Glória Magadan

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Glória Magadan
Nome completo María Magdalena Iturrioz y Placencia
Nascimento 1920
Havana,  Cuba
Morte 27 de junho de 2001 (81 anos)
Miami,  Flórida,  Estados Unidos
Nacionalidade cubana
Ocupação Telenovelista

Glória Magadan, nome artístico de María Magdalena Iturrioz y Placencia (Havana, 1920Miami, 27 de junho de 2001) foi uma autora de telenovelas nascida em Cuba e radicada no Brasil.

Biografia

Após a Revolução Cubana de 1959, Glória Magadan refugiou-se em Porto Rico, onde consegue emprego na estação de TV local Telemundo e acaba sendo contratada pela agência publicitária da Colgate-Palmolive para desenvolver telenovelas patrocinadas pela empresa.

Pouco depois é enviada para trabalhar na Venezuela, e em 1964, é transferida para o Brasil para produzir telenovelas. Ainda em 1964, auxiliada por Walter George Durst e por Daniel Más, inicia a produção de telenovelas para a TV Tupi. São desta época tramas como Gutierritos, o Drama dos Humildes, A Cor de Sua Pele e A Outra. No fim de 1965 é contratada pela TV Globo do Rio de Janeiro, na qual desenvolve telenovelas exóticas e superproduções. Em 1966, reescreve em uma nova versão da telenovela Eu Compro Esta Mulher, que a própria autora escrevera em 1960 para a Telemundo. Esta nova versão é vendida para uma TV da Argentina em 1968. Ainda faz O Sheik de Agadir (1966), A Sombra de Rebeca (1967) entre outras.

Em 1967, após o fracasso de Anastácia, a Mulher sem Destino, inicialmente escrita por Emiliano Queiroz, mas ainda sob sua supervisão, ela convida a autora Janete Clair, que estava realizando Paixão Proibida pela TV Tupi para escrever a parte final da trama.

Glória acumulava a função de escritora, supervisora e produtora de novelas na Globo. Com o acúmulo de funções, pede para que Janete Clair continue trabalhando na emissora, o que abriu caminho para que Janete fizesse sucesso com suas próprias tramas, desbancando as novelas de Magadan. Isso gerou atrito entre as duas autoras. Magadan acusou o diretor Daniel Filho de prestar maior atenção às produções de Janete e isso levou o diretor a pedir demissão da emissora. Magadan também proibia que Janete se comunicasse diretamente com o elenco.

Ainda em 1968, a TV estava mudando; as TVs Excelsior e Tupi investiam em novos meios para e teledramaturgia. A Excelsior, aproveitando-se da história do Brasil, realizava novelas como O Tempo e o Vento e A Muralha. A Tupi investia em temas modernos, como em Beto Rockfeller e Nino, o Italianinho, enquanto na Globo a ordem era continuar baseando-se em clássicos da literatura mundial. Mas a audiência global continuava a declinar, e em meados de 1969, a administração da Globo decide dispensar Glória Magadan, depois da fraca audiência de seu trabalho em A Gata de Vison, em parte devido ao envolvimento amoroso da autora com um dos atores, Geraldo del Rey, fato que acabou tendo influência na trama da novela e provocando a saída de Tarcísio Meira, que fazia um dos personagens principais.[1] Era preciso renovar, e a Globo apostava em uma renovação com o trabalho contemporâneo de Janete Clair.

Dispensada pela Globo, Magadan consegue retornar à Tupi, onde escreve a trama de E Nós, Aonde Vamos?, novela em que tentava mudar seu estilo, ao fazer uma trama atual. Após o fracasso de sua passagem pela Tupi, vai morar em Miami, lar de muitos de seus compatriotas exilados. Nos Estados Unidos, continua com sua carreira como escritora, mas agora dando mais destaque aos livros e revistas.

Em 1996, Magadan foi procurada pela Rede Manchete, que a queria escrevendo uma novela. A autora chegou a entregar um projeto chamado Homens Sem Mulher, mas as crises constantes na emissora cancelaram o projeto.

Telenovelas

Ligações externas

  • Walter Clark, O Campeão de Audiência, 1991.
  • MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo, v.1: programas de dramaturgia & entretenimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003.

Referências