Apeadeiro de Freixo de Numão

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Freixo de Numão
Apeadeiro de Freixo de Numão
Freixo de Numão - Mós do Douro, em 2006
Identificação: 11247 FNU (Freixo Numão)[1]
Denominação: Apeadeiro de Freixo de Numão
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[2]
Classificação: A (apeadeiro)[1]
Tipologia: D [2]
Linha(s): Linha do Douro (PK 162+962)
Altitude: 120 m (a.n.m)
Coordenadas: 41°8′4.72″N × 7°12′40.23″W

(=+41.13464;−7.21118)

Mapa

(mais mapas: 41° 08′ 04,72″ N, 7° 12′ 40,23″ O; IGeoE)
Município: border link=Vila Nova de Foz CôaVila Nova de Foz Côa
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Vesúvio
Régua
P-Campanhã
P-São Bento
  IR   Pocinho
terminal

Equipamentos: Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Inauguração: [quando?]
Diagrama:
Website:
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Apeadeiro de Freixo ou Estação Ferroviária de Freixo de Espada à Cinta.

O apeadeiro de Freixo de Numão, originalmente denominado de Freixo, e também chamado de Freixo de Numão - Mós do Douro e de Freixo de Numão - Mós, é uma interface da Linha do Douro, que serve as localidades de Freixo de Numão e Mós, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, em Portugal.

A estação de Freixo de Numão em 2014, vista a partir do Rio Douro.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Localização e acessos[editar | editar código-fonte]

Situada em local isolado em meio rural,[3] esta interface dista mais de onze quilómetros da localidade nominal primária, mormente via EN324, com declive total considerável.[4] A localidade nominal secundária é mais próxima, mesmo assim situando-se a mais de seis quilómetros, via EN324 e EM614.[5]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Como apeadeiro numa linha de via única, esta interface tem uma só plataforma, que tem 146 m de comprimento e 50 cm de altura,[2] configuração assaz reduzida em comparação com a de décadas anteriores.[6] O edifício de passageiros, em desuso, situa-se do lado norte da via (lado esquerdo do sentido ascendente, a Barca d’Alva).[7][8]

Serviços[editar | editar código-fonte]

Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipos regional e inter-regional, com seis circulações diárias em cada sentido, entre Pocinho e Régua ou Porto-Campanhã ou Porto - São Bento.[9]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Linha do Douro § História

Este apeadeiro encontra-se no lanço entre as estações de Tua e Pocinho da Linha do Douro, que abriu à exploração no dia 10 de Janeiro de 1887.[10]

Em 1901, o conselho de administração dos Caminhos de Ferro do Estado ordenou a realização de um estudo sobre as ligações rodoviárias às suas estações e apeadeiros, tendo-se apurado que no caso de Freixo estava em construção um ramal da Estrada Real n.º 34 que iria servir a estação, faltando ainda construir cerca de 12 km.[11]

No Século XX, a estação teve um grande movimento, devido em parte à proximidade das ligações para Barca d’Alva e para a Linha do Sabor.[12] Durante o período do Estado Novo, foi concluída a estrada entre a estação e a povoação de Freixo de Numão.[13] Num artigo na Gazeta dos Caminhos de Ferro de 16 de Janeiro de 1953, o jornalista Guerra Maio relatou que tinha sido recentemente criada uma carreira de autocarros até à estação de Freixo de Numão, que fazia parte de uma rede de serviços rodoviários na margem Sul do Douro.[14]

Em 1913, ostentava a categoria de estação, e era denominada de Freixo.[15] Em 1979, a denominação já tinha sido alterada para Freixo de Numão,[16] mas devido à sua maior proximidade em relação a Mós do Douro, a população desta localidade pediu para alterar o nome da estação,[12] pelo que, em 1984, já se chamava de Freixo de Numão - Mós do Douro.[17] Posteriormente, a Rede Ferroviária Nacional voltou a alterar o nome da estação, para Freixo de Numão - Mós.[18]

Estação de Freixo de Numão em 2011

Na década de 1980, o armazém de mercadorias anexo à estação foi distruido num incêndio.[3] Até[quando?] pelo menos, 1988, esta interface mantinha a classificação de estação,[8] tendo sido despromovida à de apeadeiro antes de 2011.[1]

Em 25 de Dezembro de 2009, a circulação foi suspensa no lanço da Linha do Douro entre Tua e o Pocinho, tendo sido organizado um transporte alternativo de autocarros e táxis, sendo estes últimos empregues nos apeadeiros com acessos mais difíceis, incluindo Freixo de Numão.[19]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
  3. a b Paula Figueiredo (2002); Ana Filipe (2010): Apeadeiro de Freixo de Numão na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural
  4. «Cálculo de distância rodoviária (41,1346; −7,2113 → 41,0675; −7,2218)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 20 de outubro de 2023 : 11 280 m: desnível acumulado de +623−196 m
  5. «Cálculo de distância rodoviária (41,1346; −7,2113 → 41,1115; −7,2035)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 20 de outubro de 2023 : 6320 m: desnível acumulado de +283−133 m
  6. Sinalização da estação de Freixo de Numão” («Diagrama do Anexo n.º 73 à I.T. n.º 28»), década de 1980
  7. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  8. a b Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  9. Horário Comboios : Linha do Douro : Porto ⇄ Régua ⇄ Pocinho («Horário em vigor desde 06 de julho de 2023»)
  10. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 9 de Janeiro de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  11. SOUSA, José Fernando de (16 de Março de 1903). «A Viação Ordinária e as linhas do estado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 16 (366). p. 81-82. Consultado em 9 de Fevereiro de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  12. a b VIEGAS, 1988:142
  13. MAIO, José da Guerra (16 de Março de 1950). «A infeliz linha do Douro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 63 (1494). p. 17-20. Consultado em 9 de Fevereiro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  14. MAIO, Guerra (16 de Janeiro de 1953). «Ainda o caso da carreira de Almendra» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 65 (1562). p. 459-460. Consultado em 9 de Fevereiro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  15. «Douro - Barca d'Alva, Pocinho, Tua, Regoa, Porto». Guia Official dos Caminhos de Ferro de Portugal (168). Lisboa: Gazeta dos Caminhos de Ferro. Outubro de 1913. p. 109. Consultado em 22 de Maio de 2013 – via Biblioteca Nacional de Portugal 
  16. «Horário de Verão 1980» (PDF). Caminhos de Ferro Portugueses. 21 de Julho de 1980. p. 43. Consultado em 22 de Maio de 2013 – via O Comboio em Portugal 
  17. «Horário de Verão 1984» (PDF). Caminhos de Ferro Portugueses. 1 de Junho de 1984. p. 45. Consultado em 22 de Maio de 2013 – via O Comboio em Portugal 
  18. «Freixo de Numão - Linha do Douro». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 8 de Janeiro de 2020 
  19. «Autocarro e táxis substituem comboio da Linha do Douro entre Tua e Pocinho». Jornal de Notícias. Dezembro de 2009. Consultado em 5 de Fevereiro de 2020 [ligação inativa] 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • VIEGAS, Francisco José (1988). Comboios Portugueses. Um Guia Sentimental. Lisboa: Círculo de Editores. 185 páginas 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre o Apeadeiro de Freixo de Numão

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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