Transportes na Região Metropolitana do Recife

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História[editar | editar código-fonte]

A Torre do Zeppelin foi a primeira estação aeronáutica para dirigíveis da América do Sul, e é o único objeto do seu tipo ainda de pé no mundo.[1][2]

O Recife foi palco da inauguração do primeiro sistema urbano de transporte sobre trilhos da América Latina, a chamada Maxambomba (do inglês machine pump). Antes, o sistema de transporte era atendido por canoas e, para os mais abastados, cavalos e carruagens. A viagem de Maxambomba era metade do preço da viagem de carruagem, e findava às 21 horas, fato este que determinou a mudança do fechamento das lojas para o mesmo horário (antes, fechavam às 18h).[3] O itinerário da maxambomba chegou a ter 22 quilômetros de extensão e 20 estações, até que em 1919 foi substituída por bondes elétricos. Em 1960, os bondes foram substituídos por ônibus elétricos. Paralelamente, houve a implantação de transporte por Ônibus. As linhas de trem da Great Western, antecessora da Rede Ferroviária Federal, também faziam o transporte público urbano. Foram substituídas pelo Metrô do Recife.

Entre 1930 e 1938, Recife foi uma das primeiras cidades nas Américas e a primeira do Brasil com conexão direita (non-stop) para a Europa, especialmente para a Alemanha, por meio de dirigíveis. Atualmente Recife tem a única estação de atracação de dirigíveis no mundo preservada em sua estrutura original, a Torre do Zeppelin.

Metrô do Recife, primeiro sistema metroviário do Norte-Nordeste, em funcionamento desde 1985.

Transporte terrestre[editar | editar código-fonte]

O município possui uma frota de aproximadamente 3.000 ônibus, divididos em 14 empresas[4] que transportam diariamente 2 milhões de pessoas[5] e o Metrô do Recife (METROREC), que transporta 205 mil passageiros por dia.[6] As tarifas de ônibus variam entre R$ 3,20 e R$ 4,40 para o serviço comum e de segunda a sábado, e entre R$2,50 e R$4,00 para os serviços opcionais. Aos domingos, a tarifa comum fica entre R$1,60 e R$ 2,20. O metrô tem a tarifa única de 1,60.[7] Recife também conta com 429 ônibus especiais, adaptados com elevadores na porta central para facilitar o acesso dos usuários de cadeira de rodas.[8]

Parque de Esculturas Francisco Brennand, no Porto do Recife.

Recentemente, a cidade recebeu um novo sistema informatizado em seu terminal de ônibus da Avenida Caxangá. O sistema experimental consiste na instalação de rastreadores nos ônibus, que por meio de comunicação permanente com o terminal permitem aos passageiros saberem a hora exata da chegada dos veículos. Os dados são mostrados em telas de LCD localizadas em locais que permitem boa visibilidade.[9]

Devido ao aquecimento da economia brasileira, a cidade tem sofrido um forte aumento no número de automóveis em circulação, o que têm causado problemas para estacionar aos habitantes.[10] De acordo com o relatório do Detran-PE de Março de 2010, o Grande Recife apresenta uma frota de 867 mil veículos.[11] Destes, 43% são emplacados em cidades da RMR, mas circulam pela cidade.

O Aeroporto Internacional do Recife foi considerado o melhor do Brasil e um dos cinco melhores do mundo pela Revista TAM.[12][13]

Transporte marítimo[editar | editar código-fonte]

O Porto do Recife localiza-se no Recife Antigo, ao lado da Praça Rio Branco (Marco Zero). No período holandês, o porto era um dos mais desenvolvidos do Brasil. Atualmente, tem sua base operacional centrada na movimentação de granéis sólidos, compreendendo grãos, clínquer, barrilha e carga geral.

Diferencia-se dos demais portos por situar-se num centro urbano e conseguir operar sem interferir no município. Além do transporte de cargas e matérias-primas, o Porto do Recife vêm consolidando-se como local de atracação de importantes cruzeiros marítimos, impulsionando o turismo.

Transporte aéreo[editar | editar código-fonte]

O Aeroporto Internacional dos Guararapes-Gilberto Freyre, com capacidade anual de 9 milhões de passageiros,[14] conta com 64 balcões de check-in, 11 pontes de embarque, 2.120 vagas de estacionamento e área de compras e lazer com 165 pontos comerciais, seguindo o conceito de Aero Shopping. Segundo a Infraero, é o maior e mais moderno aeroporto do Norte-Nordeste do Brasil e o segundo mais movimentado.[15] Conta com um pátio capaz de receber até 26 aeronaves simultaneamente. Realiza voos domésticos regulares para 19 capitais de estados brasileiros e mais oito grandes cidades brasileiras, além de voos internacionais regulares para países da Europa, África e Américas.

O aeroporto foi citado pela Revista TAM entre os cinco melhores do mundo juntamente com os terminais de Madri (Barajas), Munique (Franz Josef Strauss), Singapura (Changi) e Londres (Heathrow). Segundo a publicação, estes são aeroportos que fazem a viagem valer a pena antes mesmo do embarque.[16]

Transporte fluvial[editar | editar código-fonte]

Está em implantação o primeiro sistema de transporte público fluvial brasileiro no curso do rio Capibaribe, com dois eixos (Norte e Oeste) e sete estações.[17]

Referências

  1. [1]
  2. [2]
  3. Rafael Capanema. «Em Recife, "Machine Pump" virou "Maxambomba"». Consultado em 6 de fevereiro de 2010 
  4. «Operadoras Grande Recife» 
  5. JC Online. «Jornal do Commercio». Consultado em 16 de março de 2012 
  6. Metrorec. «Sobre a Empresa Metrorec». Consultado em 22 de maio de 2009 
  7. «Tarifas Grande Recife». Consultado em 30 de Janeiro de 2011. Arquivado do original em 8 de fevereiro de 2014 
  8. «- Serviços especiais - Grande Recife Transportes» 
  9. [3]
  10. JC Online. «Não há mais onde estacionar no Recife». Consultado em 18 de abril de 2010 
  11. DETRAN-PE. «Frota na Região Metropolitana do Recife» (PDF). Consultado em 18 de abril de 2010. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011 
  12. «Aeroporto do Recife entre os 5 melhores». Arquivado do original em 6 de julho de 2011 
  13. «Airline travellers rate Guayaquil Airport as the Best Regional Airport in South America». Consultado em 21 de novembro de 2012. Arquivado do original em 18 de fevereiro de 2014 
  14. «Aeroporto do Recife tem movimento recorde em janeiro/ano». 21 de fevereiro de 2006. Consultado em 2 de abril de 2010 
  15. «Infraero - Movimento nos Aeroportos». Arquivado do original em 10 de junho de 2010 
  16. [4]
  17. http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2013/09/construcao-de-estacoes-do-corredor-fluvial-do-recife-e-autorizada