Dryadula phaetusa

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaDryadula phaetusa
D. phaetusa, vista superior.
D. phaetusa, vista superior.
D. phaetusa, vista inferior.
D. phaetusa, vista inferior.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Heliconiinae[1]
Tribo: Heliconiini[2]
Género: Dryadula
Michener, 1942[1]
Espécie: D. phaetusa
Nome binomial
Dryadula phaetusa
(Linnaeus, 1758)[1]
D. phaetusa, em repouso.
Sinónimos
Papilio phaetusa Linnaeus, 1758
Colaenis phaetusa Stichel, [1908]
Colaenis phaerusa (sic) Godman & Salvin, [1881][1]
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Dryadula phaetusa (denominada, em inglês, Banded Longwing)[3] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae[1], nativa dos Estados Unidos[4] e México até o sul do Brasil e Uruguai.[5] É a única espécie do seu gênero (táxon monotípico). Foi classificada por Carolus Linnaeus, com a denominação de Papilio phaetusa, em 1758.[1] Suas lagartas atacam algumas espécies de Passiflora.[5]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Indivíduos desta espécie possuem as asas de dimensões harmoniosas e de coloração laranja, vistas por cima, com pouco mais de 85 milímetros de envergadura[3], com 6 faixas escuras lhes atravessando; 2 delas formadas pelo contorno das asas posteriores.[6] Vistos por baixo, sua principal característica é um padrão de faixas em diversos tons que vão do marrom, principalmente nas asas posteriores, passando pelo mesmo laranja da face superior, ao salmão bem pálido, quase branco.[7][8][9] Apresentam leve dimorfismo sexual, sendo as fêmeas mais pálidas, até amareladas, do que os machos.[5]

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Segundo Adrian Hoskins, esta espécie pode ser encontrada em muitos habitats e em qualquer altitude até 1.000 metros, voando em trilhas de florestas úmidas e decíduas, mas também comumente encontradas em áreas abertas e antrópicas, como clareiras florestais, pastagens, ao longo das margens dos rios e estradas. Os machos têm um lugar regular para se empoleirar, normalmente se decidindo sobre um tronco ou coto de árvore, perto da borda da floresta, voltando várias vezes para o mesmo local, depois de ser perturbados. No início da tarde, eles patrulham em busca de fêmeas. Se alimentam de substâncias retiradas de flores como a Lantana camara e o Asclepias curassavica.[2] Frequentemente empoleiram-se embaixo de folhagens para dormir.[5][10]

Ovo, lagarta, crisálida e planta-alimento[editar | editar código-fonte]

Realiza sua postura em plantas do gênero Passiflora e seus ovos são colocados individualmente em diversas partes da planta. Inicialmente, eles são de coloração amarela. Suas lagartas, ao eclodirem, passam por cinco estágios até, em seu último estágio larvar, variarem do cinza alaranjado à cor de chumbo escuro[5], apresentando prolongamentos espiniformes e uma cabeça de coloração amarelada.[11] A crisálida é cinzenta em sua coloração e apresenta dois prolongamentos cefálicos, como chifres.[5][12]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

Dryadula phaetusa não possui uma diferenciação em subespécies, porém Stichel, em 1908, a dividiu em forma stupenda (do Panamá), lutulenta e deleta (do Paraguai).[1]

Referências

  1. a b c d e f g Savela, Markku. «Dryadula / Dryadula phaetusa» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  2. a b Hoskins, Adrian. «Banded Longwing - Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  3. a b PALO JR., Haroldo (2017). Butterflies of Brazil / Borboletas do Brasil, volume 2. Nymphalidae 1ª ed. São Carlos, Brasil: Vento Verde. p. 908-909. 1.728 páginas. ISBN 978-85-64060-10-4 
  4. «Banded Orange Heliconian (Dryadula phaetusa (em inglês). NABA South Texas. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  5. a b c d e f Silva, Denis S. da; Kaminski, Lucas A.; Dell'Erba, Rafael; Moreira, Gilson R. P. (Dezembro de 2008). «Morfologia externa dos estágios imaturos de heliconíneos neotropicais : VII. Dryadula phaetusa (Linnaeus) (Lepidoptera, Nymphalidae, Heliconiinae. Revista Brasileira de Entomologia. Vol. 52, n. 4 (LUME - Repositório Digital - UFRGS). pp. 500–509. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  6. Davis, Kim; Stangeland, Mike (2005). «Dryadula phaetusa, vista superior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  7. Davis, Kim; Stangeland, Mike (2005). «Dryadula phaetusa, verso» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  8. Ouimet, Marie-Andréee (12 de março de 2014). «Dryadula phaétusa» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  9. «Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  10. Almeida, Almir Candido de (24 de julho de 2011). «Borboletas Dryadula phaetusa preparando-se para dormir». Flickr. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  11. El Bosque Nuevo (15 de setembro de 2006). «Dryadula phaetusa» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 
  12. El Bosque Nuevo (7 de junho de 2002). «Dryadula phaetusa» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 30 de outubro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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