Enos (Livro de Mórmon)

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 Nota: Este artigo é sobre o profeta do Livro de Mórmon. Para o patriarca bíblico, veja Enos.
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Enos (em hebraico: אֱנוֹשׁ), segundo o Livro de Mórmon, foi um profeta nefita e autor do Livro de Enos. Foi filho ou neto de Jacó e supostamente viveu em algum momento do século VI a.C.[1]

Genealogia[editar | editar código-fonte]

Jacó
Enos
Jarom
Ômni
Amaron
Quêmis
Abinadom
Amaléqui

Ou, alternativamente:

Jacó
Enos
Enos
Jarom
Ômni
Amaron
Quêmis
Abinadom
Amaléqui

Manutenção de registros nefitas[editar | editar código-fonte]

Conforme a narrativa do Livro de Mórmon, Enos foi o terceiro na série de mantenedores de registros que mantiveram o registro dos nefitas, um conjunto de placas de metal contendo a história espiritual e secular dos nefitas. Enos foi encarregado do registro por seu pai, Jacó, filho de Leí e irmão de Néfi. Tanto Néfi quanto Jacó haviam mantido o registro anteriormente, registrando Primeiro e Segundo Néfi e o Livro de Jacó, respectivamente. A contribuição de Enos para o registro, o Livro de Enos, consiste em um único capítulo, contado na primeira pessoa, descrevendo sua própria conversão e ministério subsequente.

Após a morte de Enos, o registro dos nefitas foi mantido pelo filho de Enos, Jarom.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Nenhum detalhe da infância de Enos é fornecido, exceto que ele foi ensinado por seu pai "na disciplina e na admoestação do Senhor".[2] Como Enos começa sua história contando sobre a "luta que travei perante Deus antes de receber a remissão de meus pecados",[3] às vezes é assumido que ele havia se rebelado antes daquele tempo. O Presidente Spencer W. Kimball disse: "Como muitos filhos de boas famílias, ele se desviou. Quão hediondos foram seus pecados, eu não sei, mas devem ter sido graves".

Conversão[editar | editar código-fonte]

Enos relata que, enquanto caçava feras na floresta, sua "alma ficou faminta"[4] e ele se ajoelhou e orou por perdão. Sua oração continuou durante todo o dia e noite, até que ouviu uma voz que dizia: "Enos, perdoados são os teus pecados e tu serás abençoado".[5]

Tendo obtido o perdão pessoal, Enos continuou a orar em nome de seu povo, os nefitas, e foi informado de que eles seriam abençoados "segundo a sua diligência em guardar meus mandamentos (de Deus)".[6] Com sua fé fortalecida por essas revelações, ele começou a orar por "[seus] irmãos, os lamanitas",[7] que haviam se afastado dos nefitas e agora eram seus inimigos. Ele recebeu a promessa de que o registro dos nefitas seria preservado e seria levado aos lamanitas no "próprio e devido tempo" de Deus.[8]

Ministério[editar | editar código-fonte]

Após essa poderosa conversão, Enos profetizou aos nefitas. Ele testifica que os nefitas tentaram "reconduzir os lamanitas à verdadeira fé em Deus",[9] mas não tiveram sucesso. Ele descreve os lamanitas como tendo se tornado "selvagens e ferozes e um povo sanguinário".[10] Os nefitas, em contraste, são diligentes na agricultura e no pastoreio, mas Enos deixa claro que eles eram "obstinados" e que a pregação contínua da palavra de Deus era necessária para impedi-los de que se "precipitassem rapidamente na destruição".[11]

No final do seu relato, Enos testifica da sua fé inabalável no seu Redentor.[12]

Possível origem do nome[editar | editar código-fonte]

O nome "Enos" ou "Enosh" (em hebraico: אֱנוֹשׁ) aparece em pelo menos dois livros da Bíblia. Significa "homem mortal", em hebraico, que Hugh Nibley observa como sendo semelhante em definição ao nome "Adão".[13]

No Livro do Gênesis, Enos é o primeiro filho de Sete que figura nas Gerações de Adão, e consequentemente referido nas genealogias de Crônicas, e na genealogia de Jesus no Evangelho segundo Lucas.

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Enos 1:25 etc. Longevity of Nephite Scribes | Book of Mormon Research» (em inglês). Consultado em 8 de abril de 2019 
  2. Enos 1:1
  3. Enos 1:2
  4. Enos 1:4
  5. Enos 1:5
  6. Enos 1:10
  7. Enos 1:11
  8. Enos 1:16
  9. Enos 1:20
  10. Enos 1:20
  11. Enos 1:23
  12. Enos 1:26-27
  13. Nibley, Hugh & Hummel, Sharman Bookwalter (ed.) Nibley's Commentary on the Book of Mormon, Vol. 1 (2013), ASIN: B00GFY0GUO

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]