Cristina de Holsácia-Gottorp

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Cristina de Holstein-Gottorp)
Cristina
Cristina de Holsácia-Gottorp
Rainha Consorte da Suécia
Reinado 22 de março de 1604
a 30 de outubro de 1611
Coroação 15 de março de 1607
Predecessora Ana da Áustria
Sucessora Maria Leonor de Brandemburgo
 
Nascimento 13 de abril de 1573
  Quiel, Eslésvico-Holsácia, Sacro Império Romano-Germânico
Morte 8 de dezembro de 1625 (52 anos)
  Mariefred, Suécia
Marido Carlos IX da Suécia
Descendência Gustavo II Adolfo da Suécia
Maria Isabel da Suécia
Carlos Filipe, Duque de Sudermânia
Casa Holsácia-Gottorp (por nascimento)
Vasa (por casamento)
Pai Adolfo, Duque de Holsácia-Gottorp
Mãe Cristina de Hesse

Cristina (Quiel, 13 de abril de 1573Mariefred, 8 de dezembro de 1625) foi a segunda esposa do rei Carlos IX e Rainha Consorte da Suécia de 1604 até 1611. Era filha de Adolfo, Duque de Holsácia-Gottorp, e sua esposa Cristina de Hesse.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Cristina com o marido Carlos IX.

Cristina era filha do duque Adolfo de Holsácia-Gottorp e da marquesa Cristina de Hesse, filha do marquês Filipe I de Hesse. Em 1586, chegou a ser considerada para esposa do rei Segismundo III da Polónia, mas os planos nunca se concretizaram. A 8 de julho de 1592, tornou-se a segunda esposa do duque Carlos de Sudermânia que, em 1599 se tornou regente e, em 1604, rei da Suécia. Cristina foi coroada com ele na Catedral de Uppsala em 1607.

A rainha Cristina era uma pessoa dominante e determinada muito poupada. Era ao mesmo tempo respeitada e temida. Foi descrita como dura, teimosa e avarenta e dizia-se que, enquanto a primeira esposa do seu marido o tentava persuadir a mostrar clemência nos seus actos, Cristina fazia exactamente o contrário. Controlava muito rigorosamente a corte, uma atitude que é ilustrada na história de que mediria pessoalmente o comprimento das linhas usadas pelos criados. O seu casamento era considerado feliz, apesar de o marido não lhe ser fiel, já que ambos tinham uma personalidade semelhante. Cristina acompanhava-o frequentemente nas suas viagens, incluindo à Estónia e à Finlândia em 1600-01.

Não se pensa que Cristina tenha dominado o seu marido, que tinha a mesma personalidade temperamental, nem que tenha tido uma influência política forte durante o seu reinado. Apesar de tudo, tinha a sua importância política. Apesar de o seu marido não a deixar ditar as políticas, pedia-lhe conselhos sobre elas. Durante a guerra com a Dinamarca, Carlos não aceitou os conselhos da esposa e o casal entrou em conflito porque ele pensava que ela era pró-dinamarquesa. Foi regente durante durante a ausência do marido em 1605. Também terá sido ela a impedir a nomeação do seu filho mais novo para o trono russo que decorreu entre 1610-1612. No dia em que ele devia ter partido para Moscovo para estar presente na eleição, Cristina manteve-o em casa.

Cristina tornou-se rainha-viúva da Suécia em 1611, quando o seu marido morreu, e foi regente dos seus dois filhos até o seu filho mais velho ser reconhecido rei e um conselho foi estabelecido. Como viúva, foi regente do seu filho mais novo, o duque Carlos Filipe de Sudermânia, no ducado de Sudermânia entre 1611 e 1622. Também geriu as minas de ferro do seu marido e participou activamente em vários negócios. Durante os primeiros anos do filho como rei na década de 1610, era considerada a verdadeira (ou uma das verdadeiras) governantes do país, apesar de não ter sido oficialmente regente. Não há dúvidas de que era conselheira do seu filho: por exemplo, Gustavo pediu-lhe conselhos sobre o casamento da filha dela que acabaria por causar um conflito com a igreja luterana. Em 1622, Cristina retirou-se para o Castelo de Nyköping. Em 1622, o seu filho Carlos Filipe morreu. Depois da sua morte, foi descoberto que se tinha casado em segredo e Cristina passou a ser guardiã da neta nascida desse casamento.

Como rainha-viúva é conhecida por ter impedido o casamento do seu filho mais velho com Ebba Brahe. Quando o seu filho estava a ter este caso amoroso, escreveu um conhecido poema na janela de Ebba Brahe: "É isto que queres, mas é aquilo que terás - é assim que funciona nestes casos."

Descendência[editar | editar código-fonte]

  1. Cristina da Suécia (15931594).
  2. Gustavo II Adolfo da Suécia (9 de dezembro de 1594 - 6 de novembro de 1632), casado com a princesa Maria Leonor de Brandemburgo; com descendência.
  3. Maria Isabel da Suécia (10 de março de 1596 - 7 de agosto de 1618), casada com o duque João de Östergötland; sem descendência.
  4. Carlos Filipe de Sudermânia (22 de abril de 1601 - 22 de janeiro de 1622), casado com Elisabet Ribbing; com descendência.

Genealogia[editar | editar código-fonte]

Os antepassados de Cristina de Holsácia-Gottorp em três gerações[1]
Cristina de Holsácia-Gottorp Pai:
Adolfo de Holsácia-Gottorp
Avô paterno:
Frederico I da Dinamarca
Bisavô paterno:
Cristiano I da Dinamarca
Bisavó paterna:
Doroteia de Brandemburgo
Avó paterna:
Sofia da Pomerânia
Bisavô paterno:
Bogislaw X da Pomerânia
Bisavó paterna:
Anne Jagellon
Mãe:
Cristina de Hesse
Avô materno:
Filipe I de Hesse
Bisavô materno:
Guilherme II de Hesse
Bisavó materna:
Ana de Mecklenburg-Schwerin
Avó materna:
Cristina da Saxónia
Bisavô materno:
Jorge da Saxônia
Bisavó materna:
Barbara Jagiellon


Referências