Cymatium femorale

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaCymatium femorale
Vista superior da concha de C. femorale. Espécime de Guadalupe, Caribe.
Vista superior da concha de C. femorale. Espécime de Guadalupe, Caribe.
Vista inferior da concha de C. femorale. Espécime de Guadalupe, Caribe.
Vista inferior da concha de C. femorale. Espécime de Guadalupe, Caribe.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Littorinimorpha
Superfamília: Tonnoidea
Família: Cymatiidae
Género: Cymatium
Röding, 1798[1]
Espécie: C. femorale
Nome binomial
Cymatium femorale
(Linnaeus, 1758)[1]
Sinónimos
Murex femorale Linnaeus, 1758
Lotorium lotor Montfort, 1810
Triton lotorium Lamarck, 1816
(WoRMS)[1]

Cymatium femorale (nomeada, em inglês, angular triton)[2][3] é uma espécie de molusco gastrópode marinho, encontrada no oeste do Atlântico tropical, pertencente à família Cymatiidae.[4] Foi classificada por Carolus Linnaeus, em 1758; descrita em sua obra Systema Naturae como Murex femorale (no gênero Murex), sendo a espécie-tipo do gênero Cymatium[1][5]; com o termo "Oceâno Asiático" citado como região de coleta de seu tipo nomenclatural.[6] Está listada no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, publicado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.[7]

Descrição da concha[editar | editar código-fonte]

Conchas entre 21.2[3] a 24[8] centímetros de comprimento, quando desenvolvidas (geralmente com até 15 centímetros)[6], com coloração de amarelo-castanha a castanho-avermelhada, fortemente esculpidas por um relevo de cordões espirais nítidos; dotadas de mais de uma variz, 5 no total, e com o lábio externo engrossado, sulcado de manchas castanhas e brancas e com suas bordas dotadas de calosidades e com projeções pontudas grosseiras, no topo superior do lábio externo. Espiral mais ou menos alta, com 8 a 9 voltas. Apresentam um opérculo castanho, menor que sua abertura.[4][8][9][10][11]

Distribuição geográfica e habitat[editar | editar código-fonte]

Esta espécie está distribuída pelo golfo do México, sul da Flórida (Estados Unidos), Bahamas e mar do Caribe, incluindo leste da Colômbia e Venezuela, até a costa brasileira, da Bahia até região sul do Brasil (Santa Catarina).[1][2][4][9] Ocorre em bentos da zona nerítica até os 150[3][4] metros de profundidade.

Diferenciação entre espécies[editar | editar código-fonte]

Cymatium femorale pode ser confundida com outra espécie em sua área de ocorrência, Cymatium raderi D'Attilio & Myers, 1984; porém sua concha é geralmente menor e suas varizes apresentam calosidades ou projeções espinescentes, sendo mais suaves em raderi; que também apresenta abertura mais larga. Por um longo período ambas as espécies estiveram confundidas.[12][13]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e «Cymatium femorale (Linnaeus, 1758)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  2. a b ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 120. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  3. a b c «Cymatium femorale (Linnaeus, 1758) angular triton» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  4. a b c d RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 87. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  5. «Cymatium Röding, 1798» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  6. a b «Cymatium femorale (L., 1758)». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  7. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (2018). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (PDF). Volume 1. Brasília: ICMBio/MMA. p. 467. 492 páginas. ISBN 978-85-61842-79-6. Consultado em 31 de outubro de 2019 
  8. a b «Cymatium (Cymatium) femorale» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  9. a b «Cymatium femorale (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Jacksonville Shell Club. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  10. Marcoquillages (13 de janeiro de 2014). «Cymatium femorale (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  11. Marcoquillages (5 de maio de 2017). «Cymatium femorale (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  12. Miller, Jim. «Cymatium raderi D'Attilio and Myers, 1984 (left) / Cymatium femorale (Linnaeus, 1758) (right)» (em inglês). Jacksonville Shell Club. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  13. «RANELLIDAE - Cymatium raderi x Cymatium femorale» (em inglês). Femorale. 1 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2019