição" social do que pela qualidade literária». Jornal Opção. R7. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ a b «Sergio Miceli». Universidade Stanford. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Hey, Ana Paula; Rodrigues, Lidiane Soares; Hey, Ana Paula; Rodrigues, Lidiane Soares (2017). «Elites acadêmicas: as ciências sociais na Academia Brasileira de Ciências». Tempo Social (3): 9–33. ISSN 0103-2070. doi:10.11606/0103-2070.ts.2017.125964. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ a b «SERGIO MICELI PESSÔA DE BARROS». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Schwartzman, Simon. «História das Ciências Sociais no Brasil». Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Rosatti, Camila (2020). «GÊNERO E CULTURA NAS CIÊNCIAS SOCIAIS BRASILEIRAS: DEPOIMENTO DE UMA PESQUISADORA COM NOME PRÓPRIO». Revista Pós Ciências Sociais (Universidade Federal do Maranhão). Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ «Teses premiadas em 2011». MEC. 17 de setembro de 2020. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Bassi, Flavio (1 de maio de 2012). «Saberes na encruzilhada: experiências e sentidos da indigenização da "cultura" no Brasil e no Pacífico». Primeiros Estudos (2). 166 páginas. ISSN 2237-2423. doi:10.11606/issn.2237-2423.v0i2p166-188. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ «Membros do Conselho Consultivo do CEDES condecorados com admissão à Ordem Nacional do Mérito Científico». Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Angotti-Salgueiro, Heliana (2005). «A construção de representações nacionais: os desenhos de Percy Lau na Revista Brasileira de Geografia e outras "visões iconográficas" do Brasil moderno». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material (2): 21–72. ISSN 0101-4714. doi:10.1590/S0101-47142005000200003. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Bastos, Elide Rugai; Botelho, André (2010). «Para uma sociologia dos intelectuais». Dados (4): 889–919. ISSN 0011-5258. doi:10.1590/S0011-52582010000400004. Consultado em 1 de maio de 2021
Ligações externas
- REQUENA, Brian Henrique de Assis Fuentes. A invenção do intelectual: a trajetória do sociólogo brasileiro Sergio Miceli. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/455114465/A-invencao-do-intelectual-a-trajetoria-do-sociologo-brasileiro-Sergio-Miceli
- REQUENA, Brian Henrique de Assis Fuentes. Bourdieu sou eu (ou quase). Revista CULT, ed. 166, p. 42-47, março de 2012. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/455116891/Bourdieu-sou-eu-ou-quase
- Sociólogos do Rio de Janeiro
- Professores da Universidade de São Paulo
- Membros da Academia Brasileira de Ciências
- Alunos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
- Alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro
- Ciência e religião
- !Wikiconcurso Casa Brasileira (artigos)