Ronda do Quarteirão
Ronda do Quarteirão foi um programa de segurança pública implementado no Estado do Ceará em novembro de 2007 (e que tem se expandido para outros estados, como o RN), em cinco áreas piloto, e depois expandida. Em 22 de fevereiro de 2008 foi ampliado de 76 para 91 áreas, abrangendo todos os bairros de Fortaleza.[1] Em 12 de junho de 2008 houve a expansão do programa para mais 20 novas áreas de atuação, abrangendo por completo as regiões de Fortaleza, Caucaia e Maracanaú. Em junho de 2009, o Governo do estado implantou o projeto nos municípios de Juazeiro do Norte e Sobral.[2]
En 2017 o Ronda do Quarteirão chegou ao fim e foi substituído pelo RAIO (Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas).[3]
Foi uma das principais promessas de campanha de Cid Gomes nas eleições a Governador.[4]
Custos
[editar | editar código-fonte]No início do programa houve diversas críticas pelo uso de viatura Hilux SW4 no valor estimado de 165 mil reais cada, o que presumiria gastos de mais de 70 milhões em viaturas para implementação do projeto.
Segundo o secretário de segurança Roberto Monteiro, foram gastos 57 milhões para sua implementação.[5]
O governador do Estado do Ceará apresentou, como justificativa dos elevedos gastos em viaturas e equipamentos de última geração, a valorização do policial. Nas palavras do governador Cid Gomes, destaca:
"Temos hoje o que melhor existe no mundo em tecnologia. Estamos sempre procurando avançar. O Ronda conta com viaturas 4x4 equipadas com câmeras, computador de bordo, GPRS, celular, e motos off-road, que servem de apoio" [6]
Balanços
[editar | editar código-fonte]Nos primeiros dois meses houve um balanço do programa em que se criticou o preparo dos policiais no uso do veículo disponibilizado. Policiais novos, entre 18 e 24 anos, e apresentação de altos índices de acidentes envolvendo as viaturas do programa. Entretanto a imprensa divulgou balanço positivo aquele período, com 51 armas de fogo apreendidas e 181 prisões flagrantes.[7]
Metodologia
[editar | editar código-fonte]O sistema consiste em disponibilizar para cada equipe 12 policiais, divididos em três turnos de oito horas. A equipe fica composta em cada turno de oito horas por 3 policiais.[6] 2 deles compondo um viatura Hilux SW4 e uma motocicleta com motociclista de apoio. As duas viaturas, o automóvel e motocicleta, transitam juntas durante o dia. Durante a noite, o componente da motocicleta agrega-se à equipe que transita na Hilux.
As viaturas do ronda do quarteirão ficam limitadas a um perímetro de 1,5 km a 3 km quadrados.[6] Esse pequeno perímetro de cobertura para cada equipe permite um tempo de resposta de 5 min. Como as viaturas são compostas por GPS, as mesmas ficam restritas a esse perímetro delimitado pelo comando operacional. Uma "cerca eletrônica" registra se a viatura sair do seu perímetro. Todas as viaturas são monitoradas em seus deslocamentos.
Tempo de resposta consiste no tempo que leva entre a solicitação de um usuário e a chegada da viatura no local.
Resposta da população
[editar | editar código-fonte]Aos seis meses de Ronda do Quarteirão, o jornal O Povo divulgou que 85% da população está satisfeita com o projeto, ainda que tenha destacado um aumento dos registros de roubos e furtos. Segundo O Povo, houve também um aumento do número de prisões flagrantes como resultado de maior presença policial. E aumento do número de apreensões de armas de fogo em 24,45% em relação ao mesmo período do ano anterior.[8]
Proposta do Governo
[editar | editar código-fonte]Como proposta de aproximação entre policiais e população, a direção desse projeto de segurança pública disponibilizou o telefone de cada viatura em seus respectivos trechos. O objetivo seria diminuir o tempo de resposta ao chamado. O usuário chamando diretamente o celular da viatura, em seu perímetro (máximo de 3 km quadrados), houve diminuição do tempo de resposta em muitos casos, por conta da eliminação do tempo de "retardo" que havia em: registrar a ocorrência no número de emergência (190),devido o tempo de espera ser longo,tendo que aguardar que a operadora do 190 localize a viatura da área, e o tempo que o comando designe que a viatura desloque para local da ocorrência. O solicitante falaria diretamente com o policial mais próximo de si, não haveria intermediário na solicitação para quem assim desejar proceder.
Juntamente com o telefone daquela viatura, a foto dos componentes da equipe e seus nomes são apresentados em um panfleto distribuído nas residências e comércios em cada perímetro. O objetivo do programa, com essa medida, seria que a população se tornasse mais íntima dos policiais de sua área. Todos os moradores daquele perímetro reconheceriam por nome e fotografias os policiais que lhe atenderiam, ou estariam à disposição.
Referências
- ↑ [1]
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 30 de junho de 2009. Arquivado do original em 1 de julho de 2009
- ↑ «CN5». Consultado em 3 de novembro de 2020. Arquivado do original em 3 de novembro de 2020
- ↑ «Jornal O Povo de 06 mar 2007». Consultado em 3 de julho de 2008. Arquivado do original em 30 de abril de 2008
- ↑ [2]
- ↑ a b c http://66.29.2.128/~liguece/index.php?option=com_content&task=view&id=973&Itemid=30[ligação inativa]
- ↑ «JTV Diário 21 de janeiro de 2008». Consultado em 3 de julho de 2008. Arquivado do original em 24 de janeiro de 2008
- ↑ «Jornal O Povo25 de junho de 2008». Consultado em 3 de julho de 2008. Arquivado do original em 28 de junho de 2008