Custe o Que Custar (primeira temporada)

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Custe o Que Custar
Informação geral
Também conhecido(a) como CQC
Formato programa de auditório
Gênero Jornalismo
Humor
Duração 120 minutos
Criador(es) Diego Guebel
Mario Pergolini
Desenvolvedor(es) Eyeworks
Elenco Danilo Gentili
Felipe Andreoli
Oscar Filho
Rafael Cortez
Warley Santana
País de origem  Brasil
Idioma original (em português brasileiro)
Episódios 42
Produção
Diretor(es) Diego Barredo
Produtor(es) executivo(s) Diego Guebel
Apresentador(es) Marcelo Tas
Marco Luque
Rafinha Bastos
Tema de abertura "Electric Head, Pt.1 (Satan In High Heels Mix)", White Zombie (vinheta de abertura)
"Shoot to Thrill", AC/DC (entrada)
Tema de encerramento "Funky Mama", Danny Gatton
Empresa(s) produtora(s) Eyeworks-Cuatro Cabezas
Localização São Paulo São Paulo
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 17 de março de 200829 de dezembro de 2008
Cronologia
2.ª temporada
(2009)
Programas relacionados Em Foco

A primeira temporada do programa de televisão humoristico brasileiro Custe o Que Custar (CQC) foi produzida pela Eyeworks-Cuatro Cabezas e teve exibição pela Rede Bandeirantes a partir de 17 de março de 2008, tendo seu último programa exibido em 28 de dezembro, como uma retrospectiva de fatos que ocorreram no programa ao longo do ano.

Nesta temporada, o CQC contou em seu elenco fixo os apresentadores Marcelo Tas, Marco Luque e Rafinha Bastos, com reportagens de Danilo Gentili, Oscar Filho, Felipe Andreoli e Rafael Cortez. O humorista Warley Santana foi anunciado no final do ano, permanecendo até o fim da mesma com o quadro Assessor de Imagem.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Criado por Mario Pergolini e Diego Guebel, Caiga quien caiga foi transmitido pela primeira vez na Argentina pela El Trece em 1995.[1] Com o sucesso, o formato passou a ser exportado pela produtora Cuatro Cabezas para outros países da América Latina e chegou ao Brasil no começo de 2008,[2] quando Guebel entra na direção artística da Rede Bandeirantes.

Ainda no começo de 2008, a Band anunciou em um evento a sua nova grade de programação para março, em vias de aumentar a audiência do canal. O pacote de novas atrações incluía a estreia de um novo programa com Daniela Cicarelli, com exibição aos domingos (que posteriormente seria intitulado Quem Pode Mais?), e uma nova linha de shows para o horário nobre, que contavam com as produções nacionais do reality show All Your Need Is Love (produzido com o nome de É o Amor), da Endemol, e do programa humorístico argentino Caiga quien caiga, da então produtora Cuatro Cabezas.[3] Para começar os trabalhos da edição brasileira do humorístico, Guebel e Pergolini inauguraram em fevereiro uma filial da produtora em São Paulo.[4]

Após o anúncio, a equipe do programa teve pouco mais de um mês para escolher o elenco fixo.[5][4] A maioria do elenco de humoristas foi escolhido durante seus espetáculos de stand-up, como Marco Luque,[1] Danilo Gentili[6] e Rafinha Bastos[7] Oscar Filho foi descoberto por um produtor através de vídeos de suas apresentações de humor no YouTube.[8]

Exibição[editar | editar código-fonte]

Custe o Que Custar estreou em 17 de março de 2008, uma segunda-feira, às 22h15,[9] ocupando o horário da telessérie britânica Mr. Bean. Sendo a primeira edição gravada, o programa teve como convidada especial a recém-contratada da emissora Daniela Cicarelli, que fez uma chamada especial para a estreia de seu programa Quem Pode Mais? no domingo seguinte.[10] Os programas seguintes passaram a ser exibidos ao vivo. Desde a estreia, o programa também teve horário alternativo aos sábados, onde eram exibidos os melhores momentos da edição anterior.[11]

No começo, o programa tinha o quadro Repórter Inexperiente, onde Danilo Gentili interpretava o papel de um profissional da imprensa que se atrapalhava na hora de entrevistar personalidades. O quadro ficou pouco tempo no ar devido ao seu sucesso, impedindo assim novas brincadeiras que Danilo fazia, pois não faziam mais efeito.[12] Danilo, no entanto, continuou na atração.

Em agosto, o programa envia Felipe Andreoli para fazer a cobertura das Olimpíadas de Pequim.[13] No dia 25 de agosto, o programa estreia o ator Warley Santana como oitavo integrante.[14] Warley permaneceu no programa até o final da temporada.[15]

Com 42 episódios, a temporada foi finalizada em 29 de dezembro de 2008. Em seu espaço, entrou no lugar o programa Band Verão.[16]

Em Foco[editar | editar código-fonte]

Em Foco é um programa de televisão criado como parte integrante do quadro Assessor de Imagem do CQC. Seu projeto inicial foi pensado para ser exibido somente na Rede 21, canal do Grupo Bandeirantes de Comunicação, mas o diretor Diego Barredo optou por adaptar o quadro ao humorístico. Exibido em setembro pelo canal parceiro, o programa de 30 minutos exibia trechos inéditos da edição original para o CQC.[17]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Integrante Função Ref.
Marcelo Tas Apresentador
Marco Luque Apresentador
Rafinha Bastos Apresentador e repórter do quadro Proteste Já.
Danilo Gentili Reportagens em geral e cobertura de assuntos políticos em Brasília
Oscar Filho Reportagens em geral
Felipe Andreoli Reportagens em geral e coberturas esportivas.
Rafael Cortez Reportagens em geral e o quadro CQTeste.
Warley Santana Apresentação do quadro Assessor de Imagem.

Repercussão[editar | editar código-fonte]

Com diversas comparações ao Pânico na TV em seu começo, o CQC foi bem recebido pela crítica especializada. Em matéria publicada em abril pela jornalista Laura Mattos, da Folha de S. Paulo, ela analisa o novo panorama do humor televisivo com a ascensão de novos formatos, como o 15 Minutos, da MTV Brasil, que tentam "se diferenciar do estilo criado pelo "Pânico"", completando que: "Na TV, eles estão buscando um humor mais elaborado e indireto, a fim de não cair no escracho cru do "Pânico".[18] Ao final do ano, a Folha de S. Paulo colocou o CQC entre os destaques de 2008.[19]

Audiência[editar | editar código-fonte]

Sendo uma "aposta" da Band para conquistar maior audiência em sua linha de shows, sua estreia em 17 de março de 2008 registrou apenas dois pontos de audiência, ficando na quarta colocação. O índice foi considerado baixo comparado com o programa antecessor, que registrava três pontos.[10] Na semana seguinte, subiu um ponto.[2] No décimo primeiro programa, o CQC registrou a sua melhor marca, ficando pela primeira vez na terceira colocação com seis pontos de audiência, e máxima de oito pontos.[20] Em junho, o programa estava registrando índices de quatro pontos de média,[21] empatando com o Jornal da Band com a segunda maior audiência da emissora.[22] Em 18 de agosto, o programa registrou sete pontos com máxima de 8, superando a marca conquistada no décimo programa.[23] A temporada obteve média de 5 pontos.[24]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

No final de 2008 o programa levou o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) como o melhor programa humorístico do ano.[25]

Em votação promovida pelo site UOL através do prêmio "Melhores do Ano de PopTevê", o CQC venceu a categoria "Melhor programa de TV". A vitória do programa quebrou uma sequência de vitórias consecutivas da série A Grande Família.[26][27]

Prêmio Categoria Indicação Resultado
Prêmio APCA Melhor programa humorístico Custe o Que Custar Venceu[25]
Prêmio Contigo Programa humorístico Venceu[28]
Prêmio About Mídia Venceu
Prêmio Arte Qualidade Brasil Programa humorístico Venceu[29]
Prêmio Tudo de Bom! (Jornal O Dia) Venceu
Prêmio Extra de Televisão Melhor humorístico Indicado

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

A primeira polêmica do programa foi a proibição dos integrantes do programa de fazerem reportagens no Congresso Nacional. Com isso, foi criada a campanha "CQC no Congresso" que colheu milhares de assinaturas para poder voltar a fazer matérias no local.[30][31][32]

Rafael Cortez se envolveu em polêmica internacional no Festival Internacional de Cinema de Veneza em setembro. O repórter conseguiu invadir o tapete vermelho para tentar entrevistar as celebridades e acabou sendo detido pela polícia Italiana.[33][34][35]

Referências

  1. a b Redação PortalIMPRENSA (27 de fevereiro de 2008). «Band estréia programa de humor com versões de sucesso na Europa». O Estado de S. Paulo. Portal IMPRENSA. Consultado em 11 de dezembro de 2015 
  2. a b «Com Marcelo Tas e trupe, "Pânico" da Band registra alta no Ibope». Folha Online. 25 de janeiro de 2008. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  3. Patrícia Dantas (23 de janeiro de 2008). «De Olho no Ibope, Band terá Cicarelli e "Pânico" argentino». Folha Online. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  4. a b «Produtora argentina anuncia novo programa na TV brasileira». Efe. Folha Online. 20 de fevereiro de 2008. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  5. Laura Mattos; Cristina Fibe (17 de fevereiro de 2008). «Brasil se abre a programas argentinos». Folha de S. Paulo. Folha Online. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  6. Miguel Arcanjo Prado (23 de setembro de 2008). «"Agora meu nome é 'CQC'", diz Danilo Gentili». Folha de S. Paulo. Folha Online. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  7. Rodrigues, André (maio de 2014). «A Graça de um Herege». Rolling Stone (56). Consultado em 22 de fevereiro de 2014 
  8. Fabiana Faria (2009). «Oscar Filho: "Consegui o emprego no CQC por causa do YouTube"». Revista Gloss. Consultado em 28 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2016 
  9. Redação PortalIMPRENSA (17 de março de 2008). «Com Marcelo Tas e Rafinha Bastos, "CQC" estréia nesta segunda-feira na Band». Portal IMPRENSA. Consultado em 26 de novembro de 2011 
  10. a b Redação PortalIMPRENSA (18 de março de 2008). «Estréia de "Custe o Que Custar" na Band não decola no Ibope». Portal IMPRENSA. Consultado em 11 de dezembro de 2015 
  11. Adriana Douglas; Redação PortalIMPRENSA (26 de abril de 2008). «Band anuncia mudança na programação; Cicarelli vai para o sábado à noite». Portal IMPRENSA. Consultado em 11 de dezembro de 2015 
  12. «"Político é um alvo fácil para o humor", diz Danilo Gentili». Abril.com. 180graus. 14 de março de 2009. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  13. Patrícia Kogut; Juliana Baião (31 de julho de 2008). «Felipe Andreoli, do CQC, e as notícias de Pequim». Blog da Patrícia Kogut. O Globo. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  14. Érika Valois (26 de agosto de 2008). «Novo integrante do "CQC", da Band, interpreta "repórter experiente"». Portal IMPRENSA. Consultado em 26 de novembro de 2011. Arquivado do original em 19 de maio de 2012 
  15. Fabio Maksymczuk (2 de outubro de 2009). «Público dividido: Monica Iozzi vence final do "CQC"». Portal IMPRENSA. Consultado em 26 de novembro de 2011 
  16. Redação PortalIMPRENSA (2 de janeiro de 2009). «Projeto de verão da Band terá estréia de cinco programas diferentes». Portal IMPRENSA. Consultado em 11 de dezembro de 2015 
  17. Folha Online (2 de setembro de 2008). «Rede 21 exibe quadro "Em Foco" do "CQC"». Folha. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  18. Laura Mattos (6 de abril de 2008). «"CQC" e "15 Minutos" renovam humor televisivo com atores do teatro alternativo». Folha Online. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  19. «Veja o que marcou a programação da TV em 2008». Folha Online. 28 de dezembro de 2008. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  20. Miguel Arcanjo Prado (27 de maio de 2008). «Humor do "CQC" dobra a audiência da Band». Folha Online. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  21. «Ibope do "CQC" cai pra 4º lugar, prejudicado por "Pantanal"». Folha Online. 16 de junho de 2008. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  22. «Após 18 programas, "CQC" cresce e impulsiona Ibope da Band». Folha Online. 16 de julho de 2008. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  23. Miguel Arcanjo Prado (19 de agosto de 2008). «Com "Pequim", CQC tem maior ibope desde a estreia». Folha Online. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  24. Miguel Arcanjo Prado (19 de agosto de 2008). «"CQC" reestreia com seis pontos no ibope». Folha Online. Consultado em 17 de dezembro de 2015 
  25. a b «Patrícia Pilar e CQC levam prêmio de melhores do ano pela APCA». Folha Online. 9 de dezembro de 2008. Consultado em 26 de novembro de 2011 
  26. «Vote no melhor programa de 2008». UOL. 2008. Consultado em 13 de dezembro de 2015 
  27. «"Caminho das Índias" e "Maysa" faturam as principais categorias do prêmio Melhores do Ano UOL PopTevê; Conheça os vencedores». UOL. 28 de dezembro de 2009. Consultado em 13 de dezembro de 2015 
  28. Contigo! (2008). «10º Prêmio Contigo! - Vencedores». Abril.com.br. Consultado em 9 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2012 
  29. «Prêmio Qualidade Brasil 2008 elege melhores do teatro e TV». Panorama Brasil. 17 de outubro de 2008. Consultado em 9 de dezembro de 2011 [ligação inativa]
  30. Daniela Mata Machado (2 de julho de 2008). «Campanha do programa "CQC no Congresso" já arrecadou 220 mil assinaturas». Correio Braziliense. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  31. Gabriela Guerreiro; Renata Giraldi (19 de junho de 2008). «"CQC" faz protesto em Brasília para entrar no Congresso». Folha Online. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  32. Gabriela Guerreiro; Renata Giraldi (30 de junho de 2008). «Depois de campanha e protestos, "CQC" consegue autorização para entrar no Congresso». Folha Online. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  33. «Integrante do CQC é detido em Veneza». Portal AZ. 6 de setembro de 2008. Consultado em 26 de novembro de 2011. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2014 
  34. «Repórter do 'CQC', Rafael Cortez, é detido na Itália». 180graus. 6 de setembro de 2008. Consultado em 26 de novembro de 2011 
  35. Quem (5 de setembro de 2008). «Rafael Cortez, do CQC, se envolve em confusão na Itália». 180graus. Consultado em 26 de novembro de 2011