Agricultura em Limeira

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A atividade agrícola em Limeira começou quando a região que hoje compreende o município de Limeira começou a ser oficialmente ocupada em 1799, com a concessão de sesmaria ao Coronel Sá, de São Paulo. Várias culturas tiveram destaque ao longo dos anos na cidade, como o café e a laranja, mas foram sendo substituídas a medida que entraram em declínio. Atualmente a cidade se destaca pela produção de mudas de citrus e pelo cultivo de cana-de-açúcar.

Início[editar | editar código-fonte]

Com a ocupação, a vegetação original composta quase que na totalidade por mata atlântica e com algumas manchas de cerrado, foi sendo derrubada para a instalação de engenhos e a plantação de cana-de-açúcar, uma vez que a então Província de São Paulo passava por um novo ciclo da cana.

Café[editar | editar código-fonte]

Em 1828 foi feita a primeira experiência de cultivo de café na região: 6 mil pés foram plantados na fazenda Ibicaba. Por ser uma cultura muito mais lucrativa, o café foi, aos poucos, substituindo a cultura pioneira.

Durante o período próximo entre os anos de 1860 e 1870, Limeira foi o principal município cafeeiro da Província e a fazenda Ibicaba a maior produtora mas, à medida que o café se alastrou para zonas mais novas, outras cidades, como São Carlos, Araras, Casa Branca, Descalvado e, posteriormente, Ribeirão Preto passaram a ter produções mais significativas.

Cem anos depois da primeira lavoura de café, a crise de 1929 afetou bastante a cafeicultura local e a produção caiu significativamente. Os cafezais começaram a dar lugar a novos produtos, destacando-se a laranja, a cana, o algodão, o arroz e o amendoim. Nas grandes propriedades, a cana-de-açúcar tomou o lugar do fruto e, nas pequenas e médias propriedades, a laranja. Os cafezais só desapareceriam definitivamente da paisagem limeirense por volta de 1960.

Citricultura[editar | editar código-fonte]

A partir de então, a citricultura floresceu. Limeira foi o berço da citrticultura do Brasil. No município foram plantados os primeiros pomares comerciais do país e as primeiras exportações ocorreram em 1926, antes mesmo da crise de 1929. De 1932 a 1936, Limeira foi a maior exportadora de laranjas do Estado de São Paulo. A fazenda Citra tornou-se grande produtora de mudas para citrus. O auge da citricultura no município foi a década de 1960, quando se popularizou o consumo da laranja bahia. Nessa época, Limeira era conhecida como 'Capital da Laranja'.

Assim como ocorreu com o café, a citricultura alastrou-se e outros centros passaram a ser maiores produtores, com destaque para Bebedouro. A queda do valor de mercado da fruta fez com que a laranja também fosse, aos poucos, substituída pela cana-de-açúcar. Nas pequenas propriedades, a atividade de produção de mudas cítricas se tornou importante.

Atividade atual[editar | editar código-fonte]

Com o tempo, a atividade viveirista expandiu-se e se diversificou com a produção de mudas de viárias espécies arbóreas e arbustivas. Essa expansão se deu com maior força na década de 1990, porém, em 2000 uma portaria do Estado proibiu a produção de mudas sem o uso de estufas teladas. Não podendo arcar com os custos, muitos produtores pequenos faliram ou tiveram que mudar de atividade: desde então, o cultivo de legumes e verduras tem ocupado boa parte das áreas antes utilizadas para a produção de mudas cítricas.

Ainda assim, atualmente, Limeira é a maior produtora de mudas cítricas da América Latina. O município é também referência nacional na produção de mudas em geral. Destacam-se, ainda a produção de cana-de-açúcar – a maior refinaria de açúcar do mundo está implantada na cidade – e, mais recentemente, a de verduras e legumes, consumida quase que totalmente na região.

Ver também[editar | editar código-fonte]