Electra (álbum)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Não confundir com Elektra (álbum) (de RPM).
Electra
Electra (álbum)
Álbum de estúdio de Alice Caymmi
Lançamento 27 de maio de 2019 (2019-05-27)[1][2][3][4]
Gravação Red Bull Station, São Paulo[4]
Gênero(s) MPB[4][5]
Duração 32:39[4]
Idioma(s) Português
Formato(s)
Gravadora(s) Joia Moderna[1][2]
Produção
Cronologia de Alice Caymmi
Dizem Que Sou Louca
(2019)
Imaculada
(2021)
Singles de Electra
  1. "Diplomacia"
    Lançamento: 27 de maio de 2019 (2019-05-27)

Electra é o quarto álbum da cantora brasileira Alice Caymmi, lançado em 27 de maio de 2019. Foi produzido pela própria Alice com DJ Zé Pedro,[1] que a ajudou a escolher o repertório, e gravado em apenas dois dias.[6][7]

Antecedentes e divulgação[editar | editar código-fonte]

O álbum tem Alice cantando sozinha e acompanhada por um piano.[4] A primeira vez que a cantora se apresentou neste formato foi em agosto de 2014, quando realizou um espetáculo denominado "Um Piano Bar no Inferno" com Helio Flanders.[8]

Exatos quatro anos depois, ela repetiria o formato em um show realizado em Salvador, Bahia,[1] com o nome "Para minha tia Nana", devido ao fato de boa parte do repertório consistir em canções da carreira de Nana Caymmi, sua tia. Na época desses shows, ela já anunciava a intenção de lançar um disco de voz e piano.[8]

Sobre o clima geral do disco, ela declarou em uma entrevista ter comentado com o produtor DJ Zé Pedro que ela "não estava com clima para fazer disco ou show dançante no momento atual do Brasil."[7]

Para promover Electra, a cantora estreou em junho um espetáculo com direção de Paulo Borges e figurino de Alexandre Herchcovitch[9][10] cuja estética reproduz a que foi utilizada no clipe de "Diplomacia", divulgado no dia 24 de maio.[4] O show foi dividido em três atos: "Tragédia", "Revolução" e "Futuro".[9]

Conceito[editar | editar código-fonte]

Neste trabalho Alice evoca o trágico mito grego Electra,[1] princesa de Micenas, filha de Agamemnon e Clitemnestra.[2][3][4] A capa do álbum apresenta Alice de cabeça raspada, em chamas e com uma adaga em mãos, representando o mito.[2][1][3][4]

Sobre o simbolismo em volta da obra, a cantora afirmou:[7]

Quanto à transformação desde o último disco até este, ela diz:[10]

Recepção da crítica[editar | editar código-fonte]

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
Mauro Ferreira 4.5 de 5 estrelas.[5]
Miojo Indie 8 de 10 estrelas.[6]
Folha de S.Paulo 4 de 5 estrelas.[11]

Escrevendo em seu blog no G1, Mauro Ferreira afirmou que "Alice Caymmi enfia a faca no peito de repertório que sangra feridas abertas(...) sem exagerar no drama do teatro de músicas como 'Medo'" e disse ainda que a cantora o faz "com segurança vocal que a põe em primeiro plano no time de cantoras da geração 2010 da música brasileira". Ele finalizou chamando Electra de "surpreendente, não exatamente na forma e tampouco no impacto, (...) mas na atitude da cantora."[5]

O fundador do Miojo Indie, Cleber Facchi, criticou em sua análise aspectos como o "falso" sotaque português em "Medo" e a maneira como "Me Deixa Mudo" "parece romper com a atmosfera densa que orienta a experiência do ouvinte durante toda a execução da obra, gerando um propositado desconforto". Contudo, ele afirmou que "cada fragmento do disco sintetiza a capacidade da artista em fazer de versos assinados por diferentes compositores a base para um registro particular, sempre doloroso" e que "sobrevive no minimalismo dos arranjos e repertório pouco convencional a passagem para uma obra maior e mais complexa a cada nova audição".[6]

Para Thales de Menezes, da Folha de S.Paulo, o disco passa a sensação de ser a evolução de Rainha dos Raios (2014) devido ao fato de em ambos haver "uma forte inventividade na recriação de canções de outros autores." Ele também destacou o fato do repertório privilegiar canções não muito conhecidas de artistas consagrados e elogiou o trabalho de Itamar: "(...) tece uma base impecável para o repertório. Suas escolhas são fundamentais para provar como Caymmi é uma cantora diferenciada na nova geração." Thales finalizou dizendo que "'Electra' não deve inibir seu lado compositora, mas é um disco de intérprete que mostra como está acima da média do que se canta no Brasil hoje."[11]

Faixas[editar | editar código-fonte]

N.º TítuloCompositor(es) Duração
1. "De Qualquer Maneira"   3:27
2. "Diplomacia"   2:11
3. "Areia Fina"   3:17
4. "Mãe Solteira"   3:49
5. "Medo"  
  • Reinaldo Ferreira
2:17
6. "Fracassos"   5:17
7. "Pelo Amor de Deus"   3:26
8. "Pedra Falsa"   4:00
9. "Me Deixa Mudo"   1:32
10. "Aperta Outro"   3:23
Duração total:
32:39[4]

Créditos[editar | editar código-fonte]

Segundo post no Instagram oficial da cantora[12]

Referências

  1. a b c d e f Ferreira, Mauro (21 de maio de 2019). «Alice Caymmi encarna o trágico mito grego de Electra na capa do quarto álbum». G1. Consultado em 29 de maio de 2019 
  2. a b c d Araujo, Guilherme (22 de maio de 2019). «Alice Caymmi revela capa e data de estreia de "Electra", seu novo álbum». Papel Pop. Consultado em 29 de maio de 2019 
  3. a b c Gois, Ancelmo (21 de maio de 2019). «Alice Caymmi raspa a cabeça para lançar 'Electra'». O Globo. Consultado em 29 de maio de 2019 
  4. a b c d e f g h i «Alice Caymmi lança novo álbum, 'Electra'». Correio Braziliense. 27 de maio de 2019. Consultado em 29 de maio de 2019 
  5. a b c Ferreira, Mauro (27 de maio de 2019). «Alice Caymmi espeta tradições da música brasileira com a atitude e o repertório do álbum 'Electra'». Blog do Mauro Ferreira. Grupo Globo. Consultado em 14 de julho de 2019 
  6. a b c Facchi, Cleber (4 de junho de 2019). «Crítica - "Electra", Alice Caymmi». Miojo Indie. Consultado em 14 de julho de 2019 
  7. a b c Brito, Hagamenon (10 de junho de 2019). «Alice Caymmi lança Electra e diz entender o gênio forte da tia Nana». Correio. Rede Bahia. Consultado em 14 de julho de 2019 
  8. a b Ferreira, Mauro (4 de fevereiro de 2019). «Alice Caymmi arquiteta disco de voz e piano com repertório formado por regravações». G1. Grupo Globo. Consultado em 13 de julho de 2019 
  9. a b Barros, Adriana de (7 de junho de 2019). «Alice Caymmi apresenta "Electra", em São Paulo, com direção de Paulo Borges». UOL Entretenimento. Grupo Folha. Consultado em 14 de julho de 2019 
  10. a b «Alice Caymmi lança Electra, seu quarto álbum da carreira». Jornal do Comércio. 10 de junho de 2019. Consultado em 15 de julho de 2019 
  11. a b Menezes, Thales de (31 de maio de 2019). «Alice Caymmi vai à essência de cada canção em novo disco». Folha de S.Paulo. Grupo Folha. Consultado em 14 de julho de 2019 
  12. Caymmi, Alice (27 de maio de 2019). «ELECTRA. Eu vejo como um dos lançamentos mais». Instagram. Facebook. Consultado em 13 de julho de 2019