Samba de breque: diferenças entre revisões
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A principal característica do estilo é a pausa no acompanhamento acentuadamente sincopado para uma intervenção declamatória do intérprete.<ref>{{citar livro|autor=DOURADO, Henrique Autran|título=Dicionário de termos e expressões da música|editora=Editora 34|ano=2003|páginas=57|id=}}</ref> Estas paradas bruscas são chamadas breques, designação [[língua portuguesa|abrasileirada]] do [[língua inglesa|inglês]] ''break'', ou seja, para os [[freio]]s de [[automóveis]]. Os "breques" são [[frase]]s apenas faladas que conferem graça e malandragem. Segundo o crítico musical [[Tárik de Souza]], o samba-de-breque é uma variante do picote rítmico do [[samba-choro]].<ref name="CLIQUEMUSIC/SAMBA-DE-BREQUE">[http://cliquemusic.uol.com.br/materias/ver/samba-de-breque A fala se acopla com graça à música] - Cliquemusic, 09 de maio de 2000</ref> |
A principal furico característica do estilo é a pausa no acompanhamento acentuadamente sincopado para uma intervenção declamatória do intérprete.<ref>{{citar livro|autor=DOURADO, Henrique Autran|título=Dicionário de termos e expressões da música|editora=Editora 34|ano=2003|páginas=57|id=}}</ref> Estas paradas bruscas são chamadas breques, designação [[língua portuguesa|abrasileirada]] do [[língua inglesa|inglês]] ''break'', ou seja, para os [[freio]]s de [[automóveis]]. Os "breques" são [[frase]]s apenas faladas que conferem graça e malandragem. Segundo o crítico musical [[Tárik de Souza]], o samba-de-breque é uma variante do picote rítmico do [[samba-choro]].<ref name="CLIQUEMUSIC/SAMBA-DE-BREQUE">[http://cliquemusic.uol.com.br/materias/ver/samba-de-breque A fala se acopla com graça à música] - Cliquemusic, 09 de maio de 2000</ref> |
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'''SAMBA DE BREQUE''' O compositor [[Sinhô]] inseriu três [[redondilha]]s menores constituindo um verso de quinze sílabas em ''"Cansei"'', de [[1929]]: ("`Pois lá ouvi de Deus/ A sua voz dizer/ Que eu não vim ao mundo/ Somente com o fito de eterno sofrer"). A canção seria interpretada por [[Mário Reis]].<ref name="CLIQUEMUSIC/SAMBA-DE-BREQUE">[http://cliquemusic.uol.com.br/materias/ver/samba-de-breque A fala se acopla com graça à música] - Cliquemusic, 09 de maio de 2000</ref> Em [[1933]], foram gravadas duas outras canções que tinham "freiadas". ''"Minha Palhoça"'' (de J. Cascata): "Lá tem troça/ Se faz bossa"; e ''"O Orvalho Vem Caindo"'' (de [[Noel Rosa]] e [[Kid Pepe]]): "...guarda civil/ Que o salário ainda não viu".<ref name="CLIQUEMUSIC/SAMBA-DE-BREQUE"/> Este efeito inspiraria os sambas mais sincopados de [[Geraldo Pereira]].<ref name="CLIQUEMUSIC/SAMBA-DE-BREQUE"/> Saamba de break. |
'''SAMBA DE BREQUE''' O compositor [[Sinhô]] inseriu três [[redondilha]]s menores constituindo um verso de quinze sílabas em ''"Cansei"'', de [[1929]]: ("`Pois lá ouvi de Deus/ A sua voz dizer/ Que eu não vim ao mundo/ Somente com o fito de eterno sofrer"). A canção seria interpretada por [[Mário Reis]].<ref name="CLIQUEMUSIC/SAMBA-DE-BREQUE">[http://cliquemusic.uol.com.br/materias/ver/samba-de-breque A fala se acopla com graça à música] - Cliquemusic, 09 de maio de 2000</ref> Em [[1933]], foram gravadas duas outras canções que tinham "freiadas". ''"Minha Palhoça"'' (de J. Cascata): "Lá tem troça/ Se faz bossa"; e ''"O Orvalho Vem Caindo"'' (de [[Noel Rosa]] e [[Kid Pepe]]): "...guarda civil/ Que o salário ainda não viu".<ref name="CLIQUEMUSIC/SAMBA-DE-BREQUE"/> Este efeito inspiraria os sambas mais sincopados de [[Geraldo Pereira]].<ref name="CLIQUEMUSIC/SAMBA-DE-BREQUE"/> Saamba de break. |
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Samba-de-breque | |
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Origens estilísticas | Samba-choro |
Contexto cultural | Final da década de 1930, no Rio de Janeiro |
Formas regionais | |
Rio de Janeiro, São Paulo | |
Outros tópicos | |
Samba-choro, Moreira da Silva |
Samba-de-breque é o nome de um sub-gênero musical derivado do samba.
Características
A principal furico característica do estilo é a pausa no acompanhamento acentuadamente sincopado para uma intervenção declamatória do intérprete.[1] Estas paradas bruscas são chamadas breques, designação abrasileirada do inglês break, ou seja, para os freios de automóveis. Os "breques" são frases apenas faladas que conferem graça e malandragem. Segundo o crítico musical Tárik de Souza, o samba-de-breque é uma variante do picote rítmico do samba-choro.[2]
SAMBA DE BREQUE O compositor Sinhô inseriu três redondilhas menores constituindo um verso de quinze sílabas em "Cansei", de 1929: ("`Pois lá ouvi de Deus/ A sua voz dizer/ Que eu não vim ao mundo/ Somente com o fito de eterno sofrer"). A canção seria interpretada por Mário Reis.[2] Em 1933, foram gravadas duas outras canções que tinham "freiadas". "Minha Palhoça" (de J. Cascata): "Lá tem troça/ Se faz bossa"; e "O Orvalho Vem Caindo" (de Noel Rosa e Kid Pepe): "...guarda civil/ Que o salário ainda não viu".[2] Este efeito inspiraria os sambas mais sincopados de Geraldo Pereira.[2] Saamba de break.
Pioneiro
O cantor Luiz Barbosa foi o primeiro a trabalhar com o samba-de-breque. Notabilizado como intérprete de samba-canção, o músico macaense ficou também conhecido por marcar o ritmo batucando em um chapéu de palha, que introduzia o intervalo que caracterizaria o samba-de-breque.[3] Como por exemplo, em "Rosalina", (de Haroldo Lobo e Wilson Batista).
Expoente
Quem de fato popularizou e consagrou o estilo foi o cantor carioca Moreira da Silva.[4] No final da década de 1930, Moreira foi cantar o samba "Jogo Proibido", de Tancredo Silva, Davi Silva e Ribeiro da Cunha, no Cine-Teatro Meier.[2] Durante a apresentação, o sambista inseriu versos improvisados nos intervalos, e a iniciativa fez sucesso.[2] Moreira foi aperfeiçoando o estilo com o passar do tempo. O intérprete carioca marcou de vez o estilo ao introduzir um discurso em "Na Subida do Morro"(composta pelo próprio Moreira da Silva e por R.Cunha),[2] e interpretar personagens nos enredos de seus sambas de breque, como o "Kid Morengueira", presente no enorme sucesso "O Rei do Gatilho" (de Miguel Gustavo).[4]
Outros destaques
Outro destaque no estilo foi Jorge Veiga.[5] Ciro Monteiro, Dilermando Pinheiro e Germano Mathias também gravaram sambas-de-breque.[2]
Ver também
- Samba-choro
- Luiz Barbosa
- Moreira da Silva
Referências
- ↑ DOURADO, Henrique Autran (2003). Dicionário de termos e expressões da música. [S.l.]: Editora 34. 57 páginas
- ↑ a b c d e f g h A fala se acopla com graça à música - Cliquemusic, 09 de maio de 2000
- ↑ Luiz Barbosa - Cliquemusic, sem data
- ↑ a b Moreira da Silva - Cliquemusic, sem data
- ↑ Jorge Veiga - Cliquemusic, sem data