Sérgio Lucena Mendes

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Sérgio Lucena Mendes
Nome completo Sérgio Lucena Mendes
Nascimento 30 de setembro de 1960 (63 anos)
Vitória, Espírito Santo
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Laurene Lucena Mendes
Pai: Sergero Mendes
Alma mater Universidade Federal do Espírito Santo
Ocupação biólogo, professor, pesquisador

Sérgio Lucena Mendes (Vitória, 30 de setembro de 1960) é um biólogo com especialização em primatologia, pesquisador e professor brasileiro.[1] É o atual diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiras anos e formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Filho de Sergero Mendes e Laurene Lucena Mendes, Sérgio nasceu no ano de 1960, em Vitória, capital do estado do Espírito Santo.[1][3]

Lucena graduou-se no curso de Biologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), no ano de 1982. Posteriormente, realizou especialização em primatologia pela mesma universidade em 1984. Em 1985, realizou seu mestrado pela Universidade de Brasília (UnB), com dissertação intitulada Uso do Espaço, Padrões de Atividades Diárias e Comportamento Social de Alouatta fusca (Primates, Cebidae) na Estação Biológica de Caratinga, MG, sob orientação de Cleber José Rodrigues Alho.[4]

No ano de 1997, defendeu sua tese em Campinas, onde realizou seu doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na área de Ecologia sob orientação do pesquisador francês Jacques Veilliard com o trabalho Padrões Biogeográficos e Vocais em Callithrix (Primates, Callitrichidae) do Grupo Jacchus.[5] No ano de 2006, realizou um pós-doutoramento na área de ecologia pela Universidade de Wisconsin–Madison, nos Estados Unidos.[6]

Atuação[editar | editar código-fonte]

Mendes trabalhou como pesquisador entre os anos de 1987 e 2000 além de ter sido presidente do Conselho Científico e Diretor do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão (MBML), organizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Ministério da Cultura (MinC) entre 1995 e 2000.[7]

Desde o ano de 2000, atua como professor do Departamento de Ciências Biológicas da UFES.[8] Atualmente, é professor titular da universidade atuando com o ensino, pesquisa e extensão, atuando na graduação e na pós-graduação.[6] Atuou como coordenador do Programa de Pós-Graduação de Ciências Biológicas, em Biologia Animal, entre 2013 e 2016.[9] Entre suas principais áreas de interesse, possui experiência na área de ecologia, com ênfase em biologia da conservação da Mata Atlântica, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação de mamíferos; mastozoologia histórica; ecologia e conservação de primatas; e biodiversidade e saúde.[10]

Exerceu o cargo de presidente e atualmente é membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica (IPEMA).[7] Coordena projeto de extensão chamado Ciência Cidadã abordando espécies ameaçadas da Mata Atlântica e a rede de pesquisa Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e Vale sobre conservação de mamíferos ameaçados de extinção na Mata Atlântica dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.[11]

No ano de 2017, foi nomeado diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica por meio do Diário Oficial da União (DOU) em decreto do então Ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD).[12] No mesmo ano, foi agraciado com o prêmio Faz a Diferença na categoria Ciência e Saúde organizado pelo jornal carioca O Globo.[13] Em cerimônia realizada no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e desabafou sobre a desinformação em torno da febre amarela ao esclarecer que os macacos não são transmissores, mas vítimas do surto de febre amarela, e que alertam o homem do avanço da doença.[14] Apesar da espécie servir de termômetro da situação da doença, muitas pessoas passaram a atacar com violência macacos.[13][15]

Em 2019, foi um dos vencedores do Prêmio Dom Luís, honraria concedido pelo Governo do Estado do Espírito Santo para pessoas que atuam pela justiça social, pelo respeito aos direitos humanos e pelo cuidado com o meio ambiente.[16][17]

Livros[editar | editar código-fonte]

Atuou como coautor, com Mariana Petri da Silva, Mariana Zanotti Tavares e Karen Strier do livro O Muriqui - Símbolo da Mata Atlântica, editado pelo Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica, lançado em 2010.[18][19][20]

Referências

  1. a b «Sérgio Lucena Mendes». Prêmio Dom Luis. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  2. «Nomeado Diretor do Inma». Associação de Amigos do Museu de Biologia Mello Leitão. 29 de novembro de 2017. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  3. «Vitória (ES) | Cidades e Estados | IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  4. Oliveira, Dilmar; Ades, Carlos (1993). «Aspectos do comportamento do Bugio Alouatta tusce (primates, cebidade) no Parque Estadual da Cantareira (São Paulo).» (PDF). Rev. Inst. F7or., São Paulo, 5(2):163-174, 1993. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  5. Mendes, Sergio Lucena (29 de março de 2018). «Padrões biogeograficos e vocais em Callithrix do grupo jacchus (Primates, Callithrichidae)». Repositorios latinoamericanos. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  6. a b «Sergio Lucena Mendes». Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  7. a b «Sergio Lucena Mendes — Português (Brasil)». Governo federal do Brasil. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  8. «Sérgio Lucena Mendes». Universidade Federal do Espírito Santo. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  9. «Dados Básicos do Programa». Plataforma Sucupira. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  10. «Sérgio Lucena Mendes». Plataforma Lattes. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  11. «Sergio Lucena Mendes | SBPC 2022». Galoa (em inglês). Consultado em 14 de novembro de 2022 
  12. Gilberto Kassab (27 de novembro de 2017). «Portaria 6.928». Diário Oficial da União. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  13. a b «Prêmio Faz Diferença presta homenagem aos destaques de 2017». O Globo. 29 de março de 2018. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  14. «Veja as fotos dos vencedores do Prêmio Faz Diferença 2017». O Globo. 28 de março de 2018. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  15. Paulo, Ton (7 de julho de 2022). «Macacos são encontrados mortos com sinais de espancamento, em Senador Canedo». O Popular. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  16. «Premiados 2019». Prêmio Dom Luis. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  17. «Histórico». Prêmio Dom Luis. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  18. «Conservação do muriqui-do-norte no Espírito Santo». Canal Ciência. Consultado em 14 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2022 
  19. Mendes, Sérgio Lucena (2014). O Muriqui: símbolo da Mata Atlântica. [S.l.]: IPEMA, Instituto de Pesquisa da Mata Atlântica, Programa Difusão da Biodiversidade, Projeto Muriqui-ES 
  20. «O Muriqui : símbolo da Mata Atlântica». Biblioteca do Congresso. Consultado em 14 de novembro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]