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A criação da Bola de Prata foi anunciada pela revista Placar nº 28, de 25 de setembro de 1970, durante a disputa do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970. A capa da revista anunciou: "Placar vai dar uma Bola de Prata aos melhores do Robertão". 14 jornalistas compuseram a primeira comissão avaliadora, e os jogadores passaram a ser avaliados a partir de 20 de setembro de 1970. As notas e a evolução das médias dos jogadores no prêmio passaram a ser divulgadas semanalmente. Na edição nº 31, de 16 outubro de 1970, a revista anunciou que Pelé, do Santos, não participaria da disputa por posições e que receberia uma Bola de Prata hors concours.

O resultado da primeira edição da Bola de Prata foi divulgada pela revista Placar nº 39, de 11 de dezembro de 1970. A revista divulgou os 11 jogadores escolhidos sob o título "Êstes são os melhores jogadores do Robertão. A Bola de Prata é dêles" e informou que os troféus seriam entregues em janeiro, após as férias dos jogadores. Apenas jogadores com pelo menos 10 jogos participaram da disputa, e 390 jogadores foram considerados para o prêmio. Apesar de a primeira edição ainda não premiar individualmente o melhor jogador do campeonato, a matéria destacou o zagueiro paraguaio Francisco Reyes, do Flamengo, como "o craque da bola" — ele foi o jogador com a maior nota (8.13, com 0.01 ponto de vantagem para Paulo Cezar Caju, do Botafogo).

A segunda edição do prêmio foi publicada na edição nº 94, de 31 de dezembro de 1971, e recebeu destaque na capa da revista, com uma foto de Humberto Monteiro, Vanderlei Paiva e Vantuir, campeões brasileiros pelo Atlético Mineiro naquele ano, segurando a Bola de Prata. Os troféus foram entregues em "grande festa" realizada pela TV Bandeirantes em 31 de março de 1972, ocasião na qual foi televisionado o primeiro jogo de futebol a cores no Brasil. Para essa edição, foram considerados apenas jogadores que disputaram pelo menos 18 partidas.

Jogadores que receberam o prêmio em 1971 revelaram que ficaram ansiosos ao longo da temporada para saber o resultado da premiação, e outros disseram que receber a Bola de Prata foi uma das motivações ao longo do campeonato. Humberto Monteiro, do Atlético Mineiro, recebeu sua segunda Bola de Prata e disse: "Larguei a madrugada, voltei aos treinos, lutei por uma nova Bola. A Bola foi importante demais para mim". Vantuir, também do Atlético, disse que "ficava que nem torcedor, com a revista na mão, calculando as possibilidades dos outros". Dirceu Lopes, do Cruzeiro, recebeu sua segunda Bola de Prata — em suas palavras, "o maior troféu que um profissional pode conseguir" — e argumentou que devia ser convocado para a Seleção Brasileira em razão de seu prestígio no prêmio. Rivellino, do Corinthians, que havia sido campeão mundial em 1970, disse: "Vou colocá-la junto à faixa de campeão mundial".

Na 4ª edição da Bola de Prata, em 1973, foi criada a Bola de Ouro, entregue ao jogador com a maior média durante todo o campeonato. A primeira edição desse prêmio foi entregue a dois jogadores, ambos estrangeiros: Agustín Cejas (Santos) e Atílio Ancheta (Grêmio), e foi a única vez em que isso ocorreu.

Carreira profissional

San Antonio Spurs (1997–2016)

1997–1998: Calouro do Ano

Duncan foi escolhido pelo San Antonio Spurs com a primeira escolha do draft da NBA de 1997, dez anos depois de o Spurs escolher o pivô David Robinson com a primeira escolha do draft de 1987. Robinson já era uma estrela — ele foi Calouro do Ano (1990), campeão de rebotes (1991), campeão de bloqueios (1992), Defensor do Ano (1992), cestinha da temporada (1994) e MVP (1995) —, mas ainda não tinha conseguido levar o Spurs às finais da NBA. Na temporada de 1996–97, Robinson sofreu com diversas lesões e disputou apenas seis jogos; sem seu principal jogador, o Spurs teve a terceira pior série da NBA (20—62), e foi justamente em razão do pífio desempenho naquela temporada que a franquia conseguiu ganhar a loteria do draft e receber a primeira escolha.

O impacto de Duncan foi imediato. Em seu terceiro jogo na NBA, ele marcou 19 pontos e pegou 22 rebotes contra o Chicago Bulls de Michael Jordan e do ala-pivô Dennis Rodman (eleito duas vezes o Defensor do Ano e, em sete temporadas consecutivas, o jogador que mais pegou rebotes). Durante a temporada regular, Duncan foi titular em todos os 82 jogos, com médias de 21.1 pontos, 11.9 rebotes e 2.5 bloqueios por jogo; foi eleito Calouro do Mês em todos os meses; e, ao final da temporada, foi eleito Calouro do Ano, escolhido para o Melhor Time da NBA, para o Segundo Melhor Time de Defesa e escolhido pelos técnicos para disputar o Jogo das Estrelas de 1998. Seu desempenho chamou a atenção da liga: após uma partida entre Spurs e Houston Rockets, o ala-pivô Charles Barkley, MVP de 1993, disse: "Eu vi o futuro e ele veste a camisa 21". Duncan e Robinson formaram uma dupla dominante de pivôs e se complementavam no ataque e especialmente na defesa, ao ponto de os adversários preferirem arremessos de longa distância ao invés de atacarem a cesta.

O Spurs terminou a temporada regular com uma série de 52—26, com 35 vitórias a mais do que na temporada anterior, e se classificaram para os playoffs na quinta posição da Conferência Oeste. O Spurs venceu o Phoenix Suns (3—1) na primeira rodada. Em seu primeiro jogo de playoffs, Duncan teve um início ruim e foi colocado no banco de reservas pelo técnico Gregg Popovich durante vários minutos; no segundo tempo, ele terminou o jogo com 32 pontos e 10 rebotes. Na segunda rodada, porém, o Spurs foi eliminado pelo Utah Jazz (4—1). Duncan teve médias de 20.7 pontos, 9.0 rebotes e 2.6 bloqueios por jogo durante os playoffs.

1998–1999: Primeiro título e MVP das Finais

O locaute da NBA de 1998–99 reduziu a temporada para 50 partidas. Em seu segundo ano, Duncan fez médias de 21.7 pontos, 11.4 rebotes, 2.5 bloqueios e 2.4 assistências por jogo, foi escolhido para o 1º Melhor Time da Liga e 1º Melhor Time de Defesa da NBA e terminou em terceiro lugar na votação para MVP da temporada regular. O Spurs terminou a temporada regular com uma série de 37—13. O Spurs não teve dificuldade nos playoffs: venceu Minnesota Timberwolves (3—1), "varreu" o Los Angeles Lakers (4—0) e o Portland Trail Blazers (4—1) e foi campeão sobre o New York Knicks (4—1) em pleno Madison Square Garden, o primeiro título de sua história. Duncan, aos 23 anos, foi eleito o MVP das Finais após fazer médias de 27.4 pontos, 14.0 rebotes, 2.4 assistências e 2.2 bloqueios por jogo. O técnico Gregg Popovich, ao cumprimentar o técnico adversário Jeff Van Gundy após o jogo, lhe disse: "Eu tenho Tim Duncan e você não. Essa é a diferença". A respeitada revista norte-americana Sports Illustrated destacou o título do Spurs afirmando que "se Duncan não era considerado o melhor jogador da liga, agora ele é".

2000–2003: O segundo título

Na temporada de 1999–2000, Duncan fez médias de 23.2 pontos, 12.4 rebotes, 3.2 assistências e 2.2 bloqueios por jogo e foi novamente eleito para o 1º Melhor Time e 1º Melhor Time de Defesa. No final da temporada regular, ele lesionou o menisco e não disputou um único jogo nos playoffs. O Spurs foi eliminado na primeira rodada para o Phoenix Suns (3—1).

Na temporada de 2000–01, Duncan fez médias de 22.2 pontos, 12.2 rebotes, 3.0 assistências e 2.3 bloqueios por jogo e foi novamente eleito para o 1º Melhor Time e 1º Melhor Time de Defesa. Nos playoffs, o Spurs venceu Minnesota Timberwolves (3—1), Dallas Mavericks (4—1), mas perdeu para o Los Angeles Lakers (4—0) e não chegou às finais.

Dennis Keith Rodman (Trenton, 13 de Maio de 1961) é um ex-basquetebolista norte-americano que atuava como pivô.

É reconhecido como um dos maiores jogadores da história da National Basketball Association (NBA), na qual se destacou por sua tenacidade na defesa e no rebote. Sua biografia oficial no site da NBA lhe descreve como "o melhor pivô reboteiro da história da NBA". Apelido de "The Worm" ("O Verme"), Rodman ganhou cinco vezes o título da NBA, duas vezes o prêmio de Melhor Jogador de Defesa da Temporada, foi eleito oito vezes para o Melhor Time de Defesa da NBA e liderou a liga em rebotes por sete temporadas consecutivas, um recorde.

Rodman basquete universitário universitário pela North Central Texas College e ingressou na NBA em 1986, ao ser escolhido pelo Detroit Pistons com a 26ª escolha da segunda rodada. Ele jogou pelo Pistons até 1993, venceu os títulos de 1989 e 1990 e eleito Melhor Jogador de Defesa em 1990 e 1991. Passou pelo San Antonio Spurs (1993-1995) e foi para o Chicago Bulls em 1995. Ao lado de Michael Jordan e Scottie Pippen, foi tricampeão em 1996, 1997 e 1998. Passou por Los Angeles Lakers (1999) e Dallas Mavericks (2000), sua última franquia na NBA.