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Catedral Basílica
de
São Bento
Estilo dominante Colonial
Barroco
Início da construção 1928
Religião Catolicismo Romano
Diocese Diocese de Marília
Ano de consagração 1974
Geografia
País  Brasil
Cidade Marília, SP
Coordenadas 22° 12' 53" S 49° 56' 46" O

A Catedral Basílica de São Bento é a catedral da Diocese de Marília. Localiza-se Avenida Pedro de Toledo, 901, centro do município de Marília, Estado de São Paulo.

Em 2017 o Bispo Diocesano era Dom Luiz Antônio Cipolini.

A sua construção começou em 1928. Em estilo Colonial e Barroco, a Basílica traz na sua fachada o Escudo Basilical, e é pintada externamente nas cores branca e azul, cores comuns da época da colonização.

A Catedral foi a primeira das paróquias da cidade, tornando-se na época a igreja matriz de Marília. Posteriormente, a matriz de São Bento, transformou-se na Igreja Catedral Basílica de São Bento Abade, sede da Diocese de Marília.[1] São Bento, padroeiro da Paróquia, também é padroeiro da cidade.

História[editar | editar código-fonte]

A criação da Paróquia[editar | editar código-fonte]

Lançamento da Pedra fundamental, 1928

Dentre todas as Paróquias da Diocese de Marília, São Bento é de criação mais antiga. Na verdade, a primeira Capela de Marília foi a de Santo Antônio, mas São Bento foi a primeira Paróquia criada em toda a extensão do território de Diocese.

No dia 12 de outubro de 1928, “foi enviada a Sua Excia. Revma. Dom Carlos Duarte da Costa, Bispo de Botucatu e, na ocasião, Admi­nistrador Apostólico da recém-criada Diocese de Cafelândia, uma re­presentação popular pedindo a criação da Paróquia de Marília. ”[2]  

A Capela São Bento, que passou a ser Matriz ao ser criada a Paróquia, era de tábua, e se localizava na quadra anterior da Praça Maria Isabel entre as Ruas Sergipe e 9 de julho. Neste mesmo ano aconteceu o lançamento da Pedra Fundamental.

A Pedra Fundamental da atual Basílica foi no dia 1 ° de maio de 1928. Presidiu a cerimônia o Padre Arnaldo Goetz.

"Após a Missa e o almoço em que tomaram parte inúmeras pes­soas gradas da localidade, deu-se a cerimônia do lançamento da primeira pedra do Templo, depositando-se na urna a ata seguinte: “Á Primeiro de Maio do ano de hum mil novecentos e vinte e oito, da era de Nosso Senhor Jesus Cristo, sendo Bispo Diocesano Dom Carlos Duarte da Costa, governador desta Diocese de Cafelândia, e presidente da República o Dr. Washington Luís Pereira de Souza e Presidente do Estado de S. Paulo, o Dr. Júlio Prestes, nesta cidade de Marilia, realizou-se a solenidade da bênção e lançamento da Pedra Fundamental da Matriz de São Bento.”

O Vigário de Cafelândia, a cuja Diocese pertencia Marília, Cône­go Arnaldo Goetz, após a cerimônia da Bênção convidou o Sr. Bento de Abreu Sampaio Vidal, neste ato representado pelos seus filhos, Dr. Joaquim de Abreu Sampaio Vidal e Paulo de Abreu Sampaio Vidal a procederem a cerimônia do lançamento da Pedra.

Finda esta, o Cônego leu a presente ata, que vai assinada por todos os presentes e se destinará, conjuntamente com números da imprensa diária e moedas da época, a ficar depositada numa urna nos alicerces da Matriz. Marília, 1° de maio de 1928”[2]

Primeira Santa Missa, 1929

A criação da Paróquia se deu por Decreto de Dom Ático Euzébio da Rocha, a 15 de junho de 1929. O primeiro Vigário, Padre Antô­nio da Graça Cristina, já tomara posse anteriormente aos 3 de fevereiro de 1929, época em que a Diocese de Cafelândia, recém-criada, era governada por Dom Carlos Duarte como Administrador Apostólico.

As primeiras atividades[editar | editar código-fonte]

Aos 31 de Março desse mesmo ano houve a Primeira Turma de Primeira Comunhão.

Nos "Dados Estatísticos da Diocese de Cafelândia" de 1939, encontram-se os nomes das Associações existentes na Matriz de São Bento: Apostolado da Oração, com 450 membros, a Pia União das Filhas de Maria com 65, a Congregação Mariana com 90, a Associação de São José com 390, a Liga do Menino Jesus com 130 crianças, a Conferência Vicentina com 20, o Roupeiro Santa Rita com 12 e a Associação da Doutrina Cristã com 16.

Até 1936, a Paróquia de São Bento era a única na cidade de Marília, e contava entre suas capelas: Pompéia, Santana (hoje Herculândia), Quintana, Tupã, Parnaso.

Data de 15 de janeiro de 1934 a instalação do Colégio, hoje Instituto Sagrado Coração de Jesus, também situado nesta Paróquia, e já na sua fundação contava com 15 Irmãs.[2]

Sob o patrocínio da Paróquia da São Bento surgiram preciosas obras sociais e de caridade: a construção do Asilo, hoje Lar São Vicente e de seu patrimônio nas vizinhanças da Santa Casa, o Albergue Noturno, as Conferências Vicentinas, a Santa Casa de Misericórdia, o Prédio da Ju­ventude Católica, as escolas gratuitas, o prédio do cinema paroquial, o Roupeiro Santa Rita, a Gota de Leite, a sopa São José, etc.

O Monsenhor Luiz Octávio Bicudo de Almeida fundou o Semanário "Folha Paroquial”, no dia 24 de fevereiro de 1946. Era muito apre­ciado e mais tarde, por algum tempo, publicou as circulares e os avisos do Governo Diocesano.

Sinos da Paróquia[editar | editar código-fonte]

Em 29 de Junho de 1950 foram colocados no campanário da igreja três grandes sinos: o primeiro, foi doação da cidade de Marília. O segundo, doação da Comunidade São Bento e o terceiro, doação do pároco Monsenhor Bicudo; num total de 1.500 quilos de bronze.

No maior deles, com a gravura de São Bento, está a inscrição em Latim "UT CANTET GLORIAM TUAM, DOMINE, TODA DIE" (Para cantar tua glória Senhor, todos os dias).

Nos outros dois sinos estão as gravuras de Jesus Cristo e de Santa Rita.

Criação da Diocese[editar | editar código-fonte]

Em 16 de fevereiro de 1952 é criada a Diocese de Marília por sua Santidade o Papa Pio XII. A Igreja Matriz de São Bento Abade foi elevada à “Catedral de São Bento” (sede episcopal). Era, então, bispo de Cafelândia Dom Henrique Gelain, que foi nomeado pelo Papa como “Administrador Apostólico” da nova Diocese.

No dia 12 de outubro de 1952 era instalada a Diocese de Marília.

A pintura artística da Catedral[editar | editar código-fonte]

Foto de 2004, por Sebastião Carvalho Leme

No Curato de Monsenhor Geraldo Majela do Amaral Teixeira, houve a notável pintura da Catedral por Dom Agostinho Caputi, Monje Sistercinse da Itália.

Em 15 de agosto de 1974, foram consagrados por Dom Hugo Bressane de Araújo, bispo consagrante, e por Dom Daniel Tomasella, OFMcap, a Catedral e de seu artístico altar. 

Elevação à Basílica[editar | editar código-fonte]

Sua elevação à Basílica ocorreu no dia 7 de dezembro de 1975, coincidindo com a inauguração da reforma da praça, que se tomou um cartão de visita da cidade. Foi um pedido feito a Santa Sé por Dom Hugo Bressane de Araújo nos últimos meses de seu governo, que foi concedido nos primeiros meses após a posse de Dom Daniel Tomazella. Esse título constitui assim um presente de Dom Hugo à Catedral antes de deixar de ser o Bispo Diocesano.

Também no Curato de Monsenhor Geraldo Majela, a Catedral ganhou de Dom Hugo Bressane de Araújo o relicário preciosíssimo, vindo de Roma, como também adquiriu uma artística urna para a guarda do Santíssimo na Quinta-Feira Santa.[3]

Com 17.313 votos a Catedral Basílica de São Bento foi escolhida em 2009 pela população como ícone que representaria a cidade, projeto desenvolvido pela TV TEM, afiliada TV Globo, para celebrar os 80 anos de Marília.[4]

Reformas[editar | editar código-fonte]

Altar da Capela do Santíssimo

No ano de 1985 foi realizada uma ampliação no centro comunitário São Bento e construídas as salas de catequese, completando um projeto antigo.

Entre os anos de 1998 a 2000 a Catedral passou por uma reforma completa: foi trocado o telhado, nova rede elétrica substituiu a antiga já insuficiente; e foi instalado um novo sistema de som. Finalmente houve a troca do piso de mosaicos já bem deteriorados, por piso de granito, igualmente, um bonito barrado de um metro de altura em toda a igreja. Houve também a reforma das escadarias e colocação de rampas nas laterais da igreja.

Em 17 de fevereiro 2012 foi reinaugurada a Capela do Santíssimo, em meio ao 60º aniversário da Diocese de Marília, com a cerimônia de consagração do altar presidida por Dom Osvaldo Giuntini.[4]

Em junho de 2013 foi adquirido o novo órgão eletrônico de marca americana Rodgers.

Em setembro de 2015 foi inaugurada a reforma dos fundos da igreja, para onde foi transferido a secretaria paroquial, desocupando assim a antiga casa na Av. Nelson Spielman.

Em abril de 2017 foi finalizada a reforma da sacristia.

Séries de Vigários da Paróquia[editar | editar código-fonte]

Padre Antonio da Graça Cristina

Monsenhor Adauto Casimiro da Rocha

Padre Luiz Paseto(Encarregado)

Padre Luiz Octavio Bicudo de Almeida

Monsenhor Manuel Gonzales

Monsenhor Geraldo Majela do Amaral Teixeira

Padre Abdias Lopes da Silva

Cônego Antonio Flumignan;

Padre Wagner Antonio Montoz

Padre Clécio Ribeiro

Padre José Orandi da Silva (Administrador atual)

Bispos[editar | editar código-fonte]

Em 08 de fevereiro de 1954, sua Excia. Revma. Dom Hugo Bressane de Araújo, até então Arcebispo Coadjutor de Belo Horizonte, foi nomeado Administrador Apostólico da Diocese de Marília, tomando posse a 21 de Março de 1954, então Festa de São Bento. Em 07 de outubro de 1954, Dom Hugo Bressane de Araújo é nomeado primeiro Bispo de Marília.

No dia 06 de setembro de 1969 Dom Daniel Tomasella, OFMcap é nomeado Bispo Auxiliar de Marília e em 23 de abril de 1975, Bispo Diocesano de Marília, pelo Papa Paulo VI.

Em 12 de setembro de 1982, Dom Osvaldo Giuntini é sagrado Bispo Auxiliar de Marília. Em virtude da renúncia de Dom Daniel Tomasella, OFMcap, Dom Osvaldo Giuntini assume como Bispo Diocesano de Marília no dia 09 de dezembro de 1992.

No dia 8 de maio de 2013, o então padre Luiz Antônio Cipolini foi nomeado bispo diocesano de Marília pelo Papa Francisco, sendo ordenado bispo no dia 7 de julho de 2013, no Centro de Integração Comunitária (CIC) em São João da Boa Vista. Sua posse foi no dia 4 de agosto de 2013 no Ginásio de Esportes de Marília.[5]

Datas históricas[editar | editar código-fonte]

1° de maio de 1928 - Lançamento da Pedra Fundamental

1 ° de maio de 1929 - Primeira Missa

15 de junho de 1929 - Criação da Paróquia

31 de Março de 1929 - Primeira turma da Primeira Comunhão

29 de Junho de 1950 - Colocados no campanário da igreja três grandes sinos

16 de fevereiro de 1952 - Criação da Diocese de Marília e elevação da Paróquia a sede episcopal - Catedral de São Bento

15 de agosto de 1974 - Consagração do templo e do altar mor - Dedicação da Catedral

7 de dezembro de 1975 - Elevação à Basílica


Ficheiro:Igreja São Bento - 1950 (interior).jpg
Interior da Catedral Basílica de São Bento na década de 1950

Referências

  1. «Comissão de Registros Históricos da Câmara Municipal de Marília». Consultado em 5 de agosto de 2017 
  2. a b c Moreira, Balthazar de Godoy; Magalhães, Alcides L. (1936). Marília, Cidade Nova e Bonita. Marília: [s.n.] 
  3. Tóffoli, Monsenhor João Baptista (1977). Caminhando, Construímos - Livro comemorativo do Jubileu de Prata da Diocese de Marília. Marília: [s.n.] pp. 46–47 
  4. a b «iParóquia». www.iparoquia.com. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  5. «Diocese de Marília». Wikipédia, a enciclopédia livre. 13 de maio de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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