Bagulhão

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Bagulhão
Data de nascimento 5 de janeiro de 1952
Local de nascimento Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Data de morte 29 de maio de 1992 (35 anos)
Local de morte Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade(s) Brasil Brasileira
Crime(s) Formação de quadrilha, Homicídio e Tráfico de Drogas

Rogério Lemgruber (Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 1952 - Rio de Janeiro, 29 de maio de 1992), também conhecido como Bagulhão,[1] foi um traficante de drogas brasileiro, criador da facção Falange Vermelha, antecessora da facção hoje denominada Comando Vermelho Rogério Lemgruber.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu na favela do Caju, porém ainda jovem fora com sua família para então favela do Sapo no bairro Senador Camará, pois algumas famílias ganharam moradia no local. Já adulto tornou-se o frente (chefe) do narcotráfico. Foi um dos fundadores da facção criminosa Falange Vermelha e de sua sucessora, o Comando Vermelho.[2]

Passou a maior parte de sua vida no presídio da Ilha Grande, onde o Comando Vermelho começou a se organizar a partir da união entre narcotraficantes e presos políticos.[3] O seu nome posteriormente acabou sendo acrescentado ao da facção.

Rogério Lemgruber faleceu a 29 de maio de 1992, no Hospital Miguel Couto no Rio de Janeiro,

Sofrendo de diabetes, seu estado de saúde começou a se agravar porque não suportava a vida carcerária, devido a quantidade de vezes em que foi preso, fugia e era recapturado. Começou a dispensar a dieta dos médicos feita especialmente para ele. Comia muitos doces e outros alimentos que pudessem aumentar sua taxa de glicose. Magro e debilitado, foi transferido para o Hospital Central Penitenciário para tratamento do diabetes. Pouco tempo depois foi transferido para o Hospital Miguel Couto.

Durante sua internação, mudou completamente a rotina do hospital. Havia uma preocupação enorme das autoridades, já que em um hospital comum, seu resgate se tornaria mais fácil para os criminosos da facção. A segurança foi reforçada com policiais militares fardados e disfarçados.

Todos os visitantes que tentavam entrar na unidade eram revistados e seis policiais ficavam 24 horas na enfermaria para impedir uma invasão. Após oito dias de internação, morreu no hospital, vítima das complicações de sua doença. Rogério foi enterrado no Cemitério Gabriel Cabral, em Irajá.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Falcão - Meninos do Tráfico, Mv Bill e Celso Athayde, Editora: Objetiva
  • Abusado - O Dono do Morro Dona Marta


Referências

  1. Amorim, Carlos (1 de agosto de 2010). «Empresários do submundo». Revista História Viva. Consultado em 1 de fevereiro de 2017 
  2. Ronaldo França e Marcelo Carneiro (5 de março de 2003). «Estado de calamidade». VEJA on-line. Consultado em 19 de fevereiro de 2009 
  3. «História do Comando Vermelho vai virar filme». Portal Vermelho. 4 de fevereiro de 2009. Consultado em 19 de fevereiro de 2009