Arnon de Melo
Arnon de Mello | |
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Governador Alagoas | |
Período | 1951-1956 |
Antecessor(a) | Silvestre Péricles |
Sucessor(a) | Muniz Falcão |
Senador Alagoas | |
Período | 1963-1983 |
Antecessor(a) | Afrânio Lages |
Sucessor(a) | Carlos Lyra |
Dados pessoais | |
Nascimento | 19 de setembro de 1911 Rio Largo, Alagoas |
Morte | 29 de setembro de 1983 (72 anos) Maceió, Alagoas |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Cônjuge | Leda Collor de Melo |
Partido | UDN, PDC, ARENA, PDS |
Profissão | advogado, jornalista |
Arnon Afonso de Farias Mello (Rio Largo, 19 de setembro de 1911 — Maceió, 29 de setembro de 1983) foi um jornalista, advogado, político e empresário brasileiro[1], pai de Fernando Collor de Mello, ex-presidente do Brasil, e de Pedro Collor de Mello.
Dados biográficos
Filho do senhor de engenho Manuel Afonso de Melo e de Lúcia de Farias Melo.[1] Estudou em Maceió até mudar-se para o Rio de Janeiro em 1930 onde trabalhou como jornalista em A Vanguarda, jornal fechado pela Revolução de 1930. Advogado formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1933, trabalhou no Diário de Notícias e nos Diários Associados antes da graduação e após esta trabalhou na Associação Comercial do Rio de Janeiro e também no Diário Carioca e em O Jornal. Em 1936 assumiu a direção da Gazeta de Alagoas e foi membro do conselho diretor da Associação Brasileira de Imprensa.
Carreira política
Após o fim do Estado Novo ingressou na UDN e foi eleito suplente de deputado federal em 1945 e exerceu o mandato mediante convocação.[1] Por esta mesma legenda foi eleito simultaneamente deputado federal e governador de Alagoas em 1950, optando por este último cargo onde cumpriu um mandato de cinco anos.[1]
Retornou à vida política pelo PDC sendo eleito senador em 1962 ingressando na ARENA após a decretação do bipartidarismo pelo Regime Militar de 1964. Reeleito pelo voto direto em 1970, foi reconduzido ao mandato como senador biônico em 1978. Ao falecer estava filiado ao PDS, no qual ingressou em 1980.
Após sua morte a cadeira foi ocupada por Carlos Lyra.
Assassinato no Congresso
Em 4 de dezembro de 1963 disparou três tiros contra o senador Silvestre Péricles, seu inimigo político, dentro do Senado Federal.[2] O senador Péricles estava na tribuna, a cinco metros de distância, e não foi atingido; Arnon de Melo acertou erroneamente um tiro no peito do senador José Kairala, do Acre, que morreu em seu primeiro dia de trabalho. Apesar do assassinato, e ainda que tenha sido dentro do Senado Federal, na presença de inúmeras autoridades, Arnon de Melo não teve seu mandato cassado nem qualquer punição imposta pela Mesa.[3]
Logo após o tiroteio ambos Senadores foram presos em flagrante, porém, mesmo com o homicídio e as testemunhas, ficaram presos pouco tempo e foram inocentados pelo Tribunal do Júri de Brasília.[4]
Obras publicadas
- Os sem trabalho da política (1931)
- São Paulo venceu (1933)
- África – Viagem às colônias portuguesas e à África inglesa (1940)
- Uma experiência de governo (1958)
Ver também
Referências
- ↑ a b c d «Senado Federal do Brasil, período 1963-1983: Arnon de Melo». Consultado em 10 de março de 2013
- ↑ O Estado de S. Paulo. «Senado já teve até assassinato em plenário». Consultado em 4 de agosto de 2009
- ↑ «Simon diz que teve medo...». O Globo. 4 de agosto de 2009. Consultado em 4 de agosto de 2009. Arquivado do original em 6 de agosto de 2009
- ↑ http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/curiosidades/historia/primeiro-senador-a-ser-preso-assassinou-parlamentar-dentro-do-plenario-do-congresso-18713.asp
- Nascidos em 1911
- Mortos em 1983
- Governadores de Alagoas
- Senadores de Alagoas
- Deputados federais de Alagoas
- Empresários de Alagoas
- Senadores biônicos do Brasil
- Fernando Collor de Mello
- Naturais de Rio Largo
- Assassinos
- Família Collor de Mello
- Membros da União Democrática Nacional
- Membros da Aliança Renovadora Nacional
- Alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro