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Estado Islâmico (Iêmen)

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O Estado Islâmico (Wilayah al-Yemen) é um dos ramos do grupo islâmico militante Estado Islâmico (Daesh) que opera no Iêmen. O Estado Islâmico anunciou a formação do grupo em 13 de novembro de 2014. [1][2]

Em 13 de novembro de 2014, o Estado Islâmico anunciou que uma filial do grupo havia sido estabelecida no Iêmen, após juramentos de fidelidade feitos por militantes não identificados no país. A al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), o grupo militante mais forte no país, rejeitou este estabelecimento. [1][3] Em dezembro daquele ano, o Estado Islâmico começou a construir uma presença ativa dentro do Iêmen, e sua campanha de recrutamento o conduziu a uma situação de concorrência direta com a AQPA. [4][5] O primeiro ataque do ramo ocorreu em março de 2015, quando realizou atentados suicidas em duas mesquitas xiitas na capital iemenita. [6][7] Nos meses seguintes, continuou executar ataques destinados em grande parte a alvos civis associados ao movimento xiita Houthi. [8]

A estrutura organizacional das províncias do Iêmen estão divididas em subunidades com bases geográficas. Pelo menos sete sub-wilayah separadas, nomeadas conforme as divisões administrativas existentes no Iêmen, tem reivindicado a autoria pelos ataques no Iêmen, incluindo as províncias de Saná, Lahj, Shabwa, Hadramaute e al-Bayda. [9][10] O grupo tem conseguido atrair recrutas, apelando para o intensificado sectarismo no país após a eclosão da Guerra Civil Iemenita em 2015. [10] Tem recebido diversos desertores da al-Qaeda na Península Arábica, que são atraídos pelo dinheiro do grupo e pela sua capacidade de realizar ataques periódicos contra os houthis. Isto conduziu a um aumento das tensões com a AQPA, embora ambos os lados evitassem confrontos até finais de 2015. [8][11]

Em 6 de outubro de 2015, os militantes do Estado Islâmico realizaram uma série de atentados suicidas em Áden que mataram 15 soldados associados com o governo de Hadi e a coalizão liderada pelos sauditas. [12] Os ataques foram dirigidos contra o hotel al-Qasr, que havia sido sede para as autoridades pró-Hadi, e também instalações militares. [12] O grupo realizou novos ataques contra as forças pró-Hadi, incluindo o assassinato do governador de Áden em dezembro de 2015. [13] O grupo sofreu uma grande divisão no mesmo mês, quando dezenas de seus membros, incluindo líderes militares e religiosos, rejeitaram publicamente o líder do Estado Islâmico no Iêmen por violações percebidas da sharia. O comando central do Estado Islâmico condenou os dissidentes, acusando-os de violar sua lealdade a al-Baghdadi. [14][15]

Referências

  1. a b «The Islamic State's model». The Washington Post. 28 de janeiro de 2015 
  2. «Islamic State leader urges attacks in Saudi Arabia: speech». Reuters. 13 de novembro de 2014 
  3. «Islamic State builds on al-Qaeda lands». BBC News. 30 de janeiro de 2015 
  4. «ISIS gaining ground in Yemen, competing with al Qaeda». CNN. 21 de janeiro de 2015 
  5. "Yemeni Al-Qaeda leader hails ISIS gains in Iraq". Al Arabiya. 13 August 2014.
  6. «This Man Is The Leader In ISIS's Recruiting War Against Al-Qaeda In Yemen». Buzzfeed. 7 de julho de 2015 
  7. «Yemen crisis: Islamic State claims Sanaa mosque attacks». BBC News. 20 de março de 2015 
  8. a b «In Yemen chaos, Islamic State grows to rival al Qaeda». Reuters 
  9. «ISIS Global Intelligence Summary March 1 – May 7, 2015» (PDF). Institute for the Study of War. 10 de maio de 2015 
  10. a b «Wilayat al-Yemen: The Islamic State's New Front». Institute for the Study of War. 7 de agosto de 2015 
  11. «Seven killed in Islamic State suicide bombing in Yemeni capital». Reuters. 6 de outubro de 2015 
  12. a b «Islamic State claims suicide attacks on Yemeni government, Gulf troops». Reuters. 6 de outubro de 2015 
  13. «Yemen conflict: Governor of Aden killed in Islamic State attack». BBC News. 6 de dezembro de 2015 
  14. «Divisions emerge within the Islamic State's Yemen 'province'». Long War Journal. 23 de dezembro de 2015 
  15. «More Islamic State members reject governor of Yemen Province». Long War Journal. 28 de dezembro de 2015