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Anhembi
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Anhembi
Bandeira
Brasão de armas de Anhembi
Brasão de armas
Hino
Lema SOMNI SIGNARUM SURGEVI
"Surgi do Sonho das Bandeiras"
Gentílico anhembiense
Localização
Localização de Anhembi em São Paulo
Localização de Anhembi em São Paulo
Localização de Anhembi em São Paulo
Anhembi está localizado em: Brasil
Anhembi
Localização de Anhembi no Brasil
Mapa
Mapa de Anhembi
Coordenadas 22° 47' 20" S 48° 07' 37" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Botucatu, Conchas, Piracicaba, Bofete, São Pedro e Santa Maria da Serra
Distância até a capital 240 km
História
Fundação 15 de abril de 1891
Administração
Prefeito(a) Gilberto Tobias Morato (PMDB)
Características geográficas
Área total [1] 736,463 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 5 648 hab.
Densidade 7,7 hab./km²
Clima tropical de altitude (Cfb)
Altitude 472 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,768 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 82 408,349 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 14 570,08

Anhembi é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 22º47' sul e a uma longitude 48º07' oeste. Sua população estimada em 2010 era de 5.648 habitantes.

História[editar | editar código-fonte]

O município de Anhembi foi fundado pelos Bandeirantes, à margem esquerda do rio Tietê. A febre do ouro, o apresamento de indígenas, a busca dos caminhos para as minas de ouro do Sabarabussu e outros motivos, fizeram das estradas e bandeiras importante capítulo histórico. Por outro lado, vindo das Minas Gerais, trazendo no lombo do burro seus produtos, os tropeiros tinham na região uma trilha aberta que chegava até o Paraná, rumo ao sul do país (Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Uma ponte sobre o rio Tietê facilitava a travessia no local, onde os tropeiros encontravam pouso. Anteriormente conhecido como Correnteza Torta, o local passou a ser chamado de Capela de Nossa Senhora da Ponte do Rio Tietê, devido à construção de uma capela em homenagem a Nossa Senhora.

Antônio Rodrigues Ponce fez uma doação de 8 alqueires à Igreja Católica, como patrimônio da padroeira, cuja escritura foi provida 28 anos depois em Tabelionato da cidade de Botucatu, pertencente, na época, à Comarca de Itapetininga

A padroeira de Anhembi é Nossa Senhora dos Remédios. O desenvolvimento do povoado foi marcado por esse comércio interestadual feito pelos tropeiros, e inaugurou o processo político-administrativo local. Inicialmente, passou a freguesia em 20 de fevereiro de 1866, do município de Botucatu, e mais tarde, em 8 de julho de 1867, foi transferida para o município de Constituição, atual Piracicaba.

A freguesia voltou a ser incorporada ao município de Botucatu em 9 de julho de 1869, e em 15 de abril de 1891 foi transformada em vila. Em 12 de junho de 1934, a sede do município foi transferida para Piramboia e a cidade retornou à condição de distrito, o que perdurou até 24 de dezembro de 1948, quando o município adquiriu definitivamente sua autonomia.

Os indígenas davam ao rio Tietê a denominação de "Anyemby" que, em português, significa rio dos Anhambus (ave abundante na região em épocas passadas). Este foi o motivo do nome da cidade.


História do Distrito de Pirambóia[editar | editar código-fonte]

Ao final do Seculo XIX surgiu um pequeno povoado entre as cidades de Bofete e Capela da Ponte do Rio Tiete (Anhembi), beneficiado pela construção e instalação de um ramal da linha férrea da "Antiga Sorocabana" na localidade, hoje sua estação é chamada de Pirambóia-Velha que foi inaugurada no dia 20/03/1888.

Nesta época precisamente, esse povoado pertencia ao território do Município de Bofete, que pela lei 596 que em 24/04/1899 tornou pela primeira vez Distrito de Paz.

Após se tornar Distrito de Bofete, Pirambóia veio ganhando grande atenção, já que a passagem do trem nas localidades na época, trazia grandes benefícios desde na compra e venda de mercadorias, até na locomoção dos moradores à outros Municípios.

Grande importância, que no dia 20/05/1934, Pirambóia foi desmembrada de Bofete e passou a pertencer a Anhembi, Tumultuada transferência e pressionada pela alta importância de Piramboia, que em menos de 1 (Hum) mês acabou recebendo a sede do Município, que passou a se chamar Município de Piramboia em 12/06/1934.

Durante os 13 Anos da Sede do Município em Piramboia, foi transferida para a Comarca de Conchas e a principal marca que esse tempo deixou foi a rivalidade politica de Anhembi contra Piramboia e vice-versa, segundo moradores da época, neste tempo Piramboia sofreu, uma outra historia que confirma essa versão é uma carta escrita por Manoel de Mattos, Diretor em Comissão do Grupo Escolar de Piramboia em 23/07/1935, nela diz:


"(...) a situação aqui é extravagante. Município por decreto do ano passado,
Piramboia não tem prefeito, que continua ser de Anhemby (...) Ninguem soube
informar qual a solução a ser dada, dizendo que o municipio volta para Anhemby
(...) ficando sem saber a quem apelar. Esta cidade esta em completo abandono
devido às rivalidades existentes entre politicos de cá e de lá, ruas estragadas
pelas ultimas chuvas, algumas jazem intransitaveis sendo o estado sanitario
da localidade o mais precario possivel, não havendo coleta de lixo nem controle
sobre o deposito do mesmo, que é atirado á rua. A maleita, o amarelão, tracoma,
dor d'olho, andam pelas residencias ruraes, o coqueluche na zona rural e urbana,
tendo eu feito o que me é possivel fazer (...) e procurando prestar alguma
assistencia pela caixa escolar do estabelecimento ou por donativos angariados (...)
Manoel de Mattos, 23/07/1935


Ocasionado pela insistência dos políticos de Anhembi com apoio de Deputados estaduais, criaram a lei 233, que no dia 24/12/1948 o Município de Piramboia passava a ser novamente Município de Anhembi que á ate hoje a atual sede.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Dados do Censo - 2010

População total: 5.648

  • Urbana: 4.113
  • Rural: 1.535
  • Homens: 2.965
  • Mulheres: 2.683

Densidade demográfica (hab./km²): 6,16

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 15,03

Expectativa de vida (anos): 73,67

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,61

Taxa de alfabetização: 91,33%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,768

  • IDH-M Renda: 0,686
  • IDH-M Longevidade: 0,778
  • IDH-M Educação: 0,841

(Fonte: IPEADATA)

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Rodovias[editar | editar código-fonte]

Turismo[editar | editar código-fonte]

Festa do Divino Espirito Santo[editar | editar código-fonte]

A festa do Divino começou por volta de 1846. Faziam novena (9 dias) nos sítios, fazenda. Esse movimento Começou com três famílias: dos senhores Luiz Lianoel, Luiz da Cruz e João Barbosa.

O motivo que os levou a criar esta devoção foram as doenças que estavam maltratando muita gente na época. As doenças eram a Maleita e o Mal de Chagas. Sendo assim resolveram fazer uma promessa ao Divino Espirito Santo, pedindo que acabasse com o mal, oferecendo como penitencia viagens de canoas de casa em casa, oferecendo suas orações, louvores e cantigas. Os donos da casa ofereciam como gratidão: café e bolinho de mandioca (pois não existia pão).

Com o passar do tempo a festa tornou-se popularmente religiosa. Os padres que davam assistência à Paroquia resolveram fazer com que esta devoção espontânea coincidisse com o Pentecoste, isto é, uma festa em honra ao Divino Espirito Santo.

Essa festa em Anhembi é festejada no quinquagésimo dia após a Páscoa. Mas não é um dia fixo, mudando de ano em ano.

A cada ano que passava aumentava os devotos, então surgiu a necessidade de uma melhor organização. Criou-se então a Irmandade do D.E.S (Divino Espirito Santo) com seu Diretor, Secretario, Tesoureiro, e nas canoas os Proeiros (que dão ritmo as remadas), os Pilotos (que governam as canoas). Tem também os salveiros que munido de trabuco soltam tiros de pólvora. Esses tiros com trabuco é como se fosse um aviso da Irmandade com o povo, de que estão passando pelo local, logo é reconhecido por todos.

Existem também os Foliões e os Capelães, que cantam e rezam as orações próprias.

Adotou-se um uniforme azul para os dias de pousada (o uniforme é inspiração da cruzada: guerreiros que defendiam as caravanas, usando uniforme na cor azul-celeste com o desenho de uma cruz no peito), e um uniforme branco para o dia da festa, Encontro das Canoas. Os botões da camisa do uniforme simbolizam a cruz. No uniforme azul tem um detalhe vermelho para os irmãos em geral e, o detalhe amarelo e branco é para identificar o diretor e o vice-diretor.

A Irmandade conta com mais de 300 irmãos inscritos, e sua participação média por ano é de 100 á 120 irmãos em 2 batelões. Desde que começou esse movimento, já foram 3 batelões; o 1º eram canoas feitas de troncos inteiriços de árvore Peroba. A pequena mede 16,80 m e a grande mede 18,20 m, estas viajaram até 1963. A 2º já após o Rio Tietê estar represado era de madeiras trabalhadas que viajou no ano de 1964 até 1992. E a 3º, as mais atuais, é de chapas metálicas-aço, que viajam até hoje.

Quando usavam as canoas de arvores inteiriças, era preciso deixa-las na agua 1 mês e 12 dias para que pudessem inchar e não deixar frestas. Foram trocando as canoas, mas deixa-las na água por um determinado tempo antes de viajar virou tradição. Hoje essa ação é chamada de derrubada das canoas.

Antigamente tiravam as canoas no domingo da festa. Hoje em dia elas são retiradas 15 dias após a festa devido ao cansaço dos irmãos.

A cada pousada, café, almoço, terço, os foliões cantam uma musica pedindo pousada, comida, esmola e, também para se despedir. O canto complementado com violão, caixa, triangulo e chocalho. Essas musicas vieram de Portugal composta por autor desconhecido e foi complementada no Brasil.

As Bandeiras apareceram por volta de 1906 e continuam até hoje. O responsável pelas Bandeiras é chamado de Alferes. São três bandeiras, a do meio é chamada de Bandeira centro do Divino. As bandeiras são abençoadas pelo Padre antes da Irmandade viajar. Todos que tocam na Bandeira recebem essa benção.

O Mastro: Objeto de madeira pintado nas cores azul, vermelho e branco, feito pelo proprietário do local ou festeiros. O mastro é um símbolo que marca que os irmãos passaram por ali oferecendo suas orações.

Na praça da matriz também é levantado o mastro, o responsável pelo mastro é chamado de capitão. Todos os mastros são levantados com remo pela irmandade.

O dia do encontro das canoas é o alvo principal da festa. Os irmãos todos de branco fazem as duas canoas se encontrarem no leito do Rio Tietê, sob salvas de tiros dos trabuqueiros e rojões.

Todos admiram a perseverança desta festa secular. Muitos vem de longe trazer sua gratidão pelas graças alcançadas ou para fazer promessas.

A capela da ponte (como era chamada), hoje Anhembi tem sua tradição religiosa, que é maior que um folclore, é a tradição de Fé do povo que ainda se mantem viva.

De Ozair Lopes de Carvalho
Adaptação: Séfora Cipriano da Silva

Monumento Natural Geiseritos de Anhembi[editar | editar código-fonte]

Em 2003 um estudo sobre os chamados "cupinzeiros" localizado na fazenda do ex-Prefeito Geraldo Cunha se iniciou, com um financiamento da FAPESP. No entanto o que os pesquisadores da USP descobriram, é um fato único no mundo.

Os "Gêiseres", parecido com o cupinzeiro, são estruturas de mineral sílica, sua formação ocorre quando a água doce desce por fissuras na rocha e ao entrar em contato com uma fonte de energia, ela se superaquece e é lançada pelas fissuras da rochas formando um esguicho para a superfície e aos poucos o mineral sílica vai se depositando formando as estruturas.

O fatos que surpreendeu os pesquisadores liderados por Jorge Kazuo Yamamoto e Thomas Rich Fairchild, do IGC da USP; foi que em 1,5 Km² se encontra cerca de 4,5 mil estruturas de aproximadamente 1,0 metro de altura. Kazuo em entrevista ao Programa Revista de Sábado, da TV Tem (Afiliada Rede Globo) disse, que são conhecidos aproximadamente "mil gêiseres no Planeta" e que os mais famosos são os de Yellowstone, no EUA. A diferença é que cerca de 500 Gêiseres espalhados por uma área gigantesca, que abrange três estados americanos.

As pesquisas revelaram que em Anhembi possa ter a possibilidade de um único registro geológico no mundo de atividades hidrotermal no período permiano (de 250 milhões á 300 milhões de anos atras); também a possibilidade de Anhembi ter sido uma praia a milhões de anos atras. "Nosso sitio, nesse de preservação, é um registro único. Podemos ver que esses corpos estão sendo desenterrados pela erosão moderna, muito recente em termos geológicos.

A Lei estadual 12.687 de 3 de Setembro de 2007, dispõem sobre a criação e a preservação do Monumento Natural Geiseritos de Anhembi. A justificativa é a necessidade "iminente" de preservação de um sitio natural raro e muito singular, pelo fato de "serem estruturas geológicas frágeis e estarem sujeitas a qualquer degradação natural e antrópica (pela ação do homem).

Os primeiros trabalhos dos pesquisadores da USP, resultou em um artigo publicado na famosa revista Nature em 2005. E ganhou destaque na Pagina de Ciências, da Folha de S.Paulo, além do programa Revista de Sábado da TV Tem.

O fato inusitado é que o proprietário, o ex-Prefeito Geraldo Cunha disse ao Professor Kazuo que algumas estruturas foram utilizadas para "cascalhar estradas á muitos anos atras."

A expectativa do Professor Kazuo Yamamoto e do Deputado criador da Lei, Adriano Diogo é a transformação do local em um Parque Geológico e Turístico, porem o deputado Adriano, lamentou o desinteresse do Governo Estadual e da Prefeitura, e reconheceu a dificuldade da prefeitura em arrecadar dinheiro para a criação do parque.

Economia[editar | editar código-fonte]

Sua economia baseia-se na agropecuária, com destaque para a criação de gado nelore e para o cultivo de cana-de-açúcar.

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Predefinição:Mesorregião de Bauru