Solidarity Trial

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Solidarity Trial é uma iniciativa multinacional da Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros para comparar tratamentos não testados para pessoas hospitalizadas com casos graves de COVID-19 .[1] Em março de 2020, os países participantes eram Argentina, Bahrein, Canadá, França, Irã, Malásia, Noruega, África do Sul, Espanha, Suíça e Tailândia.[2][3]


Projeto e inscrição[editar | editar código-fonte]

O conjunto de testes pretende avaliar rapidamente em milhares de pessoas infectadas com COVID-19 a eficácia potencial de agentes antivirais e anti-inflamatórios existentes ainda não avaliados especificamente para a doença de COVID-19, um processo chamado "redirecionamento" ou "reposicionamento" de um medicamento já aprovado para uma doença diferente.[4][5]

Esse projeto foi desenvolvido para fornecer insights rápidos sobre as principais questões clínicas: [4][5]

  • Algum dos medicamentos reduz a mortalidade?
  • Algum dos medicamentos reduz o tempo de internação de um paciente?
  • Os tratamentos afetam a necessidade de ventilação e manutenção de pessoas com pneumonia gerada por COVID-19 em terapia intensiva ?
  • Esses medicamentos poderiam ser usados para minimizar a infecção por COVID-19 de profissionais de saúde e pessoas com alto risco de desenvolver doenças graves?

Financiamento[editar | editar código-fonte]

Em março, o financiamento para essa pesquisa alcançou 108 milhões de dólares, provenientes de 203.000 doações individuais, organizações de caridade e governos, com 45 países envolvidos em financiamento ou gerenciamento de estudos.[1]

Medicamentos sob avaliação[editar | editar código-fonte]

Os medicamentos individuais ou combinados sob estudo nos projetos Solidarity e Discovery são medicamentos já aprovados para outras doenças e são de forma geral considerados seguros quando prescritos por médicos para as condições para as quais foram criadas[4] Os medicamentos são :[4]

Devido a preocupações sobre potenciais danos à saúde (por exemplo Arritmia cardíaca) levando a taxas de mortalidade mais altas, a OMS suspendeu os experimentos com hidroxicloroquina no final de Maio de 2020.[7][8] Os experimentos foram reiniciados[9] e depois cancelados novamente em Junho quando um relatório mostrou que a hidroxicloroquina não resultou em benefícios para pacientes hospitalizados com casos severos de COVID-19.[6]

Referências

  1. a b «UN health chief announces global 'solidarity trial' to jumpstart search for COVID-19 treatment». United Nations, World Health Organization (em inglês) 
  2. «WHO Director-General's opening remarks at the media briefing on COVID-19 - 27 March 2020». United Nations, World Health Organization (em inglês) 
  3. «Malaysia starts global "Solidarity Trial" - a research effort to test possible treatments for COVID-19 - 5 April 2020». United Nations, World Health Organization (em inglês) 
  4. a b c d «WHO launches global megatrial of the four most promising coronavirus treatments». Science AAAS (em inglês) 
  5. a b Branswell, Helen. «WHO to launch multinational trial to jumpstart search for coronavirus drugs». Stat News 
  6. a b Thomas Mulier (17 de junho de 2020). «Hydroxychloroquine halted in WHO-sponsored COVID-19 trials». Bloomberg. Consultado em 17 de junho de 2020 
  7. «WHO Director-General's opening remarks at the media briefing on COVID-19 - 25 May 2020». World Health Organization. 25 de maio de 2020. Consultado em 27 de maio de 2020 
  8. Maria Cheng, Jamey Keaten (25 de maio de 2020). «WHO pauses hydroxychloroquine coronavirus trial over safety concerns». The Associated Press. Consultado em 27 de maio de 2020 
  9. Davey M, Kirchgaessner S, Boseley S (3 de junho de 2020). «Surgisphere: governments and WHO changed Covid-19 policy based on suspect data from tiny US company». The Guardian. Consultado em 4 de junho de 2020