Parque Natural Municipal do Morro da Cruz

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Parque Natural Municipal do Morro da Cruz
Parque Natural Municipal
Parque Natural Municipal do Morro da Cruz
Vista a partir do mirante no parque
Localização
Localização Morro da Cruz
País  Brasil
Estado  Santa Catarina
Cidade Florianópolis
Dados
Área 1 305 476,74 metro quadrados (130,547 674 ha) ha
Criação novembro de 2013 (10 anos)
Gestão FLORAM
Coordenadas 27° 35' 15.5" S 48° 32' 11.7" O
Parque Natural Municipal do Morro da Cruz está localizado em: Santa Catarina
Parque Natural Municipal do Morro da Cruz

O Parque Natural Municipal do Morro da Cruz é uma unidade de conservação localizada no Morro da Cruz, no município brasileiro de Florianópolis.[1]

Vista do centro, baía norte e região continental de Floripa a partir do mirante.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O parque fica localizado num dos pontos mais elevados da Ilha de Santa Catarina (com 285 metros), no maciço do Morro da Cruz. Ele cobre um área de cerca de 1 305 800 metro quadrados (130 ha) no alto do morro e dispõe de um mirante do qual é possível ter ampla visualização das baías sul e norte além da área continetal de Florianópolis.[1] O morro é circundado pelos bairros do Saco dos Limões e Trindade (à leste), Agronômica (ao norte), José Mendes (ao sul) e centro (à oeste). O parque conta com dois parques infantis, duas quadras esportivas, duas áreas com equipamentos de ginástica, banheiros, quatro trilhas (Pedra dos Gaviões com 140 metros, Rendeira com 180 metros, João Cavalheiro 250 metros e Caboatás com 280 metros), além do mirante e estacionamento para aproximadamente 50 veículos.

Dois acessos são possíveis para o parque, pela Avenida do Antão ou pela rua General Vieira da Rosa.

Fauna[editar | editar código-fonte]

No parque, podem ser avistados mamíferos como Cutia e Gamba, além de répteis como o Lagarto, e diferentes espécies de aves como a Saracura, a Gralha Azul e o Pica-Pau.[1]

Flora[editar | editar código-fonte]

A flora do parque é típica da Mata Atlântica, do tipo floresta ombrófila densa em estágios variados, ainda que secundária, incluindo espécies com a Palmeira Juçara, Canela Sassafrás, Guarapuvu, Embaúba, Camboatá, e também espécimes frutíferas nativas, como a Pitangueira, Jabuticabeira, Grumixama, Araçá e o Jerivá.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

A criação do conselho cosultuvo para preservação da área se deu em 2009, mas o parque somente adquiriu o título de Parque Natural Municipal (Lei 9.985/2000 - SNUC) em 2013 sob a protegida pela Lei 9.321 daquele ano (sancionada pelo prefeito César Souza Junior).[2][3]

Entre 2010 e 2011, foram investidos R$ 1,7 milhões para construção de melhorias no parque. Destes, 71% dos recursos foram provenientes do governo federal (presidenta Dilma Rousseff) e 29% do governo municipal (prefeito Dário Berger).[4]

Em 2013, na ocasião da celebração dos 90 anos da fundação do clube catarinense de futebol Avaí, foram plantadas 50 mudas de árvores no parque. Além destas, os integrantes do clube também plantaram mudas no Parque Municipal da Lagoa do Peri e no Parque Ecológico do Córrego Grande num total de 150 mudas de árvores.[5]

Em fevereiro de 2020, a câmara de vereadores de Florianópolis alterou a Lei 9.321 de 2013 a fim de regulamentar a presença de residências dentro dos limites do parque, as quais já existiam anteriormente à criação desta unidade de preservação.[6][7]

Pesquisa[editar | editar código-fonte]

O parque bem como as comunidades nos entornos do Morro da Cruz são envolvidas em diversas ações relacionadas à Universidade Federal de Santa Catarina. Alguns exemplos:

  • Sobre o impacto do parque urbano na vida da população (Cascaes, Guilherme B. T. 2018);[8]
  • Sobre o monitoramento de áreas de preservação (Rebollar, Nora A. P. 2012);[9]
  • Sobre experiência política e pedagógica (Dantas, Jeferson S. 2012);[10]
  • Sobre a memória coletiva da comunidade (Assunção, Andréia C. 2012);[11]
  • Sobre aluguel social (Bolsoni, Gabriele B. 2011);[12]
  • Sobre níveis de radiação eletromagnética em diferentes pontos ao redor do Morro da Cruz (Wollinger, Paulo R. 2003);[13]

Imagens[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Prefeitura de Florianópolis». www.pmf.sc.gov.br. Consultado em 5 de setembro de 2020 
  2. SeTIC-UFSC. «Observatório de Áreas Protegidas – OBSERVA». Consultado em 5 de setembro de 2020 
  3. «Parque Natural Municipal do Morro da Cruz - WikiParques». www.wikiparques.org. Consultado em 5 de setembro de 2020 
  4. «Parque do Maciço abre as portas para a comunidade neste sábado, em Florianópolis». www.nsctotal.com.br. Consultado em 5 de setembro de 2020 
  5. «Avaí Futebol Clube » Avaí Sustentável no Parque do Morro da Cruz». Consultado em 6 de setembro de 2020 
  6. «Projeto aprovado altera limites do parque do maciço do Morro da Cruz». ND. 11 de fevereiro de 2020. Consultado em 6 de setembro de 2020 
  7. ewaldo-neto. «Câmara de Florianópolis aprova projeto que dá nova delimitação ao Parque Natural do Morro da Cruz». OCP News. Consultado em 6 de setembro de 2020 
  8. Cascaes, Guilherme Bruno Tiefensee (julho de 2018). «Parque Urbano da Serrinha: espaço de integração entre a cidade formal e informal». Consultado em 6 de setembro de 2020 
  9. Rebollar, Nora Alejandra Patricia (24 de outubro de 2012). «Indicadores para monitoramento de áreas de preservação permanente em paisagens degradadas por ocupações irregulares». Consultado em 6 de setembro de 2020 
  10. Dantas, Jeferson Silveira (2012). «Espaços coletivos de esperança: a experiência política e pedagógica da Comissão de Educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz em Florianópolis/SC». Consultado em 6 de setembro de 2020 
  11. Assunção, Andréia Carvalho (12 de fevereiro de 2012). «A memória como reinvenção do vivido: um estudo de caso sobre memória coletiva e representações sociais na comunidade Serrinha, Florianópolis (SC).». Consultado em 6 de setembro de 2020 
  12. Bolsoni, Gabriele Berckenbrock (2011). «As famílias do Maciço do Morro da Cruz em Florianópolis e o aluguel social: realidade pós-chuvas de novembro de 2008». Consultado em 6 de setembro de 2020 
  13. Wollinger, Paulo Roberto (2003). «Estudo dos níveis de radiação eletromagnética em ambiente urbano». Consultado em 6 de setembro de 2020