Aquapolo

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Aquapolo
Aquapolo
Razão social Aquapolo Ambiental S/A
Privada
Atividade Saneamento Básico
Gênero Sociedade anônima de capital fechado
Fundação 01 de janeiro de 2009 (15 anos)
Sede São Paulo,  São Paulo
 Brasil
Proprietário(s) GS Inima Brasil (51%) e Sabesp (49%)
Empregados 50
Produtos Água de reúso
Website oficial [1]

O projeto Aquapolo é o maior empreendimento para a produção de água de reúso industrial na América do Sul, e quinto maior do planeta. [1][2] Resultado de parceria entre a BRK Ambiental, da Brookfield[3], e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), ele fornece, por contrato, 650 litros/segundo[4] de água de reúso para o Polo Petroquímico da Região do Grande ABC, o que equivale ao abastecimento de uma cidade de 500 mil habitantes.

Inaugurado em 2012 pela Foz do Brasil e a Sabesp, o projeto tem capacidade para produzir mil litros por segundo de água de reúso, utilizando complexos processos tecnológicos[5]. A cada litro de água para reúso industrial produzida em suas instalações, outro litro de água potável é economizado.[6]

A partir de outubro de 2019 passa a integrar o grupo GS Inima Brasil (empresa pertencente ao grupo coreano GS Group), que efetuou a compra dos ativos da BRK Ambiental.

O projeto Aquapolo[editar | editar código-fonte]

O trabalho mecanizado desenvolvido pelo Aquapolo começa nas Estações Elevatórias da Sabesp que bombeiam o esgoto até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do ABC. Nestes locais, foram inseridos sensores que determinam o nível de toxidade da carga que chegará à ETE no curto prazo. Após o processo de tratamento, a vazão que seria destinada ao Ribeirão dos Meninos (curso d’água para onde é enviada a água após o tratamento na ETE) seria de dois mil litros por segundo. O Aquapolo, no entanto, redireciona 650 litros por segundo para a sua operação.[5]

Os parâmetros e qualidade da água que devem ser alcançados ao final de todo o processo foram determinadas pelo próprio Polo Petroquímico, que a utiliza principalmente para limpar torres de resfriamento e caldeiras. Para condução e distribuição da água produzida, foi construída uma adutora de 17 quilômetros[1], que sai de São Paulo e passa pelos municípios de São Caetano do Sul e Santo André, até chegar a uma torre de distribuição em Capuava, Mauá, onde está o Polo. A partir dela, uma rede de distribuição de 3,6 quilômetros entrega a água para cada um dos clientes. A adutora foi projetada para permitir derivações, viabilizando o atendimento de possíveis clientes presentes ao longo de seu percurso.[5]

O tratamento de efluentes é feito através do sistema TMBR (Tertiary Membrane Bio Reactor)[5], capaz de produzir até 3,6 mil metros cúbicos de água de reúso por hora. Entre seus principais clientes estão a Braskem, a Cabot, a Oxiteno, a Oxicap e a White Martins - mais recentemente se juntaram ao grupo a Bridgestone e a Paranapanema.[7] O investimento feito para sua implantação foi de R$ 396 milhões e o prazo contratual para sua operação é de 42 anos.[5]

Sobre a GS Inima Brasil[editar | editar código-fonte]

A participação de empresas privadas nos serviços de saneamento no Brasil iniciou-se no ano de 1995, com as concessões realizadas pelos municípios paulistas de Limeira e Ribeirão Preto.

A GS Inima Brasil atua como construtora e empresa holding, estruturada para garantir a continuidade operacional e a performance das empresas concessionárias (SPE’s) controladas, bem como para disputar, conquistar e implantar novas concessões e PPPs, seja isoladamente ou em consórcio com outras empresas.

Sobre a BRK Ambiental[editar | editar código-fonte]

A BRK Ambiental é uma das primeiras empresas brasileiras privadas de saneamento básico e foi criada em janeiro de 2008 para prestar serviços nos segmentos de água e esgoto, utilities e resíduos. A BRK Ambiental atua por meio de parcerias com empresas públicas e privadas e municípios e estados.[8]

Sobre a Sabesp[editar | editar código-fonte]

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) é uma empresa brasileira que detém a concessão dos serviços públicos de saneamento básico no Estado de São Paulo. Seu principal acionista é o Governo do Estado de São Paulo, que controla a gestão da companhia. O engenheiro Jerson Kelman é presidente da Sabesp desde 2015.[9]

Galeria de fotos[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Água boa é de reúso - ISTOÉ DINHEIRO». www.istoedinheiro.com.br. Consultado em 27 de junho de 2016 
  2. «TAE - Região do Grande ABC recebe maior empreendimento do Hemisfério Sul para a produção de água de reúso». www.revistatae.com.br. Consultado em 27 de junho de 2016 
  3. «Aquapolo | BRK Ambiental». www.brkambiental.com.br (em inglês). Consultado em 20 de outubro de 2017 
  4. «Instituto Trata Brasil - Foz, Sabesp e Braskem inauguram projeto de água de reúso - Aquapolo Ambiental / Online». www.tratabrasil.org.br. Consultado em 27 de junho de 2016. Arquivado do original em 3 de agosto de 2016 
  5. a b c d e «Processo Aquapolo - Aquapolo». www.aquapolo.com.br. Consultado em 27 de junho de 2016 
  6. «Sabesp». site.sabesp.com.br. Consultado em 27 de junho de 2016 
  7. «Clientes - Aquapolo». www.aquapolo.com.br. Consultado em 27 de junho de 2016 
  8. «Quem Somos | BRK Ambiental». www.brkambiental.com.br (em inglês). Consultado em 20 de outubro de 2017 
  9. «Jerson Kelman é o novo presidente da Sabesp». Valor Econômico. Consultado em 27 de junho de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]