Conterrâneos Velhos de Guerra

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Conterrâneos velhos de guerra
Conterrâneos Velhos de Guerra
Cartaz do documentário
 Brasil
1992 •  p&b •  175 min 
Gênero documentário
Direção Vladimir Carvalho
Produção Vladimir Carvalho
Narração Othon Bastos
Música Zé Ramalho
Idioma língua portuguesa

Conterrâneos velhos de guerra é um filme brasileiro do gênero documentário dirigido por Vladimir Carvalho lançado em 1990.[1] O filme aborda a história dos candangos e um pouco da história de Brasília, contando com a participação especial de Oscar Niemeyer, Pompeu de Souza e Teodoro do Boi como interpretação especial.[2] O longa-metragem também entrevista os operários da construção de Brasília, explicando suas origens nordestinas, com a trilha sonora de Zé Ramalho.[3]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Em 1959 pessoas de diversas partes do Brasil, em sua maioria composta por nordestinos, chegam à Brasília para trabalhar na construção da futura capital brasileira. Assim como os canteiros de obra se espalham no meio do nada, os abusos aos trabalhadores também. Os trabalhadores das obras que ficaram conhecidos popularmente como 'candangos' sofreram muitos ataques, humilhações e exploração. O documentário busca explorar justamente essas histórias de sofrimento que os trabalhadores foram conduzidos.

Elenco[editar | editar código-fonte]

O arquiteto Oscar Niemeyer fez uma participação especial em Conterrâneos Velhos de Guerra

Mídia caseira[editar | editar código-fonte]

Apenas no ano de 2013, o filme ganhou uma versão em DVD.[4] Anteriormente ao DVD, o filme estava disponível apenas em restritas fitas de Video Home System (VHS).[5][6]

Análise[editar | editar código-fonte]

O professor Eduardo Leone, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) vinculada a Universidade de São Paulo (USP), fez comentários elogiosos ao filme e o comparou com uma Ópera.[7] Para Leone, "uma manipulação de um efeito dramático, nos expulsaria de um envolvimento apenas com o discurso das imagens documentais, resgatando, através da montagem, o discurso do narrador que intervém na narrativa e na diegese. As inserções branco e preto deveriam funcionar como breques paralisadores da ação, no sentido de produzirem pequenas e abruptas intervenções, subvertendo o discurso documental."[7]

O diretor do longa, Vladimir carvalho

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

No ano de 1990, o filme venceu o prêmio Margarida de Prata oferecido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para filmes brasileiros que ressaltem valores humanos, éticos e espirituais, visando ampliar a consciência crítica e artística do público brasileiro.[8] O filme venceu o prêmio especial do Júri do Festival de Gramado de 1992.[8] No ano de 1994, o documentário venceu o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de Melhor filme.[9]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Conterrâneos Velhos de Guerra (1990) (em inglês), consultado em 10 de agosto de 2020 
  2. Conterrâneos Velhos de Guerra - ADORO CINEMA
  3. CONTERRÂNEOS VELHOS DE GUERRA, consultado em 10 de agosto de 2020 
  4. Menezes, Cynara (21 de abril de 2013). «Cine Morena: Conterrâneos Velhos de Guerra, de Vladimir Carvalho». Socialista Morena. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  5. Cavalcanti, Flavio R. «Conterrâneos velhos de guerra: Opinião da Crítica e Roteiro». Brazilia.jor. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  6. Leal, Ricardo Guanabara. «Dossiê Vladimir Carvalho». Aruanda lab.doc. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  7. a b Leone, Eduardo (30 de agosto de 1995). «Como uma ópera: Conterrâneos velhos de guerra». Comunicação & Educação (3): 75–80. ISSN 2316-9125. doi:10.11606/issn.2316-9125.v0i3p75-80 
  8. a b «FILMOGRAFIA - CONTERRÂNEOS VELHOS DE GUERRA». Cinemateca. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  9. AdoroCinema, Conterrâneos Velhos de Guerra, consultado em 10 de agosto de 2020