Neil Ferguson

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Neil Ferguson
Neil Ferguson
Nascimento 1968
Nacionalidade britânico
Alma mater Universidade de Oxford
Profissão epidemiologista

Neil Morris Ferguson OBE (1968, Reino Unido) é um médico epidemiologista britânico e professor de biologia matemática, especializado em padroes de propagação de doenças infecciosas em humanos e animais. É diretor do Abdul Latif Jameel Institute for Disease and Emergency Analytics (J-IDEA), presidente do Departamento de Epidemiologia de Doenças Infecciosas da Escola Pública de Saúde e Vice-Reitor do Desenvolvimento Acadêmico da Faculdade de Medicina, todos no Imperial College London.[1][2][3][4]

Ferguson recebeu a Ordem do Império Britânico em 2002 devido ao seu trabalho de modelação do surto de febre aftosa de 2011 no Reino Unido. Neil usou a modelação matemática para fornecer dados de diversos surtos, incluindo a pandemia de gripe suína no Reino Unido em 2009[5][6][7] e o surto de ebola na África Ocidental.[8][9] Seu trabalho também inclui pesquisa de doenças provocadas por bactérias, vírus e parasitas transmitidos por mosquitos, incluindo a febre zika, febre amarela, dengue[10][11] e malária.[12][13][14][15]

Em fevereiro de 2020, durante a pandemia de COVID-19, a qual foi iniciada na China, Neil e sua equipe utilizaram modelos estatísticos para estimar que a quantidade de casos de infectados pelo COVID-19 foi sub-detectada na China.[16][17][18][19]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Obteve seu mestrado em física pela Universidade de Oxford em 1990 e seu doutorado em física teórica em 1994 para uma tese intitulada "Interpolações contínuas de superfícies aleatórias cristalinas a dinamicamente trianguladas".[20]

Em 2014, como diretor do centro do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido, Ferguson forneceu análise de dados para a Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre o Ebola durante a epidemia de ebola na África Ocidental.[21]

Em 2016, foi co-autor de um artigo intitulado "Combatendo a epidemia de zika na América Latina", publicado na Science.[22]

Em relação ao novo coronavírus, afirmou que a taxa de mortalidade por COVID-19 é menor que a SARS e MERS, mas ainda comparável à pandemia de gripe espanhola de 1918.[23]

Publicações[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Home - Professor Neil Ferguson». www.imperial.ac.uk. Consultado em 10 de fevereiro de 2020 
  2. «Professor Neil Ferguson - Networks of evidence and expertise for public policy». www.csap.cam.ac.uk. Consultado em 10 de fevereiro de 2020 
  3. «Fields Institute - Thematic Program on the Foundations of Computational Mathematics». www.fields.utoronto.ca. Consultado em 10 de fevereiro de 2020 
  4. Matheus Magenta (4 de março de 2020). «Coronavírus: 7 perguntas sobre a doença ainda sem resposta». BBC. Consultado em 8 de março de 2020 
  5. Walsh, Eric, ed. (20 de julho de 2009). «Closing schools won't stop pandemics: study». Reuters (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2020 
  6. Highfield, Roger (11 de abril de 2001). «Has the A-team defeated the virus?». The Telegraph 
  7. Pandemic influenza: follow-up, 3rd report of session 2008-09, report with evidence. [S.l.]: The Stationery Office. 2009. p. 24–26. ISBN 978-0-10-844484-5 
  8. «Infectious disease: Tough choices to reduce Ebola transmission | Ebola Response Anthropology Platform». www.ebola-anthropology.net. Consultado em 15 de fevereiro de 2020 
  9. Gallagher, James (6 de setembro de 2014). «Ebola: How bad can it get?». BBC News (em inglês). Consultado em 15 de fevereiro de 2020 
  10. Zhang, Hong; Lui, Roger (7 de janeiro de 2020). «Releasing Wolbachia-infected Aedes aegypti to prevent the spread of dengue virus: A mathematical study». Infectious Disease Modelling. 5: 142–160. ISSN 2468-2152. doi:10.1016/j.idm.2019.12.004 
  11. «Genome Sequence of the Intracellular Bacterium Wolbachia». PLOS Biology (em inglês). 2 (3): e76. 16 de março de 2004. ISSN 1545-7885. doi:10.1371/journal.pbio.0020076 
  12. «Optimal use of the first licensed dengue vaccine». LSHTM (em inglês). Consultado em 15 de fevereiro de 2020 
  13. Cohen, Jon; 2017 (16 de agosto de 2017). «Zika has all but disappeared in the Americas. Why?». Science | AAAS (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2020 
  14. Szabo, Liz. «Zika outbreak may have peaked in Brazil, researchers say». USA TODAY (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2020 
  15. Counotte, Michel J.; Althaus, Christian L.; Low, Nicola; Riou, Julien (26 de dezembro de 2019). «Impact of age-specific immunity on the timing and burden of the next Zika virus outbreak». PLOS Neglected Tropical Diseases. 13 (12): e0007978. ISSN 1935-2727. doi:10.1371/journal.pntd.0007978 
  16. «Coronavirus fatality rate estimated by Imperial scientists | Imperial News | Imperial College London». Imperial News (em inglês). 11 de fevereiro de 2020. Consultado em 16 de fevereiro de 2020 
  17. Singh, Ayush (8 de fevereiro de 2020). «Professor Says Coronavirus is Infecting 50,000 a Day, and He May be Right». CCN.com (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2020 
  18. Yang, Yuan; Liu, Nian (13 de fevereiro de 2020). «China accused of under-reporting coronavirus outbreak». www.ft.com 
  19. Petter, Olivia (13 de fevereiro de 2020). «Prevent spread of coronavirus on with 'less hugging and kissing', says virologist». The Independent (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2020 
  20. «Continuous interpolations from crystalline to dynamically triangulated random surfaces». SOLO (Search Oxford libraries online). University of Oxford. Consultado em 8 de março de 2020 
  21. James Gallagher. «Ebola: How bad can it get?» (em inglês). BBC. Consultado em 8 de março de 2020 
  22. Jon Cohen. «Zika has all but disappeared in the Americas. Why?». sciencemag.org. Consultado em 8 de março de 2020 
  23. «CORONAVÍRUS: O QUE VOCÊ PRECISA SABER». Sergio Franco. Consultado em 9 de março de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]