Ciranda

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Mestra Penha Cirandeira (PB), uma das mais célebres cirandeiras.

Ciranda é um tipo de brincadeira que envolve dança, música e canto originária das regiões da Paraíba e Pernambuco.[1][2][3] Na Paraíba existem grandes mestras e mestres como Penha Cirandeira, Tina, Dona Edite, Cida, Vó Mera, Mestre Cícero, Mestre Mané Baixinho (Em memória), Odete de Pilar, dentre outros. Em Pernambuco algumas grandes referências são Mestre Baracho,[3] Lia de Itamaracá, Mestre Anderson Miguel, etc.[4]

Grandes expoentes do folguedo são: Odete de Pilar, Penha Cirandeira e Lia de Itamaracá.

Sua origem provém de Portugal[nota 1] e popularizou-se em Pernambuco nas décadas de 1960 e 1970, suplantando o coco, que era mais dançado nos terreiros e nos quintais,[5] sendo influenciado por este em sua dança.

Música[editar | editar código-fonte]

O ritmo, quaternário simples, lento, com o compasso bem marcado por um toque grave da zabumba (ou bumbo) na cabeça do compasso e toques abafados nos outros tempos, acompanhado pelo tarol, o ganzá, o maracá,[4] é coreografado pelo movimento dos cirandeiros. São utilizados normalmente instrumentos de percussão.

Dança[editar | editar código-fonte]

Na marcação do zabumba, os cirandeiros pisam forte com o pé esquerdo à frente. Num andamento para a direita na roda de ciranda, os dançarinos dão dois passos para trás e dois passos para a frente, sempre marcando o compasso com o pé esquerdo à frente.[3] Os passos podem ser simples ou coreografados.

As coreografias, quando há, são individuais. O dançarino pode aumentar o número de passos e fazer coreografias com as mãos e o corpo, sempre mantendo a marcação com o pé esquerdo à frente. "A Ciranda é uma dança comunitária que não tem preconceito quanto a sexo, cor, idade, condição social ou econômica dos participantes,[3] assim como não há limite para o número de pessoas que dela podem participar. Começa com uma roda pequena que vai aumentando, à medida que as pessoas chegam para dançar, abrindo o círculo e segurando nas mãos dos que já estão dançando. Tanto na hora de entrar como na hora de sair, a pessoa pode fazê-lo sem o menor problema. Quando a roda atinge um tamanho que dificulta a movimentação, forma-se outra menor no interior da roda maior." [3][6][7]

Letra[editar | editar código-fonte]

A letra da ciranda pode ser improvisada ou já conhecida. De melodia simples e normalmente com estribilho, para facilitar o acompanhamento, é entoada pelo mestre cirandeiro, acompanhada pelos tocadores e pelos dançarinos.

Notas e referências

Notas

  1. DINIZ, Jaime. Ciranda: roda de adultos no folclore pernambucano. Revista do Departamento de Extensão Cultural e Artística. Recife, 1960. - apud:[5]

Referências

  1. «Ciranda (dança)». Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular. Consultado em 2 de março de 2023 
  2. «Ciranda: história e origens». Consultado em 1 de março de 2023 
  3. a b c d e Gaspar, Lúcia (6 de agosto de 2009). «Ciranda». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 2 de março de 2023 
  4. a b Pernambuco Cultural. «Ciranda». Consultado em 1 de março de 2023 
  5. a b Callender, Débora (maio de 2013). «Histórias da Ciranda: Silêncios e possibilidades». Publicações UERJ. Consultado em 2 de março de 2023 
  6. «Pernambucobeat - O que é Ciranda». Consultado em 16 de outubro de 2009. Arquivado do original em 31 de agosto de 2010 
  7. «Danças folclóricas: Ciranda». Consultado em 16 de outubro de 2009. Arquivado do original em 28 de março de 2010 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]