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Num Congresso Internacional de Bioquímica em 1922 estabeleceu-se que os [[éster]]es que por [[hidrólise]] fornecem [[ácido carboxílico|ácidos carboxílicos]] superiores ([[ácido graxo|ácidos graxos]]) seriam enquadrados num grupo geral, os ''lipídios'' ou ''lípides'' (do [[língua grega|grego]] ''lipo'', gordura).<ref name=SAFFIOTI>SAFFIOTI, WALDEMAR; Fundamentos de Química; Companhia Editora Nacional; São Paulo, Brasil; 1968.</ref>
Num Congresso Internacional de Bioquímica em 1922 estabeleceu-se que os [[éster]]es que por [[hidrólise]] fornecem [[ácido carboxílico|ácidos carboxílicos]] superiores ([[ácido graxo|ácidos graxos]]) seriam enquadrados num grupo geral, os ''lipídios'' ou ''lípides'' (do [[língua grega|grego]] ''lipo'', gordura).<ref name=SAFFIOTI>SAFFIOTI, WALDEMAR; Fundamentos de Química; Companhia Editora Nacional; São Paulo, Brasil; 1968.</ref>
Os lípidios são pequenos dejetos culiformes fecais que atuam no cérebro fazendo o ser humano delirar ao ver pequenos gnomos fabricando bombas de efeito moral. Também atua no pé fazendo ele triplicar sua estrutura molecular fazendo com que ele seja teletransportado ao subsolo mundial petrificado á ponto de não se mover. Ele é pequeno e se instala no vão da unha causando miquim em regiões dorsais.<ref>www.brasilescola.com/biologia/lipidios</ref>


== Propriedades ==
== Propriedades ==

Revisão das 18h42min de 24 de fevereiro de 2011

Fosfolípidos organizados em lipossomas, micelas e bicapa lipídica.

Predefinição:Portal-bioquímica Lipídeos ou lipídios são biomoléculas compostas por carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), fisicamente caracterizadas por serem insolúveis em água, e solúveis em solventes orgânicos,[1] como o álcool, benzina, éter, clorofórmio e acetona. A família de compostos designados por lipídios é muito vasta. Cada grama de lipídio armazena 9 quilocalorias de energia, enquanto cada grama de glicídio ou proteína armazena somente 4 quilocalorias. É importante que se tenha um consumo moderado desta substância, pois além de conter maior valor energético, não é o primeiro nutriente utilizado pela célula quando ela gasta energia.[1]

Histórico

Num Congresso Internacional de Bioquímica em 1922 estabeleceu-se que os ésteres que por hidrólise fornecem ácidos carboxílicos superiores (ácidos graxos) seriam enquadrados num grupo geral, os lipídios ou lípides (do grego lipo, gordura).[2]

 Os lípidios são pequenos dejetos culiformes fecais que atuam no cérebro fazendo o ser humano delirar ao ver pequenos gnomos fabricando bombas de efeito moral. Também atua no pé fazendo ele triplicar sua estrutura molecular fazendo com que ele seja teletransportado ao subsolo mundial petrificado á ponto de não se mover. Ele é pequeno e se instala no vão da unha causando miquim em regiões dorsais.[3]

Propriedades

Os lipídios são geralmente vermelhos ou roxos, untuosos ao tato, pouco consistentes, apresentam densidade menor que a água, na qual são insolúveis porém emulsionáveis. São pouco solúveis em etanol a frio mas solúveis a quente. São solúveis em sulfeto de carbono, clorofórmio, éter etílico, acetona, benzeno, gasolina e outros solventes orgânicos. Deixam no papel manchas gordurosas e translúcidas que não desaparecem com o calor.[2] Não são destiláveis por aquecimento nem a baixa pressão e decompõe-se pelo aquecimento.[2]

Alteração pelo aquecimento

Como as gorduras são usadas em processo de fritura e seguidamente realizado em recipientes abertos, em temperatura elevada (180 – 200 °C), há o contato direto com o ar. Estas condições propiciam modificações físico-químicas nos óleos (como a termo-oxidação e a rancificação), algumas das quais são perceptíveis pelo próprio escurecimento das gorduras, o aumento da viscosidade, a formação de espuma e produção de fumaça. Essas transformações afetam o sabor que a fritura conferem aos produtos fritos, dificultando a aceitabilidade dos produtos, mas também produzem efeitos tóxicos como irritação gastrointestinal, a inibição de enzimas, a destruição de vitaminas e carcinogênese, quando da ingestão contínua e prolongada de produtos alterados quimicamente e rancificados.[4]

Alimentação

A gordura é um tipo de lipídio. Alguns alimentos ricos neste composto são: manteiga, margarina, frituras, doces, biscoitos recheados, carnes gordas, queijo amarelo, leite integral, requeijão, embutidos.[1]

Após uma refeição rica em lipídios, o sangue fica com um aspecto leitoso. É importante levar em consideração que os alimentos crocantes são os que mais contêm gordura trans, e evitar o consumo de carne com gordura visível é um cuidado simples e muito benéfico. O excesso de alimentos adiposos pode resultar em doenças cardiovasculares. Porém, a ausência destes no nosso corpo pode resultar em raquitismo. Por isso, é necessário que haja um equilíbrio.[1]

Funções

Fonte energética

Fornecem mais energia que os carboidratos, porém estes são preferencialmente utilizados pela célula. Toda vez que a célula eucarionte necessita de uma substância energética, ela vai optar pelo uso imediato de uma glicose, para depois consumir os lipídeos.

Estrutural

Os fosfolipídios são os principais componentes das membranas celulares. Do ponto de vista químico, um fosfolipídio é um glicerídeo combinado a um grupo de fosfato. A sua molécula lembra um palito de fósforo, com uma “cabeça” polar, e uma haste apolar, constituída por duas cadeias de ácido graxo.[1]

Nas membranas biológicas, eles ficam organizados em duas camadas, que se incrustam com moléculas de certas proteínas.[1]

Isolante térmico

Auxiliam na manutenção da temperatura do corpo, por meios de uma camada de tecido denominado hipoderme, a qual protege o indivíduo contra as variações de temperatura mantendo a homeostasia corpórea.

Proteção mecânica

A gordura age como suporte mecânico para certos órgãos internos e sob a pele de aves e mamíferos, protegendo-os contra choques e traumatismos.

Classificação

Por causa de sua origem em nossa alimentação, é costumeiro se ver uma classificação trivial e util na nutrição das gorduras em gordura animal e gordura vegetal. Um exemplo de gordura animal é a banha de porco, uma gordura vegetal comum é o azeite de oliva.

Glicerídios

Constituem os óleos e as gorduras, que diferem entre si quanto ao ponto de fusão. À temperatura ambiente, os óleos são líquidos, pois um ou mais dos ácidos graxos tem predominância de insaturações na cadeia. E as gorduras são sólidas pelo fato dos ácidos graxos terem predominância de saturação na cadeia.[1] Os glicerídios possuem elevados teores energéticos e são os principais componentes lipídicos da dieta humana.

Em mamíferos que vivem em regiões polares, como a baleia, a gordura forma uma espessa camada subcutânea ou "colchão adiposo", que envolve o corpo e permite o isolamento térmico do animal em relação ao ambiente frio. As moléculas dos glicerídios podem ter um, dois ou três ácidos graxos associados ao glicerol, um álcool conhecido como glicerina. Ácidos graxos são compostos de longas cadeias carbônicas, saturadas ou não, que formam os ésteres das gorduras e dos óleos.

Ácidos graxos envolvidos

Entre os diversos ácidos graxos esterificados nos lipídios destacam-se:

Principais glicerídeos

Dentre os glicerídeos, os principais em suas formas naturais e extraíveis são:

Os óleos ditos secativos contém glicerídeos de ácidos graxos insaturados, com múltiplas ligações. Devido a esta insaturação de suas moléculas eles se plimerizam e se oxidam quando em contato com o ar, transformando-se em películas finas, resinosas e transparentes quando aplicadas sobre superfícies. Por esta propriedade são aproveitados em formulações de vernizes e tintas e diversas formulações de revestimentos de superfícies.

  • Óleo de tungue: óleo com propriedades secativas, cujo principal glicerídeo é o ácido eloesteárico.
  • Óleo de oiticica: óleo com propriedades secativas que contém entre outros ácidos graxos o ácido linoléico. É extraído das plantas comuns em diversas regiões do Brasil.
  • O óleo de rícino é outro óleo secativo, extraído da semente da mamona, e o mais destacado dos ácidos graxos que o compõe é o ácido ricinoléico.
  • Óleo de algodão, um óleo comestível, extraído do caroço do algodão, usado como alimento, lubrificante e combustível. Seus principais glicerídeos são compostos pelos ácidos graxos como o ácido palmítico, o ácido esteárico e o ácido oléico. Estes glicerídeos estão também presentes no óleo de amendoim, óleo de oliva, óleo de côco, o óleo de patauá (extraído de determinadas palmeiras da Amazônia), o óleo de babaçu, o óleo de dendê (extraído da palmeira dendê, nativa da África, aclimatada no Brasil).
  • O óleo de girassol é produzido industrialmente a partir das sementes de girassol. Após limpeza, secagem, descasque, tiruração e extração com solvente. Sofre remoção do solvente e refino, com etapas que incluem desgomagem (remoção de gomas), branqueamento e desodorização. É essencialmente constituído por triacilgliceróis (98 a 99%), com um elevado teor em ácidos graxos insaturados (aproximadamente de 83%), mas reduzido teor em ácido linolénico (menos de 0,2%). É principalmente rico em ácido linoléico.[5]
  • É crescente a disponibilidade de [oleo de milho, devido a crescente produção de etanol a patir do milho dos EUA. Esta grande produção levou ao desenvolvimento de derivados químicos dos ácidos graxos do óleo de milho, como os tensoativos e emulsificantes, em substituição aos tradicionais derivados de óleo de côco, nos cosméticos e produtos de higiene.[6]
  • Pela grande produção de soja, sem uso do grão íntegro (o que ocorre parcialmente com o milho), o óleo de soja está entre os óleos vegetais mais produzidos no mundo, e em especial, sua destinação além da produção de margarina vegetal e inúmeros outros derivados por hidrogenação, também tem se direcionado para a produção de biodiesel. Representa 18 a 20% da composição nutricional da soja, sendo que possui predominância de ácidos graxos poliinsaturados (58%), monoinsaturados (23%) e pouca participação de saturados (15%).[7] Os principais ácidos graxos que o compõe são ácido linoléico (aprox. 54%), ácido oléico (aprox. 22%), ácido palmítico (aprox. 10%).[8]
  • Um óleo em crescente uso é o óleo de canola, extraído de variedades da colza.

Cerídios ou velas

São formados pela união de álcool a uma ou mais moléculas de ácidos graxos. Compreende as ceras animais e vegetais, sendo mais frequente no reino vegetal. Embora tenha valor econômico, não têm a mesma importância que as gorduras e óleos. As ceras de carnaúba e de babaçu, por exemplo, constituem bases alternativas para geração de energia. São encontrados também na secreção de alguns insetos, como a cera das abelhas.

Carotenóides

São pigmentos lipídicos amarelos, vermelhos e laranjas, insolúveis em água e solúveis em óleos e solventes orgânicos. Estão presentes nas células de todas as plantas, nas quais desempenham papel importante no processo de fotossíntese.[1] Os carotenóides são importantes também para os animais. Por exemplo, a molécula de caroteno de um carotenóide alaranjado presente na cenoura e em outros vegetais, é matéria-prima para a produção da vitamina A, essencial a muitos animais. Essa vitamina é importante, por exemplo, para nossa visão, pois é precursora do retinal, uma substância sensível à luz presente na retina dos olhos dos vertebrados.[1]

Fosfolipídios

Formam a camada dupla da membrana celular. A molécula do fosfolipídio solubiliza-se, ao mesmo tempo, com a água e com os lipídios. Isso é possível porque possui uma porção hidrófila (afeição a água), o fosfato, e uma porção hidrófoba (aversão a água) constituída pelas cadeias lipídicas. Os principais exemplos de fosfolipídios são a lecitina e a cefalina.

Esteróides

São diferentes dos demais lipídios por apresentarem uma cadeia circular formando anéis. Pertencem a esse grupo os hormônios: sexuais testosterona e progesterona. E alguns hormônios supra-renais: aldosterona e cortisol. Todos são semelhantes sob o aspecto constitucional ao colesterol, do qual derivam.[1]

O colesterol é sintetizado exclusivamente em células animais; nas plantas é substituído pelo fito esterol. Uma parcela do colesterol precisa ser obtida pela dieta e a outra é fabricada pelo corpo, principalmente no fígado, que o reúne com triglicerídios e proteínas para formar os corpúsculos de HDL (lipoproteína de alta densidade) e LDL (lipoproteína de baixa densidade). Denominados também de “colesterol bom” e “colesterol ruim” respectivamente.

Grande parte do colesterol é transportada no sangue sob o formato de LDL. Uma parte dele é metabolizada no fígado e a outra serve para síntese de membranas celulares. No entanto, quando há excesso, o LDL acumula-se nas paredes das artérias, causando a aterosclerose. Por isso o LDL é chamado de "mau colesterol".[9]

Em contrapartida, o HDL tende a retirar o colesterol das artérias, levando-o ao fígado, onde se converte em bile. Há estudos direccionados na comprovação de que o HDL também remove o colesterol das placas ateroscleróticas já existentes, diminuindo a velocidade de sua formação. Fazendo com que taxas maiores de HDL afastariam os riscos de problemas cardíacos, justificando-se o nome de "bom colesterol".[9]

As taxas de colesterol e de triglicerídios variam com a idade; por isso, é aceitável um suave aumento de ambas quando se envelhece.

Tipos de lipídios

Ácido Estearico: Gordura de porco;
Ácido Fólico: Óleo de Oliva;
Acido Linoleicócitos: Sangue;
Ácido Linolenico: Linhaça.

Referências

  1. a b c d e f g h i j AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das células. São Paulo: Moderna, 2004.
  2. a b c SAFFIOTI, WALDEMAR; Fundamentos de Química; Companhia Editora Nacional; São Paulo, Brasil; 1968.
  3. www.brasilescola.com/biologia/lipidios
  4. Seme Youssef Reda e Paulo I. Borba Carneiro; [Oleos e gorduras: aplicações e implicações; Revista Analytica • Fevereiro/Março 2007 • Nº27
  5. Óleo de Girassol - www.cienciaviva.pt
  6. Rose de Moraes; Aceitação dos insumos naturais obtidos no Brasil é maior no exterior; Revista Química e Derivados Edição nº 471 de Março de 2008.
  7. Soja - Histórico e composição - www.nutricaoclinica.com.br
  8. Vieira, F.C.V., Pierre, C.T. e Castro, H.F.; INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GRAXOS DE DIFERENTES ÓLEOS VEGETAIS NAS PROPRIEDADES CATALÍTICAS DE UMA PREPARAÇÃO COMERCIAL DE LIPASE PANCREÁTICA; VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica - www.feq.unicamp.br
  9. a b O bom colesterol e o mau colesterol - www.editorasaraiva.com.br (Acessado em 03/11/09)

Metabolismo

Ver artigo principal: Metabolismo lipídico

Ver também

Ligações externas


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