Jacuguaçu: diferenças entre revisões

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O '''jacuguaçu''' ou '''jacuaçu''' ('''''Penelope obscura''''') é uma [[Aves|ave]] da família dos [[cracídeos]],que habita a [[Mata Atlântica]] no Brasil, nas regiões Sudeste e Sul do país. Sua área de distribuição estende-se também à [[Argentina]], [[Uruguai]], [[Paraguai]] e [[Bolívia]]. Sua família assemelha-se morfologicamente aos seus parentes distantes, os faisões e perdizes europeias e asiáticas (pertencentes à ordem dos [[Galináceos|Galliformes]]), diferindo deles em costumes diários, pelo fato de preferirem habitats florestais aos campestres, nidificarem em árvores, e não no chão, e terem uma alimentação mais [[Frugívoro|frugívora]] do que [[Granívoro|granívora]]. Os cracídeos são importantes dispersores de sementes e aparentemente têm um papel fundamental em manter a floresta tropical através da dispersão de suas plantas preferidas.<ref name=":1">{{citar web|url=http://glo.bo/17rVlhO|titulo=Jacuguaçu- notícias em fauna|data=18/02/2015|acessodata=15/08/2019|publicado=G1 Portal de Notícias|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref name=":2" /><ref name=":0" />
O '''jacuguaçu'''<ref>{{citar web|ultimo=Paixão|primeiro=Paulo|titulo=Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo|edição=2.ª|publicado=A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias|numero=66 (separata)|data=Verão de 2021|issn=1830-7809|acessodata=13 de janeiro de 2022|url=https://ec.europa.eu/translation/portuguese/magazine/documents/folha66_separata1_pt.pdf|página=100|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220423172915/https://ec.europa.eu/translation/portuguese/magazine/documents/folha66_separata1_pt.pdf|arquivodata=23 de abril de 2022}}</ref> ou '''jacuaçu'''<ref>{{Citar web|url=https://michaelis.uol.com.br/busca?id=2aW4p|título=Jacuaçu|publicado=Michaelis|acessodata=23 de abril de 2022}}</ref> ([[nomenclatura binomial|nome científico]]: ''Penelope obscura'') é uma [[Aves|ave]] da família dos [[cracídeos]] (''Cracidae''), que habita a [[Mata Atlântica]] no Brasil, nas regiões Sudeste e Sul do país. Sua área de distribuição estende-se também à [[Argentina]], [[Uruguai]], [[Paraguai]] e [[Bolívia]]. Sua família assemelha-se morfologicamente aos seus parentes distantes, os faisões e perdizes europeus e asiáticos (pertencentes à ordem dos [[Galináceos|Galiformes]]), diferindo deles em costumes diários, pelo fato de preferirem habitats florestais aos campestres, nidificarem em árvores, e não no chão, e terem uma alimentação mais [[Frugívoro|frugívora]] do que [[Granívoro|granívora]]. Os cracídeos são importantes dispersores de sementes e aparentemente têm papel fundamental em manter a floresta tropical através da dispersão de suas plantas preferidas.<ref name=":1">{{citar web|url=http://glo.bo/17rVlhO|titulo=Jacuguaçu - notícias em fauna|data=18/02/2015|acessodata=23 de abril de 2022|publicado=G1 Portal de Notícias|arquivodata=23 de abril de 2022|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220423210945/https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/fauna/noticia/2015/02/jacuacu.html}}</ref><ref name=":2" /><ref name=":0" />
[[File:Penelope obscura.23.jpg|thumb|Ave com filhote|alt=]]


== Etimologia ==
== Etimologia ==
"Jacuguaçu" é originário da junção dos termos [[Língua tupi|tupis]] ''ya'ku'' ([[jacu]]) e ''wa'su'' (grande), significando, portanto, "jacu grande".<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. p. 979,40,871</ref>
''Jacuguaçu'' é originário da junção dos termos [[Língua tupi|tupis]] ''ya'ku'' ([[jacu]]) e ''wa'su'' (grande), significando, portanto, "jacu grande".<ref>{{Citar livro|sobrenome=Ferreira|nome=A. B. H.|título=Novo dicionário da língua portuguesa|edição=2.ª|local=Rio de Janeiro|editora=Nova Fronteira| página=979, 40, 871}}</ref> Outro nome atribuído a ela é jacu, palavra em tupi que de certo modo resume parte de sua natureza, pelo menos ao alimentar. Significa “o que come grãos”.<ref name=":1" />

Outro nome atribuído a ela é jacu, palavra em tupi que de certo modo resume parte de sua natureza, pelo menos ao alimentar. Significa “o que come grãos”.<ref name=":1" />

Segundo a [[União Internacional para a Conservação da Natureza|IUCN]],apesar do desmatamento e a caça estar afetando a vida dessa ave, o seu estado de conservação ainda é "[[Espécie pouco preocupante|pouco preocupante]]". Considerando sua situação de ameaça de [[extinção]] a manutenção e criação dessas aves torna-se extremamente importante para a [[preservação]] da espécie.<ref name=":2" /><ref name=":1" />


== Características ==
== Características ==
O jacu é uma ave relativamente robusta (o jacuguaçu pertence ao grupo dos jacus de porte médio), quando adulto seu tamanho e peso variam consideravelmente: o peso normalmente está entre 1 a 2 kg, já o comprimento do bico a ponta da cauda varia de 68 a 73 cm.


O filhote do jacu possui a íris cinza-clara e com duas semanas de vida essa [[íris]] se torna marrom-escura e permanecendo assim até a vida adulta. Seu bico quando filhote é alaranjado podendo em alguns indivíduos variar para a cor rosa, enquanto sua mandíbula tem a extremidade distal entre as cores roxo e rosado. Ainda filhote o jacu possui uma faixa escura ao longo do corpo, desde a testa até o final do dorso, podendo ser irregular na cabeça, alargando-se no alto dorso (formando o manto). Pode ser completamente escura, mas geralmente apresenta a parte central irregular, marrom ou castanha, e o manto é malhado com essas cores. Já adulto, o jacuguaçu tem o bico negro com exceção da região da narina que possui uma variação do cinza ao preto. Essa melanização não é uniforme, mas costuma ocorrer do meio às pontas, e aos 45 dias o pinto já pode ter o maxilar negra, com exceção da extremidade branca que só desaparece a partir dos quatro meses. Possui barbelas pouco desenvolvidas, não tendo [[crista]], e uma plumagem basicamente escura, entre o preto e o marrom. Tem olhos vermelhos. Distingue-se da sua parente próxima, a [[jacupemba]] (''Penelope superciliaris''), por ser maior e possuir patas de cor escura, puxando para o cinza (daí o seu nome científico, ''obscura'') enquanto a jacupemba é menor (55 centímetros) e possui patas avermelhadas. É espécie [[Caça|cinegética]], sendo atraído pelo caçador através de um pio específico. Sua vocalização consiste em sons peculiares, semelhantes a grasnidos e ao cacarejo de forma intermitente e não possuem diferenças significativas dos machos para as fêmeas. Aos 75 dias, o filhote já pia em tom mais grave e aos 105 dias já é capaz de produzir os mesmos sons que um indivíduo adulto. Quando exposto a situações estressantes, emite um som rouco e agressivo. Caminha longas distâncias na floresta geralmente em pares ou grupos de dez [[aves]], e frequenta pomares em bordas de mata. Seu ninho é feito com uma tigela de gravetos forrada com folhas, oculto na [[vegetação]] a em média a três metros de altitude. São chocados em média de dois ou quatros ovos em aproximadamente 28 dias.<ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":0" />
Parece vagamente um [[pavão]] - daí seu nome [[Língua castelhana|castelhano]] ''pava de monte'' - pelo tamanho e pelo corpo e pescoço alongados - que facilitam o seu acesso aos frutos, já que permitem-lhe introduzir o corpo e/ou a cabeça entre a ramagem - mas distingue-se do pavão pela ausência de cauda longa, de plumagem brilhante, e de [[dimorfismo sexual]] acentuado. Vive em pequenos bandos familiares (casal e filhotes).

O filhote do jacu possui a íris cinza-clara e com duas semanas de vida essa [[Íris (desambiguação)|iris]] se torna marrom-escura e permanecendo assim até a vida adulta. Seu bico quando filhote é alaranjado podendo em alguns indivíduos variar para a cor rosa, enquanto sua mandíbula tem a extremidade distal entre as as cores roxo e rosado.Ainda filhote o jacu possui uma faixa escura ao longo do corpo, desde a testa até o final do dorso, podendo ser irregular na cabeça, alargando-se no alto dorso (formando o manto). Ela pode ser completamente escura, mas geralmente apresenta a parte central irregular, marrom ou castanha e o manto é malhado com essas cores. Já adulto o Jacuguaçu tem o bico negro com exceção da região da narina que possui uma variação do cinza ao preto, essa melanização não é uniforme, mas costuma ocorrer do meio para as pontas, e aos 45 dias o pinto já pode ter a maxila negra, com exceção da extremidade branca que só desaparece a partir dos quatro meses. Possui barbelas pouco desenvolvidas, não tendo [[crista]], e uma plumagem basicamente escura, entre o preto e o marrom. Tem olhos vermelhos. Distingue-se da sua parente próxima, a [[jacupemba]] (''Penelope superciliaris''), por ser maior e possuir patas de cor escura, puxando para o cinza (daí o seu nome científico, ''obscura'') enquanto a jacupemba é menor (55&nbsp;cm.) e possui patas avermelhadas. É espécie [[Caça|cinegética]], sendo atraído pelo caçador através de um pio específico. Sua vocalização consiste em sons peculiares, semelhantes a grasnidos e ao cacarejo de forma intermitente e não possuem diferenças significativas dos machos para as fêmeas, aos 75 dias o filhote jacu já pia em tom mais grave e aos 105 dias já é capaz de produzir os mesmos sons que um indivíduo adulto. Quando exposto a situações estressantes o jacu emite um som rouco e agressivo. Caminha longas distâncias na floresta geralmente em pares ou grupos de dez [[aves]], e frequenta pomares em bordas de mata. Seu ninho é feito com uma tigela de gravetos forrada com folhas,oculto na [[vegetação]] a em média três metros de altura. São chocados em média os dois ou quatros ovos em aproximadamente 28 dias. <ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":0" />


== Alimentação ==
== Alimentação ==

Sua alimentação é a base de frutos, folhas e animais [[invertebrados]].Os jacus tem preferencias pelo fruto, folhas e brotos do [[Byrsonima crassifolia|murici]] e da caneleira, e agem como dispersor de sementes para diversas palmeiras,como a [[Içara (palmeira)|Euterpe edulis]], ou as palmeiras do gênero [[Syagrus]]. Apesar de seu porte, voa e se esgueira agilmente entre a densa vegetação das copas das árvores, deslocando-se de manhã e no final da tarde em busca de frutos de espécies nativas, como a [[jabuticaba]], a [[pitanga]], o [[palmito]], a amora e a [[Embaúba (árvore)|embaúba]] (''Cecropia'' spp.) ou mesmo exóticas, como o [[jamelão]] ou o [[caqui]], atuando como um importante dispersor de sementes, mesmo em [[florestas secundárias]]. Pode vir a alimentar-se no chão e também danificar hortas ao alimentar-se de [[Hortaliça|hortaliças]] cultivadas. <ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=Neves|primeiro=Valéria Pequeno Pedrosa|data=08/12/1988|titulo=Aspectos da Ontogenia do Jacu-guaçu (Penelope obscura bronzina Hellmayr, 1914), segundo levantamento em cativeiro|url=http://hdl.handle.net/11422/4484|jornal=Dissertação, UFRJ|acessodata=15/08/2019}}</ref><ref name=":2">{{citar web|url=http://arquivo.ambiente.sp.gov.br/publicacoes/2016/12/guiaadeaavesamataaatlntica.pdf|titulo=Guia de Aves da Mata Atlântica|data=|acessodata=15/08/2019|publicado=Governo de São Paulo|ultimo=|primeiro=}}</ref>
A alimentação do jacuguaçu é a base de frutos, folhas e animais [[invertebrados]]. Tem preferencia pelo fruto, folhas e brotos do murici (''[[Byrsonima crassifolia]]'' e da caneleira, e agem como dispersor de sementes para diversas palmeiras, como a [[Içara (palmeira)|içara]] (''Euterpe edulis''), ou as palmeiras do gênero ''[[Syagrus]]''. Apesar de seu porte, voa e se esgueira agilmente entre a densa vegetação das copas das árvores, deslocando-se de manhã e no final da tarde em busca de frutos de espécies nativas, como a [[jabuticaba]] (''Plinia cauliflora''), a [[pitanga]] (''Eugenia uniflora''), o [[palmito]], a [[amora]] e a [[Embaúba (árvore)|embaúba]] (''Cecropia'' spp.) ou mesmo exóticas, como o [[jamelão]] (''Syzygium cumini'') ou o [[caqui]] (''Diospyros ssp.''), atuando como importante dispersor de sementes, mesmo em [[floresta secundária|florestas secundárias]]. Pode vir a alimentar-se no chão e também danificar hortas ao alimentar-se de [[hortaliça]]s cultivadas. <ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=Neves|primeiro=Valéria Pequeno Pedrosa|data=8 de dezembro de 1988|titulo=Aspectos da Ontogenia do Jacu-guaçu (Penelope obscura bronzina Hellmayr, 1914), segundo levantamento em cativeiro|url=https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/4484/1/458845.pdf|jornal=Dissertação, UFRJ|acessodata=23 de abril de 2022}}</ref><ref name=":2">{{citar web|url=http://arquivo.ambiente.sp.gov.br/publicacoes/2016/12/guiaadeaavesamataaatlntica.pdf|titulo=Guia de Aves da Mata Atlântica|edição=1.ª|acessodata=23 de abril de 2022|publicado=WWF-Brasil e Governo de São Paulo|data=2010}}</ref>


== Distribuição geográfica e habitat ==
== Distribuição geográfica e habitat ==
O jacuguaçu é presente desde a região amazônica (entenda-se do Sul do [[Rio Amazonas]], indo do Maranhão para o Oeste até o [[Rio Madeira]]) até o Rio Grande do Sul. Esta ave também tem registro em outros países da América do Sul como na [[Argentina]], [[Bolívia]], [[Paraguai]] e [[Uruguai]]. Esta capacidade de adaptação é que parece ter preservado a espécie, que é ainda relativamente abundante no Sudeste do Brasil, mesmo fora do sistema de unidades de proteção, enquanto outras espécies da [[guilda]] regional de cracídeos - o [[mutum-do-sudeste]] (''Crax blumenbachii'') e a [[Jacutinga (ave)|jacutinga]] (''Pipile jacutinga'') - encontram-se extintas fora de algumas poucas áreas protegidas. Empoleira-se facilmente nos ramos mais finos, apesar do tamanho.<ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3">{{citar periódico|ultimo=Vasconcelos|primeiro=M|data=2003|titulo=Novos registros ornitológicos para a Serra do Caraça, Brasil: comentários sobre distribuição geográfica das espécies.|url=https://www.researchgate.net/profile/Giovanni_Mauricio/publication/238776480_Novos_registros_ornitologicos_para_a_Serra_do_Caraca_Brasil_com_comentarios_sobre_distribuicao_geografica_de_algumas_especies/links/0c96053a8d948b26dc000000/Novos-registros-ornitologicos-para-a-Serra-do-Caraca-Brasil-com-comentarios-sobre-distribuicao-geografica-de-algumas-especies.pdf|jornal=PDF Instituto de Ciências Biolgicas-UFMG|acessodata=22/08/2019}}</ref>


O jacuguaçu é presente desde a região amazônica (entenda-se do Sul do [[Rio Amazonas|Amazonas]], indo do [[Maranhão]] para o Oeste até o [[Rio Madeira|Madeira]]) até o [[Rio Grande do Sul]], embora seja mais comum sudeste, desde o estado do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] até [[Santa Catarina]] e também ao leste de [[Minas Gerais]]. Esta ave também tem registro em outros países da América do Sul como na [[Argentina]], [[Bolívia]], [[Paraguai]] e [[Uruguai]]. Esta capacidade de adaptação ajudou na preservação da espécie, que é ainda relativamente abundante no Sudeste do Brasil, mesmo fora do sistema de unidades de proteção, enquanto outras espécies da [[guilda]] regional de cracídeos - o [[mutum-do-sudeste]] (''Crax blumenbachii'') e a [[Jacutinga (ave)|jacutinga]] (''Pipile jacutinga'') - encontram-se extintas fora de algumas poucas áreas protegidas. Empoleira-se facilmente nos ramos mais finos, apesar do tamanho.<ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3">{{citar periódico|ultimo=Vasconcelos|primeiro=M|data=2003|titulo=Novos registros ornitológicos para a Serra do Caraça, Brasil: comentários sobre distribuição geográfica das espécies.|url=https://www.researchgate.net/profile/Giovanni_Mauricio/publication/238776480_Novos_registros_ornitologicos_para_a_Serra_do_Caraca_Brasil_com_comentarios_sobre_distribuicao_geografica_de_algumas_especies/links/0c96053a8d948b26dc000000/Novos-registros-ornitologicos-para-a-Serra-do-Caraca-Brasil-com-comentarios-sobre-distribuicao-geografica-de-algumas-especies.pdf|jornal=PDF Instituto de Ciências Biolgicas-UFMG|acessodata=23 de abril de 2022}}</ref>
=== Distribuição no Brasil ===
O jacuguaçu ocorre principalmente no sudeste brasileiro, desde o estado do Rio de Janeiro até Santa Catarina e também ao leste de Minas Gerais. Ele habita as regiões serranas da Mata Atlântica.<ref name=":2" /><ref name=":3" />[[Ficheiro:Penelope obscura (head).JPG|miniaturadaimagem|Olho vermelho característico da espécie]]
== Ecologia e Comportamento ==
O Jacuguaçu são extremamente individualistas, após a instalação do grupo em uma localização não é aceito mais nenhum cracídeo no local. Por serem animais com hábitos grupais (é mais provável encontra-los em pares ou em grupos do que sozinhos) possuem um sistema de [[Hierarquia|hierarquização]] (indivíduos maiores costumam dominar o bando). A [[maturidade sexual]] destes animais é atingida por volta de um ano de idade, quando são formadas novas [[Cópula|cópulas]] entre o grupo e o nascimento de novos filhotes.<ref name=":0" />
[[Ficheiro:Penelope obscura5.jpg|miniaturadaimagem|Jacuguaçu (penelope obscura) em raro momento em solo]]


=== Hábitos em vida livre ===
== Ecologia e comportamento ==
[[imagem:Penelope obscura (head).JPG|miniaturadaimagem|280px|Olho vermelho característico da espécie]]
Em sua vida livre os jacus passam boa parte de seu tempo nas copas das arvores, não é tão comum vê-los no chão, mas esse hábito lhes é comum para a alimentação (ao contrário das galinhas suas parentes distantes os jacus não possuem o hábito de ciscar o chão). Apesar de serem arborículas não são ótimos voadores, conseguem se movimentar silenciosamente por entre as arvores. Na [[literatura]] possuem poucas informações sobre a reprodução destes animais na natureza, sua monogamia e período de incubação (28 dias) são as poucas referências dadas a estes animais. <ref name=":0" /><ref name=":2" />
[[imagem:Penelope obscura5.jpg|miniaturadaimagem|280px|Jacuguaçu em raro momento em solo]]


Os jacuguaçus são extremamente individualistas. Após a instalação do grupo em uma localização não é aceito mais nenhum cracídeo no local. Por serem animais com hábitos grupais (é mais provável encontrá-los em pares ou em grupos do que sozinhos) possuem um sistema de [[Hierarquia|hierarquização]] (indivíduos maiores costumam dominar o bando). A [[maturidade sexual]] destes animais é atingida por volta de um ano de idade, quando são formadas novas [[cópula]]s entre o grupo e o nascimento de novos filhotes. Em sua vida livre, passam boa parte de seu tempo nas copas das arvores. Não é tão comum vê-los no chão, mas esse hábito lhes é comum à alimentação (ao contrário das [[galinha]]s, suas parentes distantes jacuguaçus não possuem o hábito de ciscar o chão). Apesar de serem arborícolas, não são ótimos voadores, mas conseguem se movimentar silenciosamente por entre as arvores. Na [[literatura]] há poucas informações sobre a reprodução destes animais na natureza. Sua [[monogamia]] e período de incubação (28 dias) são as poucas referências dadas a estes animais.<ref name=":0" /><ref name=":2" />
=== Hábitos em cativeiro ===

O [[Cortejo sexual|cortejamento]] de jacus machos para com as fêmeas em [[cativeiro]] possuem comportamentos como o oferecimento de pedrinhas, palhas do ninho, galinhos, folhas ou comida com o bico. O trabalho do [[ninho]] é dado ao macho (a fêmea costuma observar o parceiro e parece inspecionar o trabalho feito) que enquanto trabalhavam vocalizavam um pio baixinho e constantemente movimentam a cabeça lateralmente. As fêmeas em seu período de reprodução costumam apresentar um movimento continuo (uma espécie de dança) inclinando o corpo para frente com a cauda levantada. Em situações de perigo os pais jacus abrem suas caudas e os pintos se escondem embaixo delas enquanto todos se locomovem. Também é comum um dos adultos, principalmente o macho, defender a sua prole assumindo uma posição de ataque contra o agressor.<ref name=":2" /><ref name=":0" />{{referências}}
O [[Cortejo sexual|cortejamento]] de jacuguaçus machos para com as fêmeas em [[cativeiro]] inclui o oferecimento de pedrinhas, palhas do ninho, galinhos, folhas ou comida com o bico. O trabalho do [[ninho]] é dado ao macho (a fêmea costuma observar o parceiro e parece inspecionar o trabalho feito) que enquanto trabalhava vocalizava um pio baixinho e constantemente movimenta a cabeça lateralmente. As fêmeas em seu período de reprodução costumam apresentar um movimento continuo (uma espécie de dança) inclinando o corpo para frente com a cauda levantada. Em situações de perigo, os pais jacuguaçus abrem suas caudas e os pintos se escondem embaixo delas enquanto todos se locomovem. Também é comum um dos adultos, principalmente o macho, defender a sua prole assumindo uma posição de ataque contra o agressor.<ref name=":2" /><ref name=":0" />

== Conservação ==

Segundo a [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (UICN / IUCN), apesar do desmatamento e a caça estar afetando a vida dessa ave, o seu estado de conservação ainda é "[[Espécie pouco preocupante|pouco preocupante]]". Considerando sua situação de ameaça de [[extinção]] a manutenção e criação dessas aves torna-se extremamente importante para a [[preservação]] da espécie.<ref name=":2" /><ref name=":1" /> Em 2005, foi listado como vulnerável na Lista de espécies ameaçadas de extinção do Estado do [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]];<ref>{{Citar web|url=https://iema.es.gov.br/especies-ameacadas/fauna_ameacada|titulo=IEMA - Espécies Ameaçadas|acessodata=2022-04-12|website=iema.es.gov.br}}</ref> e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do [[Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]] (ICMBio).<Ref>{{Citar web|url=https://ala-bie.sibbr.gov.br/ala-bie/species/249620?lang=pt_BR|título=''Penelope obscura'' Humboldt|publicado=Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr)|acessodata=22 de abril de 2022}}</ref>

{{referências}}


== Bibliografia ==
== Bibliografia ==

* Evangelista-Vargas OD, Silveira LF (2018) Morphological evidence for the taxonomic status of the Bridge’s Guan, Penelope bridgesi, with comments on the validity of P. obscura bronzina (Aves: Cracidae). Zoologia 35: 1-10. https://doi.org/10.3897/zoologia.35.e12993
* {{Citar periódico|sobrenome=Evangelista-Vargas|nome=O. D.|sobrenome2=Silveira|nome2=L. F.|título=Morphological evidence for the taxonomic status of the Bridge’s Guan, Penelope bridgesi, with comments on the validity of P. obscura bronzina (Aves: Cracidae)|jornal=Zoologia|volume=35|ano=2018|páginas=1-10| doi=10.3897/zoologia.35.e12993}}
*VAURIE, e. , 1968. Taxonorny of the Cracidae. riat . 'Hist . . , New York, 138 ( 4) : 1 33-259. BulL Am . Mus .

*SICK, H. & D. M. TEIXEIRA, 1979. Notas sobre aves brasileiras raras ou ameaçadas de extinção. Rio de J. , 62, 39 pp .
* {{Citar periódico|sobrenome=Sick|nome=H.|sobrenome2=Teixeira|nome2=D. M.|ano=1979|título=Notas sobre aves brasileiras raras ou ameaçadas de extinção| local=Rio de Janeiro|jornal=Notas sobre aves brasileiras raras ou ameaçadas de extinção|volume=62|página=39}}
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[[Categoria:Aves do Brasil]]

Revisão das 21h26min de 23 de abril de 2022

Como ler uma infocaixa de taxonomiaJacuguaçu
Jacuguaçu no Parque das Fontes, em Serra Negra, em São Paulo, no Brasil
Jacuguaçu no Parque das Fontes, em Serra Negra, em São Paulo, no Brasil
Espécime com filhote
Espécime com filhote
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Cracidae
Género: Penelope
Espécie: P. obscura
Nome binomial
Penelope obscura
Temminck, 1815
Distribuição geográfica
Distribuição geográfica do jacuguaçu
Distribuição geográfica do jacuguaçu

O jacuguaçu[2] ou jacuaçu[3] (nome científico: Penelope obscura) é uma ave da família dos cracídeos (Cracidae), que habita a Mata Atlântica no Brasil, nas regiões Sudeste e Sul do país. Sua área de distribuição estende-se também à Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Sua família assemelha-se morfologicamente aos seus parentes distantes, os faisões e perdizes europeus e asiáticos (pertencentes à ordem dos Galiformes), diferindo deles em costumes diários, pelo fato de preferirem habitats florestais aos campestres, nidificarem em árvores, e não no chão, e terem uma alimentação mais frugívora do que granívora. Os cracídeos são importantes dispersores de sementes e aparentemente têm papel fundamental em manter a floresta tropical através da dispersão de suas plantas preferidas.[4][5][6]

Etimologia

Jacuguaçu é originário da junção dos termos tupis ya'ku (jacu) e wa'su (grande), significando, portanto, "jacu grande".[7] Outro nome atribuído a ela é jacu, palavra em tupi que de certo modo resume parte de sua natureza, pelo menos ao alimentar. Significa “o que come grãos”.[4]

Características

O filhote do jacu possui a íris cinza-clara e com duas semanas de vida essa íris se torna marrom-escura e permanecendo assim até a vida adulta. Seu bico quando filhote é alaranjado podendo em alguns indivíduos variar para a cor rosa, enquanto sua mandíbula tem a extremidade distal entre as cores roxo e rosado. Ainda filhote o jacu possui uma faixa escura ao longo do corpo, desde a testa até o final do dorso, podendo ser irregular na cabeça, alargando-se no alto dorso (formando o manto). Pode ser completamente escura, mas geralmente apresenta a parte central irregular, marrom ou castanha, e o manto é malhado com essas cores. Já adulto, o jacuguaçu tem o bico negro com exceção da região da narina que possui uma variação do cinza ao preto. Essa melanização não é uniforme, mas costuma ocorrer do meio às pontas, e aos 45 dias o pinto já pode ter o maxilar negra, com exceção da extremidade branca que só desaparece a partir dos quatro meses. Possui barbelas pouco desenvolvidas, não tendo crista, e uma plumagem basicamente escura, entre o preto e o marrom. Tem olhos vermelhos. Distingue-se da sua parente próxima, a jacupemba (Penelope superciliaris), por ser maior e possuir patas de cor escura, puxando para o cinza (daí o seu nome científico, obscura) enquanto a jacupemba é menor (55 centímetros) e possui patas avermelhadas. É espécie cinegética, sendo atraído pelo caçador através de um pio específico. Sua vocalização consiste em sons peculiares, semelhantes a grasnidos e ao cacarejo de forma intermitente e não possuem diferenças significativas dos machos para as fêmeas. Aos 75 dias, o filhote já pia em tom mais grave e aos 105 dias já é capaz de produzir os mesmos sons que um indivíduo adulto. Quando exposto a situações estressantes, emite um som rouco e agressivo. Caminha longas distâncias na floresta geralmente em pares ou grupos de dez aves, e frequenta pomares em bordas de mata. Seu ninho é feito com uma tigela de gravetos forrada com folhas, oculto na vegetação a em média a três metros de altitude. São chocados em média de dois ou quatros ovos em aproximadamente 28 dias.[4][5][6]

Alimentação

A alimentação do jacuguaçu é a base de frutos, folhas e animais invertebrados. Tem preferencia pelo fruto, folhas e brotos do murici (Byrsonima crassifolia e da caneleira, e agem como dispersor de sementes para diversas palmeiras, como a içara (Euterpe edulis), ou as palmeiras do gênero Syagrus. Apesar de seu porte, voa e se esgueira agilmente entre a densa vegetação das copas das árvores, deslocando-se de manhã e no final da tarde em busca de frutos de espécies nativas, como a jabuticaba (Plinia cauliflora), a pitanga (Eugenia uniflora), o palmito, a amora e a embaúba (Cecropia spp.) ou mesmo exóticas, como o jamelão (Syzygium cumini) ou o caqui (Diospyros ssp.), atuando como importante dispersor de sementes, mesmo em florestas secundárias. Pode vir a alimentar-se no chão e também danificar hortas ao alimentar-se de hortaliças cultivadas. [6][5]

Distribuição geográfica e habitat

O jacuguaçu é presente desde a região amazônica (entenda-se do Sul do Amazonas, indo do Maranhão para o Oeste até o Madeira) até o Rio Grande do Sul, embora seja mais comum sudeste, desde o estado do Rio de Janeiro até Santa Catarina e também ao leste de Minas Gerais. Esta ave também tem registro em outros países da América do Sul como na Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Esta capacidade de adaptação ajudou na preservação da espécie, que é ainda relativamente abundante no Sudeste do Brasil, mesmo fora do sistema de unidades de proteção, enquanto outras espécies da guilda regional de cracídeos - o mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii) e a jacutinga (Pipile jacutinga) - encontram-se extintas fora de algumas poucas áreas protegidas. Empoleira-se facilmente nos ramos mais finos, apesar do tamanho.[4][5][8]

Ecologia e comportamento

Olho vermelho característico da espécie
Jacuguaçu em raro momento em solo

Os jacuguaçus são extremamente individualistas. Após a instalação do grupo em uma localização não é aceito mais nenhum cracídeo no local. Por serem animais com hábitos grupais (é mais provável encontrá-los em pares ou em grupos do que sozinhos) possuem um sistema de hierarquização (indivíduos maiores costumam dominar o bando). A maturidade sexual destes animais é atingida por volta de um ano de idade, quando são formadas novas cópulas entre o grupo e o nascimento de novos filhotes. Em sua vida livre, passam boa parte de seu tempo nas copas das arvores. Não é tão comum vê-los no chão, mas esse hábito lhes é comum à alimentação (ao contrário das galinhas, suas parentes distantes jacuguaçus não possuem o hábito de ciscar o chão). Apesar de serem arborícolas, não são ótimos voadores, mas conseguem se movimentar silenciosamente por entre as arvores. Na literatura há poucas informações sobre a reprodução destes animais na natureza. Sua monogamia e período de incubação (28 dias) são as poucas referências dadas a estes animais.[6][5]

O cortejamento de jacuguaçus machos para com as fêmeas em cativeiro inclui o oferecimento de pedrinhas, palhas do ninho, galinhos, folhas ou comida com o bico. O trabalho do ninho é dado ao macho (a fêmea costuma observar o parceiro e parece inspecionar o trabalho feito) que enquanto trabalhava vocalizava um pio baixinho e constantemente movimenta a cabeça lateralmente. As fêmeas em seu período de reprodução costumam apresentar um movimento continuo (uma espécie de dança) inclinando o corpo para frente com a cauda levantada. Em situações de perigo, os pais jacuguaçus abrem suas caudas e os pintos se escondem embaixo delas enquanto todos se locomovem. Também é comum um dos adultos, principalmente o macho, defender a sua prole assumindo uma posição de ataque contra o agressor.[5][6]

Conservação

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), apesar do desmatamento e a caça estar afetando a vida dessa ave, o seu estado de conservação ainda é "pouco preocupante". Considerando sua situação de ameaça de extinção a manutenção e criação dessas aves torna-se extremamente importante para a preservação da espécie.[5][4] Em 2005, foi listado como vulnerável na Lista de espécies ameaçadas de extinção do Estado do Espírito Santo;[9] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[10]

Referências

  1. BirdLife International (2016). «Penelope obscura». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22678389A92771775. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22678389A92771775.enAcessível livremente. Consultado em 23 de abril de 2022 
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 100. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  3. «Jacuaçu». Michaelis. Consultado em 23 de abril de 2022 
  4. a b c d e «Jacuguaçu - notícias em fauna». G1 Portal de Notícias. 18 de fevereiro de 2015. Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 23 de abril de 2022 
  5. a b c d e f g «Guia de Aves da Mata Atlântica» (PDF) 1.ª ed. WWF-Brasil e Governo de São Paulo. 2010. Consultado em 23 de abril de 2022 
  6. a b c d e Neves, Valéria Pequeno Pedrosa (8 de dezembro de 1988). «Aspectos da Ontogenia do Jacu-guaçu (Penelope obscura bronzina Hellmayr, 1914), segundo levantamento em cativeiro» (PDF). Dissertação, UFRJ. Consultado em 23 de abril de 2022 
  7. Ferreira, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 979, 40, 871 
  8. Vasconcelos, M (2003). «Novos registros ornitológicos para a Serra do Caraça, Brasil: comentários sobre distribuição geográfica das espécies.» (PDF). PDF Instituto de Ciências Biolgicas-UFMG. Consultado em 23 de abril de 2022 
  9. «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022 
  10. «Penelope obscura Humboldt». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 22 de abril de 2022 

Bibliografia

  • Evangelista-Vargas, O. D.; Silveira, L. F. (2018). «Morphological evidence for the taxonomic status of the Bridge's Guan, Penelope bridgesi, with comments on the validity of P. obscura bronzina (Aves: Cracidae)». Zoologia. 35: 1-10. doi:10.3897/zoologia.35.e12993 
  • Sick, H.; Teixeira, D. M. (1979). «Notas sobre aves brasileiras raras ou ameaçadas de extinção». Rio de Janeiro. Notas sobre aves brasileiras raras ou ameaçadas de extinção. 62: 39 
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