Sueli Carneiro: diferenças entre revisões
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Em [[1992]], ela recebeu a visita de um grupo de cantores de rap da periferia da cidade, que queriam proteção porque eram vítimas frequentes de agressão policial. Sueli decidiu criar então o Projeto Rappers, onde os jovens são agentes de denúncia e também multiplicadores da consciência de cidadania dos demais jovens.<ref>{{Citar web|url=http://www.palmares.gov.br/?p=26674|titulo=Sueli Carneiro – Palmares|acessodata=2021-05-26|}}</ref> |
Em [[1992]], ela recebeu a visita de um grupo de cantores de rap da periferia da cidade, que queriam proteção porque eram vítimas frequentes de agressão policial. Sueli decidiu criar então o Projeto Rappers, onde os jovens são agentes de denúncia e também multiplicadores da consciência de cidadania dos demais jovens.<ref>{{Citar web|url=http://www.palmares.gov.br/?p=26674|titulo=Sueli Carneiro – Palmares|acessodata=2021-05-26|}}</ref> |
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Em 2022, participou como convidada em um episódio do podcast “Mano a Mano” – que tem o rapper Mano Brown como apresentador – tendo discutido questões sobre a sociedade; o racismo; os primórdios do rap no Brasil e a conexão com movimentos negros da época; e as visões de futuro para o povo brasileiro. [https://open.spotify.com/episode/2eTloWb3Nrjmog0RkUnCPr] |
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== A construção do Outro como Não-Ser com fundamento do Ser == |
== A construção do Outro como Não-Ser com fundamento do Ser == |
Revisão das 18h42min de 11 de setembro de 2022
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Sueli Carneiro | |
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Sueli Carneiro em 2021 | |
Nome completo | Aparecida Sueli Carneiro |
Nascimento | 24 de junho de 1950 (74 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileira |
Etnia | afro-brasileira |
Alma mater | Universidade de São Paulo |
Ocupação | |
Prêmios | Diploma Bertha Lutz 2003 |
Aparecida Sueli Carneiro (São Paulo, 24 de junho de 1950) é uma filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro.[1][2] Sueli Carneiro é fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil.[3][4] Possui doutorado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP).[2]
Biografia
Em 1983, o governo de São Paulo criou o Conselho Estadual da Condição Feminina, porém sem nenhuma mulher negra dentre as trinta e duas conselheiras. Sueli Carneiro foi uma das lideranças do movimento de mulheres negras que se engajou na campanha da radialista Marta Arruda pela abertura de uma vaga no conselho a uma mulher negra; campanha que logrou êxito.
Em 1988, fundou o Geledés — Instituto da Mulher Negra, primeira organização negra e feminista independente de São Paulo. Meses depois, foi convidada para integrar o Conselho Nacional da Condição Feminina, em Brasília.[5]
Criou o programa SOS Racismo de Geledés, que redimensionou o racismo como violação aos direitos humanos.[6]
Em 1992, ela recebeu a visita de um grupo de cantores de rap da periferia da cidade, que queriam proteção porque eram vítimas frequentes de agressão policial. Sueli decidiu criar então o Projeto Rappers, onde os jovens são agentes de denúncia e também multiplicadores da consciência de cidadania dos demais jovens.[7]
Em 2022, participou como convidada em um episódio do podcast “Mano a Mano” – que tem o rapper Mano Brown como apresentador – tendo discutido questões sobre a sociedade; o racismo; os primórdios do rap no Brasil e a conexão com movimentos negros da época; e as visões de futuro para o povo brasileiro. [1]
A construção do Outro como Não-Ser com fundamento do Ser
A fundação do Outro como Não-Ser como fundamento do Ser é o título da tese de doutorado em Filosofia da Educação na FFLCH - USP de Sueli Carneiro publicada em 2005. Nela, Carneiro usa os conceitos de Dispositivo e Biopoder de Michel Foucault para analisar as relações raciais no Brasil.
A partir disso, Carneiro constrói a noção de dispositivo racialidade/biopoder que busca dar conta de dois processos:
- produção social e cultural da eleição e da subordinação raciais
- produção de vitalismo e morte informados pela filiação racial
Da articulação do dispositivo de racialidade ao biopoder emerge um mecanismo da natureza de ambas tecnologias: o epistemicídio. A partir desse conceito de Boaventura de Sousa Santos, Carneiro discute o lugar que a educação ocupa na reprodução/manutenção de saberes, poderes, subjetividades e todos os “cídios” que o dispositivo racialidade/biopoder produz no Brasil.[8]
Prêmios e Honrarias
- Doutora honoris causa pela Universidade de Brasília (2022)[9]
- Prêmio Kalman Silvert (2021)[10]
- Prêmio Especial Vladimir Herzog (2020)[11]
- Prêmio Itaú Cultural 30 Anos (2017)[12]
- Prêmio Benedito Galvão (2014).[13]
- Prêmio Direitos Humanos da República Francesa[14]
- Prêmio Bertha Lutz (2003)[15]
- Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth (Menção Honrosa)[16]
Obras
- Escritos de uma vida (Editora Letramento, 2018). ISBN 978-85-9530-107-8
- Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil (Selo Negro, 2011). ISBN 978-85-8747-874-0
- Mulher negra: Política governamental e a mulher (1985), com Thereza Santos e Albertina de Oliveira Costa.
- A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. Tese (Doutorado em educação, 2005). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Referências
- ↑ «Retratos do Brasil Negro – Palmares». www.palmares.gov.br. Consultado em 9 de março de 2017
- ↑ a b «Doutora em Filosofia pela USP defende cotas para negros e lembra julgamento em que STF discutiu conceito de raça». Supremo Tribunal Federal. 5 de março de 2010. Consultado em 9 de março de 2017
- ↑ «Dia das Mulheres Negras, Julho das Pretas: o tributo a Sueli Carneiro | CLAUDIA». CLAUDIA. 25 de julho de 2016
- ↑ «O feminismo negro no Brasil | Cacheia!». Cacheia!. 10 de novembro de 2015
- ↑ «Mulher 500 Anos - Por trás dos panos». www.mulher500.org.br. Consultado em 9 de março de 2017. Cópia arquivada em 25 de agosto de 2011
- ↑ «Sueli Carneiro recebe prêmio da LASA por sua produção acadêmica». Consultado em 9 de março de 2021
- ↑ «Sueli Carneiro – Palmares». Consultado em 26 de maio de 2021
- ↑ CARNEIRO, Aparecida Sueli; FISCHMANN, Roseli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
- ↑ «Sueli Carneiro é primeira negra a ter título de honoris causa da UnB». Metrópoles. 19 de março de 2022. Consultado em 19 de março de 2022
- ↑ «LASA2021 / Crisis global, desigualdades y centralidad de la vida». Latin American Studies Association (em inglês). Consultado em 9 de fevereiro de 2021
- ↑ «Sobre esta Edição». Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Consultado em 16 de novembro de 2020
- ↑ «Sueli Carneiro – Prêmio Itaú Cultural 30 Anos (2017)». Itaú Cultural. Consultado em 5 de julho de 2019
- ↑ «Sueli Carneiro e Raquel Trindade recebem prêmio 'Benedito Galvão' da OAB-SP». Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
- ↑ Lopes, Nei (2006). Dicionário escolar afro-brasileiro (em portugués). [S.l.]: Selo Negro. 174 páginas. ISBN 978-858-747-829-0
- ↑ «Lúcia Vânia destaca importância de Sueli Carneiro». Senado Federal. 27 de março de 2003. Consultado em 10 de março de 2017. Cópia arquivada em 10 de março de 2017
- ↑ «Direitos Humanos». Folha de S.Paulo. 18 de dezembro de 1999. Consultado em 10 de março de 2017. Cópia arquivada em 10 de março de 2017
Ligações externas
- Nascidos em 1950
- Educadores do Brasil
- Escritoras do Brasil
- Escritores afro-brasileiros
- Feministas afro-brasileiras
- Ativistas antirracismo
- Ativistas do movimento negro do Brasil
- Agraciadas com o Diploma Bertha Lutz
- Alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
- Naturais da cidade de São Paulo
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