Pedro Catalão

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Pedro Catalão
Prefeito de Ilhéus
Período 1951 - 1954
Antecessor(a) Arthur Leite da Silveira
Sucessor(a) Herval Soledade
Deputado estadual da Bahia
Período fevereiro de 1955 - janeiro de 1959
Deputado federal pela Bahia
Período fevereiro de 1963 - janeiro de 1967
Dados pessoais
Nome completo Pedro Vilas Boas Catalão
Nascimento 22 de fevereiro de 1914
Ilhéus, Bahia
Morte 15 de abril de 2001 (87 anos)
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Belanísia Vieira Catalão
Pai: Pedro Levirio Catalão
Alma mater Universidade Federal da Bahia
Partido PTB (195-1965)

MDB (1965-1967)

Profissão médico, político

Pedro Vilas Boas Catalão (Ilhéus, 22 de fevereiro de 1914 - 15 de abril de 2001) foi um médico e político brasileiro.[1][2]

Biografias[editar | editar código-fonte]

Filho de Pedro Levirio Catalão e Belanísia Vieira Catalão, Pedro Vilas Boas Catalão nasceu em Ilhéus, no interior do estado da Bahia, no ano de 1914.[3][4] É irmão do também político Eduardo Catalão, Ministro da Agricultura no governo Café Filho e Deputado federal e Senador da Bahia.[5]

Mudou-se para Salvador, capital do estado baiano para realizar seus estudos secundários parte no Colégio Ipiranga e o restante no Centro Educacional Carneiro Ribeiro.[3] Posterior aos estudos básicos, ingressou no curso da Medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, instituto vinculado a Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde formou-se no ano de 1933 e especializou-se posteriormente em Otorrinolaringologia.[1] Em sua passagem pela universidade publicou a tese "Ionização no Tratamento das Superações Articulares".[3]

Após a formação, mudou-se para o estado de Santa Catarina, onde clinicou entre os anos de 1941 e 1944 e posteriormente retornou ao estado baiano, onde medicou até o ano de 1950.[2] Nesse ano, tornou-se prefeito de sua cidade natal, em Ilhéus, sendo eleito da cidade pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), partido de Getúlio Vargas.[6][7] Foi prefeito da cidade até outubro de 1954, quando foi eleito Deputado estadual da Bahia, assumindo o cargo no ano seguinte, onde integrou a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).[1]

Após o término de seu mandato como Deputado estadual, em outubro de 1959, foi eleito Deputado federal pela Bahia ano de 1962.[8] Como legislador federal, ocupou o cargo de titularidade na Comissão de Saúde e suplente na Comissão de Relações exteriores.[3] Na posição de Deputado federal, defendeu o intervencionismo econômico apoiando o monopólio estatal de petróleo da Petrobrás e apoiou as reformas de base, proposta pelo então presidente da república, João Goulart, reformas de caráter esquerdista no plano econômico.[2][9][10]

Com o golpe militar de 1964 e a dissolução dos partidos políticos a partir da resolução do Ato Institucional n.º 5 (AI-5), Catalão ingressou nas fileiras do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar.[2][11][12] Na oposição, concorreu a reeleição ao cargo no ano de 1966, mas angariou apenas a vaga de suplente.[2]

Após a derrota eleitoral de 1966, desligou-se da vida pública e voltou para Ilhéus, onde passou a administrar suas fazendas de produção de cacau na região.[2] Após o retorno a sua cidade de natal, migrou para a cidade de São Paulo onde abriu seu consultório médico, voltando ao exercício da medicina e afastando-se de vez da vida pública.[2]

Morte[editar | editar código-fonte]

Catalão morreu aos oitenta e sete anos de idade, no ano de 2001.[1][3]

Referências

  1. a b c d «Dep. Pedro Catalão». Assembleia Legislativa da Bahia. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  2. a b c d e f g «Pedro Vilas Boas Catalão». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  3. a b c d e «Biografia do(a) Deputado(a) Federal PEDRO CATALÃO». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  4. «Ilhéus». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  5. «Eduardo Vilas Boas Catalão». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  6. «Viaduto Catalão completa 64 anos de inaugurado; futuro do equipamento é incerto». O Tabuleiro. 31 de março de 2019. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  7. «Getúlio Vargas». Faculdade de Educação da Unicamp. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  8. «PL 4636/1962». Câmara dos Deputados do Brasil. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  9. «As reformas de base | CPDOC». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  10. «Reformas de Base unificam a esquerda». Memorial da Democracia. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  11. Andrade, Paulo (1 de abril de 2018). «Início da ditadura militar no Brasil». Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  12. Guia, Marx (9 de dezembro de 2014). «Memória e esquecimento na censura às publicações impressas no período do AI-5» (PDF). Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 9 de fevereiro de 2022