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Pirapetinga

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 Nota: Para o rio de mesmo nome, veja Rio Pirapetinga.

Pirapetinga
  Município do Brasil  
Pirapetinga
Pirapetinga
Pirapetinga
Símbolos
Bandeira de Pirapetinga
Bandeira
Brasão de armas de Pirapetinga
Brasão de armas
[[1]]
Lema Progressista, gentil e altruísta
Gentílico pirapetinguense
Localização
Localização de Pirapetinga em Minas Gerais
Localização de Pirapetinga em Minas Gerais
Localização de Pirapetinga em Minas Gerais
Pirapetinga está localizado em: Brasil
Pirapetinga
Localização de Pirapetinga no Brasil
Mapa
Mapa de Pirapetinga
Coordenadas 21° 39′ 21″ S, 42° 20′ 45″ O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Leopoldina, Recreio, Estrela Dalva, Palma, Santo Antônio de Pádua (RJ)
Distância até a capital 379 km
História
Fundação 1938 (86 anos)
Administração
Prefeito(a) Luiz Henrique Pereira da Costa[1] (PL, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [3] 190,681 km²
População total (Censo IBGE/2010[4]) 10,772 hab.
Densidade 0,1 hab./km²
Clima tropical
Altitude 160 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 36730-000 a 36739-999[2]
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [5]) 0,759 alto
PIB (IBGE/2008[6]) R$ 180 636,043 mil
PIB per capita (IBGE/2008[6]) R$ 17 060,45
Sítio www.pirapetinga.mg.gov.br (Prefeitura)
camaradepirapetinga.mg.gov.br (Câmara)

Pirapetinga é um município do estado de Minas Gerais, no Brasil. Sua população estimada em 2020 é de 10.772 habitantes (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O município localiza-se na Mesorregião da Zona da Mata mineira, junto à divisa com o Estado do Rio de Janeiro. A cidade dista por rodovia 379 quilômetros da capital Belo Horizonte. Coordenadas: 23° 38' 22 latitude sul e 42° 20' 42 longitude oeste. Possui área de 190,681 quilômetros quadrados, na qual estão incluídos a sede e dois distritos: Valão Quente e Caiapó.

Relevo, clima, hidrografia

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A altitude da sede é de 160 metros, e o ponto culminante do município é a Pedra Bonita, com 797 metros de altitude. O clima é do tipo tropical com chuvas durante o verão e temperatura média anual em torno de 23,5 graus Celsius, com variações entre 18°C (média das mínimas) e 31°C (média das máximas).[7]

O município integra a bacia do rio Paraíba do Sul, sendo banhado pelo Rio Pirapetinga, afluente do Paraíba do Sul.

Dados do Censo - 2016

População Total: 26 364

  • Urbana: 22 102
  • Rural: 4 262
  • Homens: 12 562
  • Mulheres: 13 802

(Fonte: IBGE)

Densidade demográfica (hab./km²): 71,8

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 25,4

Expectativa de vida (anos): 86,1

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,2

Taxa de Alfabetização: 83,8%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,759

  • IDH-M Renda: 0,681
  • IDH-M Longevidade: 0,768
  • IDH-M Educação: 0,827

(Fonte: PNUD/2000)

"Pirapetinga" deriva do tupi antigo pirápitinga, que significa "peixes pintados" (pirá, "peixes" + piting, "pintados" + a, sufixo substantivador).[8] Em alusão à etimologia, o brasão da cidade apresenta, como um de seus elementos, um peixe pintado.

Supõe-se que os primeiros habitantes da região onde localiza-se hoje Pirapetinga foram os índios puris. A colonização de origem europeia da área onde hoje se encontra Pirapetinga iniciou-se em 1850 com a chegada de dona Ana Luíza de Assis Silveira, viúva de Manoel João da Silveira, que tomou posse, através de herança deixada pelo seu marido, de parte das terras que formavam a antiga Sesmaria Solidão. Estas posses iam dos contrafortes da Serra Bonita (no Estado do Rio de Janeiro) às terras além do Rio Pirapetinga. À margem oposta do rio Pirapetinga, dona Ana Luíza fixou moradia, mandando construir, em seguida, uma capela dedicada a Santa Ana, onde foi rezada a primeira missa por ocasião de seu aniversário.

Pouco depois, formou-se um núcleo de doze casas próximo à sua residência chamado depois de Sant'Anna do Pirapetinga, onde vieram morar alguns dos seus familiares. Em 1860, chegaram os primeiros posseiros que requereram sesmarias, entre os quais o alferes Gabriel Ferreira de Souza e Antônio Vieira de Souza, que adquiriram terras na Fazenda do Engenho, montando a primeira máquina de beneficiar arroz e café e a primeira serraria. Durante todo o século XIX, a economia da zona da mata mineira girou em torno da produção de café, movida por mão de obra escrava.[9] Mais tarde, uma das herdeiras de Antônio Vieira, dona Pulcena, doou um terreno para a construção da Estrada de Ferro Leopoldina. Nesta época, o então Arraial de Sant'Anna do Pirapetinga deu impulso ao seu desenvolvimento com a instalação de um ramal ferroviário, o Ramal de Pirapetinga, provocando o surgimento de um grande movimento comercial no arraial, concentrando, inclusive, atividades comerciais das localidades adjacentes.

Em função disto, em 1864, Sant'Anna do Pirapetinga foi elevado à condição de distrito do município de Leopoldina. Em 1877, houve uma tentativa frustrada, por questões políticas, de promover a emancipação do distrito. Tempos depois, com a construção de vários ramais ferroviários às cidades vizinhas, Sant'Anna do Pirapetinga deixou de ser o centro comercial e de escoamento da produção, tendo, então, o seu progresso quase que paralisado. O transporte ferroviário entrou definitivamente em declínio com a construção da Rodovia BR-393, que absorveu, praticamente, toda a demanda produtiva da região a qual esta servia, contribuindo para a desativação e extinção do ramal que cortava a cidade nos anos 1960. [10] Em 1938, pelo Decreto-Lei nº 148 de 17 de dezembro, Sant'Anna do Pirapetinga foi elevado à condição de município com a denominação de Pirapetinga. Em 1949, houve a criação do distrito de Caiapó, por ocasião da revisão governamental para o quinquênio 1949/1953. Em 1993, pela Lei Municipal nº 845 de 21 de maio, foi criado o distrito de Valão Quente, também pertencente ao município de Pirapetinga.[11]

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Pirapetinga

Referências

  1. Prefeito e vereadores de Pirapetinga tomam posse; veja lista de eleitos em g1.globo.com
  2. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  3. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  4. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  7. [http://www.almg.gov.br/index.asp?grupo=estado&diretorio=munmg&arquivo=municipios&municipio=51107.
  8. NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigo: a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 594.
  9. Um História Regional: a Zona da Mata Mineira (1870-1906). Disponível em http://www.asminasgerais.com.br/zona%20da%20mata/univlercidades/hist%C3%B3ria/textos/texto4.htm. Acesso em 18 de dezembro de 2015.
  10. «Pirapetinga -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  11. Cidades do meu Brasil. Disponível em http://www.cidadesdomeubrasil.com.br/MG/pirapetinga. Acesso em 17 de dezembro de 2015.

Ligações externas

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