Tim Bernardes
Tim Bernardes | |
---|---|
Tim em 2016 | |
Informação geral | |
Nome completo | Martim Bernardes Pereira |
Nascimento | 18 de junho de 1991 (31 anos) |
Local de nascimento | São Paulo, SP Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | Pop rock, MPB, rock alternativo |
Ocupação(ões) | |
Período em atividade | 2009–presente |
Afiliação(ões) | O Terno |
Timóteo Bernardes Pereira, também conhecido como Tim Bernardes (São Paulo, 18 de junho de 1991)[1] é um cantor, produtor e compositor brasileiro. É filho do músico Mauricio Pereira e possui seis discos lançados, quatro sendo como integrante, compositor e cantor da banda O Terno, dois em carreira solo, além de participações em trabalhos em parceria com diversos artistas. Tim Bernardes é um nome consolidado na música indie e na nova música popular brasileira (produções musicais feitas a partir do século XVIII).[2] Seu álbum Recomeçar foi indicado ao Grammy Latino de 2018,[3] ficou em segundo lugar entre os Os Melhores Álbuns de 2017 pela revista Rolling Stones,[4] e em oitavo dentre os Dez Álbuns Fundamentais da Década pela revista O Globo em 2010.[5] Tim Bernardes já se apresentou ao lado de artistas como Arnaldo Antunes, Nando Reis, Tom Zé, Jards Macalé, Tulipa Ruiz, Karina Buhr, Mallu Magalhães, Marcelo Jeneci e Boogarins.[6]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Filho de músico, Tim Bernardes já bem novo demonstrava interesse pela música e aos seis anos de idade foi matriculado para fazer aulas de musicalização. Cresceu no meio musical do pai, trabalhando como técnico de apoio e acompanhando gravações em estúdios. Com o incentivo de seus pais, entrou para a faculdade de música. Em 2009, ao lado de seus dois amigos Guilherme D'Almeida no baixo e Victor Chaves na bateria, montaram a banda O Terno. Após cinco anos de estrada a banda resolveu dar uma pausa em 2017. Durante esse hiato, Tim lança seu primeiro trabalho solo Recomeçar, com canções mais íntimas e que não serviam para o repertório de O Terno.[1]
Tanto em suas composições para as letras de O Terno como para seu álbum solo, Tim Bernardes considera o cenário político social brasileiro e conversa com seus ouvintes a respeito dos sentimentos aflorados a partir dos acontecimentos de 2016 a 2019. Suas composições passam pelo sentimento de culpa do fracasso e do sucesso, do pertencer e sobre se sentir solitário. Ou seja, nota-se em seus trabalhos a relação entre o privado e o coletivo, onde o sujeito melancólico é compreendido, mas também há a tentativa de trazer esse sujeito para a ação.[6]
Carreira[editar | editar código-fonte]
Em 2013, músicas de sua autoria foram gravadas pelo músico Tom Zé, como as canções Papa Perdoa Tom Zé e Zé a Zero.[6]
Já em 2017 o cantor paulista produziu e lançou seu primeiro álbum solo Recomeçar contendo 17 faixas autorais, tendo como referência os Beatles, e os anos 60 e 70 musicais do Brasil.[6]
No ano de 2018 a música Realmente Lindo, de composição própria, foi gravada por Gal Costa no álbum A Pele do Futuro. Contribuições com o refrão e a composição do piano na música Queima Minha Pele,[7] do cantor Baco Exu do Blues, também fazem parte da tragetória do artista.
Em 2019, compôs e gravou em conjunto com o cantor Jards Macalé, o single Buraco da Consolação. Ainda nesse ano gravou a música Sonhei que Tu Estavas Tão Linda,[8] para a trilha sonora da telenovela brasileira Éramos Seis produzida pela TV Globo.
Já em 2021 regravou a canção Baby ao lado de Gal Costa, música composta por Caetano Veloso.[6] Também colaborou na gravação da faixa Gracinha, no album de Manu Gavassi.[9]No segundo semestre do mesmo ano, a sua composição Prudência é lançada no 35° álbum de estúdio de Maria Bethânia, Noturno[10], que apesar de não ter sido escolhida como single, tornou-se a canção mais popular do disco.
Apresentou-se também ao lado de Ana Frango Elétrico no documentário musical 2022 lançado pela HBO Max,[11] série que celebra o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922
Discografia[editar | editar código-fonte]
- Recomeçar (2017)
- Mil Coisas Invisíveis (2022)
Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]
Grammy Latino[editar | editar código-fonte]
Ano | Categoria | Trabalho Indicado | Resultado |
---|---|---|---|
2018 | Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa Em Língua Portuguesa[3] | Recomeçar | Indicado |
Prêmio da Música Brasileira[editar | editar código-fonte]
Ano | Categoria | Trabalho Indicado | Resultado |
---|---|---|---|
2018 | Categoria Revelação Petrobrás[12] | Recomeçar | Indicado |
2023 | Projeto Audiovisual[13] | Mistificar | Pendente |
Prêmio Multishow de Música Brasileira[editar | editar código-fonte]
Ano | Categoria | Trabalho Indicado | Resultado |
---|---|---|---|
2018 | Melhor Disco | Recomeçar[14] | Indicado |
Referências
- ↑ a b «Começar recomeçando - Tim Bernardes sem O Terno». I Hate Flash ⚡. Consultado em 6 de junho de 2022
- ↑ Oliveira, Thais Gimenes [UNESP (7 de março de 2017). «Qual é a nova?: uma discussão sobre a nova música popular brasileira». Aleph: 52 f. Consultado em 19 de junho de 2022
- ↑ a b «Latin GRAMMYs». Latin GRAMMYs (em espanhol). Consultado em 6 de junho de 2022
- ↑ Internet (amdb.com.br), AMDB. «Galeria · Melhores Discos Nacionais de 2017 · Rolling Stone». Rolling Stone. Consultado em 6 de junho de 2022
- ↑ «Dez álbuns fundamentais dos anos 2010: 8 – Recomeçar (Tim Bernardes, 2017)». G1. Consultado em 6 de junho de 2022
- ↑ a b c d e Cupertino da Silva, R., & Valadares Gomes de Mello Vianna, G. (1 de dezembro de 2021). «PROFUNDO / SUPERFICIAL : POLITIZAÇÃO VERSUS ESVAZIAMENTO DO SUJEITO MELANCÓLICO EM CANÇÕES DA BANDA O TERNO». Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/5228. Tropos (38). Consultado em 6 de junho de 2022
- ↑ Oliveira, Juliane Ferraz (20 de dezembro de 2019). «Bluesman – Baco Exu Do Blues: pela criação de novas narrativas possíveis para o sujeito negro». Cadernos CESPUC de Pesquisa Série Ensaios (35): 4–24. ISSN 2358-3231. doi:10.5752/p.2358-3231.2019n35p4-24. Consultado em 6 de junho de 2022
- ↑ «Éramos Seis (2019) trilha sonora volume 2». Teledramaturgia. Consultado em 6 de junho de 2022
- ↑ «Manu Gavassi e a maturidade delicada de 'GRACINHA'». ROCKNBOLD. 30 de novembro de 2021. Consultado em 6 de junho de 2022
- ↑ Biscoito, Fino. «CD - Maria Bethânia - Noturno». www.biscoitofino.com.br. Consultado em 5 de março de 2023
- ↑ Braziliense, Correio (3 de março de 2018). «'2022', produção musical da HBO Max estreia dia 11 de março». Diversão e Arte. Consultado em 6 de junho de 2022. Cópia arquivada em 6 de junho de 2022
- ↑ «Indicados | PMB». Consultado em 6 de junho de 2022
- ↑ «Indicações do 30º Prêmio da Música Brasileira refletem pulverização do mercado fonográfico». G1. Consultado em 26 de abril de 2023
- ↑ «Prêmio Multishow de Música Brasileira 2018». Wikipédia, a enciclopédia livre. 13 de maio de 2022. Consultado em 6 de junho de 2022