Dmitry Mirimanoff

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Dimitry Mirimanoff
Dmitry Mirimanoff
Nascimento 13 de setembro de 1861
Pereslavl-Zalessky, Rússia
Morte 5 de janeiro de 1945 (83 anos)
Genebra, Suíça
Nacionalidade Rússia Russo, Suíça suíço
Alma mater Universidade de Genebra
Campo(s) Matemática

Dmitry Semionovitch Mirimanoff (em russo: Дми́трий Семёнович Мирима́нов; Pereslavl-Zalessky, Rússia, 13 de setembro de 1861Genebra, Suíça, 5 de janeiro de 1945) foi um matemático russo naturalizado suíço.

Obteve o doutorado em ciências matemáticas em 1900, na Universidade de Genebra, e lecionou na Universidade de Genebra e na Universidade de Lausanne. Mirimanoff fez contribuições notáveis à teoria axiomática dos conjuntos e teoria dos números (relecionada especificamente ao último teorema de Fermat, sobre o qual correspondeu-se com Albert Einstein antes da Primeira Guerra Mundial[1]). Em 1917 introduziu, embora não tão explicitamente como depois John von Neumann, a hierarquia cumulativa de conjuntos e a noção de números ordinais.

Dmitry Mirimanoff tornou-se membro da Sociedade Matemática de Moscou em 1897.[2]

Vida[editar | editar código-fonte]

Dmitry Semionovitch Mirimanoff nasceu um Pereslavl-Zalessky Pereslavl-Zalessky. Seus pais foram Semion Mirimanovitch Mirimanoff (em russo: Семён Мирима́нович Мирима́нов) e Maria Dmitrievna Rudakova (em russo: Мари́я Дми́триевна Рудакова). Bisneto de Davyd A. (?) Mirimanian (depois Mirimanoff) (em russo: Дави́д А. (?) Мириманян), um membro de uma antiga família armênia estabelecida na Geórgia e um cidadão honorário de Tbilisi.

Em ca. 1885 Dmitry Mirimanoff encontrou a francesa Malvina Geneviève Valentine Adriansen em Nice. Geneviève Adriansen aprendeu russo e aceitou a Igreja Ortodoxa Russa. Eles casaram em Genebra em 25 de outubro de 1897, e tiveram dois filhos: Alexander (depois Alexandre) Dmitrievitch Mirimanoff (em russo: Алекса́ндр Дми́триевич Мирима́нов), nascido em Oranienbaum (atual Lomonosov) em 1898, e Andreï (depois André) Dmitrievitch Mirimanoff (em russo: Андрей Дми́триевич Мирима́нов), nascido em Genebra em 1902.

A família viveu na Rússia (primeiro em Moscou, depois em São Petersburgo) até 1900, quando mudaram para Genebra (em busca de um clima melhor para a saúde abalada de Dmitry Mirimanoff). Após a Revolução Russa de 1917 eles não mais visitaram a Rússia, embora as irmãs de Dmitry Sophia e Lydia tenham permanecido lá. Dmitry Mirimanoff tornou-se cidadão suíço em 17 de setembro de 1926. Dmitry Mirimanoff morreu em 5 de janeiro de 1945 em Genebra.

Obras[editar | editar código-fonte]

Último teorema de Fermat[editar | editar código-fonte]

Método da reflexão[editar | editar código-fonte]

Em 2008, Marc Renault publicou um artigo[3] no qual assinala que Dmitry Mirimanoff deve ser creditado pela criação do método da reflexão para resolver o teorema da eleição de Bertrand, e não Désiré André, a quem foi dado crédito durante longo tempo. Portanto, Donald Knuth, que leu o artigo de Renault, vai creditar Mirimanoff ao invés de Désiré André em futuras impressões do volume 1 de sua monografia The Art of Computer Programming.[4]

Referências

  1. Jean A. Mirimanoff. Correspondência privada com Anton Lokhmotov. (2009)
  2. «Состав Математического Общества». Математический Сборник. 31 (1): 1–3. 1922 
  3. Renault, Marc (abril de 2008). «Lost (and Found) in Translation: André's Actual Method and Its Application to the Generalized Ballot Problem» (PDF). American Mathematical Monthly. 115 (4): 358–362 
  4. Donald E. Knuth. Correspondência privada com Anton Lokhmotov. (2009)

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