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Eucallista purpurata

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAmêijoa-rosa[1]
Amêijoa-da-areia[2]
Eucallista purpurata
Três valvas da concha de E. purpurata, coletadas na praia da Enseada, Guarujá, São Paulo, Brasil, sem o animal, entre 1988-1989.
Três valvas da concha de E. purpurata, coletadas na praia da Enseada, Guarujá, São Paulo, Brasil, sem o animal, entre 1988-1989.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Bivalvia
Subclasse: Autobranchia
Ordem: Venerida
Superfamília: Veneroidea
Família: Veneridae[3]
Género: Eucallista
Dall, 1902[3][4]
Espécie: E. purpurata
Nome binomial
Eucallista purpurata
(Lamarck, 1818)[3]
Distribuição geográfica
Limites norte (esquerda) e sul (direita) da distribuição geográfica de E. purpurata; do Espírito Santo, na região sudeste do Brasil. até Rio Negro, na Argentina (RIOS, 1994).[5]
Limites norte (esquerda) e sul (direita) da distribuição geográfica de E. purpurata; do Espírito Santo, na região sudeste do Brasil. até Rio Negro, na Argentina (RIOS, 1994).[5]
Sinónimos
Cytherea purpurata Lamarck, 1818[3][6]
Amiantis purpurata Gmelin, 1791
Cytherea lubrica Broderip, 1835
(WoRMS)[3]
Amiantis purpuratus (sic)[5][7]

Eucallista purpurata (nomeada, em inglês, purple clam[8] ou purple Amiantis[9]; este segundo nome derivado de sua antiga classificação científica: Amiantis purpurata[3], assim grafada até a primeira década do século XXI[2][5][6][9][10]; em castelhano, na América do Sul, almeja púrpura[8]; em português, no Brasil, amêijoa-rosa[1], amêijoa-da-areia[2] ou cernambi[11][12][13] – Segundo o Dicionário Aurélio a denominação "cernambi" é dada especialmente para Anomalocardia flexuosa[14]; ainda citando Amarilladesma mactroides[15] e Erodona mactroides[16] sob tal nome[11], com o Dicionário Houaiss mudando sua grafia para sernambi[10][12] (ou sarnambi)[17] e acrescentando, além de Eucallista purpurata, também Tivela mactroides[18], Donax hanleyanus[19] e Phacoides pectinatus)[10][20] é uma espécie de molusco Bivalvia, marinha e litorânea, da família Veneridae e gênero Eucallista, classificada por Jean-Baptiste de Lamarck em 1818; originalmente denominada Cytherea purpurata e incluída em sua obra Histoire Naturelle des Animaux sans Vertèbres. Tome 5. Paris: Deterville/Verdière, 612 pp.[3] É a única espécie do seu gênero (táxon monotípico).[4] Habita as costas da região sudeste e região sul do Brasil, no oeste do Atlântico, do Espírito Santo até o Uruguai e o golfo de San Matías, na Argentina; enterrando-se na areia da zona entremarés das praias de declive suave, até os dois metros de profundidade.[9] É usada para a alimentação humana, no Brasil[6][5][7], e pode ser encontrada em sambaquis, do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul.[7]

Descrição da concha

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Eucallista purpurata possui concha subtrigonal ou suborbicular, de valvas infladas e com umbo recurvado; vítreas em seu brilho, engrossadas e de margens arredondadas; esculpida em ondulações formadas por linhas de crescimento concêntricas e atingindo 8.5 centímetros de comprimento, quando desenvolvidas. Sua coloração é marrom, tingida com laivos purpúreos ou violácos em seu perióstraco, sendo esta uma característica que a diferencia das demais espécies de sua área de distribuição. Interior das valvas branco e aporcelanado. Alguns espécimes podem ter sua coloração pálida ou, até mesmo, branca; com alguns espécimes podendo ter faixas desta coloração, ou alaranjadas.[2][5][6][7][8][21][22][23]

Além de ser comestível, o livro Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil afirma que no estado do Rio de Janeiro esta é uma das espécies presentes nos vestígios arqueológicos dos sítios Saquarema, Pontinha e Moa, nos quais encontram-se alguns exemplares bem preservados, apresentando pequenas perfurações que indicariam que, além de participar da dieta alimentar dos povos indígenas do Brasil, Eucallista purpurata também deveria ser utilizada para a ornamentação corporal, devido à sua coloração púrpura.[7]

Ligações externas

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Referências

  1. a b «Amêijoas». Biomania. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021. ...amêijoa-rosa, do gênero Amiantis, muito apreciada na América Latina. 
  2. a b c d ABSHER, Theresinha Monteiro; FERREIRA JUNIOR, Augusto Luiz; CHRISTO, Susete Wambier (2015). Conchas de Moluscos Marinhos do Paraná (PDF). Curitiba - PR: Museu de Ciências Naturais - MCN - SCB - UFPR. p. 6. 20 páginas. ISBN 978-85-66631-18-0. Consultado em 7 de abril de 2021. Arquivado do original (PDF) em 9 de junho de 2021 
  3. a b c d e f g «Eucallista purpurata (Lamarck, 1818)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  4. a b «Eucallista Dall, 1902» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 22 de abril de 2021 
  5. a b c d e RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 287. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  6. a b c d BOFFI, Alexandre Valente (1979). Moluscos Brasileiros de Interesse Médico e Econômico. São Paulo: FAPESP - Hucitec. p. 60. 182 páginas 
  7. a b c d e SOUZA, Rosa Cristina Corrêa Luz de; LIMA, Tania Andrade; SILVA, Edson Pereira da (2011). Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 132. 252 páginas. ISBN 978-85-61368-20-3 
  8. a b c Trillo, Diego. «Eucallista purpurata» (em espanhol). EcoRegistros - Registros Ecológicos de la Comunidad. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  9. a b c ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 357. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  10. a b c HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva. p. 2555. 2922 páginas. ISBN 85-7302-383-X 
  11. a b FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 384. 1838 páginas 
  12. a b HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (Op. cit., p.679.).
  13. Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001; página 679); cernambi; s.m. - substantivo masculino - MALAC - malacologia - B - regionalismo - f. a evitar - forma a evitar -, por SERNAMBI.
  14. «Anomalocardia flexuosa (Linnaeus, 1767) (imagem)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  15. «Amarilladesma mactroides (Reeve, 1854)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  16. «Erodona mactroides Bosc, 1801 (imagem)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  17. HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (Op. cit., p.2523.).
  18. «Tivela mactroides (Born, 1778)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  19. «Donax hanleyanus Philippi, 1847 (imagem)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  20. «Phacoides pectinatus (Gmelin, 1791)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  21. «Amiantis purpurata (Lamarck, 1818)». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  22. Shadowshador (2 de agosto de 2013). «Venus clam (Amiantis purpurata) under sides» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021 
  23. «Amiantis purpurata». Museu Nacional - UFRJ. 1 páginas. Consultado em 7 de abril de 2021. Bivalvia, Família Veneridae Suspensívoros.