Relações entre Angola e Zimbabwe

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Relações entre Angola e Zimbabué
Bandeira de Angola   Bandeira do Zimbabué
Mapa indicando localização de Angola e do Zimbabué.
Mapa indicando localização de Angola e do Zimbabué.
  Angola

As relações entre Angola e Zimbabué permanecem cordiais desde o surgimento de ambos os Estados, República de Angola em 1975 e República do Zimbabué em 1980, durante a Guerra Fria. Embora a política externa de Angola deslocou-se para uma postura pró-estado-unidense baseada nos laços económicos substanciais, sob o domínio do presidente Robert Mugabe, os laços do Zimbabué com o Ocidente enfraqueceram no final da década de 1990.

Guerra Civil Angolana[editar | editar código-fonte]

O presidente Mugabe e o presidente da África do Sul, Nelson Mandela, reuniram-se em Lusaca, na Zâmbia, a 15 de novembro de 1994, para reforçar o apoio ao Protocolo de Lusaca, um acordo de paz assinado em agosto que tentou acabar com a Guerra Civil Angolana. Mugabe e Mandela afirmaram que estavam dispostos a se reunir com Jonas Savimbi, líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), um grupo militante pró-Ocidente. Mandela pediu a Savimbi para que fosse a África do Sul, porém Savimbi não foi.[1][2]

Em 1998, o governo angolano comprou munições e uniformes das Indústrias de Defesa do Zimbabué em violação ao embargo de armas estabelecido pelo Protocolo de Lusaca. Graças às remessas de armas estrangeiras, o governo angolano recuperou a vantagem, acabando por encerrar a guerra em 2002.[1]

Segunda Guerra do Congo[editar | editar código-fonte]

Angola, Namíbia e Zimbabué intervieram militarmente na Segunda Guerra do Congo (1998-2003), lutando em nome do presidente Joseph Kabila da República Democrática do Congo contra o Movimento de Libertação do Congo (MLC) e Uganda, e o Reagrupamento Congolês para a Democracia e Ruanda. Embora as forças armadas leais a Angola e outros países vizinhos se retirassem em 2002, as forças ruandesas e do Zimbabué permaneceram.[3]

O Índice de Perceção de Corrupção da Transparência Internacional (TI) para 2003 considerou os governos de Angola e do Zimbabué os mais corruptos da África Austral. Numa escala de 0 a 10, com 0 sendo o mais corrupto e 10 o mais transparente, a Transparência Internacional classificou Angola em 1.8 e o Zimbabué em 2.3, alguns dos maiores índices de corrupção do mundo.[4]

Referências

  1. a b Vines, Alex (1999). Angola Unravels: The Rise and Fall of the Lusaka Peace Process (em inglês). Nova Iorque: Human Rights Watch. p. 103–104. ISBN 1-56432-246-7. Resumo divulgativo 
  2. Rothchild, Donald S. (1997). Managing Ethnic Conflict in Africa: Pressures and Incentives for Cooperation (em inglês). Washington, D.C.: Brookings Institution Press. p. 137–138 
  3. Ayton-Shenker, Diana (2002). A Global Agenda: Issues Before the 57th Assembly of the United Nations (em inglês). Lanham: Rowman & Littlefield. p. 44. ISBN 978-0742523555 
  4. «Corruption increasing, Transparency International» (em inglês). IRIN. 8 de outubro de 2003 
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