Linda Lovelace

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Linda Lovelace
Linda Lovelace
Linda Lovelace deixando marcas de mãos em frente ao Pussycat Theatre em Los Angeles, Califórnia, em 28 de dezembro de 1973.
Nome completo Linda Susan Boreman
Nascimento 10 de janeiro de 1949
Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos
Morte 22 de abril de 2002 (53 anos)
Denver, Colorado, Estados Unidos
Ocupação atriz pornográfica, Ativista dos Direitos Femininos e atriz.

Linda Susan Boreman (Nova Iorque, 10 de janeiro de 1949Denver, 22 de abril de 2002), mais conhecida pelo nome artístico Linda Lovelace, foi uma atriz estadunidense de filmes pornográficos. Um dos fortes e mais relevantes ícones femininos da Revolução sexual entre as década de 1960 e 1970.[1][2] Ficou mundialmente famoso por sua atuação no filme hardcore de 1972, Deep Throat , um sucesso de bilheteria e o filme de maior bilheteria do gênero da história.[3][4][5]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Linda era uma jovem de classe média de Nova Iorque, que engravidou aos 16 anos, tendo sido abandonada pelo primeiro namorado, e obrigada pela família a dar seu bebê para adoção, o que a fez entrar em depressão e tentar o suicídio, passando a tomar calmantes. Aos 20 anos, sua vida mudou ao conhecer um homem chamado Chuck Traynor. Em pouco tempo, começaram a namorar, e poucos meses depois, casaram. Ele a humilhava e agredia e passou a mantê-la em cárcere privado e a obrigou a se prostituir, ameaçando-a de morte se não o fizesse. Um novo rumo sua vida tomou, quando Chuck passou a coagi-la para atuar em filmes pornográficos. Nesta época, Linda foi obrigada a manter relações sexuais com um cachorro. A jovem tornou-se conhecida em 1972 ao protagonizar o filme Deep Throat; porém, anos depois, passou a ser ativista contra a indústria pornográfica.[carece de fontes?]

Seu casamento teve fim em 1973, quando ela conseguiu fugir e o denunciou a polícia. Desesperada, sem conseguir emprego, continuou como atriz pornô, mas sua carreira entrou em decadência quando decidiu migrar de filmes pornôs pesados para produções mais leves, incluindo "Garganta Profunda 2" e "Linda Lovelace para Presidente", ambos fracassos de bilheteria.

Em 1980, Linda lançou uma autobiografia, Ordeal, em que revelava ter sido vítima de estupro, violência doméstica, prostituição, e pornografia. A obra, e um depoimento a comissões do Congresso, ajudaram a investigar irregularidades na indústria pornográfica.

No livro, Linda alega que nunca recebeu nenhum salário por "Garganta Profunda", que gravava seus filmes pornôs com uma arma apontada para a cabeça, e que seu ex-marido teria sido pago com apenas 1 250 dólares, embora o filme tivesse rendido aos produtores 600 milhões de dólares.

Ao fim dos anos 1980, casou com Larry Marchiano, antigo cliente, que a tirou da prostituição e dos filmes pornográficos. Juntos, tiveram dois filhos. Em 1990 a família mudou para Denver. Após diversos desentendimentos, divorciaram em 1996. Na época, desenvolveu um novo quadro de depressão, e devido a complicações do uso de silicone, desenvolveu um câncer de mama, necessitando realizar uma mastectomia.

Ao início de abril de 2002, sofreu um violento acidente automobilístico, quando seu carro chocou contra um poste, tendo sido internada no Denver Health Medical Center, ficando em coma, falecendo semanas depois em consequência de ferimentos múltiplos por todo o corpo que atingiram seus órgãos vitais.

Filmografia parcial[editar | editar código-fonte]

  • Dogarama (1971)
  • Sex for Sale (curtametragem; não creditado) (1971)
  • Peeverted (curtametragem) (1971)
  • Knothole (curtametragem) (1971)
  • Gomorrahy (curtametragem; não creditado) (1972)
  • Deep Throat (1972)
  • The Confessions of Linda Lovelace (1974)
  • Deep Throat Part II (1974) como Enfermeira Lovelace
  • Linda Lovelace for President (1975)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «'Sexual freedom' parade at Jantar Mantar this weekend – Times of India». The Times of India. April 11, 2012. Consultado em August 8, 2016. Cópia arquivada em December 30, 2016  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  2. Garlick, Steve (August 2011). «A New Sexual Revolution? Critical Theory, Pornography, and the Internet». Canadian Review of Sociology. 48 (3): 221–239. PMID 22214041. doi:10.1111/j.1755-618X.2011.01264.x  Verifique data em: |data= (ajuda)
  3. «Linda Lovelace: a ficção e as cenas reais da estrela pornô de Garganta Profunda». VEJA. Consultado em 27 de julho de 2019 
  4. Roberts, Lani (2011). «Catharine A. Mackinnon Are Women Human? And Other International Dialogues. Cambridge, Mass., Harvard University Press, 2006.». Hypatia. 26 (1): 123–126. ISSN 0887-5367. doi:10.1111/j.1527-2001.2010.01148.x 
  5. Briggs, Joe. «Linda Lovelace dies in car crash - UPI.com». United Press International. Consultado em 27 de abril de 2015. Cópia arquivada em 23 de abril de 2015. By 1980 she had become a mother of two, a born-again Christian, and a feminist -- and was living on welfare as her husband tried to make ends meet as a cable installer on Long Island. She had already become the feminist poster child for the demeaning effects of pornography, turning up in Andrea Dworkin's 1979 book "Pornography: Men Possessing Women." 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]