Glyptostrobus

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaGlyptostrobus
Ocorrência: Cretáceo superior–Recente
Folhagem fossilizada de Glyptostrobus (49 milhões de anos, estado de Washington, EUA).
Folhagem fossilizada de Glyptostrobus (49 milhões de anos, estado de Washington, EUA).
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Pinophyta
Classe: Pinopsida
Ordem: Cupressales
Família: Cupressaceae
Género: Glyptostrobus
Endl.[1]
Espécies
Folhagem de Glyptostrobus pensilis, a única espécie extante do género.

Glyptostrobus é um pequeno género de coníferas pertencente à família Cupressaceae, com uma única espécie extante, Glyptostrobus pensilis, mas a que pertenciam algumas espécies do Terciário, presententemente extintas.[2]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Glyptostrobus é um pequeno género de coníferas da família Cupressaceae (anteriormente colocado na família Taxodiaceae[2]). A única espécie extante é Glyptostrobus pensilis, uma árvore nativa das resgiões subtropicais do sueste da China, de Fujian para oeste até ao sueste de Yunnan, ocorrendo em pequenas populações isoladas no norte do Vietname e na província de Borikhamxai, no nordeste do Laos junto à fronteira com o Vietname.[3][4]

O género anteriormente tinha uma distribuição natural muito ampla, cobrindo a maior parte do Hemisfério Norte, incluindo o alto Ártico no Paleoceno e Eoceno. Os mais antigos fósseis conhecidos foram datados como oriundos do final do Cretáceo e foram encontrados na América do Norte. As espécies que integravam este géneros contribuíram abundantemente para os pântanos carboníferos da era Cenozóica. A distribuição do género foi reduzida à sua área actual antes e durante as idades do gelo do Pleistoceno.[5]

A única espécie sobrevivente, Glyptostrobus pensilis, é uma árvore de médio a grande porte (mesofanerófito a megafanerófito), atingindo os 30 m de altura e um diâmetro de tronco de até 1 m, possivelmente mais. As folhas são decíduas, dispostas em espiral, mas torcidas na base para ficar em duas fileiras horizontais, com 5–20 mm de comprimento e 1–2 mm de largura, mas com apenas 2–3 mm de comprimento e em forma de escama nos rebentos da parte superior da copa. As pinhas (cones) em forma de pera, com 2–3 cm de comprimento e 1-1,5 cm de diâmetro, mais largas próximo do ápice, são verdes ganhando uma coloração amarelo-acastanhada com a maturação. Abrem quando maduras para liberar pequenas sementes aladas com 5–20 mm de comprimento.

O habitat típico daquela espécie são as margens de rios, lagoas e pântanos, crescendo em águas com até 60 cm de profundidade. Tal como o género relacionado Taxodium, quando cresce na água esta espécie produz joelhos de cipreste, grandes pneumatóforos radiculares que ajudam a transportar oxigénio para as raízes.

A espécie está quase extinta na natureza devido ao corte excessivo para colheita da sua valiosa madeira perfumada e resistente à podridão. Contudo, é amplamente plantada ao longo das margens dos arrozais, onde as suas raízes ajudam a estabilizar as margens, reduzindo a erosão do solo.[6] Parece não restar número significativo de plantas selvagens na China e poucas das que se conhecem no Vietname estão em condições de produzir sementes.[7] Uma população destes ciprestes foi descoberta recentemente no centro do Laos.[8]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Glyptostrobus Endl.». Germplasm Resources Information Network. United States Department of Agriculture. 17 de julho de 2007. Consultado em 14 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 6 de junho de 2011 
  2. a b «Glyptostrobus pensilis (Chinese Water Fir)». www.iucnredlist.org. Consultado em 6 de fevereiro de 2011 
  3. Nguyễn Đúc Tố Luu, Philip Ian Thomas, 2004. Conifers of Vietnam. 94 pp. Centre for Ecology & Hydrology, NERC, UK.
  4. Leonid V. Averyanov, Ke Loc Phan, Tien Hiep Nguyen, Sinh Khang Nguyen, Tien Vinh Nguyen and Thuy Duyen Pham, 2009. Preliminary Observation of Native Glyptostrobus pensilis (Taxodiaceae) Stands in Vietnam. Taiwania, 54(3): 191-212 Arquivado em 2012-03-20 no Wayback Machine.
  5. LePage, B.A. 2007. The Taxonomy and Biogeographic History of Glyptostrobus. Bulletin of the Peabody Museum of Natural History, 48(2): 359-426. doi:10.3374/0079-032X(2007)48[359:TTABHO]2.0.CO;2
  6. (em inglês) Glyptostrobus pensilis em Flora of China
  7. «Another leap towards the Barometer of Life». International Union for the Conservation of Nature. 10 Novembro 2011 
  8. McGuire, D. (28 May 2015). Saving the Endangered Chinese Swamp Cypress. Earth Island Journal. Retrieved 15 June 2019.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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