Casas Bahia

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Casas Bahia
Casas Bahia
Razão social Via Varejo S.A.
Sociedade limitada
Slogan Dedicação total a você.
Atividade varejo
Fundação 1952 (72 anos)
Fundador(es) Samuel Klein
Sede São Caetano do Sul, São Paulo
Locais Brasil Presença em 17 estados, além do Distrito Federal, nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste
Proprietário(s) Via Varejo
Empregados 57.500 mil
Produtos móveis e eletrodomésticos
Website oficial www.casasbahia.com.br

Casas Bahia é uma popular rede de varejo de móveis e eletrodomésticos do Brasil. Foi fundada em 1952, em São Caetano do Sul, SP, onde se localiza a matriz, pelo imigrante polonês Samuel Klein, que iniciou como mascate vendendo produtos de porta em porta, Mas a maioria dos seus clientes eram retirantes baianos daí o nome da empresa, apenas em 1957 a primeira loja foi aberta.

História

Casas Bahia em Farroupilha, no Rio Grande do Sul.

Com 60 anos de atuação no mercado nacional, a Casas Bahia possui em Caldas Novas 01 loja faturando R$13,8 bilhões gerando um lucro de estimado de 165 milhões. Com 57.500 funcionários a Casas Bahia é uma rede de lojas voltada para a venda de móveis e eletrodomésticos no varejo com foco nas classes C, D e E sendo 26,3 milhões de clientes cadastrados.

A marca Casas Bahia, constantemente citada em pesquisas de lembrança de marca como a mais presente na mente dos brasileiros, abrange, por dia, cerca 54.1 milhões de domicílios com TV, anunciando em sete emissoras de TV aberta e, também, em 11 canais por assinatura.

No dia 4 de dezembro de 2009 o Grupo Pão de Açúcar anunciou a compra das Casas Bahia, tornando-se uma parte integrante do atualmente maior grupo varejista brasileiro.[1]

As Casas Bahia consegue seu lucro através de maiores parcelas, com o objetivo de deixar o cliente com mais formas e facilidade para pagar, fato que ajuda bastante consumidores de menores classes sociais.

Em novembro de 2004 firmou parceria com o banco Bradesco. Até então, as Casas Bahia financiavam cerca de 80% de suas vendas, o que significava na época uma carteira de crédito de R$ 4,5 bilhões, considerando as vendas de R$ 6 bilhões de 2003 (em 2006 já eram mais de R$ 11 bilhões). A maior parte da carteira era financiada com recursos próprios e apenas R$ 1 bilhão eram captados no mercado financeiro.

O funding passou então a receber o reforço do Bradesco: pelo acordo, o banco passou a assumir o financiamento de pelo menos R$ 100 milhões em vendas por mês. Isso significou na época um aumento quase imediato de 20% nas operações de financiamento ao consumo do próprio banco, que já haviam saltado 38% entre setembro de 2003 e setembro de 2004, atingindo R$ 15,1 bilhões.

Sob o ponto de vista da gestão financeira, é interessante observar que os recursos custariam inicialmente um pouco mais do que a taxa do Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI, e o spread que passou a ser cobrado no financiamento das vendas será embolsado pela Casas Bahia. Em uma segunda etapa, a partir de 2005, o Bradesco passou a vender produtos financeiros aos clientes da Casas Bahia, como cartões e seguros, com a instalação de quiosques na rede de varejo; isto pode teoricamente ser bastante vantajoso para o grupo Bradesco sob o ponto de visto estratégico, em termos de ocupação de espaços mercadológicos (notadamente em crédito e cartões) com pouco ou nenhum investimento adicional em tecnologia, pontos de venda e recursos humanos e, claro, também podendo trazer vantagens de médio prazo para o grupo varejista.

Casas Bahia no município de Avaré, em São Paulo.

Ao início de 2006, a Casas Bahia, que não exige comprovante de renda para abertura de crediário, perdiam em torno de 10% das vendas pagas com o antigo e tradicional crédito direto ao consumidor (CDC) sob a forma de “carnê”. Enquanto isso, a taxa de inadimplência do cartão de crédito lançado em conjunto com o Bradesco em 2005 oscilava entre 4% e 6%. Ou seja: a Casas Bahia se dispõe a ter uma perda duas vezes maior no seu crediário do que a permitida pelo banco, que assume o risco de crédito dos cartões, através de sua administradora.

Interessante observar as disposições técnicas das lojas, onde os caixas são colocados no final, possibilitando o cliente de passar por todos os produtos todo mês para pagar o seu carnê. Os vendedores inclusive possuem meta sobre vendas na fila que são chamadas de "boca de caixa". Uma técnica de venda que é sempre analisada na gestão estratégica de negócios (porém essa técnica foi excluída na rede por ocasionar processos judiciais, pois alguns gestores utilizavam a técnica como castigo a quem não cumprisse a meta).[carece de fontes?]

No Rio Grande do Sul, a Casas Bahia abriu sua primeira filial em outubro de 2004, em Porto Alegre. Logo depois, foram abertas novas lojas da rede na capital gaúcha, em São Leopoldo, Farroupilha e em Caxias do Sul.

Em 2006, a rede chegou a ter 28 lojas. Devido aos índices insatisfatórios de vendas no Estado, a rede foi fechando gradativamente algumas de suas filiais.

Em dezembro de 2009, a Casas Bahia decide deixar o RS, fechando todas as lojas restantes, em parte devido a autos de infração fiscal[2] emitidos pela Secretaria da Fazenda do Estado. Havia divergências quanto à base de cálculo sobre a qual incidia o ICMS.

Segundo análise de especialistas, um fator crucial que fez com que a Casas Bahia encerrasse suas atividades no Rio Grande do Sul[3] era o comportamento "bairrista" dos consumidores gaúchos, por geralmente darem preferência a fornecedores locais.

No dia 20 de novembro de 2014 morre seu fundador, Samuel Klein, vítima de insuficiência respiratória.

No dia 17 de dezembro de 2014 a rede chega ao Estado do Maranhão, com duas lojas em São Luís.

Itens relevantes

  • Em cinco anos de dedicação e trabalho, Samuel Klein conseguiu capital para abrir sua primeira loja, chamada Casas Bahia. Era a sua homenagem a seus fregueses, na maioria retirantes baianos vindo tentar a sorte na região.
  • Apesar do nome da rede se chamar "Casas Bahia", a rede inaugurou sua primeira loja nesse estado somente após 56 anos do surgimento da rede, no Shopping Paralela, Salvador Shopping e em mais 3 pontos no município de Salvador.[4]
  • No dia 10 de novembro de 2008 um segurança das Casas Bahia assassinou um cliente pelo fato de ele estar mal-vestido[5]. Mesmo insistindo que o produto era para seu casamento (e estando com a nota fiscal na mão), o ambulante Alberto Milfonti Júnior morreu com um tiro no rosto[6].
  • No dia 4 de dezembro de 2009, o Pão de Açúcar anunciou a compra da Casas Bahia e que os negócios no setor de varejo de bens duráveis seriam integrados à Globex, controladora do Ponto Frio[7]. No entanto, a família Klein, da Casas Bahia, acredita que o negócio foi subavaliado e os dois grupos reavaliam a fusão, com a renegociação de valores e algumas condições do contrato[8].

Fusão Casas Bahia e Pão de Açúcar

Sai um novo acordo de fusão, no dia 2 de julho de 2010, entre os grupos Pão de Açúcar e Casas Bahia, sendo assim, com o novo acordo, o novo grupo formado passa a se chamar de Nova Casas Bahia, onde a captação de recursos ficará por parte da Globex, controladora da rede Ponto Frio. Para o novo acordo, que durou cerca de 4 meses de duração se consolidar, foi preciso injetar, cerca de R$ 690 milhões por parte do grupo do então, chefe de conselho da empresa Abílio Diniz[9].

Serviço de Atendimento ao Cliente SAC - C.B. e P.F.

A empresa Via Varejo utilizava até o meio do ano de 2015 uma empresa chamada "CB Contact Center" que pertencia ao grupo e se localizava ao lado da matriz de São Caetano para prestar a si mesma os serviços de telemarketing, SAC e cobrança.

No site da "CB Contact Center" é possível ver a mensagem:

"Devido a incorporação da CBCC pela Atento, este site foi descontinuado."

A Atento do Brasil S.A. adquiriu a empresa e seus funcionários e atualmente realiza os serviços de telemarketing, SAC e cobrança da Casas Bahia, Ponto Frio, e outros, ainda no mesmo local.

Empresas parceiras

Referências

Ligações externas

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