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Wagner Aquino

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(Redirecionado de Wagner Valente de Aquino)
Wagner
Informações pessoais
Nome completo Wagner Valente de Aquino
Data de nasc. 16 de abril de 1969 (55 anos)
Local de nasc. Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade brasileira
Apelido "Tanque" [1]
Informações profissionais
Clube atual Apucarana
Posição Treinador
(ex-atacante)
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1988-1990
1990
1990-1993
1993-1995
1996
1997
1997-1998
1998
1998
1999
1999-2000
2001
2005
America
Baden
Fluminense
Internacional
Santa Cruz
Paysandu
Belenenses
Paysandu
Universidad Católica
Paysandu
São José-RS
America
CFZ
Times/clubes que treinou
2015
2017-
Grêmio Araponguense
Apucarana
Última atualização: 2 de abril de 2018

Wagner Valente de Aquino (Rio de Janeiro, 16 de abril de 1969) é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante e tinha então 1,84 m e 79 Kg. Como futebolista, era mais conhecido apenas como Wagner.[2][3] Atualmente, exerce a profissão de técnico de futebol do Apucarana, sendo conhecido como Wagner Aquino.[4]

Como jogador, foi visto como bom cabeceador e dotado de oportunismo e senso de colocação na grande área.[2] Teve destaque relativo por America, Fluminense e em especial no Paysandu.

Carreira de futebolista

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Wagner começou no America, clube que defendeu entre 1988 e 1990.[2] Quando começou, o clube havia recentemente sido semifinalista do Brasileirão de 1986, mas, em 1987, a despeito da ótima campanha nacional no ano anterior, o time foi ignorado pelo Clube dos 13 quando este organizou a edição de 1987. A equipe recusou-se a fazer parte do módulo amarelo, organizado pela CBF, por considera-lo uma segunda divisão, perdendo todos os jogos por W.O.. No ano seguinte, tal como já havia ocorrido em 1987, brigara contra o rebaixamento no estadual de 1988.[5]

Em compensação à ausência no módulo principal em 1987, o America foi incluído no lugar da Inter de Limeira na elite do Brasileirão de 1988.[6] Enfraquecidos, os rubros desde o início estiveram fadados a um rebaixamento que terminou se consumando, não voltando mais, desde então, a disputar a primeira divisão nacional.[5]

Na campanha, Wagner participou de oito partidas, estreando em 23 de novembro em derrota de 2-0 para o Santos. Marcou seu primeiro gol na rodada seguinte, sendo o primeiro do empate em 1-1 com o Criciúma em São Januário - os catarinenses empataram aos 42 minutos do segundo tempo e venceram nos pênaltis. Wagner também marcou em derrota de 3-2 para o Corinthians e na vitória por 1-0 sobre o Santa Cruz.[7]

Fluminense e Internacional

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Wagner foi jogar no Baden (Suíça) na temporada 1990/1991,[2] voltando em seguida ao Rio de Janeiro para defender o Fluminense, onde estreou em 6 de outubro de 1991. Em 89 jogos como tricolor, teve 42 vitórias, 25 empates e 22 derrotas (aproveitamento de 56,55%), marcando 37 gols, uma média de 0,42 por partida.[8]

Teve destaque na campanha finalista da Copa do Brasil de 1992. Nela, Wagner marcou no primeiro jogo da decisão o segundo gol da vitória por 2-1 dos cariocas sobre o Internacional, nas Laranjeiras. O jogo da volta foi no Rio Grande do Sul e o Inter terminou campeão ao, premiado pelo gol fora de casa, vencer por 1-0 ao converter um pênalti polêmico assinalado aos 42 minutos do segundo tempo no Beira-Rio;[9] em 2005, o adversário Pinga admitiria publicamente que a penalidade que teria sofrido do tricolor Souza não existira, apenas um contato mínimo e insuficiente para derruba-lo sem que o próprio colorado se jogasse no chão.[1]

O lance foi bastante contestado pelos visitantes e seguiu por décadas como uma ferida aberta, a ponto de o árbitro José Aparecido de Oliveira chegar a ser retirado do avião que usaria após a partida, coincidentemente o mesmo do Fluminense - Wagner teria sido um dos jogadores derrotados revoltados com a presença de José Aparecido.[10] Quando as mesmas equipes duelaram pelas semifinais da Copa Libertadores da América de 2023, Wagner ainda remoía a polêmica, em depoimento dado ao site Trivela após ter reassistido, na semana anterior, a final de 1992.[1]

No ano seguinte, o Fluminense venceu o primeiro turno do campeonato estadual de 1993. O Vasco da Gama venceu o segundo turno e na decisão Wagner foi autor do primeiro gol tricolor na vitória por 2-1 na segunda partida. O rival, porém, terminou campeão por ter vencido a primeira por 2-0 e segurado o 0-0 na terceira. O jogador rumou em agosto de 1993 ao próprio Internacional, sendo visto como contratação destacada no início da trajetória de Paulo Roberto Falcão como treinador colorado,[2] para o Brasileirão daquele ano. Nesse torneio realizou cinco partidas, com um gol marcado.[7] Campeão estadual de 1994,[3] realizou somente uma partida no Brasileirão seguinte, sem marcar. No Brasileirão de 1995, foram dez partidas e dois gols de Wagner pelo Inter.[7] Ele rumou em 1996 ao Santa Cruz.[11]

Em 1997, Wagner esteve no Paysandu, no primeiro semestre. Na ocasião, o clube padecia de um longo jejum no clássico Re-Pa. Ele estreou no duelo precisamente no último confronto de um tabu de 33 jogos, a derrota de virada por 3-1 em 7 de maio, chegando a levar cartão amarelo, ocasião em que o rival Remo também faturou o primeiro turno do estadual de 1997. Wagner, por outro lado, marcou o segundo gol da vitória por 2-0 no confronto que encerrou a série, em 7 de junho.[12] O gol, marcando já aos 40 minutos do segundo tempo com Wagner invadindo a área e acertando um forte chute, garantiu uma vitória que quase escapara cinco minutos antes - o rival havia acabado de desperdiçar um pênalti, com a cobrança e seu rebote sendo defendidos pelo goleiro Claudecir. No finzinho, Wagner ainda foi substituído por Zé Aleixo.[13]

O Remo, porém, adiante confirmaria o título estadual, em um pentacampeonato paraense inédito no profissionalismo. Com nove gols, Wagner foi o artilheiro do vice-campeão Paysandu, além de ficar a três gols da artilharia geral do campeonato.[14] Ele não ficou ficou em Belém do Pará para o segundo semestre, rumando ao futebol português para defender o Belenenses na temporada 1997-98. Voltou ao Paysandu em 1998. Dessa vez, o clube superou anos de descrédito faturando de forma invicta o estadual de 1998, tendo em Wagner o artilheiro do torneio, com doze gols, mesmo estreando já na oitava rodada da campanha, em 1 de abril.[15]

Dois desses gols de Wagner vieram em vitória por 3-0 no clássico com a Tuna Luso no jogo seguinte, pelo triangular final do primeiro turno. Chegou a marcar três na vitória por 5-1 sobre o São Francisco e outros três em 6-0 sobre o Bragantino, além de abrir o placar na vitória por 3-1 no jogo final, em nova vitória no Re-Pa.[15] Apesar da invencibilidade alviazul, na ocasião o rival jogava pelo empate para ser novamente campeão. E os azulinos abriram o marcador, aos 20 minutos, com Wagner empatando seis minutos depois. No lance, ajeitou com o pé esquerdo e arrematou com o direito um chute violento no canto, após receber passe do meia Luís Carlos, a recuperar a bola em falha a zaga adversária. Ainda no primeiro tempo, veio o gol da virada. O terceiro veio já aos 33 minutos da segunda etapa.[16]

Após o título, Wagner esteve em 1998 vinculado à Universidad Católica, chegando juntamente com o compatriota Edu Manga à equipe chilena. Porém, terminou jogando pouquíssimo em função de uma lesão.[17] Retornou novamente o Paysandu em 1999,[18] ano em que jogou quatro vezes o Re-Pa. Porém, dessa vez foi derrotado em três, marcando um gol, na derrota de 2-1 na primeira das três partidas da decisão do estadual daquele ano. O "Papão" venceu a segunda pelo mesmo placar, e na terceira o rival, vencendo por 1-0, terminou campeão.[19] Cerca de vinte anos depois, Wagner assim lembraria de sua carreira no clube paraense, em depoimento dado em 2017 à revista oficial do Paysandu:[18]

Final da carreira

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Ainda em 1999, Wagner voltou ao Rio Grande do Sul, dessa vez para defender o São José-RS. Em 2001, regressou ao America, chegando a ter como colega de ataque outro veterano, Sorato.[20] O time ficou a dois pontos do rebaixamento. Wagner encerrou a carreira no CFZ em 2005.

Após encerrar a sua carreira como jogador, Wagner seguiu carreira no futebol como técnico, sendo conhecido a partir daí como Wagner Aquino. Em 2015, trabalhou no Grêmio Araponguense.[21] Desde 2017 está no Apucarana.[4]

Fluminense
Internacional
Paysandu
Individual

Referências

  1. a b c d BLOIS, Caio (4 de outubro de 2023). «A final da Copa do Brasil de 1992 é desejo de vingança do Fluminense contra o Inter na Libertadores». Trivela. Consultado em 4 de outubro de 2023 
  2. a b c d e Internacional (setembro de 1993). Placar n. 1087. São Paulo: Editora Abril, pp. 82-85
  3. a b c Internacional (agosto de 1995). Placar n. 1106-B - Especial "Guia do Brasileiro 1995". São Paulo: Editora Abril, pp. 52-55
  4. a b «Wagner Aquino assume como técnico do Apucarana Sports». Apucarana Sports. Consultado em 13 de março de 2018 
  5. a b DO VALLE, Emmanuel (16 de fevereiro de 2017). «O último brilho do America, semifinalista do Campeonato Brasileiro de 1986». Trivela. Consultado em 2 de abril de 2018 
  6. LEAL, Ubiratan (15 de maio de 2007). «Crise, revolução e traição». Trivela. Consultado em 2 de abril de 2018 
  7. a b c Placar - CD-ROM "História Do Brasileirão de 1971 A 2001"
  8. Ricardo de Freitas Lima. «Estatísticas Fluminense. Jogadores. Letra W - Wágner - 1993». Fluzão.info. Consultado em 13 de março de 2018 
  9. LEAL, Ubiratan (9 de dezembro de 2016). «Pra esquentar! Confira duelos históricos entre Flu e Internacional». Lance!. Consultado em 2 de abril de 2018 
  10. SÁ, Edgard Maciel de; CAVALIERI, Rafael (25 de abril de 2012). «Ferida aberta: ex-tricolores reclamam de derrota para o Internacional em 92». Globo Esporte. Consultado em 2 de abril de 2018 
  11. «Time de 1996». Arquivo Coral. 24 de outubro de 2019. Consultado em 26 de setembro de 2023 
  12. DA COSTA, Ferreira (2015). 1997. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 178-179
  13. «Nos embalos de sábado a noite». Campeão dos Campeões - Revista Oficial do Paysandu n. 18. 2014. Consultado em 2 de abril de 2018 
  14. DA COSTA, Ferreira (2013). 1997 - Remo levanta o segundo Pentacampeonato de sua história. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 284-288
  15. a b c d DA COSTA, Ferreira (2013). 1998 - Ricardo Rezende comanda a recuperação do Paysandu, campeão invicto. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 289-292
  16. «Qual foi o jogo inesquecível do Paysandu para você? - Wagner». Campeão dos Campeões - Revista Oficial do Paysandu n. 32. 2017. Consultado em 2 de abril de 2018 
  17. «Todos los brasileños que han estado en clubes de Primera en los últimos 20 años». Pelotudos. Consultado em 2 de abril de 2018 
  18. a b c «Campeão invicto». Campeão dos Campeões - Revista Oficial do Paysandu n. 19. Consultado em 3 de abril de 2018 
  19. DA COSTA, Ferreira (2015). 1999. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 182-185
  20. «América-RJ terá ataque experiente». Terra. 2 de março de 2001. Consultado em 13 de abril de 2018 
  21. REIS, Raul César dos (30 de janeiro de 2015). «Grêmio araponguense apresenta distintivo e anuncia dois reforços». TN Online. Consultado em 2 de abril de 2018