Palácio da Mitra (Santo Antão do Tojal)

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Palácio da Mitra, aqueduto, pombais, chafarizes, igreja, monumental portão de entrada e toda a área murada da antiga quinta
Apresentação
Tipo
Estatuto patrimonial
Monumento de Interesse Público (d) ()Visualizar e editar dados no Wikidata
Localização
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O Palácio da Mitra, vulgarmente conhecido como Palácio dos Arcebispos, é uma antiga residência de veraneio, primeiro dos Arcebispos, e depois, dos Patriarcas de Lisboa, situando-se na freguesia de Santo Antão do Tojal, no município Loures.[1]

Era uma quinta rural chamada Santo António do Tojal, que fora de Pedro Viegas e foi adquirida pelo bispo de Lisboa Domingos Anes Jardo[2].

Já o primitivo palácio conhecido foi mandado construir pelo arcebispo D. Fernando de Vasconcelos, cerca de 1554 (sendo este arcebispo também o responsável pela construção da Igreja Matriz de Santo Antão do Tojal). Este palácio, por sua vez, veio substituir uma primitiva casa do século XIII e que pertencia à Mitra de Lisboa. No século XVIII, o primeiro patriarca de Lisboa, D. Tomás de Almeida, mandou reconstruí-lo em estilo barroco, ao gosto da época. O arquitecto responsável pela actual traça foi o italiano Canevari que nele trabalhou até 1732.

O Palácio da Mitra, agora incluindo o aqueduto, pombais, chafarizes, igreja, monumental portão de entrada e toda a área murada da antiga quinta, está classificado como Monumento de Interesse Público desde 1940.[3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O edifício apresenta-se em forma de U; na fachada, de estilo italiano, encontram-se três mármores de Carrara, representando as estátuas de São Bruno de Colónia (o fundador da Cartuxa), a Rainha Santa Isabel e a Imaculada Conceição. No interior, a típica azulejaria portuguesa do século XVIII, em azul e branco, caracteriza-se pela riqueza temática e grande qualidade pictórica (representações das estações do ano, cenas campestres, venatórias ou de pesca, figuras mitológicas; nas cozinhas surgem representados temas culinários). Alguns dos azulejos foram mais tarde trasladados para o Paço Patriarcal de São Vicente de Fora e encontram-se hoje no Museu Nacional de Arte Antiga.

O Palácio inclui ainda dois pombais, um aqueduto com dois quilómetros destinado a abastecer dois chafarizes, um dos quais monumental, tudo construções também do século XVIII.

História[editar | editar código-fonte]

Foi palco de uma reunião de deputados da Assembleia da República, [4]impedidos de entrar no Palácio de São Bento por forças do Chefe de Governo de então, Pimenta de Castro. Reunem-se a 4 de março de 1915, estando presentes 68 deputados e 22 senadores.

Ao longo do século XX tem vindo a sofrer várias obras de restauro custeadas pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais; actualmente, encontram-se sediadas no Palácio da Mitra as instalações da Casa do Gaiato.

O conjunto formado por palácio, aqueduto, pombais, chafarizes, capela e ainda o monumental portão da entrada encontra-se protegido como Imóvel de Interesse Público, pelos decretos n.º 30 762 de 26 de Setembro de 1940 e 32 973 de 18 de Agosto de 1943.

Pela Portaria n.º 740-AH/2012 [1] publicada no Diário da República de 24 de dezembro de 2012 é alterada a classificação para Monumento de Interesse Público (MIP), alargada a Zona Especial de Protecção (ZEP) e mudada a designação do monumento a proteger para “Palácio da Mitra, aqueduto, pombais, chafarizes, igreja, monumental portão de entrada e toda a área murada da antiga quinta”

Referências

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