Heráclio (filho de Constante II): diferenças entre revisões

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'''Heráclio''' ({{langx|el||Ἡράκλειος|''Herakleios''}}) foi um [[imperador bizantino]] entre 659 e 681. Foco de uma revolta militar, acabou sendo deposto por seu irmão, o imperador-sênior [[Constantino IV]].
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== Vida ==
== Vida ==

Revisão das 23h59min de 10 de outubro de 2014

 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Heráclio (desambiguação).
Heráclio
Imperador bizantino
Heráclio (filho de Constante II)
Reverso de um soldo em ouro com as imagens de Heráclio e Tibério.
Reinado 65915 de setembro de 681 (junto com Constante II, Constantino IV e Tibério)
Antecessor(a) Constante II
Sucessor(a) Constantino IV
Dinastia Heracliana
Pai Constante II
Mãe Fausta

Heráclio (em grego: Ἡράκλειος; romaniz.:Herakleios) foi um imperador bizantino entre 659 e 681. Foco de uma revolta militar, acabou sendo deposto por seu irmão, o imperador-sênior Constantino IV.

Vida

Heráclio era um dos filhos de Constante II com Fausta, filha do patrício Valentino[1]. Apesar de seu irmão mais velho, Constantino IV, ter sido elevado à posição de co-imperador em 654[2], cinco anos depois, antes de partir para a Itália, Constante II também elevou Heráclio e seu outro irmão, Tibério à mesma dignidade[3]. Em 663, Constante tentou fazer com que seus filhos se juntassem a ele na Sicília, mas o evento provocou tamanha revolta em Constantinopla que os irmãos acabaram ficando na capital imperial[3].

Com a morte de Constante II em 668, Constantino IV, o mais velho, tornou-se o imperador-sênior[4]. Ele tentou demover os irmãos de suas funções imperiais, o que provocou uma revolta militar no Thema Anatólico[5]. O exército marchou até Crisópolis e enviou uma delegação através dos estreitos do Helesponto até Constantinopla para exigir que os dois irmãos permanecessem como co-imperadores[5], uma demanda baseada na crença de que, como o Céu era governado pela Trindade], o império deveria também ser reinado por três imperadores[6]. Sem opções, Constantino manteve os irmãos perto de si e enviou de volta com a delegação um oficial de confiança, Teodoro, capitão de Coloneia (moderna Şebinkarahisar, na Turquia), encarregado da delicada tarefa de elogiar os soldados por sua devoção, concordar com suas demandas e persuadi-los a voltar para os quarteis na Anatólia[7]. Teodoro também convidou os líderes da revolta a irem a Constantinopla para se consultarem com o Senado, o que permitiria iniciar o processo de confirmar os desejos do exército[7]. Contente com este aparente desfecho favorável, o exército partiu para o interior da Anatólia e os instigadores do movimento foram para a capital[7]. Com a ameaça debelada, Constantino deu sua cartada contra os líderes da revolta, capturando-os e ordenando que fossem todos enforcados em Sycae[6].

Durante todo o processo, Heráclio permaneceu sob estrita vigilância e foi apenas o fato de ele demonstrar não saber de nada sobre a revolta e também de não expressar nenhum desejo de governar junto com o irmão que salvou sua vida; por isso, recebeu de Constantino IV permissão para manter seu status e título imperial[8]. Porém, somente o fato de terem sido o foco de um plano para diminuir o poder de Constantino significou que os irmãos seriam sempre suspeitos aos olhos do imperador e era inevitável que problemas surgisse. Assim, em 681, durante o Sexto Concílio Ecumênico[4], que algo aconteceu que fez que com Constantino depusesse Heráclio e o irmão. A razão exata é desconhecida, mas pode ter tido alguma relação com o apoio dos dois ao monotelismo, como relatado por Miguel, o Sírio[3]. Em algum momento entre 16 de setembro e 21 de dezembro do mesmo ano[9], Constantino ordenou a mutilação dos dois, cortando-lhes o nariz. Ele também ordenou que suas efígies não mais aparecessem nas moedas bizantinas e que seus nomes fossem removidos dos documentos oficiais[9].

Depois disso, Heráclio e Tibério desapareceram do registro histórico.

Referências

  1. Kazhdan, pg. 496
  2. Kazhdan, pg. 500
  3. a b c Winkelmann & Lilie, pp. 125–127
  4. a b Moore, Constantine IV
  5. a b Bury, pg. 308
  6. a b Norwich, pg. 322
  7. a b c Bury, pg. 309
  8. Canduci, pg. 198
  9. a b Dumbarton Oaks, pg. 513

Bibliografia