Deficiência de magnésio

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Magnesium deficiency
Deficiência de magnésio
Magnésio
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E61.2 E83.4
CID-9 275
MedlinePlus 002423
MeSH Hypomagnesemia
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Deficiência de magnésio ou Hipomagnesemia é uma deficiência nutricional caracterizada por níveis sanguíneos (séricos) de magnésio estão abaixo de 0.75 mmol/L. Diversos órgãos do corpo, especialmente o coração, músculos e rins, precisam de magnésio. Mais importante, participa como co-fator de mais de 300 reações enzimáticas, contribuindo para a produção de energia e ajudando a regular os níveis de cálcio, cobre, zinco, potássio e vitamina D no corpo. Também é importante na composição de dentes e ossos.

Causas[editar | editar código-fonte]

Raramente é causada por dieta pobre, pois pode ser encontrada em diversos grãos, frutas e verduras. É mais comum ser consequência de má-absorção ou excesso de excreção causado por medicamento, infecções ou doenças gastrointestinais.[1][2]

Medicamentos
Doenças
Outras deficiências

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Como magnésio tem função na produção de energia e nas enzimas, seus sintomas envolvem[1]:

Complicações[3]

Diagnóstico[editar | editar código-fonte]

Em humanos, menos de 1% do magnésio está no sangue. A maioria está armazenada nos ossos e o resto em tecido conectivo. É esperado que o corpo contenha 21 a 28mg armazenados, portanto medir os níveis sanguíneos não é um método muito eficaz de detectar a deficiência. Logo, é importante fazer também exames do nível de cálcio e potássio no sangue e de magnésio na urina.[4]

Prevalência[editar | editar código-fonte]

Afeta cerca de 5% da população mundial, sendo mais comum entre pacientes com doenças endócrinas. Hipomagnesemia atinge 25 a 47% dos diabéticos, especialmente aqueles que não fazem controle glicêmico adequado. Dentre pacientes com síndrome metabólica 65,6% também apresentam hipomagnesemia.[5]

Também é comum entre pacientes hospitalizados, atingindo 10 a 20% deles, especialmente pacientes de UTIs, onde chegam a 50-60%. Entre alcoolistas afeta 30 a 80% dependendo da gravidade do consumo.[6]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

Suplementos em comprimidos ou injeções. Após corrigir o déficit é importante aumentar o consumo diário dos alimentos ricos em magnésio como grãos integrais, sementes e vegetais verde-escuros. Exemplos de boas fontes[7]:

É recomendado o consumo de 400 mg por dia para homens maiores de 14 anos e 310 mg por dia para mulheres, aumentando para 360mg durante a gravidez e lactância. Ao planejar uma dieta é importante lembrar que apenas 30-40% do magnésio contido nos alimentos é absorvido pelo corpo, sendo assim recomendado o consumo de 1g/dia para atingir as necessidades diárias.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências