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Príncipe (Roma Antiga)

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Roma Antiga
Príncipe (Roma Antiga)
Este artigo é parte da série: Política e governo da Roma Antiga
Períodos
Reino de Roma
753 a.C.509 a.C.

República Romana
509 a.C.27 a.C.
Império Romano
27 a.C.395
Império Ocidental
395476
Império Oriental
3951453
Principado Dominato

Constituição romana
Constituição do Reino

Constituição da República
Constituição do Império
Constituição do Dominato

Assembleias
Senado

Assembleias Legislativas

Magistrado romano
Cursus honorum
Magistrados Ordinários

Tribuno da plebe

Promagistrado

Magistrados extraordinários

Funcionários impériais
Títulos e Honras
Imperator

Honras

Precedente e Lei
Direito romano * Conflito das Ordens
Prefeituras
Modificar
Busto de Augusto com a coroa cívica. Gliptoteca de Munique

Príncipe[1] (em latim: Princeps; plural: principes) é um termo de origem latina que significa "o primeiro no tempo ou no fim, o primeiro, chefe, o mais eminente, distinguido ou nobre, o primeiro homem, primeira pessoa".[2] Etimologicamente proveniente da frase latina primum caput, "a primeira cabeça", originalmente significou o mais antigo ou mais distinto senador cujo nome aparece primeiro na lista senatorial (príncipe do senado).[3] No reinado de Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.) passou a ser usado pelo imperador como título quase real para um líder que era o primeiro encarregado.[4] Continuou em uso até o reinado de Diocleciano (r. 285–305) quando caiu em desuso, sendo substituído por domino ("senhor" ou "mestre").[5]

Durante a República e Império Romano, o título foi derivado e passou a ser atribuído a oficiais militares e administrativos: príncipe anterior (princeps prior; também centurio princeps prior), o comandante sênior do segundo manípulo (duas centúrias), e o príncipe posterior (princeps posterior; também centurio princeps posterior), seu vice-comandante;[6] príncipe dos pretorianos, centurião (geralmente o príncipe posterior) comandante da base militar ou forte e responsável pelo treinamento dos legionários;[7] príncipe dos ofícios (princeps officii), o chefe de um ofício palatino (residência imperial);[8] príncipe dos peregrinos (princeps peregrinorum), centurião pelas tropas do acampamento dos peregrinos (não-itálicas);[9] príncipe do povo (princeps gentis), talvez equivalente ao príncipe dos peregrinos;[10] príncipe ordinário do vexilácio (Princeps ordinarius vexillationis), centurião no comando dum vexilácio. Ele também foi usado para distinguir alguns oficiais seniores, como no caso do decurião príncipe (decurio princeps).[11]

Referências

  • Amato, Raffale D' (2012). Roman Centurions 31 BC-AD 500: The Classical and Late Empire. Oxford: Osprey Publishing. ISBN 1780960395 
  • Berger, Adolf (1968). Encyclopedic Dictionary of Roman Law, Volume 43. Filadélfia: American Philosophical Society. ISBN 0871694328 
  • Boardman, John; Griffin, Jasper; Murray, Oswyn. «Princeps senatus». Oxford: Oxford University Press 
  • Eck, Werner (2003). Deborah Lucas Schneider (tradutora); Sarolta A. Takács (mais conteúdo), ed. The Age of Augustus. Oxford: Blackwell Publishing. ISBN 978-0-631-22957-5 
  • Fields, Osprey (2009). The Roman Army of the Principate 27 BC-AD 117. Oxford: Osprey Publishing. ISBN 1846033861 
  • Funari, Pedro Paulo A. (2003). A vida quotidiana na Roma antiga. São Paulo: Annablume. ISBN 8574193828 
  • Judson, Harry Pratt (1961). Caesar's Army: A Study of the Military Art of the Romans in the Last Days of the Republic. Nova Iorque: Biblo & Tannen Publishers. ISBN 0819601136 
  • Lewis, Charlton T.; Short, Charles (1849). «Princeps». A Latin Dictionary. Nova Iorque: Harper and Brothers 
  • Reid, James S. (2014). The Municipalities of the Roman Empire. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 1107683084 
  • Summer, Graham; Raffaele D'Amato (2009). Arms and Armour of the Imperial Roman Soldier. Barnsley: Frontline Books. ISBN 1473811899