Usuário(a):Mathsouza95/Testes

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Artigos e Teses:

http://www.sober.org.br/palestra/9/473.pdf pg.9

http://projeto.unisinos.br/rla/index.php/rla/article/viewFile/27/101 pg. 8

https://publicacao.uniasselvi.com.br/index.php/HID_EaD/article/view/1380/529 pg. 4

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/95039/292650.pdf?sequence=1&isAllowed=y pg. 24

http://www.anpuh-sc.org.br/rch%201%20pdf/PDF_rch1%20art7ecserpa.PDF pg. 1

https://editora.unoesc.edu.br/index.php/coloquiointernacional/article/viewFile/5184/3180 pg. 4

http://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/109/58 pg. 8

http://www.alfredo.com.br/arquivos/gentrop1.pdf pg. 113

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/123754/Economia292783.pdf?sequence=1&isAllowed=y pg. 25

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/78295/230695.pdf?sequence=1&isAllowed=y pg. 14

Revista:

https://issuu.com/revistavisao/docs/rerista_250_anos_lages/79 pgs. 78 - 79

Livros:

O continente das lagens

Lages: história, atualidades, símbolos

História de Santa Catarina

Antônio Correia Pinto de Macedo[editar | editar código-fonte]

Antônio Correia Pinto de Macedo (Correlhã, 12 de Junho de 1719 - Lages, 28 de setembro de 1783) foi bandeirante, fazendeiro e Capitão-Mor regente do "Certão de Curitiba". Filho de Luiz Correia Pinto e Antônia de Sousa Macedo o português casou-se com a brasileira Maria Benta Rodrigues em 1759, sendo que não tiveram herdeiros.[1]

Em 1766 recebeu a incumbência de explorar as terras interioranas entre os atuais estados de São Paulo e Santa Catarina. Em 22 de novembro de 1766 fundou a cidade de Lages, mesmo local onde veio a falecer em 28 de setembro de 1783. Figura marcante à história de Santa Catarina, Antonio de Correia iniciou a colonização do Planalto Catarinense e o desenvolvimento econômico da região, até então pouco explorada.[2]

Primeiro anos[editar | editar código-fonte]

Aos 13 anos sairá de casa, mudando-se para Lisboa. Cerca de 10 meses depois veio ao Brasil, onde tinha familiares. Se estabeleceu em diversas regiões do país. Assim que chegará morou com um tio no Rio de Janeiro. Aos 14 anos de idade foi para Minas Gerais, e aprenderá a lida com o comércio de metais preciosos, como ouro e prata.[3]

Em 1738 se mudou para a região sul do país e iniciou o ofício de criação de gado e tropeirismo.Desde sua chega ao sul até 1759 organizou e participou de traslados de gado, cavalos e muares, por ele criados ou comprados de reduções jesuíticas.[3] Estas viagens iam do Rio Grande de São Pedro a cidade paulista de Sorocaba. [4]

Em uma de suas passagens pela província de São Paulo se casou com Maria Benta de Oliveira, filha de Baltazar Rodrigues e Isabel da Rocha do Canto, em 26 de julho de 1759[3]. Cinco anos antes do casamento, havia recebido porções de terra do Governador do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade, na sesmaria de Rio Grande de São Pedro, próxima a Lages, com comprimento de duas léguas e uma légua de largura.

Na data de 9 de junho de 1766 Correia Pinto fora nomeado Capitão-Mor regente do “Certão de Curitiba”, por Luis Antônio de Sousa, o Morgado de Mateus, com a missão de expandir a capitania de São Paulo.[5]

Ocupação do Planalto Catarinense[editar | editar código-fonte]

Em agosto de 1766 Antonio Correia partira, com sua família, da cidade de São Paulo em direção ao sul. Como protocolo burocrático registrou sua carta-patente de capitão-mor regente no dia 20 de outubro na vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, atual capital do estado do Paraná.

Para cumprir a tarefa que lhe fora incumbida Antônio Correia utilizou uma rota de tropeiros já existente. A rota 'Estrada dos Conventos', ‘Estrada da Mata’, ‘Caminho do Sertão’ ou ‘Estrada Real’ foi traçada por Francisco de Souza Faria, em 1729, na qual ligava a região sul do país ao sudeste. Esta estrada era utilizada no transporte de animais e rota de comércio, tanto que alguns se fixaram em pontos ao longo da estrada.[5]

Nesta estrada, próxima ao rio Canoas, Correia Pinto fundou o povoado de Nossa Senhora dos Prazeres das Lagens no dia 22 de novembro de 1766. Apenas em 20 de julho de 1767 o local foi tipificado como freguesia por religiosos enviados por Morgado Mateus. Em 22 de maio de 1771 acrescida com o título de vila.[5]

Juntamente com Antônio Correia vieram familiares de sua esposa, homens livres e uma grande quantidade de escravos. Segundo dados da época, havia na vila de Nossa Senhora dos Prazeres das Lagens, em 1777, uma população total de 662 pessoas [6] e 191 escravos (deste número, 30 indivíduos pertenciam a Correia Pinto). [4] Apenas uma pessoa era parente de sangue de Correia Pinto, o sobrinho português Antônio de José Miranda.[5]

Como é natural nas terras virgens brasileiras, existiam índios na região. Por lá viviam populações pertencentes aos Kaigangs e Xóklengs. A relação entre tropeiros e indígenas era beligerante. Os índios atacavam as mulheres que lavavam roupas nos rios e os paulistas responderam aos ataques com investidas armadas.[7] Parte da população nativa da região foi morta ou ‘empurrada’ a outras partes do Planalto Catarinense.

Atrelado ao conflito com nativos uma enchente do vilarejo destruiu casas e lavouras. Fatores estes que levaram Correia Pinto a procurar novos redutos, porém deixou no local grupos familiares para que povoassem a região. Em 22 de novembro de 1771 transferiu o povoado para o local onde se constitui, atualmente, a cidade de Lages .[3]

Últimos anos[editar | editar código-fonte]

Antônio Correia Pinto Macedo viveu na cidade de Lages por 17 anos e exerceu o cargo de Capitão-Mor regente do “Certão de Curitiba” até sua morte em 25 de setembro de 1783. Deixou como herança suas casas, propriedades de terra, animais e construções fabris à esposa e parte ao sobrinho.[6]

O posto de mandatário da vila foi entregue a Bento Amaral Gurgel Annes.[5]

Relevância Histórica[editar | editar código-fonte]

Antonio Correia Pinto de Macedo se destaca por ter desbravado e possibilitado o povoamento do interior catarinense. A criação da cidade de Lages atendeu a necessidades da liderança paulista de acrescentar terras ao seu domínio e possibilitou a definição das fronteiras entre as províncias de São Paulo e Rio Grande de São Pedro[5]. Além disso a segurança nacional foi preservada, pois o povoamento impossibilitou investidas espanholas à região.

Economicamente a empreitada possibilitou a consolidação do caminho tropeiro entre Viamão (RS) e Sorocaba (SP)[2],fortalecendo indiretamente a cultura local voltada a criação de animais e ao tropeirismo. A região dispõe de grandes pastagens e florestas de araucária, fato que Antonio Correia percebera na época e viria a ser vital ao ciclo da madeira que a cidade de Lages vivera na primeira metade do século XX. “alem dos diferentes ramos do commercio que d’hali se podem tirar, como nos breus, resinas e alcatrões que se podem extrair de uma quantidade tão prodigiosa de pinheiro" afirmou o bandeirante.[8]

Além da importância factual a missão empreendida por Correia Pinto levou a criação de duas cidades catarinenses, Lages e Correia Pinto. Ambas no Planalto Catarinense.

Homenagens[editar | editar código-fonte]

A atuação de Antônio Correia é reconhecida em homenagens que a ele foram prestadas. O primeiro povoado que ergueu em terras catarinenses leva o seu nome, a cidade de Correia Pinto[9]. O Aeroporto da cidade de Lages também leva o nome do bandeirante como reconhecimento. Além da estátua de feita em bronze localizada na cidade de Lages.[3]

Referências

  1. PEREIRA, CLÁUDIO NUNES (2006). «GENEALOGIA TROPEIRA PARANÁ, SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL. SÉCULOS XVII, XVIII E XIX. VOLUME I» (PDF). Consultado em 17 de novembro de 2017  line feed character character in |titulo= at position 20 (ajuda)
  2. a b CAZELLA; GONÇALVES; CERDAN, ADEMIR ANTONIO; DIOGO ALVIM; CLAIRE. «TRAJETÓRIA DO DESENVOLVIMENTO:REVISITANDO O PASSADO PARA REPENSAR O FUTURO» (PDF). UFSC. Consultado em 17 de novembro de 2017 
  3. a b c d e Prado, Vinícius (2016). «O Fundador». Revista Visão - 250 Anos de Lages 
  4. a b Piazza, Walter (1975). «O Escravo Numa Economia Minifundiária» (PDF). Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina 
  5. a b c d e f Bogaciovas, Marcelo Meira Amaral. «ANTIGOS PROPRIETÁRIOS RURAIS DE LAGES» (PDF) 
  6. a b Pereira, CLÁUDIO NUNES (2006). «GENEALOGIA TROPEIRA PARANÁ, SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL. SÉCULOS XVII, XVIII E XIX.» (PDF). Consultado em 17 de novembro de 2017  line feed character character in |titulo= at position 20 (ajuda)
  7. Miranda, Santos, Silmara Luciane, Dario Moreno Aires (2015). «Povos Indígenas e Tropeiros na Formação da Identidade Cultural Serrana: algumas considerações». Revista Maiêutica 
  8. BASTOS, MAYCON NEYKIEL (2011). «O MUNICÍPIO DE LAGES NO CENÁRIO ECONÔMICOINDUSTRIAL DA REGIÃO SERRANA DE SANTA CATARINA» (PDF)  line feed character character in |titulo= at position 52 (ajuda)
  9. «Correia Pinto» (PDF). IBGE