Heráclio (filho de Constante II): diferenças entre revisões
Linha 3: | Linha 3: | ||
|nome=Heráclio |
|nome=Heráclio |
||
|título=[[Imperador bizantino]] |
|título=[[Imperador bizantino]] |
||
|imagem=Impero romano d'oriente, costantino IV, eraclio e tiberio, emissione aurea, 674-680 ca..JPG |
|||
|imagem= |
|||
|legenda=[[Anverso e reverso|Reverso]] de um [[soldo (moeda)|soldo]] em ouro com as imagens de Heráclio e [[Tibério (filho de Constante II)|Tibério]]. |
|||
|legenda= |
|||
|reinado={{dtlink|||659}} – {{Dtlink|15|9|681}} (junto com [[Constante II]], [[Constantino IV]] e [[Tibério (filho de Constante II)|Tibério]]) |
|reinado={{dtlink|||659}} – {{Dtlink|15|9|681}} (junto com [[Constante II]], [[Constantino IV]] e [[Tibério (filho de Constante II)|Tibério]]) |
||
|nome completo= |
|nome completo= |
||
Linha 20: | Linha 20: | ||
|mãe=[[Fausta (esposa de Constante II)|Fausta]] |
|mãe=[[Fausta (esposa de Constante II)|Fausta]] |
||
}} |
}} |
||
'''Heráclio''' ({{langx|el |
'''Heráclio''' ({{langx|el|Ἡράκλειος||''Herakleios''}}) foi um [[imperador bizantino]] entre 659 e 681. Foco de uma revolta militar, acabou sendo deposto por seu irmão, o imperador-sênior [[Constantino IV]]. |
||
== Vida == |
== Vida == |
Revisão das 23h59min de 10 de outubro de 2014
Heráclio | |
---|---|
Imperador bizantino | |
Reverso de um soldo em ouro com as imagens de Heráclio e Tibério. | |
Reinado | 659 – 15 de setembro de 681 (junto com Constante II, Constantino IV e Tibério) |
Antecessor(a) | Constante II |
Sucessor(a) | Constantino IV |
Dinastia | Heracliana |
Pai | Constante II |
Mãe | Fausta |
Heráclio (em grego: Ἡράκλειος; romaniz.:Herakleios) foi um imperador bizantino entre 659 e 681. Foco de uma revolta militar, acabou sendo deposto por seu irmão, o imperador-sênior Constantino IV.
Vida
Heráclio era um dos filhos de Constante II com Fausta, filha do patrício Valentino[1]. Apesar de seu irmão mais velho, Constantino IV, ter sido elevado à posição de co-imperador em 654[2], cinco anos depois, antes de partir para a Itália, Constante II também elevou Heráclio e seu outro irmão, Tibério à mesma dignidade[3]. Em 663, Constante tentou fazer com que seus filhos se juntassem a ele na Sicília, mas o evento provocou tamanha revolta em Constantinopla que os irmãos acabaram ficando na capital imperial[3].
Com a morte de Constante II em 668, Constantino IV, o mais velho, tornou-se o imperador-sênior[4]. Ele tentou demover os irmãos de suas funções imperiais, o que provocou uma revolta militar no Thema Anatólico[5]. O exército marchou até Crisópolis e enviou uma delegação através dos estreitos do Helesponto até Constantinopla para exigir que os dois irmãos permanecessem como co-imperadores[5], uma demanda baseada na crença de que, como o Céu era governado pela Trindade], o império deveria também ser reinado por três imperadores[6]. Sem opções, Constantino manteve os irmãos perto de si e enviou de volta com a delegação um oficial de confiança, Teodoro, capitão de Coloneia (moderna Şebinkarahisar, na Turquia), encarregado da delicada tarefa de elogiar os soldados por sua devoção, concordar com suas demandas e persuadi-los a voltar para os quarteis na Anatólia[7]. Teodoro também convidou os líderes da revolta a irem a Constantinopla para se consultarem com o Senado, o que permitiria iniciar o processo de confirmar os desejos do exército[7]. Contente com este aparente desfecho favorável, o exército partiu para o interior da Anatólia e os instigadores do movimento foram para a capital[7]. Com a ameaça debelada, Constantino deu sua cartada contra os líderes da revolta, capturando-os e ordenando que fossem todos enforcados em Sycae[6].
Durante todo o processo, Heráclio permaneceu sob estrita vigilância e foi apenas o fato de ele demonstrar não saber de nada sobre a revolta e também de não expressar nenhum desejo de governar junto com o irmão que salvou sua vida; por isso, recebeu de Constantino IV permissão para manter seu status e título imperial[8]. Porém, somente o fato de terem sido o foco de um plano para diminuir o poder de Constantino significou que os irmãos seriam sempre suspeitos aos olhos do imperador e era inevitável que problemas surgisse. Assim, em 681, durante o Sexto Concílio Ecumênico[4], que algo aconteceu que fez que com Constantino depusesse Heráclio e o irmão. A razão exata é desconhecida, mas pode ter tido alguma relação com o apoio dos dois ao monotelismo, como relatado por Miguel, o Sírio[3]. Em algum momento entre 16 de setembro e 21 de dezembro do mesmo ano[9], Constantino ordenou a mutilação dos dois, cortando-lhes o nariz. Ele também ordenou que suas efígies não mais aparecessem nas moedas bizantinas e que seus nomes fossem removidos dos documentos oficiais[9].
Depois disso, Heráclio e Tibério desapareceram do registro histórico.
Referências
Bibliografia
- Bury, J.B. (1889), A History of the Later Roman Empire from Arcadius to Irene, Vol. II, MacMillan & Co.
- Kazhdan, Alexander, ed. (1991), Oxford Dictionary of Byzantium, ISBN 978-0-19-504652-6, Oxford University Press
- Norwich, John Julius (1990), Byzantium: The Early Centuries, ISBN 0-14-011447-5, Penguin
- Canduci, Alexander (2010), Triumph & Tragedy: The Rise and Fall of Rome's Immortal Emperors, ISBN 978-1-74196-598-8, Pier 9
- Moore, R. Scott (1997). «Constantine IV (668–685 A.D.)». De Imperatoribus Romanis. Consultado em 18 November 2010 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - Dumbarton Oaks, Catalogue of the Byzantine Coins in the Dumbarton Oaks Collection, Vol. II, Part 2 (1968)
- Winkelmann, Friedhelm; Lilie, Ralph-Johannes, eds. (2000), Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit: I. Abteilung (641–867) - 2. Band: Georgios (#2183) – Leon (#4270), ISBN 978-3-11-016672-9 (em German), Walter de Gruyter