Rio Pararangaba
Rio Pararangaba | |
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Rio Pararangaba na área rural do distrito de Eugênio de Melo em São José dos Campos, SP. | |
Comprimento | 20 km |
Nascente | São José dos Campos, SP |
Altitude da nascente | 820 m |
Foz | Rio Paraíba do Sul, São José dos Campos, SP |
Altitude da foz | 540 m |
Área da bacia | 75 km² |
País(es) | Brasil |
Coordenadas |
O Rio Pararangaba é um curso de água do estado de São Paulo, Brasil. É um afluente da margem direita do Rio Paraíba do Sul, com nascente nos contrafortes da Serra do Mar, próximo às divisas entre os municípios de Jambeiro e São José dos Campos, cruzando este último no sentido sudeste/nordeste[1][2].
A bacia hidrográfica do rio Pararangaba localiza-se no extremo leste do município de São José dos Campos, abrangendo predominantemente o distrito de Eugênio de Melo, o qual apresenta a maior parte de seu território localizado dentro da área de captação desta bacia[3].
Geografia[editar | editar código-fonte]
A área de drenagem da bacia hidrográfica do Pararangaba soma 75,64 km², correspondendo a 6,8% da área total de São José dos Campos[2]. O seu canal principal apresenta três principais afluentes: o Ribeirão do Cajuru, o Córrego do Bairrinho e o Córrego do Bueirinho[2].
A bacia do rio Pararangaba está localizada sobre sobre o sistema aquífero Taubaté, em um setor com predomínio de águas bicarbonatadas sódicas na porção oeste de seu subsolo e bicarbonatadas potássicas no setor leste, próximo à divisa com o município de Caçapava[4].
Uso e ocupação[editar | editar código-fonte]
A área da bacia do rio Pararangaba apresenta crescimento populacional superior à média do município de São José dos Campos[2].
Em decorrência da ocupação praticamente total das áreas marginais à rodovia Presidente Dutra, houve escassez de terras nessa faixa territorial, levando ao aumento do custo dos terrenos. Desta forma, as populações passaram a buscar áreas mais periféricas para o assentamento urbano, ocasionando maior pressão demográfica no médio curso deste rio, que corresponde ao setor localizado entre as Rodovias Presidente Dutra e Carvalho Pinto[2].
Devido ao avanço da concentração populacional nesta extensão do território, o médio curso do Pararangaba consiste no setor que apresenta maior volume de problemas ambientais em toda a bacia[5]. Dentre esses impactos, destacam-se aqueles relacionados à poluição, desmatamento, erosão, assoreamento e consequente aumento do risco de inundações[2].
A instalação de grandes empresas e a presença de um Pólo Tecnológico no distrito de Eugênio de Melo é vetor de atração de população para a região[6]. Isso aumenta a velocidade de expansão das áreas impermeabilizadas de modo a incrementar a tendência de ocorrência de inundações em um futuro próximo[1].
Problemas ambientais[editar | editar código-fonte]
No decorrer de seu trajeto, o rio Pararangaba cruza a rodovia SP-70, Governador Carvalho Pinto e a rodovia BR-116, Presidente Dutra. Entre essas duas importantes estradas, o rio percorre por setor com significativo adensamento demográfico[2].
A presença das rodovias e significativo incremento da urbanização nas área de drenagem de sua bacia hidrográfica aumenta o risco de contaminação decorrente de poluição difusa. Após adentrar em terras pertencentes ao distrito de Eugênio de Melo, o rio Pararangaba passa por áreas de criação de gado e cultivos diversos, apresentando o risco de contaminação das águas pelo uso inadequado de insumos agrícolas[1].
O assoreamento é outro fator de risco ambiental muito frequente na região, aumentando a suscetibilidade às inundações, sobretudo diante da ocorrência de pancadas de chuvas mais intensas, o que é característica comum do clima desta região nos meses de primavera e verão[2]. O acumulo de lixo no curso d'água é outro problema, que além de aumentar o nível de poluição, é capaz de intensificar a ocorrência de inundações[2].
Tem sido observado aumento na frequência de ocorrência de inundações ao longo do tempo. Tal aspecto provavelmente está relacionado com o incremento das áreas impermeabilizadas ao logo da bacia em função da expansão urbana recente, incluindo a construção de extensas instalações industriais, novos loteamentos e condomínios fechados[2][3].
Referências
- ↑ a b c OLIVEIRA, Vinicius Santos (2003). INTEGRAÇÃO SIG E MODELOS DE SIMULAÇÃO DE ÁREAS INUNDÁVEIS: BACIA DO RIO PARARANGABA. São José dos Campos, SP: ITA
- ↑ a b c d e f g h i j LOPES, Wallace Alan Blois (2005). ANÁLISE COMPARATIVA DE IMPACTOS HIDROLÓGICOS CAUSADOS PELO ADENSAMENTO URBANO NAS BACIAS HIDROGRAFICAS DO RIO PARARANGABA E DO RIBEIRÃO VIDOCA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP. São José dos Campos, SP: ITA-CTA
- ↑ a b BELISÁRIO, Paulo Roberto (2011). CRESCIMENTO URBANO E AS IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO PARARANGABA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP (PDF). São José dos Campos, SP: UNIVAP
- ↑ Génova, Leopoldo Julio. «Resiliencia a la degradación salina y sódica de algunos suelos pampeanos, regados complementariamente con aguas subterráneas bicarbonatadas sódicas». Consultado em 28 de setembro de 2020
- ↑ «BACIA DO RIO PARARANGABA (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS SP): CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E IMPACTO DA URBANIZAÇÃO. Ingrid Neves Brandão Marlene Elias Ferreira - PDF Download grátis». docplayer.com.br. Consultado em 5 de agosto de 2020
- ↑ Campos, Parque Tecnológico-São José dos. «História - INSTITUCIONAL». Parque Tecnológico - São José dos Campos. Consultado em 31 de julho de 2020