Universal Music Group

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Universal Music Group
UniversalMusicGroup.png
Subsidiária da Vivendi
Atividade Música e entretenimento
Fundação 1934 (com o nome de Decca Records USA)
1990 (formação da MCA Music Entertainment Group)
1996 (primeira formação da UMG)
1998 (segunda formação da UMG)
Sede Los Angeles Santa Mônica, CA
Nova York, NY
Pessoas-chave Lucian Grainge (presidente e CEO)
Zach Horowitz (COO)
Boyd Muir (CFO)
Renda líquida Aumento $6.14 bilhões (2007)
Website oficial universalmusic.com

Universal Music Group (ou UMG) é o maior grupo de gravadoras da indústria fonográfica, com uma participação de 25,5% no mercado. A Universal Music Group é uma subsidiária do conglomerado francês Vivendi.

A UMG possui a Universal Music Publishing, o maior catálogo musical do mundo, depois da aquisição da BMG Music Publishing em 2007.

As áreas de atuação se dividem em: gravação, catalogação, serviços para artistas e merchandising

História

Origem

"Universal Music" já foi a empresa de música ligada ao estúdio de cinema Universal Studios. Suas origens remontam com a criação da filial norte-americana da Decca Records em 1934. Em 1939, The Decca Corporation of England cindiu-se da Decca estadunidense. A MCA Inc. adquiriu a Decca americana em 1962. A organização atual surgiu quando a empresa-mãe Seagram comprou PolyGram e fundiu-a com a Universal Music Group em 1998. No entanto, o nome apareceu pela primeira vez em 1996, quando MCA Music Entertainment Group foi renomeada Universal Music Group. A aquisição da PolyGram incluiu a Deutsche Grammophon que traça sua ascendência a Berliner Gramophone fazendo mais antiga unidade da UMG. A Universal Music Canadá descende de uma empresa separada da Berliner Gramophone, a Compo Company.

Aquisição pela Vivendi

Com a aquisição da Vivendi Universal Entertainment pela General Eletric em 2004, a Universal Music Group foi separada do estúdio de cinema com mesmo nome. Essa foi a segunda vez que uma empresa de música realiza essa separação, os primeiros foram a Warner Music Group a se separar da Warner Bros. Pictures, pertencente a Time Warner. Em fevereiro de 2006, a Vivendi adquiriu os 20% restantes da Matsushita, se tornando a única proprietária da UMG.[1] Em maio de 2007, a Vivendi adquiriu a BMG Music Publishing por €1.63 bilhões, após ter recebido a aprovação da União Europeia em setembro de 2006. [2]

Década de 2010 e aquisição da EMI

Doug Morris renunciou ao seu cargo de CEO em 1 de janeiro de 2011. A ex-presidente/CEO da Universal Music International, Lucian Grainge, assumiu o posto de CEO da empresa.[3] Grainge também assumiu a presidência em março de 2011. Morris se tornou presidente da Sony Music em 1 de julho de 2011. Com a nomeação Grainge como CEO da UMG, Max Hole foi promovido a COO da UMGI, efetivamente a partir de 1 de julho de 2011. A partir de 2011, a Interscope-Geffen-A&M da UMG irá assinar com os participantes do American Idol. Anteriormente, os idols assinavam com a RCA Records. [4] Em janeiro de 2011, a UMG anunciou a doação de 200,000 gravações datadas entre 1926 e 1948 para a Biblioteca do Congresso para a preservação.[5]

Em 11 de Novembro, a Universal Music, comprou o selo discográfico EMI Music e seu acervo por £1,2 bilhões [6]. O catálogo musical da EMI foi adquirido por um consórcio liderado pela Sony.[7]

2013 e criação de um selo de música gospel

A produtora Universal Music Group anunciou sua inserção no cenário da música cristã, com a criação de um selo especializado em artistas gospel à Universal Music Gospel. Fazem parte do Cast da gravadora artistas como Thalles Roberto, Eli Soares, Pregador Luo, Pedras Vivas, Hadassah Perez, Renascer Praise, Shirley Kaiser, Jonas Vilar, Coral Resgate entre outros.

Selos

Ver artigo principal: Selos da Universal

Controvérsias

Payola

Em Maio de 2006, uma investigação liderada pelo então procurador-geral de Nova Iorque, Eliot Spitzer, concluiu que a Universal Music Group subornou estações de rádio para tocar músicas de Ashlee Simpson, Brian McKnight, Big Tymers, Nick Lachey, Lindsay Lohan e outros astros da gravadora. A Universal pagou US$ 12 milhões para o Estado em acordo.[8]

YouTube

Em Maio de 2007, a UMG foi acusada de abusar da Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital (DMCA), para conter críticas, ao forçar o Youtube a remover diversos vídeos que contem músicas da UMG nos mesmos, o que causou a ira e frustração de muitos usuários do site. Um dos vídeos retirados foi o de Michelle Malkin, crítica do cantor Akon.[9][10] Eventualmente, a UMG voltou atrás nas suas queixas após ser contestada pela Electronic Frontier Foundation.[11][12] No mesmo ano, a UMG foi acusada de usar a Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital (DMCA) para remover de maneira indiscriminada conteúdos relacionados ao artista Prince, o mais notável um vídeo caseiro de vinte segundos em que crianças dançam para uma das músicas do cantor.[13]

Em Abril de 2013 o site TorrentFreak noticiou que tanto a UMG quanto o Youtube possuem um acordo mútuo que previne que conteúdos bloqueados no YouTube solicitados pela UMG sejam restaurados mesmo se o reclamante registrar uma contra-notificação DMCA.[14]

Em outras palavras, mesmo que nenhum direito autoral tenha sido infringido este contrato não oferece nenhuma alternativa para os usuários além de contestar judicialmente a decisão do Youtube.[15]

Imeem.com

Em Dezembro de 2007 a UMG anuncia um acordo com o Imeem que permite que usuários da rede social escutem qualquer faixa do catálogo da Universal gratuitamente, com uma parte dos lucros gerados pela divulgação das músicas sendo compartilhados com a gravadora.[16] Duas semanas após o acordo ser anunciado, Michael Robertson especulou a respeito dos termos secretos do acordo e argumentou que no final este seria um mal negócio para a imeem. Esta especulação levou a uma guerra inflamada na lista de email da Pho digital à medida que representantes da imeem negaram as queixas de Robertson e desconsideraram as suas teorias como infundadas.[17] Imeem é um site que não existe mais e todo o acesso ao mesmo foi redirecionado para o MySpace.

Megaupload

Em 9 de Dezembro de 2011, o Megaupload publicou um vídeo musical com vários artistas, como Kanye West, Snoop Dogg, Alicia Keys e will.i.am, apoiando a empresa.[18] O vídeo também foi enviado ao Youtube, mas foi removido mediante solicitações da UMG.

O Megaupload afirmou que o vídeo não possuía nenhum conteúdo infrator[19], tendo assinado acordos de utilização com cada artista que apareceu no mesmo. E entrou com uma ação contra a UMG na Corte Distrital dos Estados Unidos, da Califórnia, em 12 de Dezembro de 2011.[20][21] A UMG negou que a solicitação de retirada foi baseada nos termos da Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital (DMCA), e afirmou que a mesma foi "em cumprimento ao acordo entre a UMG e o Youtube, "que dá o direito de bloquear ou remover vídeos postados por usuários através do Serviço de Gerenciamento de Conteúdos (CMS) do Youtube, baseado em um número de critérios contratualmente especificados."[22] O vídeo foi posteriormente retornado ao YouTube, com os motivos para a retirada solicitada pela UMG ainda incertos.[23] Os advogados de will.i.am inicialmente argumentaram que ele nunca teria concordado com o projeto, mas em 12 de Dezembro ele negou qualquer envolvimento com a notificação de retirada.[24]

Ver também

Ligações externas

  1. «Vivendi Universal Will Acquire Matsushita's Minority Interest and Own 100% of Universal Music Group and 20% of NBC Universal». 2 de fevereiro. Consultado em 05 de julho de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. Forbes.com. «Vivendi Buys BMG Publishing». 09 de maio de 2006 
  3. New York Times. «Doug Morris to Take Reins at Sony Music». 2 de março de 2011. Consultado em 5 de julho de 2011 
  4. American Idol Brasil. «American Idol 2011: Sony Music está fora do programa». 08 de março de 2011. Consultado em 05 de julho de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. Rolling Stones. «Universal Donates Enormous Music Archive to Library of Congress». 10 de janeiro de 2011. Consultado em 05 de julho de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. Terra.com.br. «Universal Music confirma compra da EMI por £1,2 bilhões». 11 de novembro de 2011. Consultado em 28 de dezembro de 2011 
  7. Mondo Pop. «EMI Music é desmembrada e vendida». 12 de novembro de 2011. Consultado em 28 de dezembro de 2011 
  8. «Universal settles payola probe». USA Today. 11 de Maio de 2006. Consultado em 10 de Dezembro de 2011 
  9. Michelle Malkin » Akon’s record company abuses DMCA to stifle criticism on YouTube
  10. Em 2007 o editor musical trendtraxx foi liberado pela companhia após falsas acusações. Press Releases: May, 2007 | Electronic Frontier Foundation
  11. Press Releases: Maio, 2007 | Electronic Frontier Foundation
  12. Michelle Malkin » UMG & YouTube retreat over Akon report
  13. Lenz v. Universal Music Corp.
  14. «Vídeos removidos ou bloqueados devido a obrigações contratuais do YouTube». Google. Consultado em 5 de Abril de 2013 
  15. «YouTube's Deal With Universal Blocks DMCA Counter Notices». TorrentFreak. 5 de Abril de 2013. Consultado em 5 de Abril de 2013 
  16. Universal Music Inks Deal With Imeem (Cópia do Internet Archive do link original)
  17. Digital Music War Gets Dirtier - News Blog - Daily Brief - Portfolio.com
  18. RIAA Label Artists & A-List Stars Endorse Megaupload In New Song
  19. http://torrentfreak.com/universal-censors-megaupload-song-gets-branded-a-rogue-label-111210/
  20. Megaupload threatens to sue Universal over YouTube video The Guardian, 13 de Dezembro de 2011. Acessado em 13 de Dezembro de 2011.
  21. Megaupload to Sue Universal, Joins Fight Against SOPA 12 de Dezembro de 2011. Acessado em 13 de Dezembro de 2011.
  22. UMG claims "right to block or remove" YouTube videos it doesn't own Ars Technica, 16 de Dezembro de 2011. Acessado em 16 de Dezembro de 2011.
  23. File-Sharing Company Sues Record Label, for a Change New York Times, 13 de Dezembro de 2011. Acessado em 25 de Dezembro de 2011.
  24. UMG, MegaUpload Case Gets Even Stranger; Will.i.am Says He Didn't Authorize A Takedown Techdirt. 15 de Dezembro de 2011. Acessado em 25 de Dezembro de 2011.